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História O dia em que Ravi adotou um vira-lata chamado Jubileu - Capítulo único


Escrita por: Moonshine0405

Notas do Autor


Oi oi, brotinhos!
Mais Wontaek pra vocês. *w*
Estou bem apavorada com essa fic, afinal essa foi uma tentativa (tenho certeza que bem falha) de fazer comédia. Mas eu senti que precisava escrever algo que envolvesse o Ravi com cachorros, e como não resisto ao OTP também... revisei muito rapidamente, então peço que me avisem caso tenha deixado passar algum erro.
Espero que gostem.
Nos lemos nas notas finais?~

Capítulo 1 - Capítulo único


Ravi começou a sorrir e acenar assim que viu sua amiga caminhando em sua direção. Sentia o corpo vibrar em expectativa ao ver que ela trazia a caixa com o que havia prometido.

Estava tranquilamente sentado ao banco da praça mais próxima ao apartamento do grupo VIXX, aguardando por Yumi e apreciando o sol do fim de tarde. Cantarolava músicas e batia os pés, até que a garota surgiu em sua visão. Permaneceu sentado esperando que ela se aproximasse e logo tomou a caixa das mãos pequenas.

- Oi pra você também, Ravi – ela murmurou com sua voz fina ao se sentar ao lado dele, mas ele sequer a ouvia. O foco era todo da caixa cheia de furos que abriu sem pensar duas vezes.

E lá estava o que o tão famoso rapper estava desejando há tempos: um filhotinho. Um pequeno vira-lata de um mês de idade na cor preta. Estivera esperando-o desde nasceu, aguardando ansiosamente o momento em que desmamasse para ser seu.

- Oiiii, Jubileu – falou ao pegar o cachorrinho de dentro da caixa com as duas mãos. Ergueu-o na altura de seu rosto para observar o rostinho sonolento.

- Não poderia ter escolhido um nome melhor não? – sua amiga questiona, torcendo o nariz diante da escolha do nome do animal.

- Jubileu é um nome lindo. Estava em dúvidas entre esse e Gerônimo – Ravi comenta, ao aninhar jubileu num dos braços e começar a acariciar as costas dele. Sorriu ao ver que ele fechou os olhinhos, completamente relaxado com o novo dono.

- Já convenceu o Leo a te ajudar? – Yumi questionou, lembrando-se do plano dele para poder ficar com o cachorrinho em casa. Plano aquele que envolvia seu colega de grupo que mais sentia fascínio por animais.

- Ainda não – o rapaz respondeu, então desviando os olhos para o rosto dela. Queria abraça-la por ter lhe dado um presente tão lindo – Sei que ele só vai concordar se ver o Jubileu. Não vai resistir a tanta fofura.

- Não vai resistir a fofura do cachorro ou a você? Estou falando muito sério, vocês deveriam transar logo e para com toda essa enrolação. A tensão entre vocês forte que eu sinto meu coração prestes a explodir só de ver os olhares que trocam – os comentários fizeram as bochechas de Ravi queimar em rubor, que tentava não ligar para os comentários seguintes. Na maioria das vezes não ligava quando ela começava a falar incansavelmente frases como “eu sei que você quer dar pra ele”, porque sabia que elas eram verdade, mas jamais admitiria em voz alta que se sentia desta forma por um de seus melhores amigos.

- Para com isso – murmurou, antes de colocar o filhotinho de volta na caixa e se levantar – Preciso voltar pra casa agora. Muito obrigado por ter me dado ele.

Abraçou a moça por longos segundos, sem conseguir medir a felicidade por finalmente poder ter um bichinho de estimação. Já planejava passar no pet shop para comprar os itens que ele precisaria e em como entraria no apartamento sem que os outros rapazes notassem a presença do animal, já que eram proibidos de tê-los lá.

Tentaria ao máximo manter Jubileu próximo. E precisaria da ajuda de Leo para fazê-lo.

~*~

Quando Ravi entrou em casa, foi imediatamente questionado sobre o que havia dentro daquela caixa. Disfarçou dizendo que eram alguns presentes de fãs, assim como as sacolas que trazia consigo, e logo caminhou a passos apressados para o quarto de Leo. Entrou sem bater à porta, encontrando-o deitado na própria cama.

