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História O diário medíocre de uma garota desocupada - Especial Halloween


Escrita por: Naty_Vic

Notas do Autor


Hey, sim teremos um especial!
Boa leitura :3

Capítulo 13 - Especial Halloween


Fanfic / Fanfiction O diário medíocre de uma garota desocupada - Especial Halloween

Dia das bruxas, Lilly aos sete anos.

Dois dias antes:

A pequena Lillyan corria pela casa, enroscando os pés um no outro indo até a mãe que se encontrava imersa em um livro na sala de estar.

-Mamãe! Mamãe! – pulou em cima do sofá, jogando o livro que a mãe a pouco lia para longe de suas vistas. –Olha só! – mostrou os braços onde havia diversas manchinhas vermelhas quase que invisíveis.

-Eu já disse para você parar de usar tinta nos braços, pela ultima vez Lilly você não é parente de nenhuma sereia, riscar a sua pele não vai fazer com as escamas surjam. – a mãe suspirou, colocando a menina novamente no chão e procurando o livro que antes estivera em suas mãos.

-Eu já sei disso. Agora eu finalmente descobri que eu sou na verdade uma Sailor! Eu já estou quase conseguindo meus poderes lunares. – dizia com as mãos na cintura fazendo uma pose orgulhosa. –Mas essas coisinhas nasceram sozinhas... E elas coçam. – fez bico, rolando pelo chão para aliviar a coceira no tapete felpudo.

-Espera. Você disse o que? – ao chegar mais perto percebeu o que estava acontecendo com a pele da garota. –Isso é catapora, você não pode coçar. Deve ficar aqui em casa quietinha, vou pegar uma pomada para a coceira. – assim que virou as costas viu a porta da frente da casa sendo fechada e Lilly correndo apressada pelo jardim em direção a casa dos vizinhos. –Aonde você vai? – perguntou da janela.

-Passar pro Ken! Ele vai adorar compartilhar uma doença comigo! – sumindo da vista da mãe.

Bateu na porta e não demorou muito para que fosse atendida pela mãe do garoto, ela aparentava ser uma adolescente de tão jovem, além de muito gentil.

-Eu vim brincar com o Ken. E dessa vez não vamos fazer competição de engolir moedas! – foi entrando e indo em direção ao quarto do menino.

-O que são essas coisas em seus braços? – a mãe de Ken perguntou.

-Tinta. – a mulher assentia enquanto Lilly se atirava em cima do amigo.

(...)

Dia das bruxas:

Parte da família Sulliver estava reunida, havia pelo menos quinze tipos de comidas diferentes sendo preparadas fazendo com que a casa se enchesse com um bom cheiro de comida caseira, era Dia das bruxas, a casa estava toda decorada, apesar de Philippe achar que aquilo era uma grande despesa desnecessária.

-Onde está minha neta? – a vó de Lilly perguntou, acomodando-se em uma poltrona da sala.

-Ela está colocando a fantasia, Phellippe vai leva-la para pedir doces hoje. Só falta eu contar isso a ele. – riu, ajudava a preparar os ingredientes do jantar.

-Mal posso esperar pra ver, vocês nunca a deixaram sair pedindo doces, isso é crueldade. – protestou.

-Crueldade? Diz isso porque nunca viu como ela fica selvagem cercada de pessoas, ás vezes parece que estou criando um javali invés de uma menina. – deu de ombros.

-Querida... – Phellippe chegou à cozinha, trazendo Lilly pela mão. –Por que nossa filha está enrolada em seis metros de plástico bolha? Que eu me lembro de não ter sido nada barato. – sua sobrancelha se mantinha arqueada.

-Ela está com catapora, não podemos deixa-la andar por ai desprotegida.

-Isso justifica você ter tampado a boca dela com o plástico? Eu nem sei se ela está respirando. – protestou.

-Claro que está. Eu só estou impedindo que ela morda as pessoas. Ou as assuste com alguma coisa estranha.

