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História O Diário do Apocalipse - A Vida após o Fim. - Fuga da Cidade Morta


Escrita por: GabrielFarre

Capítulo 7 - Fuga da Cidade Morta


De fato, passou-se um bom tempo sem nenhuma notícia de nossa cidade.

Fiquei preocupado com meus pais. Especialmente porque desde que este incidente começou eu não consegui estabelecer contato com eles.

O que me consola é o fato de não ter sido o único sobrevivente da minha rua. O Ramon tem sido um bom amigo, no meio desta catástrofe, e uma ajuda preciosa também.

O meu vizinho e eu temos recolhido arduamente suprimentos para a nossa fuga. Pegamos tudo o que poderia nos ajudar, sem esquecer os casacos pesados, uma vez que estes não rasgariam tão fácil. Uma das vantagem deles seria evitar ser mordido e transformado em um errante.

Algo que também não poderia faltar, seria todos os objetos possíveis que pudéssemos transformar em armas. Consegui pegar um cabo, que certamente era de aço, e o transformei em um suporte para fabricar pequenas lanças com as facas e pedaços de madeira.

Depois de armados, colocamos o Apollo na sua caixa de transporte. Aparentemente ele a odeia. Todavia, nesses tempos, era melhor ter ele dentro dela, do que perdê-lo para algum daqueles errantes lá fora.

Quando demos o nosso último adeus para nossas casas foi difícil. Afinal tínhamos passado grande parte da nossa vida lá e havia muitas memórias importantes.

O carro que usaríamos era bem confortável e espaçoso. O Ramon iria no banco passageiro e eu dirigiria. Já o Apollo estava na parte traseira do veículo.

Deixamos todas as portas e janelas trancadas, para poder prosseguir a viagem. Abrimos a garagem e saímos em disparada, para evitar pegar muitos errantes e sermos impossibilitados de sair com o carro.

Ligamos o ar condicionado, para evitar que as janelas ficassem embaçadas... Porém o cheiro nauseante que vinha de fora do veículo nos fez desligá-lo.

Ao atravessar a rua principal que dava acesso a saída sul, o ronco que nosso motor fazia chamou atenção de um pequeno grupo de errantes.

Acelerei fielmente e o ronco do veículo aumentou cada vez mais.

Eu não podia falhar.

Não dessa vez.

Tínhamos finalmente conseguido sair desse lugar abandonado por Deus e eu não iria desistir tão fácil.

Ao alcançar o centro da cidade, o ronco do motor chamou a atenção de uma horda de errantes que havia por lá. Na traseira de nosso veículo, podia-se ouvir as batidas e tentativas de entrar em nosso veículo. Estas estavam ficando cada vez maior.

- Blam... Blam... BLAM!

O cheiro dos errantes entranhava-se nas minhas narinas. Era uma mistura de carne podre  e fogo.

Continuamos o nosso caminho até chegar à rua principal que nos iria permitir ter acesso às vias de saída da cidade.

Por onde quer que fosse grupos e mais grupos de errantes perseguiam-nos, já que eles estavam começando a tomar das ruas.

De alguma maneira nós teríamos sair de lá. De alguma maneira nós iríamos conseguir.

Nosso carro chacolhava como se fosse um barquinho de papel no meio de uma banheira cheia de água e turbulenta.

Conseguimos sair do meio daquela horda de errantes.

Nossos vidros que eram blindados estavam ficando um pouco avariados. Isso não poderia acontecer, todas as avarias teriam de ser evitadas. Sendo assim, acabamos por nos escondemos em um pequeno restaurante que havia na rua em que nos encontrávamos.

Antes mesmo de entramos no lugar, verificamos se não havia nenhum movimento lá dentro. O risco deveria ser evitado a qualquer custo.

Por ventura não havia nenhum sinal de movimento, nem de saques ou arrombamentos. Quem era dono deste lugar saiu às pressas e deixou as chaves na porta.

Abrimos, rapidamente, entramos e trancamos o local, tão silenciosos como um morcego na escuridão.

Fechamos as persianas que havia no local, para evitar que alguma daquelas criaturas notasse o movimento que havia dentro do restaurante.

A cozinha estava impecável, como se alguém tivesse a limpando por uma última vez, contudo nas prateleiras podia-se notar fileiras e fileiras de poeira.