Sempre adorou a decoração do quarto dele. As paredes eram de um verde claro e a mobília toda branca, o que combinava perfeitamente com a personalidade dócil dele. Dois guarda-roupas, uma cama espaçosa e uma escrivaninha compunham o ambiente, fazendo Ravi notar um canto livre no qual imediatamente colou a caixa e a destampou.

- Preciso da sua ajuda, Leo-hyung – falou, sentindo o olhar sério dele sobre si. Ainda que fossem amigos próximos, ele sempre mantinha a face inexpressiva que o faria parecer muito mais velho do que realmente era. Por vezes realmente se sentia como um irmão mais novo diante do olhar dele.

- Com o que, Wonshik? – Leo questionou ao se levantar da cama e se aproximar para ver o que era tudo aquilo. Chamou-o pelo nome verdadeiro, como normalmente fazia quando estavam longe das câmeras.

Ravi pegou Jubileu de dentro da caixa e o levantou, mostrando-o para o amigo com o maior sorriso que conseguia abrir.

- O que você está fazendo? – o mais velho questionou imediatamente, embora não tenha conseguido se conter e tomou o animal das mãos do amigo. Observou-o com atenção, esboçando um sorriso ao ver tamanha fofura.

- A Yumi me deu ele. Preciso da sua ajuda pra escondê-lo aqui – Ravi explica rapidamente, ajudando-o a ajeitar Jubileu num dos braços. Sorriu ao ver como aquela cena era bonita. Leo já era lindo sem precisar fazer esforço, e ainda tinha um bichinho tão doce entre os braços.

- Aquela menina dramática? Ela tem muito bom gosto pra presentes e... Espera – Leo começou a comentar até notar porque o amigo estava ali. O fato de ter um animalzinho o envolvia diretamente – Você quer escondê-lo no meu quarto?

- Se eu levar para o meu o Hyuk vai contar para o N-hyung e vou ter que mandar o Jubileu embora – escutou atentamente a explicação do mais novo, sabendo que ele tem razão. Hyuk era o colega de quarto mais maldoso que alguém poderia ter e não existia a mínima possibilidade de ele concordar com aquele plano, por mais que também adorasse animais – Não deixem eles tirarem o meu filho de mim.

Leo sabia que não adiantaria resistir aquele pedido. Seu dongsaeng o observava com os olhos suplicantes, com as mãos unidas para entrelaçar os dedos e um bico fofo nos lábios. Sentiu uma vontade imensa de beijá-lo, coisa que já queria fazer há tempos e nunca teve coragem.

- Se vou ajudar com isso, é justo que ele seja meu filho também – disse em sua costumeira voz baixa, sustentando um ligeiro sorriso nos lábios. Quase caiu para trás quando Ravi se jogou sobre si para abraça-lo e tentou proteger o filhote do ataque. Adorava toda aquela espontaneidade dele, ainda que fosse o total oposto de sua própria personalidade.

Ravi se sentia extremamente feliz.

~*~

Leo achou que tudo daria certo.

Cuidaria do filhotinho diariamente e daria um jeito de leva-lo para passear todos os dias para que não crescesse somente dentro do quarto. Precisaria manter o quarto trancado e dar uma chave a Ravi para que ele entrasse para ver Jubileu.

Se afeiçoou muito ao cachorrinho durante o tempo em que passou com Ravi ajeitando um espaço para ele no quarto, com todos os itens que o mais novo havia comprado. Os potes de água e comida, a caminha azul e até mesmo brinquedinhos. Brincaram com ele até que dormisse e os próprios se sentissem sonolentos por ser muito tarde.

Leo estava aconchegado entre os cobertores quentes quando o plano começou a dar errado. Ouviu o barulho de um chorinho agudo no quarto escuro e o som de algo arranhando a porta. Levantou-se imediatamente e acendeu as luzes, vendo que Jubileu estava com as patinhas na porta.

- O que você está fazendo, seu porrinha? – questionou, ao pegá-lo no colo. No entanto, ele não parou de chorar nem ao ser pego – O que eu faço com você?

Ainda com o cachorro no colo, Leo se sentou na cama e pegou o próximo celular. Deu um toque no celular de Ravi para acordado e enviou uma mensagem em seguida.

Leo: “Seu filho está chorando. Vem aqui cuidar dele”.