E então uma discussão começou. No fim o pai fez um rasgo no plástico para ela pudesse falar e respirar normalmente, também fora tingido de rosa para que ela pudesse ser o Patrick estrela.

-Olha só pra mim! - Ela gesticulava enquanto cantarolava, correndo em ziguezague de um lado para o outro, Ken a seguia, caminhando timidamente mais atrás, ele estava vestido como um soldado militar com um capacete gigante sobre a cabeça fazendo-o parecer um pirulito gigante, ninguém precisava pensar muito para saber que a fantasia do garoto tinha sido escolhida pelo pai. –Eu sou o Patrick, eu finalmente posso andar por ai com liberdade e ainda morar em baixo de uma pedra.

-Sua fantasia combina com você Lilly, meu pai disse que eu deveria me vestir de soldado porque no futuro essa será minha profissão. – deu de ombros, enquanto marchava como um soldado de verdade, foram necessários quatro dias de treino, as roupas compridas o impediam de coçar as cataporas que lhe foram passadas pela amiga.

-Profissão? O que é isso? É de comer? – perguntou curiosa, parando um pouco para que o amigo a alcançasse.

-Eu não faço ideia. – deu de ombros. –Mas meu pai fala disso o tempo todo.

-Papai! – Phellippe vinha caminhando mais atrás, com sua costumeira cara séria pensando em como gostaria de estar em casa sentado no sofá lendo um livro e falando de politica com os parentes. –Eu quero comer profissão quando chegarmos a nossa casa.

-Sobre o que você está falando Lilly? – mas ela já corria na frente, acompanhado por Ken.

Então uma ideia atingiu Phellippe, na verdade ele fora atingido por uma criança esquisita vestida de bruxa, mas ele preferiu fingir que fora de maneira figurada. Chamou as crianças para perto.

-Vamos fazer dessa caçada divertida! – ele forçou um sorriso.

-O que tem de errado com a boca do seu pai? – Ken cochichou alto o bastante para que Phellippe ouvisse. –Eu nunca o vi fazer essa cara.

-Papai... O que é isso no seu rosto? – fazia uma cara assustada.

-Eu estou sorrindo Lillyan, enfim, hoje vocês vão pedir doces por conta própria, eu vou me sentar naquele banco. – apontou para um banco em baixo de uma árvore. –E ler meu livro enquanto vocês pegam seus doces nessa rua, vindo até mim quando terminarem.

-Está nos libertando? – a garotinha perguntou. O pai assentiu. –Mas a mamãe disse que nós...

-Esqueça o que ela disse só precisa escutar o que eu estou dizendo agora. – deu dois tapinhas no topo da cabeça dela. –Agora vão.

As crianças correram em direção à primeira casa e teria sido lindo se Lilly não tivesse tropeçado em Ken e feito os dois rolarem pela calçada como duas jacas maduras.

Depois de passar em algumas casas e perceber que as pessoas não achavam sua fantasia interessante o que resultava em pouco doce, Lilly decidiu que precisava mudar de estratégia.

-Ei Ken. – quando o garoto se virou levou um soco no peito.

-Por que me bateu? – falou, com dificuldade retomando o ar.

-Por causa da sua fantasia roubando todo o meu brilho. – ela então se aproximou dele para cochichar. –Eu já sei como poderemos conseguir toneladas de doces! – o garoto que já recuperara o ar e respirava normalmente olhou-a.

-Não gosto dessa cara... Mas como seria?

-Está noite... – gritou, voltando a corrigir o tom de voz para não chamar a atenção do pai. –Nós seremos os piratas do doce. – sorriu largamente, depois de enfiar uma barra de chocolate na boca.

-Piratas do doce? – coçou a nuca sem entender onde a amiga queria chegar.

-É! – bateu as mãos. –Vamos roubar o doce dessas crianças com suas fantasias caras. – disse com convicção.

-Mas... Roubar é errado. – falou com cuidado, Lilly tomou o rifle em tamanho real de brinquedo que o menino carregava.