Fomos diretamente a geladeira, abrimos a porta e encontramos muita comida estragada. Tentamos encontrar algo que seria útil e acabamos por achar vários enlatados. Pelo menos teríamos jantar nessa noite.

Pegamos sacos de dormir que havíamos guardado no carro, nessa madrugada.

Ouvi algumas batidas em nosso carro. Estou preocupado que eles consigam entrar no local.
O barulho cessou, mas rapidamente voltou. Nesse momento eu vi dois errantes passando em frente a porta do restaurante.

Os dois eram ambos adultos. Um homem e uma mulher.

O homem devia estar na faixa etária de 30 anos. Era alto, tinha corpo atlético, vestia uma camiseta do AC/DC que estava toda ensanguentada e aparentava ter uma mordida no pescoço.

A mulher aparentava uns 30 anos também. Era mediana. Estava usando um vestido na hora da morte, pois com o vestido rasgado mostrava suas pernas. Na perna direita podia ver-se claramente uma marca de mordida.



Ficaram batendo nas vitrines do restaurante. Por sorte as vitrines aguentaram os murros violentes e sistemáticos.
Eu e o Ramon estávamos no escuro, somente com um lampião para iluminar e tentado não chamar muita atenção.

Faziam três dias que eu não tomava banho e que tive que sair do conforto da minha casa.

Enquanto o Ramon dorme, eu estou aqui relatando o que está acontecendo neste exato momento.

Descobri algo que pode ser terrível para nós. Eu já ouvia um barulho vindo do banheiro dos fundos, há algum tempo. Tentei entrar outrora e a porta estava trancada.

Havia um bilhete caído no chão que dizia o seguinte:

- "Não abra jamais, sob quaisquer circunstâncias!".

Tenho certeza que tem algum daqueles errantes lá dentro. Vou à cozinha preparar algum armamento para prepararmos o combate.

Após a fabricação da arma, fui em direção ao banheiro e destranquei a porta. Lentamente, fui girando a maçaneta até que uma mão saiu pelas frestas da porta. A minha única reação foi mirar na cabeça com a semi lança que eu havia fabricado.

O barulho de um combate acordou o Ramon. Ele veio correndo para minha direção, após eu ter terminado o combate e me livrado daquele errante. 

O som que aquela criatura emitiu atraiu um grupo de errantes que estava em frente ao restaurante.

— Ramon, — estou com um pouco de falta de ar, após o susto. — 'Tá tudo bem cara. Tenta recuperar o seu fôlego. Precisamos achar um meio de sair deste restaurante.

— Concordo, a manhã está chegando, não vai dar para descansar. Além disso mais errantes estão vindo.

O Ramon tinha razão o som daqueles errantes atraiu muito mais.

Acho que me esqueci de avisar que o Apollo está tranquilo e dormindo em meu colo, depois dessa noite turbulenta.

Mal acabamos a nossa refeição, traçamos uma estratégia para sair desse lugar. O barulho que aqueles errantes fazem estava me tornando neurótico, devido ao som incessante. 

Temos bastantes suprimentos para prosseguirmos. Pegamos o que poderia vir a ser útil e colocávamos no porta-malas do veículo.

Esperamos a poeira abaixar por causa do grupo de errantes que estava lá fora. Estes demoraram até seguir o seu rumo sem direção específica.  

O outro lado da rua está bloqueado, sendo assim, nenhum desses errantes conseguiram chegar pelo beco no qual entramos.

Contudo teríamos que ultrapassar outros três que estão na frente do carro.

Ramon está separando garrafas de água que encontramos, enquanto eu estou limpando com alvejante o sangue daquele errante que encontrei no banheiro.

Estamos prontos para seguir a fronteira. A ideia é tentar eliminar o maior número daquelas criaturas.

Apesar da angústia que sentíamos, lembramo-nos dos motivos de conseguir seguir em frente.

Estamos no dia 30 de Junho

Se passaram alguns meses desde o evento. 

O mundo estava se tornando um lugar inabitável. Contudo as zonas frias poderiam ter uma chance do vírus não ter se espalhado.

Naquela altura as leis do presidente já não valiam mais. Tudo havia sido destruído em trevas e caos.