Aguardou acariciando o animalzinho, conversando com ele e tentando fazê-lo parar de chorar. Mas nada adiantava. Tentou até mesmo cantar.

Ravi: “Pensei que ele também fosse seu filho”.

Quis xingar Ravi pela resposta que recebeu, mas não o fez. Precisava que ele viesse logo antes que o barulho do choro acordasse os rapazes nos outros quartos.

Leo: “Ele está sentindo falta da mãe”.

Ravi: “POR QUE EU TENHO QUE SER A MÃE?”.

Leo riu com a resposta que recebeu. Não havia dito a frase no sentido com a qual foi interpretada, mas adorou a forma com que soou. Não hesitaria em caçoar dele dizendo que era a mãe.

Leo: “Vem logo, demônio”.

Continuou acariciando Jubileu até que um Ravi com os cabelos arrepiados entrasse no seu quarto. Estava dormindo, a julgar pelo emaranhado de fios descoloridos em sua cabeça e as roupas amassadas.

- Que pai de merda é você, hein Leo-hyung. Não consegue nem fazer o bichinho parar de chorar – o mais novo disse ao se aproximar para pegar o cachorrinho das mãos de Leo, o qual imediatamente parou de chorar e começou a lamber suas mãos.

- Tenho culpa se ele quer a mãe? – semicerra os olhos na direção dele por conta da pergunta, mas logo volta a atenção para Jubileu. Nota que ele está tremendo.

- Acho que ele está com frio – comenta, colocando o cachorrinho junto ao peito para aquecê-lo com o calor do próprio corpo – Vamos dar uma blusa pra ele.

Se encaminhou para o guarda-roupa de Leo e o abriu, logo procurando por uma blusa mais velha para colocar na cama do filhotinho.

- Ei, Wonshik! Por que vai pegar uma blusa minha? – ouviu o protesto do mais velho e se virou na direção dele, já segurando a blusa escolhida. Esboçou um sorriso malicioso.

- É dever do pai aquecer o filho, não é? – provocou.

Leo não se deu ao trabalho de responder, apenas se ocupou em observá-lo nos minutos seguintes. Ainda sentado na própria cama assistiu quando o mais novo colocou sua blusa na cama de Jubileu e ele no meio dela, aninhando-o. Assistiu-o sentar-se no chão e cantarolar até que o filhotinho adormecesse mais uma vez.

- Está com frio? – questionou depois de minutos, notando como o braço de Ravi estava arrepiado. Não recebeu uma resposta.

Levantou-se da cama e se aproximou dele. Agachou-se atrás dele, antes de passar os braços ao redor da cintura e apoiar o queixo no ombro. Surpreendia-se com as próprias atitudes, mas já não conseguia parar. Não queria parar.

- É dever do pai aquecer a mãe também, não é? – questionou num sussurro, sorrindo ao ver que ele se arrepiou com suas palavras. Sem pensar duas vezes, pegou-o no colo e o levou à cama – E esse pai aqui sabe uma ótima maneira de fazê-lo.

Ravi riu repleto de malícia antes de puxar o mais velho para um beijo lascivo, contente por finalmente poder agir como sempre quis perto dele. Poder tocá-lo, gemer o nome dele por saber que era correspondido.

Ambos se entregaram ao prazer e paixão que encontraram um no outro, se preocupando então com os barulhos que faziam e não mais com os barulhos de Jubileu.

~*~

Ravi acordou assustado por não estar em seu quarto. Levantou-se num salto ao virar para o lado e notar que dormia entre os braços de um Leo completamente nu. Correu para fora do quarto, ignorando Jubileu que o observa abanando o rabo achando que iriam brincando.

Passou a passos rápidos pelos corredores até chegar ao próprio quarto, sentindo vergonha de si mesmo por estar correndo pelado pela casa. Quando entrou no cômodo foi rapidamente vestir uma roupa e enviar uma mensagem para Yumi contando o que aconteceu. Jamais teria coragem de falar pra um dos meninos do grupo, por mais que fossem melhores amigos.

Ravi: “Transei com o Leo”.

Enviou a mensagem e se sentou na própria cama, aproveitando o escuro do quarto já que ainda não havia amanhecido. Ouvia o ressonar alto de Hyuk enquanto pensava sobre o que havia feio. Claro que queria ir para a cama com seu hyung, desde sempre, mas não sabia como iria trata-lo depois do que aconteceu. Deveria voltar lá e ficar com ele até que ele acordasse para conversarem?

