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História O destruidor de corações - Camila


Escrita por: mandinhadias-1

Capítulo 8 - Camila


Fanfic / Fanfiction O destruidor de corações - Camila









— Sal, da delicatessen, ligou para saber como Leonard estava se sentindo. Os negócios devem estar em baixa, com ele ausente há quase uma semana — Regina fala sorrindo, quando eu a entrego o menu para pedir o nosso almoço.

— Ele provavelmente está com medo de que nós o processemos por danos, depois que ele o alimentou com aqueles cachorros quentes apimentados fatais, todos os dias, durante esses anos todos. Você sabe o quanto tem de gordura e colesterol nessas coisas?

— Você sabe que me parece que ele não come qualquer gordura, de modo algum? — Regina mexe as sobrancelhas sugestivamente e fala em sua melhor voz de gatinha sexy.

— Bela mudança de assunto. Acho que você pode mudar o rumo de qualquer conversa para algo sobre Enzo Jauregui, ultimamente. Deveria ter sido advogada. — Eu rio da mais recente obsessão de Regina.

— Você me culpa por estar abismada? — Abismada, quem usa essa palavra?

Eu suspiro, voltando o pensamento para o nosso beijo, ontem à noite. Não, eu certamente não culpo Regina por estar abismada. Acho que aceitei jantar com Enzo para que eu pudesse encontrar alguma coisa de errado nele e conseguir tirar o seu sorriso letal da minha cabeça. Mas a noite de ontem só piorou as coisas. Não encontrei uma única coisa para me ajudar a empurrar os pensamentos impertinentes da minha cabeça. Na verdade, de fato, encontrei mais coisas, que se tornou difícil parar de pensar nele.

— Você vai me contar como foi o seu encontro ou eu preciso te levar para a sala de reuniões, para um depoimento formal?

— Porque é que você nunca pergunta sobre meus encontros com Shaw, Regina?

— Porque não quero ficar entediada.

— Regina! — elevo minha voz a repreendendo.

— O quê? — Ela sorri para mim, sabendo que eu não estou realmente enfurecida. É uma amizade ímpar, mas a parte do meu relacionamento com Regina que eu principalmente valorizo é o fato dela ser tão honesta quando conversamos.

— O que faz você pensar que meus encontros com Shaw são entediantes?

— Não são? — Regina sorri intencionalmente.
— Shaw é um cara legal.

— Eu não disse que ele não era.

É minha vez de suspirar. Regina está certa. Meus encontros com Shaw são entediantes. Legais, tranquilos, mas entediantes. Mas isso é bom para mim. Não preciso de uma montanha russa emocional, já tive o suficiente para a vida toda.






Eu não saio do escritório antes das vinte e duas horas. Estou lidando com meus processos e ajudando com os de Leonard, enquanto ele ainda está ausente. Eu me mantive ocupada durante toda a tarde e até tarde da noite, após o almoço com Regina. Eu não quero pensar sobre Enzo. Ele é o que eu não preciso. Eu deveria estar pensando em Shaw. Ele é o tipo de homem que eu deveria estar. Ele é estável, honesto e trabalha duro. Ele é bom para mim e se preocupa comigo. Então, por que são os pensamentos sobre Enzo que me mantêm acordada? Eu viro de um lado para o outro na cama por horas, até que finalmente estou exausta o suficiente para deslizar para a terra dos sonhos.

Um grito me acorda pela manhã. Estou petrificada. Incapaz de me mover ao som angustiante. Levo quase um minuto para perceber que sou o quem o deu. Estou gritando e não consigo parar. O sonho está de volta. Não é realmente um sonho, é um pesadelo. Embora pesadelos sejam frutos da imaginação de uma pessoa, então acho que o que me acordou não foi um pesadelo... foi a realidade. Minha realidade. Minha memória. Meu passado.

Já se passaram seis anos desde a última vez que eu acordei com o tormento que assombrou meu sono por tantos anos. Eu não posso acreditar que isso está começando de novo. Levei anos para fazê-los ir embora.

Eu sempre acordo no mesmo lugar, no pesadelo. O punho se conecta com sua cabeça e ela tropeça para trás e bate na geladeira. Duramente. Seus olhos rolam na parte de trás de sua cabeça e seu corpo desliza para baixo em câmera lenta. Ele a está realmente machucando desta vez... e parece que ele não terminou com ela, ainda. Ele se inclina para baixo, com o punho puxado para trás, pronto para bater em seu corpo sem vida. Uma rajada de bala. É tão estrondosa que dói a minha cabeça. O som agudo deixa meu ouvido zumbindo. Faz com que eu estenda a mão e o cubra. Eu nunca imaginei que um som poderia machucar. Eu sinto como se meus ouvidos estivessem sangrando.

Minhas mãos estão sempre cobrindo meus ouvidos quando eu volto a mim. O som é tão real que me acorda. Toda vez é tão real como na primeira vez. A visão nunca se dissipa



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