História O Diário do Apocalipse - A Vida após o Fim. - Fuga pela Fronteira

Ramon e eu estávamos decididos a sair dessa cidade devastada, sem vida e ao longo de uma semana. Estamos prontos para partir, na garagem dele estava toda trancada para evitar a entrada de errantes, ele sabia o que tinha que enfrentar se ele fosse mordido. Nós só tínhamos uma solução, caso ele fosse mordido que seria a morte (um tiro na cabeça).

Nós tínhamos nossas próprias conclusões sobre o que estaria por vir no futuro. Ninguém acreditava em nenhuma palavra até quando aconteceu tudo. Se caso um de nós fossemos mordidos, também teríamos que optar entre suicídio ou deixar tudo para trás caso encontrássemos uma arma (Dar adeus para um conhecido, não é muito fácil e todos sabem disso).

Eu tive uma sorte tremenda, ao encontrar uma escada que por vez nunca utilizei após o incidente com minha esposa Vitoria. Que por vez foi usado numa noite de natal junto com a minha amada Vitoria, lágrimas se esvaiam em meus olhos. A saudade de vê-la sorrindo nem que fosse só uma vez, veio a minha cabeça e então segui em frente.

Peguei a escada e coloquei no entremeio do muro,  cheguei ao lado em que o Ramon estava e comecei a passar os suprimentos que eu tinha comigo, inclusive o restante que também tinha em alguns lugares separados da casa. Peguei o Apollo, e o levei para a casa do Ramon, estávamos nos preparando para mais uma noite enquanto o Sol se esvaia no horizonte.

Preparamos uma barricada, sob as portas que estavam parcialmente bloqueadas e parecia que aqueles errantes lá fora, sabiam que estavam acontecendo algo. Eles começaram a bater na porta, tentando entrar e ficamos totalmente em alerta. 

Precisava saber se tinha alguma notícia do mundo lá fora, e então eu liguei o rádio portátil para checar nas radiofrequências se tinha alguma coisa. Estava a alguns dias sem saber, sem conseguir contato com o mundo exterior.  Finalmente, após várias tentativas consegui captar um sinal estava numa frequência baixa mas consegui captar e ouvi uma voz tão baixa mas não inaudível. Essa voz decretava uma lei marcial, algo novo já que a muito tempo, não ouvíamos falar sobre isso a lei dizia o seguinte:

- Lei n° 35.050: Todos devem ir para a área segura e as fronteiras estarão todas fechadas, assim quem sair da área de proteção estará por contra própria.

Nos meus pensamentos, quem saísse das áreas de proteção poderiam ser mortas e as que fugirem estariam por conta própria lá fora. Teria que se virar, se escondendo a noite e algum lugar da cidade. Alguns errantes, estavam nas zonas consideradas "quentes" e isso seria muito perigoso.

Nas transmissões finais que eu estava ouvindo o rádio, por sua vez, acabou suas baterias. Mais uma zona segura, se foi e havia muitos feridos.