Yumi: “Espero que seja um motivo muito bom pra me acordar a essa hora, viado.

COMO ASSIM ‘TRANSEI COM O LEO’? COMO ISSO ACONTECEU? ME CONTA TUDO.

ELE TE FALOU ALGO DO TIPO ‘TE AJUDO A ESCONDER O JUBILEU SE VOCÊ ME DER A BUNDA’?”.

Ravi suspirou ao ler as três mensagens da amiga. Normalmente adorava os escândalos que ela fazia, e até mesmo os dramas, quando não conseguia mais parar de falar, mas sentia suas bochechas queimarem em vergonha.

Ravi: “Jubileu estava chorando.

Ele me chamou no quarto dele.

Coloquei o bebê pra dormir.

Ele percebeu que eu estava com frio.

Disse que ia me aquecer.

Beijei ele.

Transamos.

Acordei agora e saí correndo.

Com as coisas tudo de fora e balançando!”.

Passou a mão pelos próprios cabelos ao se lembrar de tudo que havia feito. De como havia gemido o nome de Leo, pedido por mais. Involuntariamente se sentiu excitado novamente, ainda queria mais dele.

Yumi: “EU TO BERRANDO.

POR QUE VOCÊ SAIU CORRENDO, SEU JEGUE?

VOLTA PRA LÁ AGORA E DÁ PRA ELE DE NOVO!”.

Ravi: “E se eu te disser que quem comeu foi eu?”.

Yumi: “VOCÊ COMEU O BRIOQUINHO PRECIOSO DE JUNG TAEKWOON?!

VOCÊ JÁ PODE MORRER.

CERTEZA QUE NÃO VAI CONSEGUIR FAZER NADA MAIS INCRÍVEL QUE ISSO NA VIDA”.

Jogou o celular de lado e se ergueu num salto. Aquela conversa não estava ajudando. Sentia-se tão quente que pegou uma toalha e foi para o banheiro, onde se ocupou com um banho frio nos minutos seguintes para se distrair de tudo que o atormentava.

Voltou ao quarto e se deitou na própria cama, onde logo adormeceu. Acordou com a voz alta de N vinda da cozinha, indicando que o dia já havia amanhecido. Pegou o celular para checar as redes sociais, lendo algumas mensagens das fãs e então vendo que Yumi havia dito mais coisas.

Yumi: “Acho que você tem que se acalmar.

Depois ir lá, conversar com ele e transar de novo.

E VÊ SE DESSA VEZ DÁ ESSA RABA”.

Sequer respondeu-a e se levantou da cama. Foi direto para a cozinha onde seu líder já prepara o café da manhã, sentando-se junto a todos os rapazes na mesa. Evitava olhar para Leo, sentindo as bochechas queimarem por estar sentado ao lado dele.

Tentou participar das conversas, das brincadeiras que Ken fazia, mas não conseguia. Sentia-se tenso e constrangido. Tentava se concentrar na sopa a sua frente, mas estava distraído demais. Até que sentiu algo entre seus pés.

Olhou para baixo e viu que Jubileu estava ali, correndo por baixo da mesa todo animado. O rabinho balançava e tinha as orelhas em pé, com os olhos focados nos pés de Hongbin.

Ravi se desesperou. Deu um tapa na perna de Leo para chamar a atenção dele para o acontecido, mas não mediu sua força e o barulho das peles se chocando ecoou pela cozinha chamando a atenção de todos.

- O que está acontecendo com vocês dois hoje? – N questionou, olhando de um para o outro, desconfiado dos rostos vermelhos e do olhar que eles trocaram por conta do tapa.

- Eu ouvi um barulho estranho vindo do quarto do Leo-hyung ontem – Hongbin comentou, exibindo suas covinhas com o sorriso radiante que exibia. Sempre deixou claro que torcia para que os amigos se tornassem um casal – Uns gemidos diferentes...

- Quando eu fui dormir o Ravi não estava mesmo no quarto – Hyuk completou, também sorrindo.

