História O Diário de Jully Morgan - A morte

Era só o barulho de Lucy saindo com o carro.
O cofre foi deixado aberto.
A chave não estava mais lá.
Nem a sacola.
Que burra. Quem deixa um cofre aberto?
É óbvio que eu não ficaria ali parada.
Deixei minha irmã dormindo.
Ela saberia se virar.
Espero.
Peguei a bicicleta elétrica e fui escondida atrás do carro.
Eu precisava saber o que era.
Ela tinha ido aonde meu pai se encontrava com os amigos dele todos os dias: na lanchonete da rua.
Me aproximei.
Ela parecia uma mágica. Tirou tão rápido meu pai daquele lugar.
Eu vi que ele entrou no carro cinza dela.
Eu tinha colocado uma câmera naquele carro que tinha conexão com meu celular, ou seja eu podia ver o que estava acontecendo.
A conexão estava falhando.
-NÃO FUNCIONA! - gritei para mim mesma.
Finalmente ligou.
Eu via do banco de trás.
Ela estava injetando no meu pai aquela seringa com o líquido transparente.
Ela iria matar ele?
Acelerei com aquela droga de bicicleta e encostei no carro dela que estava estacionado.
-Ah, Jully, fala sério, sai daqui agora! - Disse Lucy.
- O que vc tá fazendo com o meu pai? Sua vilã!
-Nada. Ele sofreu um acidente de carro! - Essa foi uma das piores mentiras qje eu já ouvi.
- Acha mesmo que vou acreditar em vc?! O que vc fez com ele?
- Eu já disse, eu não fiz nada, Jully.
Que raiva daquela mulher. Ela achava mesmo que eu ia cair numa mentira tosca como essa?!
- Filha… Disse meu pai baixinho, quase sem voz, ele estava morrendo.
Pulei no carro.
-O QUE VC FEZ COM MEU PAI?
-Ele não vai fazer falta, não é amor? Agora vou ficar com todo seu dinheiro, mandarei suas filhas para um orfanato e vc vai lá pro céu… Bobinho - Disse Lucy completando com uma risadinha falsa.
Que ódio! Que raiva dessa idiota!
-Não pai, não me deixe, por favor… - já estava chorando. - Você é o único que me ama, não quero ficar com essa mulher, por favor, não vá.
-Eu te amo, filha, não tem mais tempo, eu vou morrer, cuide da sua irmã por mim. Diga que a amo.
Comecei a chorar igual uma criança.
-Não deixe ela matar mais ning…. - fechou os olhos. Sua respiração parou.
-NÃO! OLHA O QUE VC FEZ! AGORA NAO TEM MAIS VOLTA! EU TE ODEIO, EU TE ODEIO! - Berrei com toda a minha raiva.
- Esse é o meu final feliz, querida…
- Eu não sou sua querida. - Afirmei.
-Não pense em contar isso para ninguém, ou vc e sua irmã terão o mesmo caminho do seu pai.
Já na aquentava mais ficar naquele lugar.
Não conseguia ver aquilo. Saí correndo.
Voltei pra casa.
Meu pai acabara de morrer.
No meu aniversário.
Tinha que contar isso para minha irmã.
Entrei no meu quarto, eram 23:48. Steffanie ainda dormia.
Deitei na cama em meio ao meu mar de lágrimas e dormi.
To be continued....