-Se não quiser participar tudo bem, mas você será o primeiro que eu vou espancar com essa coisinha e roubar cada migalha dos seus docinhos. – ele a conhecia o suficiente para saber que ela não estava brincando. Então resolveu juntar-se ao plano, mesmo que a contra gosto.

-E o seu pai?

-Já pensei nisso. Nós podemos esperar um carro passar e jogar aquele espantalho de decoração na frente, enquanto você fica de pé na calçada e grita como se eu tivesse sido atingida. – rabiscou no chão o que seria o plano com uma pedrinha que achara. Levantou a cabeça para observar seu alvo que precisava ser distraído. –Ou... Podemos dar no pé agora, enquanto ele está dormindo.

-Prefiro a segunda opção. – disse já correndo na frente.

E então eles se esconderam em meio a alguns arbustos esperando suas vitimas assim que apareciam Lilly se jogava sobre elas com sua fantasia pesada, antes que pudessem levantar eram atingidas pelo rifle de brinquedo, Ken então pegava os doces e os dois corriam. Teria dado certo se a policia não tivesse os visto em um de seus furtos.

Lucia caminhou rapidamente até a porta, era cedo para Phellippe já estar de volta com as crianças, porém quem estava com elas não era seu marido e sim dois policias.

-Pois não? – perguntou receosa.

-Essas crianças estavam espancando um anão no parque com um rifle de brinquedo enquanto essa menina gritava para que ele parasse de joguinhos e entregasse o pote de ouro, teriam o matado se não tivéssemos aparecido. – o policial disse, colocando os dois no chão.

-Isso não irá se repetir. Não se preocupe. – lançou um olhar feio para os dois. –Não é mesmo? –ambos assentiram calados com medo da fúria que estava por vir.

E realmente não se repetiu, pois ela fora proibida de sair para pedir doces em todos os anos seguintes... Até o momento.

 

Dia de bruxas: Lilly dezesseis anos.

-Que coisa ridícula, não sente vergonha? – Lilly repreendia Armin, que estava concentrado em fazer a fantasia para a festa de Halloween que a escola daria. A garota estava tomando um copo gigante de café, andava de lá pra cá inquieta graças à cafeína.

-Eu vou te colocar pra fora se não parar de reclamar. – o rapaz a repreendeu, indo até onde ela estava e tomando o copo de café de suas mãos.

-Me devolve! – ela pulou para pegar seu precioso copo de volta, não conseguiu por causa da diferença de altura, agarrou o rapaz pelas pernas e tentou derruba-lo, mas ele parecia fincado no chão. –Não pode tocar na minha comida! Primeira regra de amizade. – foi atirada pra longe com um simples movimento de perna de Armin.

Viu seu café sendo despejado pela janela, ele a olhava com um sorriso meio sádico nos lábios enquanto ela se debatia e enchia seus olhos de lágrimas:

-Como você pôde? – ela levou as mãos à cabeça, balançando-a negativamente. Ele iria contra argumentar, porém um grito chamou a atenção deles, ao olharem pela janela viram um Alexy coberto de café quente.

-Vou te matar Armin! – ele gritou, entrando.

-Precisamos nos armar. – Armin segurou Lilly pelos ombros. –Quando ele entrar iremos derruba-lo e amarra-lo com o fio do abajur enquanto o ameaçamos até que ele se acalme.

-E quem te colocou no comando? – ela arqueou a sobrancelha, soltando-se dele. –Eu nasci para ser a grande sabe tudo. – cruzou seus braços. –E além do mais eu ganhei a competição de “Comer mais lantejoulas com sorvete”.

-Eu consegui te desmaiar com um golpe trinta segundos antes do tempo normal. – e novamente eles estavam em uma discussão.

A festa na escola deixou-os animados, começaram a preparar uma fantasia especial, Lilly estava praticamente vivendo na casa dos gêmeos, passava o tempo depois da escola lá, até Armin se cansar e coloca-la para correr. Estava completamente animada, afinal não pudera participar de muitas comemorações de Halloween durante sua vida.

Não poderia participar daquela também se não tivesse tirado um dez na prova bimestral e feito todos os professores e alunos engasgarem com suas próprias línguas.