- Acho melhor vocês cuidarem das próprias vidas antes que eu comece a contar tudo que sei sobre vocês – Leo disse, com sua voz sempre tão baixa, fazendo questão de soar assustador. Lançou um sorriso a Ravi, ainda que tivesse envergonhado, mas logo notou que ele tinha uma expressão diferente no rosto.

Se aproximou para fingir que ajeitava algo no cabelo dele e aproveitou para sussurrar.

- O que aconteceu? – questionou, embora já desconfiasse. Ele estava arrependido do que haviam feito, tudo não havia passado de uma noite pra ele.

- Jubileu está embaixo da mesa – a resposta que recebeu o pegou de surpresa. Olhou para baixo do móvel e viu que o filhotinho realmente estava lá, observando atentamente os tênis de Hongbin.

Tentou alcança-lo com um dos pés, mas não conseguiu. Quando viu ele já estava mordiscando o tênis do rapaz, o qual sentiu e imediatamente olhou para ele.

- Tem um cachorro aqui! – Hongbin exclamou, se abaixando para pegar o animalzinho. O colocou sobre as coxas e começou a brincar com ele – De onde será que esse vira-latinha veio?

N, usando de toda sua infalível percepção, imediatamente direcionou o olhar para Leo e Ravi, que tentavam disfarçar o desespero por Jubileu estar ante aos olhares de todo. Cruzou os braços e exibiu seu olhar de “mãe” para os dois.

- Podem começar a se explicar – disse, com o tom de voz firme.

- A culpa é do Wonshik – Leo disse com rapidez, recebendo mais um tapa de Ravi como consequência por sua frase.

- Teria dado certo se você não tivesse deixado ele escapar do quarto – o mais novo reclamou, levantando-se para pegar o cachorrinho das mãos do Hongbin. Aninhou-o entre os braços, como se o protegesse de todos os outros – O nome dele é Jubileu e ele é meu filho.

- Jubileu?! – Ken questionou, antes de começar a rir do nome escolhido – Então os barulhos não eram vocês dois transando?! Só me dão desgosto mesmo...

- Só seu filho, Wonshik? – Leo questionou, irritado por ter sido excluído da frase. Havia concordado com toda aquela loucura, e mesmo que não quisesse levar uma bronca, achava justo que também fosse incluído naquele conceito de família.

- Nosso filho – sorriu ao ver o menor corrigir a frase com rapidez, mas logo notou que também estaria encrencado por causa daquilo.

- Quantas vezes eu já falei pra vocês que não são permitidos animais no apartamento? – N começou a falar, em mais uma de suas lendárias broncas públicas – Vocês parecem aquelas criancinhas que não sabem ouvir não. Vou colocar os dois no canto do pensamento por causa disso. Me dá esse bicho aqui.

Leo e Ravi pensaram que o líder estava brincando com relação ao cantinho do pensamento, mas se enganaram. Ele realmente os colocou sentados no chão da sala de estar, num dos cantos, para que refletissem a respeito do que fizeram. Disse também que encontraria um novo lar para Jubileu, mas se eles fossem agir como crianças seriam tratados como tal.

- Às vezes eu acho que ele leva esse lance de mãe a sério demais – Leo comentou, ao encostar-se à parede. Suspirou ao olhar na direção do mais novo, então notando a expressão chorosa que ele ostentava.

- Ele vai tirar o Jubileu de mim – sentiu o coração partir ao ouvir a sentença, imediatamente puxando-o para um abraço. Não queria vê-lo triste, mas sabia que aquele risco sempre estaria presente. Ainda que não tivessem conseguido manter o segredo por um dia sequer.

- Nós vamos dar um jeito – tentou confortá-lo, embora soubesse que não estava conseguindo. Voltou a se sentar devidamente, e ficou em silêncio nos minutos seguintes. Detestava aquele clima estranho pairava entre os dois – Por que fugiu hoje cedo? Eu sou tão ruim de cama assim?

Ravi não respondeu imediatamente. Estivera com muito medo de que aquele momento chegasse, o momento em que finalmente tivesse que admitir tudo que sempre sentiu. No entanto, já não havia mais uma saída, teria que dizer.

- Eu sempre quis te ver rebolando em mim como fez ontem... – sua voz soou tão baixa que beirava o sussurro. Escondeu o rosto entre os joelhos, profundamente envergonhado.