Nesse dia eu encontrei uma carta que dizia:

  "Sinto muito em dizer isso, no meio dessa loucura que está acontecendo em nossa cidade.
Peço desculpas a quem ler. Foi um momento no qual eu estourei e não sabia mais o que fazer. Não adiantava pedir desculpa para ele, sempre parecia que ele queria mais alguma coisa.
Eu me esforcei para ser o melhor filho".

É por isso que eu deixei uma carta para os meus pais, antes de tudo isso acontecer. Eles são as pessoas que eu mais poderia confiar no mundo, antes de termos um grande problema na família e eu sair de casa.
Enquanto nos preparamos para seguir o nosso caminho, eu estou relatando os momentos finais do epitáfio do mundo. Eu tinha a certeza que no final tudo iria acabar bem.

O que mais me custa nesta nova vida é matar os errantes para sobreviver. Eles eram pessoas. Pessoas como eu. Elas tinham sonhos, família, esperanças e uma vida. Muitos deles até poderiam médicos ou alguém importante na sociedade.

Sinto-me triste e nauseado com esta ideia.

Fiquei me perguntando:

- Isso seria demais para nós?

E também:

- Conseguiríamos seguir após essa crise?

Em cada instante de nossa trajetória, vinha mais e mais perguntas a minha mente.

Preparamos uma armadilha, para não termos nenhuma complicação no nosso plano. 

Já havia consagrado o nome dessa cidade como "A Cidade Morta". Nada irônico para o nome de uma cidade devastada, não?

Estou temoroso, tivemos que fazer silêncio. 

Enquanto olhávamos para os dois lados da rua, matamos uns errantes acertando suas cabeças e destruindo seu cérebro. Foi assombroso para nós. Para mim especialmente, já que eu nunca havia matado um homem, ou o que isso seja antes.

Alguns errantes passaram quase ao nosso lado e isso poderia nos causar problemas se não tivéssemos escolhido essa ação. Enfim, acabamos de fazer o que tinha a ser feito!

Fiquei meio nauseado e me escorei no carro. Fiquei pensando em quanta sorte nós tivemos ao ter que enfrentar aquelas criaturas e saído sem sequer uma mordida. 

Tive que deixar Apollo na loja para a proteção dele. Um gato curioso poderia ser morto por aquelas coisas sem piedade alguma. Prefiro eu morrer no lugar dele.

Neste momento, estamos a caminho da fronteira. Não temos nenhuma notícia desde o momento que saímos de casa. Não sabemos se as zonas seguras ainda estão firmes, ou se há alguém nas fronteiras do nosso país.

Hoje é dia 1 de julho

Estamos chegando perto da fronteira.

Não vimos ninguém perto dos comboios abandonados. Nem nenhum errante durante algumas horas. Só vimos chamas e uma pilha de corpos carbonizados.

Creio que foram as primeiras pessoas perto da área segura que foram infectadas por esse vírus aterrador. Acredito também que metade do país já tenha sido erradicada.

Ao longo do caminho, encontramos por sorte um dos locais que seriam uma base do exército para manter as "áreas seguras" estabilizadas e em controle. Porém esta tinha sido abandonada.

Claro que por vezes encontrávamos um ou outro errante caminho. Contudo conseguíamos eliminá-los sem complicações e sem barulho.

Encontrei, por sorte, duas armas e alguma munição. Eu colecionava alguns revolveres antigos e pesquisava bastante sobre isso também, por isso sabia algumas caraterísticas delas. Uma das armas era um St. Ettiénne oito milímetros, ela possuía seis tiros e só quando se retirava as capsulas é que se podia carregar novamente, o que a permitia ter uma expansão de oito tiros. A outra era uma nove mm comum, mas ajudava muito.

Fiquei com a St. Ettiénne (nome francês) e o Ramon com a nove milímetros.

Olhei a rua e notei que não tinha errantes por perto.

Nessa noite, silenciosamente, procurei alguns carros para retirar a gasolina deles, pois o nosso carro já estava ficando sem a mesma. Aproveitamos e procuramos uma nova bateria para o automóvel.

Enquanto Ramon verificava o perímetro por perto, eu vigiava o Apollo sem o perder de vista. O meu gato estava no carro quieto e dormindo.

— Estamos seguros, podemos continuar a viagem. — Avisou o meu vizinho.

— Certo... — Acenei com a cabeça, em confirmação.