-Eu não acredito! – Alexy repreendia o irmão e a amiga, que estavam sentados na mesa da cozinha de cabeça baixa. –Vocês estragaram minha fantasia.

-Se quer saber minha opinião, você não perdeu nada. – Armin não perdia uma única oportunidade de alfinetar seu irmão.

-Eu levei três dias pra fazer! – suspirou, levando as mãos aos cabelos, arrumando-os nervosamente.

-Isso é realmente uma pena. A festa é amanhã a menos que seja o Barry Allen não vai ter nada pra vestir. – Lilly falou, não tinha intenção de parecer maldosa ou algo assim, Alexy ficou ainda mais desanimado, por sorte ele usava um chapéu que impediu que ficasse cego ou se queimasse severamente, mas isso não impediu que o café escorresse por toda a sua fantasia branca. Que nenhum deles entedia bem o que era.

-Vocês vão dar um jeito nisso. Amanhã terão uma fantasia pra mim. – disse com uma voz autoritária, impedindo os outros dois de fazer alguma gracinha e saiu pisando firme.

-Merda! – exclamou o de cabelos pretos.

-É tudo sua culpa, se tivesse me deixado beber meu café nada disso teria acontecido.

-Nem vem, você estava perdendo o controle da sua mente. – olhou pra ela sério. –E feche a geladeira essa não é sua casa.

-Eu sei! Se fosse não teria tanta coisa cara dentro dela. – empilhava um monte de comida nos braços.

-Agora vamos precisar de mais caixas de papelão, guache e glitter. – suspirou, passando a mão pelo rosto, havia dois dias que não dormia direito trabalhando na fantasia, Lilly aparecia o distraia e ia embora deixando o trabalho pra ele, isso quando não estragava o que já estava feito. –Rápido, vá arrumar essas coisas e não temos tempo pra ir até o hospital se você comer o glitter.

-Precisamos de mais um collant também. – finalmente fechara a geladeira. –E eu não comi o glitter eu aspirei pelo nariz.

-Tá bom, agora vai. – ele tomou as coisas da mão dela, devolvendo-as na geladeira.

-Eu odeio essa sua mania. – disse, pulando nas costas dele, como se ele fosse um cavalo. –Alguém precisa desmanchar um pouco desse seu ego. – bagunçou os cabelos, em um movimento rápido foi derrubada no chão, iria reclamar por ter batido a cabeça, mas fora distraída da dor por cocegas intermináveis, a única coisa que conseguia fazer era se debater e vez ou outra desferir um tapa no outro.

-Fala como se não fosse uma grande pretensiosa. – riam.

-Vamos fingir que não entrei aqui. – Alexy ergueu as mãos em rendição, indo em direção as escadas.

Lilly finalmente se desvinculou e foi em busca dos materiais necessários para construir a fantasia mais incrível que aquela escola iria ver.

 

Finalmente o dia havia chegado, ela se oferecera para ajudar na preparação do ginásio, onde ocorreria a “grande” festa. Estava perdida em uma pilha enorme de luzes coloridas que seriam colocadas no teto, as luzes lembravam a ela seus fones de ouvido em seus milhares de nós impossíveis.

Havia muito para ser feito, mas ninguém queria deixa-la fazer algo que pudesse representar algum perigo para as demais pessoas que estavam ali presentes.

-Terminei. – disse jogando as luzes em cima de Rosalya e Alexy que ajudavam na preparação da decoração. –O que mais posso fazer?

-Você pode... – Alexy olhou em volta, buscando qualquer coisa que pudesse deixa-la longe de acidentes.

-Vá buscar café. – Rosalya falou sem olha-la, estava muito concentrada em criar uma teia de aranha perfeita feita de cola quente. –Eu gosto daquele que fica do outro lado da cidade. – em seguida gesticulou para que ela saísse.

-Não tenho um centavo. – disse sincera, sentando-se entre os outros dois, passando seus braços pelo ombro deles. –Eu estou tão animada que eu poderia pular de um penhasco! – disse eufórica, os outros dois riram.

