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História O Diário do Apocalipse - A Vida após o Fim. - Zonas Seguras


Escrita por: GabrielFarre

Capítulo 4 - Zonas Seguras



Consideravelmente, toda a cidade parecia ter sido evacuada. Não ouvia nenhum ser lá fora, a não ser que os errantes. Se é que estes podem ser considerado como algo em vida.

Lá fora as batidas que aqueles errantes davam no meu portão principal, me incomodavam.

Liguei o rádio novamente. Ouvi que eles teriam de fazer uma patrulha noturna para ver se ainda havia algum sobrevivente não ferido. Eles disseram ainda que caso houvesse, seria levado para a área de evacuação.

Passaram perto de minha rua, já na caída da noite.

Pude ouvir alguns tiros que me assustaram um pouco, uma vez não era normal ouvir tiros nessa vizinhança. Exceto uma vez em que houve uma discussão entre marido e mulher na casa dos vizinhos, lembro-me de ouvir uns disparos. Sorte que ninguém saiu ferido.

Diariamente ouvia o meu rádio a pilhas. Faltavam algumas semanas, talvez duas de uso para elas acabarem.

Escutei relatos que estavam criando mais zonas seguras entre as Filipinas e perto do oriente, pois nessas regiões havia menos casos de infectados ou feridos. De uma coisa eu sabia: lá era o mais seguro possível e eu precisaria sair da cidade, contudo sem alguma arma ou suprimentos não daria certo.

Procurei em cada pedaço da minha casa, silenciosamente, algo que poderia se transformar facilmente em uma arma.

Estranho como antes de tudo isto, nós notaríamos que cada objeto em nossa casa poderia virar facilmente uma arma, como por exemplo pistolas de grampos.

Consideravelmente, toda a cidade parecia ter sido evacuada não ouvia nenhum ser lá fora a não ser os errantes.

Disseram que estavam criando mais zonas seguras entre as Filipinas e perto do oriente onde estavam havendo poucos casos de infectados ou feridos, de uma coisa eu sabia lá era o mais seguro possível e eu precisaria sair da cidade, mas sem alguma arma ou suprimentos não daria certo.

Só que eu precisaria fazer um pouco de barulho, e se destacaria-se a milhares de quilômetros e aqueles errantes ao emitir seus gemidos cadavérico durante a noite e cambaleantes como uma cadeira com a perna quebrada.

O estalar dos ossos estava quase me enlouquecendo,  por pouco, não saiu e tento os impedir, lembrei que não um arranhão ou mordida e estaria infectado.

Veio um pensamento em minha mente no momento em questão: "E se um soldado, me encontra-se ferido e me desse um tiro?".

Eu evitei essa situação, e fiquei apenas ouvindo as batidas no portão principal da minha casa. Foi ai que eu tive uma ideia, procurei em cada lugar da minha casa nos armários, gavetas, porão e sótão. Não toco no sótão a muito tempo, desde a morte de minha esposa Vitória.

Mas lá tinha muitas coisas que facilmente eu poderia transformar em uma arma, como por exemplo,  um taco de baseball, uma velha ripa de madeira, entre  muitas outras coisas que poderiam se tornar uteis ao criar um armamento.

Enquanto isso estou segurando o vestido de minha esposa, lembrando de seus momentos finais ao meu lado. Meus pensamentos, vão até ela nessa fração de segundo evitando que eu fique fora de mim.

Neste momento na parte térrea da minha casa o Apollo (se é assim que posso chama-lo) está inquieto. Creio que sejam as batidas no portão, a falta de movimento que o estão deixando assim.

Para um gato, com uma audição aguçada deve ser ensurdecedor e inquietante.

Pensava estar sozinho, mas eu ouvi um barulho vindo da casa vizinha. Vou ligar para o vizinho, será que é ele ou mais uma daqueles errantes invadiram a casa dele?

Neste curto espaço de tempo, consegui ouvir um chiado vindo do rádio. Na televisão, quase todos os canais estavam com aviso de emergência e criação de novas áreas seguras.

O alerta que aparecia na televisão seria o seguinte: "Todos os sobreviventes, que por ventura estejam em suas casas, tranque suas portas, barrique suas janelas. Uma delegação do Exército Brasileiro, estão se movimentando para resgatar os sobreviventes".

Olhei para a minha rua da minha janela, e vi meia dúzia desses errantes três deles estavam batendo no meu portão.

Tinha três veículos, em frente da rua e dois deles estavam com as portas passageiras abertas e com marcas ensanguentadas nos vidros. Imagino que a situação foi a seguinte:

Estavam desesperados para fugir desse lugar, e de repente foram cercados pelos errantes lá fora. Eu vi que o passageiro conseguiu fugir. Mas enquanto corria, foi cercado pelos errantes foi mordido, atacado, quase totalmente dilacerado e tinha se tornado um deles.

Penso no desespero dessas pessoas enquanto se tornavam ou morriam no ataque desses errantes seres que por algum motivo não dormiam, não se cansava, e sua função principal era comer tudo e todos que encontrassem pela frente.

Estava com o barulho que havia ouvido mais cedo na casa vizinha e então decidi ligar para o meu vizinho.
Quando efetuei a ligação, ao segundo toque, fui atendido.  Foi aí então, que eu já não estava mais sozinho nesse lugar que foi abandonado por Deus.

Perguntei o seu nome e no meio da conversa ele me disse:

- Meu nome, é  Ramon Catanzaro. E o seu? Está tudo bem, por aí?

Respondi meu nome brevemente, falei também que estava no controle da situação, olhando pela janela para a casa em que o Ramon estava.

Enquanto conversava com ele (fazia um bom tempo, desde a perda com o contato humano). Ele me explicou o pouco que sabia sobre essas criaturas.

E então, começamos a elaborar um plano de fuga.  Cada detalhe meticulosamente calculado, para evitar uma falha qualquer erro poderia se tornar fatal, uma mordida, um arranhão.

Poderia nos transformar em um dele em questão de minutos, horas, dias talvez.

O Ramon, me contou que tinha um carro na garagem. Que ele estava, caracterizando com alguns equipamentos de proteção, sendo assim para evitar quaisquer contato com os errantes que estavam lá fora.

No entremeio da conversa, me disse que eu conseguiria chegar a casa dele por meio de um muro. Um pouco alto, arriscado, mas de uma forma que eu não teria nenhuma preocupação com aquelas criaturas batendo em seu portão.

E então eu tentaria chegar a ele, no dia seguinte pela manhã quando a luz do sol aparecesse.

Descobri algumas características a respeito do meu novo amigo, ele gostava de curtir a vida, ouvir um rock-metal dos bons. No tempo antes da internet "acabar" estavamos pesquisando como sobreviver a um apocalipse.

Eu tenho um notebook que não usava com muita frequência, mas agora com um novo contato, não pude pensar duas vezes em utilizar. Muitos sites famosos, como por exemplo, Google, Facebook e Yahoo já não estavam mais ativos.

Mas o único que por ventura, se mantinha online era o Hotmail. Sendo assim, poderia manter um contato discreto e sem chamar atenção com o barulho que vinha do telefone.

Meu único pedido a ele foi para ele se manter vivo, e que nós estamos no controle da situação.

Cerca de alguns minutos atrás eu contei todo o suprimento que eu tinha e foi alarmante, pois após algumas semanas racionando comida, estava chegando ao fim. Não sei o quanto vai durar.

Enquanto isso, eu avisei o Ramon da minha situação. Espero que ele possa me ajudar...



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