Ouvimos aquelas coisas novamente, com olhares vagos. Elas vieram para cima de nós, mas rapidamente corremos e entramos no carro.

Eu acelerei e fugimos dali, continuando nossa fuga. Assim saímos da área considerada parcialmente segura e totalmente escura.

O problema é que o ronco do motor, atraia muitos errantes, potencialmente perigoso. O pior é que eles se estavam juntando e formando um grande grupo.

Ainda com a adrenalina percorrendo no meu corpo, acelarei ainda mais. Conseguia ouvir o bater do meu coração, em sincronização com o barulho do carro.

Acabei por conseguir despistar as criaturas, entrando em uma pequena e estreita rua.

Tivemos que sair do carro e entrar em uma casa. Como ela estava fechada por completo tivemos que forçar a fechadura para entrar. Em seguida, barricamos a porta para nenhum errante entrar na casa.

Assim que entramos, reparei que a casa tinha no mínimo quatro cômodos bem grandes por sinal. Uma coisa que me causou náuseas e tonturas foram as pequenas marcas de mãos ensanguentadas na parede. Aquela era realmente uma cena tenebrosa.

Nós tínhamos sorte de ter algumas armas que nos ajudava a nos manter vivos pelo caminho.

Estou escrevendo agora de madrugada.

Começou a chover finalmente, depois de muitos dias.

Apesar de aliviar esse calor infernal, esta chuva não é um aguaceiro qualquer. Este fenómeno metrológico pode ser o início de uma tempestade. Prevejo que vai ter muitos trovões e rajadas de vento. Talvez alguns bem fortes que assustem e atraiam errantes para perto do local.

Eu estava olhando, neste exato momento, pela fresta da janela que nós tivemos que barricar. Daqui consigo observar uns 5 ou 6 errantes em volta da casa.

O Ramon está descansando, enquanto eu vigio a casa e verifico todos os locais.

Eu entrei no quarto de uma criança. Isso me afetou bastante.

Isto não devia ter acontecido. As crianças são seres puros, que não fazem ideia do mal do mundo. Elas deveriam ter oportunidade de crescer, mas agora isso não vais ser possível. O mundo está sendo destruído aos poucos e os mais frágeis são sempre os primeiros a sucumbir.

Quero gritar. Xingar aos quatro ventos. Amaldiçoar quem fez essa besteira com a nossa cidade e com nosso mundo.

Estou aguardando pela manhã e essa tempestade passar.

Tenho de ir descansar, dormir um pouco. Todavia continuo inquieto após ter "inspecionado" o quarto de uma criança. Ela deve ter morrido ou ter sido abandonada por aí.

Enquanto eu vagava e andava no silêncio da noite, aguardando e checando se nosso abrigo estava seguro, ouvi um pequeno barulho que vinha de um dos cômodos do andar de cima.

Parecia um ser vivo. Mas podia ser muito bem um daqueles errantes.

Engatilhei o revólver e fui checar cada cómodo, minuciosamente. A medida que me aproximava do quarto da criança, o barulho aumentava.

Eu vasculhei cada canto, até procurei até encontrar o sítio onde o barulho era mais forte — uma parede falsa.

Como estava com problemas para abrir, chamei o Ramon e pedi para ele me cobrir, caso alguma daquelas criaturas tentassem me atacar e me tornar o alimento deles.

Acabamos por descobrir que a abertura da porta "secreta" dava acesso a um pequeno painel embaixo da mesma. Este poderia ser acionado por dentro e por fora e através de uma senha.

Por ventura, em meu passado já descodifiquei algumas senhas de portas eletrônicas. Fui pegar meu notebook para conseguir o acesso desse sistema nada complexo para mim.

Após alguns minutos, uso das minhas habilidades. Finalmente consegui abrir aquela porta maldita.

Abrimo-la lentamente, por causa da falta de energia que se dava na região.

Em seguida, engatilhei a minha arma e aguardei para saber a surpresa que eu iria ter, ao abrir completamente aquela porta que parecia ser impenetrável.

Já pronto para atirar, ouvi um pequeno barulho de choro e pude ver um pouco do que tinha nessa sala trancada. Alguns mantimentos, para sobrevivência e cuidados pessoais. Aos poucos pude enxergar uma garota, no fundo da sala encurralada. Encontrei um fogareiro, também, que utilizaria mais tarde para poder esquentar os alimentos.