-Você não me disse nada sobre minha fantasia, admito que eu estou curioso... – o azulado falou, enquanto tentava decidir qual tecido usaria para decorar as mesas.

-Você vai cair pra trás quando ver. – Lilly abriu um sorriso largo.

-Provavelmente vai ser feia. – Rosalya se pronunciou, recebeu um olhar de repreensão. –Eu gosto de você Lilly, mas quando se trata de moda você não é lá essas coisas.

Lilly já adquiria sua postura de argumentação, mas fora distraída ao ver Nathaniel subindo em uma escada para empilhar as luzinhas coloridas.

-Natanael! Eu quero coloca-las também! – correu até lá, esbarrou em alguns alunos que estavam colocando algumas decorações de Halloween nas paredes, fazendo um deles cair. Ele sorriu ao vê-la.

-Pode me ajudar? – ela assentiu com a cabeça. –Pegue aquelas luzinhas ali. – apontou para uma pilha de luzes vermelhas.

-Nós poderíamos fazer um desenho obsceno com as luzes, quando as luzes se apagassem, tcharam! – ela dizia animada, enquanto entregava o que o rapaz pedira. –Dá até pra imaginar: “Ei! Quem desenhou um pênis gigante no teto?”. – imitou a voz da diretora.

-Você não tinha que ajudar a Rosalya e o Alexy, Lilly? – era Melody, já querendo expulsar a garota dali.

-Eu já terminei.

-Então pode ir embora. – levou um empurrãozinho fraco, fazendo-a ir para frente.

-Não precisa trata-la assim. – Nathaniel arqueou as sobrancelhas, não via razão para Melody ser rude com a garota.

Mas Lilly nem sequer ouviu, já estava do outro lado do ginásio, ensinando a Peggy à maneira correta de se seduzir um esqueleto de plástico. No fim do dia nem parecia o mesmo ginásio, a decoração estava muito bem feita e assustadora. A maior parte dos alunos mal podia esperar para o anoitecer e com isso o inicio da festa.

 

-Sem drogas. – o pai recomendava ao deixar Lilly na frente da escola. –Eu não acho que essa roupa seja uma escolha boa, filha. – ele olhava pelo retrovisor, ela usava um collant verde e maria-chiquinha.

-Primeiro, eu não posso garantir que não vou sucumbir ao crack essa noite. – seu pai fez sua melhor cara de desagrado. –E segundo, minha fantasia ainda não está completa. Falta o Armin e o Alexy. – explicou devagar, enquanto destrancava a porta para sair, dava para ver que a escola estava cheia, ouvia-se a musica alta até mesmo do lugar onde estavam.

-Eu não vou permitir que você fique a festa toda presa em uma fantasia com dois rapazes. – o pai iria iniciar seu discurso sobre como ele exigia ao menos um pouco de bom senso e responsabilidade vindo dela, mas ela só saiu e sumiu de sua vista antes de qualquer coisa.

Suspirou ligando o carro e indo em direção a sua casa, fazer o que mais gostava de fazer: colocar a culpa do temperamento da filha em sua esposa. Lilly viu o carro de seu pai sumir de sua vista e saiu do arbusto onde estava completamente camuflada, se seus amigos não aparecessem já sabia do que iria se fantasiar.

-Lilly? – viu Íris, ela usava uma fantasia de feiticeira e estava acompanhada por Violette e Kim, ou se preferir chapeuzinho-vermelho e algo que parecia uma múmia. –Está tudo bem? – estava preocupada, já conhecia muito bem a garota, mas isso não a impedia de se importar.

-Claro! – sorriu. –Maneira a fantasia de vocês. Feiticeira, múmia e... – apontou para a de Violette. –O que quer que isso seja.

-Tá de brincadeira né? – Kim ria, porém só recebeu expressão apática como resposta.

-Você não conhece a chapeuzinho vermelho, Lilly? – a de cabelos roxos perguntou curiosa.

