Nós atravessamos a quadra em silencio. Ele olhava para o chão pensativo enquanto eu olhava para o céu pensando no que havia acontecido.
Chegando na arquibancada ele sentou no segundo degrau e sentei-me ao seu lado um pouco longe. Continuávamos quietos.
-Você está muito quieta hoje. –ele disse quebrando o silencio.
-Eu sou quieta. –eu disse rindo.
-Mas está mais do que o normal. –ele falou me encarando. –parece até que está pensando em algo muito importante.
Eu ri.
-Por que estamos aqui?
-Por que eu queria falar com você, então escolhi um lugar onde seus pais pudessem te ver e ao mesmo tempo ficássemos a sós.
-O que queria falar comigo? –eu disse olhando para ele.
-Quero você quis dizer.
-Óh! Desculpe-me professor. Deixe-me reformular a frase. O que quer falar comigo?
-Se lembra da nossa promessa?
-Sim. O que tem ela?
-Por que você pediu para eu guardar em segredo que você foi na sala de figurinos?
Eu senti meu rosto corar.
-Por nada não... –falei olhando para o horizonte.
-Tem certeza? Aconteceu alguma coisa lá?
Eu corei mais.
-Não. Por quê?
-Sei lá achei que tivesse acontecido, quando você chegou estava nervosa, toda suada e tremendo.
-É que sai correndo de lá.
-Por que demorou tanto?
-Eu tive dificuldade para encontrar a linha e a agulha.
-Só isso? –senti que ele me encarava.
-Sim só isso. –falei olhando novamente para ele.
-Então quer que eu guarde segredo porque teve dificuldade para encontrar a linha e a agulha?
Meu coração começou a acelerar de tanto nervoso. “Eu tenho que pensar em algo...”.
-Promete que não conta para ninguém. –eu disse séria.
-Prometo. –ele disse curioso se aproximando.
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