(Essa garota que agora eu conhecia bem, chamava-se Amy. Eu a considerava a mulher do grupo. A medida que eu a fui conhecendo, me indagava o que eu poderia fazer para ajudá-la.

Quando eu a vi pela última vez, prometi que iria protegê-la e cuidar dela se a encontrasse novamente.)

Na altura ela tinha dezesseis anos e estava com muito medo.

Fiquei surpreso, quando ela veio para cima de mim e me abraçou. Foi muito estranho, não sabia se a abraçava de volta, mas rapidamente ela se afastou e nos perguntou, ainda a tremer e a fungar:

— O que aconteceu com o mundo que conhecíamos?

Expliquei-lhe todos os detalhes de maneira a que ela compreendesse e o porquê de estarmos refugiados, sem fazer movimentos bruscos. Contei-lhe também sobre a criação de novas áreas seguras.

Agora que ela sabia a verdade e o que o mundo havia se tornado.

Ela era a minha prioridade. Eu tinha que cuidar dela, pois havia prometido à mãe dela e a mim mesmo que se eu a encontrasse novamente, a protegeria com a minha vida. minha vida.

Nós nos reunimos na sala. Aí eu montei o cerco que nos protegeria.

O quarto onde a Amy estava tinha mais alguns mantimentos e suprimentos para o cuidado dela e da higiene pessoal também.

Juntamos os nossos mantimentos e separamos os itens que eram especialmente ela.

Já eram 09h30min da manhã.

Eu olhei pelas frestas da janela na parte de cima da casa.
Em seguida, observei cada canto, cada grau de pó e até o beco que usamos para entrar na casa.

Notei que havia dois errantes. Eu consegui matar sem chamar atenção dos demais aos arredores.

Pelo que eu conversei com a Amy, havia duas farmácias no final da rua. Uma dela situava-se em frente ao nosso lar.

Eu iria sair e voltar aproximadamente em 1 hora. Caso não voltasse, poderiam partir mim.
Carreguei a arma com alguns cartuchos e levei uns extras no bolso. Me certifiquei que tudo estava bem e que a Amy estava segura. Ela encontrava-se sentada na sala, conversando sobre o que houve em sua casa após o anúncio das áreas seguras.

Tudo para ela foi assustador. Com a chegada dos militares, houve um enorme pânico e caos na população local  que gerou uma invasão em diversas casas. Por esse motivo, foram levados mantimentos para um quarto seguro e logo após isso este foi trancado.

Enquanto eu ia à farmácia do fim da rua, penso no quarto da Amy. As suas janelas são blindadas. Há um banheiro com chuveiro. Havia, também, um pequeno fogareiro e um lampião para poder esquentar e não ficar no escuro durante meses.

Engatilhei meu revolver, mal ouvi alguns errantes dentro de uma pequena residência saqueada.

Chegando à farmácia, vejo alguns remédios e suprimentos lacrados, tal como a porta. Tive que fazer um pequeno barulho, pois, apesar de toda a minha concentração, tive de abrir a fechadura com um canivete que encontrei no meio do caminho.

Fiz um pouco de barulho, mas não o suficiente para conseguir atrair a atenção daqueles errantes.

Finalmente consigo abrir a porta da farmácia. Olhei atentamente para dentro, observando cada detalhe da farmácia.

Estou com uma mochila que encontrei na loja.

Não sinal daquelas criaturas. Estou andando por entre os corredores A1 e A2 com os artigos necessários para a Amy e remédios para tratar dores de cabeça, gripes e outras coisas.

Consegui chegar a tempo, ou seja, antes da partida de meu grupo.

Preparamos as coisas para colocar no carro e pomos alguns suprimentos no porta-mala.

Ouvi um gemido agonizante e alguns passos. Quando me virei para trás, me deparei com um não morto. Peguei, rapidamente, no pé de cabra e o acertei de imediato na cabeça.

Estes errantes nunca nos davam descanso. Estavam sempre a espera do melhor momento para atacar.

Já tínhamos tudo planejado. Sairíamos deste local devastado e iríamos para um bem mais tranquilo. Talvez para os campos do "interior".

Estávamos iniciando uma nova direção e mudando o nosso destino.



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