- E por que nunca me disse ou demonstrou? – Leo questionou, intrigado por nunca sequer ter notado que ele tinha interesse em si. Se houvesse notado já o teria pego para si há muito tempo, já que sempre o desejou.

- Seu coração parecia tão de pedra que eu tinha medo de você sair na rua e um crackudo fumar ele! – a resposta o fez rir. Não conseguia se conter perto daquele rapaz, que sempre conseguia arrancar suas risadas mais espontâneas. Então notou que realmente não havia demonstrado que também o desejava, mas naquele momento o fazia mais que tudo. Queria simplesmente leva-lo para o quarto e ficar com ele na cama até perder as forças.

- Mas você conseguiu ele mesmo sendo de pedra – sussurrou, focando os olhos nos dele. Sem pensar duas vezes curvou-se e colou os lábios aos dele por breves instantes, num beijo doce e repleto de sentimentos – Ele é seu. Pode fumar ou fazer o que quiser.

- Talvez possamos dar um jeito de transformar em pó pra eu cheirar também – Ravi brincou, recebendo um olhar assustado como resposta. Não conteve a risada alta que escapou por entre seus lábios – Está bem, vou parar com essa conversa estranha.

- PAREM DE SE PEGAR E CUMPRAM O CASTIGO, SEUS TARADINHOS! – a voz de N soou pela sala e se afastaram num sobressalto, mas não sem direcionarem um sorriso bobo um para o outro. Estavam irrevogavelmente apaixonados.

~*~

Leo não conseguiu convencer N a deixar Jubileu ficar.

Tiveram que doar o animalzinho para uma amiga em comum depois de muito choro de Ravi, que prometeu visita-lo todos os finais de semana. Leo se esforçou muito para consolá-lo (na cama), até que ele finalmente superasse o acontecido depois de três semanas. No entanto, ainda tentava conversar com o líder do grupo para que o permitisse ter um animal de estimação.

Havia notado que o mais novo era alguém com muito amor para dar, muito carinho reprimido e sabia que um animalzinho seria o ideal para ele, ainda que tivessem começado a namorar. Nem mesmo todas as noites que passaram em claro em seu quarto pareciam suprir aquela necessidade dele.

Então, Leo conseguiu. Convenceu N a permitir um animal pequeno, que não perturbaria os vizinhos e nem mesmo os outros rapazes. Pensou por dias em qual bichinho se encaixaria naquela descrição, decidiu e o comprou.

Iria deixa-lo em seu quarto novamente, para não perturbar nem mesmo Hyuk, e logo que chegou com ele em casa foi buscar Ravi para que o visse. O puxou pela mão até seu quarto, aguardando ansiosamente por uma reação.

No primeiro momento Ravi não entendeu o que aquela gaiola colocada sobre a escrivaninha significava. Não entendeu os tubos coloridos e aquela serragem estranha, até que viu o que havia ali: uma bolinha de pelos no tamanho de uma almondega. Havia ganhado um hamster.

Abriu a gaiola e pegou o pequeno animalzinho, que imediatamente o mordeu por ter sido assustado. Colocou-o de volta e olhou para o local do dedo indicador onde foi mordido, vendo uma pequena marca vermelha ali. Aquele bichinho era mesmo muito forte.

- Ele tem que se acostumar a você primeiro – Leo comentou, aproximando-se para abraçar o namorado por trás. Passou os braços ao redor da cintura dele e beijou-lhe a parte de trás da nuca, sem conseguir conter um sorriso.

- Muito obrigado! – Ravi exclamou, girando entre os braços do namorado. Roubou um rápido beijo dele, começando a dar pulinhos de felicidade em seguida – Eu amei! Ele é tão lindinho quanto um crouton. Olha essas bochechas, são iguais as suas!

Apertou as bochechas do mais velho entre indicador e o polegar, chamando-o de hamster antes de beijá-lo mais uma vez. Beijo o qual não durou por muito tempo, pois logo ouviu mais uma pergunta.

- Já pensou em um nome? – sorriu diante do questionamento. Novamente, usaria de seu gosto nem um pouco convencional para batizar o animalzinho.

- Ele vai se chamar Carambola.

 


Notas Finais


Então, o que acharam?
Digam para mim nos comentários, me façam feliz.
Até uma próxima! Beijinhos açucarados~


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