-É de algum filme adulto? Porque eu me lembro de que o Ken tinha uma pasta bem suspeita com essa personagem escondida no computador dele. – disse arrumando o penteado e tentando se recordar das desculpas que o amigo lhe dera na época.

-É de uma história infantil. – dessa vez era Melody, ela estava vestida como uma fantasia que a fazia parecer uma professora de filme pornô, mas Lilly fingiu que não notara esse detalhe. Melody sorria e elogiava a fantasia das outras garotas.

-Sabe aqueles desenhos que víamos na infância, como por exemplo, a Cinderela. – ela apontou para Bia que passara por elas sem sequer olha-las. Mais atrás vinha Ambre e suas amigas vestidas com fantasias curtas que pareciam ter saído direto de um sex-shop.

-Ah... Eu não via essas coisas, meu pai dizia que era um plano do governo de criar garotas burras. – deu de ombros. –Sem ofensa.

-E o que você via? – dessa vez era Peggy surgindo na conversa, estava vestida como repórter o que de fato não surpreendeu ninguém, as demais garotas ficavam apreensivas com a presença dela, mas Lilly não se incomodava, talvez por saber como era ser evitada pelas outras pessoas.

-Na maior parte do tempo animes antigo, o máximo que podia ver de desenhos e essas coisas era as Três espiãs demais. E uma vez eu aluguei a pequena sereia e assisti. – riu, como se fosse a maior criminosa que já havia vivido na face da terra.

-Ele te permitia ver animes, incluindo os violentos? – concordou com a cabeça. –Mas nada de clássicos da Disney? – Íris perguntou só para ter certeza se estava acompanhando as informações.

-Ele gosta de dizer que a Disney já tem muito dinheiro, não precisa do nosso também, e de qualquer forma ele conseguiu me criar. – Lilly falou convencida.

-Meus filhos vão ver todos os clássicos. – Melody disse indo em direção à entrada da escola.

-Eu nem vou ter filhos. – Peggy completou, caminhando afastada da outra garota, ainda sentia rancor por ser excluída da festa do pijama que ela dera.

-Você não vai entrar? – Kim perguntou, ainda rindo das coisas que a garota dissera.

-Eu tenho que esperar o Armin e o Alexy, podem ir na frente. – as demais assentiram e entraram na escola.

Lilly ficou do lado de fora por algum tempo observando as pessoas que passavam por ali, havia uma quantidade inacreditável de Harley Quinns e Coringas, além de outros super-heróis, personagens de desenhos e aqueles característicos do Halloween. Começara a ficar cansada de esperar e já tomava seu celular em mãos para ligar para os gêmeos quando uma cabeleira vermelho fogo muito familiar apareceu no seu campo de visão.

-Ai. Meu. Deus. – disse pausadamente, colocando-se na frente de Castiel impedindo-o de passar. Ele estava fantasiado de demônio, mesmo sem querer admitir Lilly achara que estava incrivelmente bonito.

-Veio fantasiada de alho-poró? – um sorriso provocativo estava em seu rosto, ela sorriu pra ele, provocando-o de volta.

-Pelo menos eu me fantasiei diferente de você que veio vestido de si mesmo. – ele arqueou a sobrancelha e a olhou com aquele expressão que ele sempre fazia quando precisava contar até dez para não surra-la.

-Muito engraçada. – forçou um sorriso.

-Obrigado. Aliás, por acaso você não pensou que poderia estar frio? – o encarava de uma maneira nada discreta. –Por que sua fantasia não cobre seu abdômen? – perguntou, ficando levemente envergonhada, na fantasia do rapaz havia uma capa, mas quando ela estava aberta podia-se ver seu abdômen bem definido.

-Para fazer a alegria de pessoas como você. – não estava nem um pouco incomodado.

-Ou para atiçar o Nath. – disse, em tom inocente, recebendo como resposta uma carranca.

-Tenho mais o que fazer. – balbuciou, andando em direção à festa.

Lilly o observou sumir para dentro do portão e começou a pensar que talvez devesse entrar e esperar os gêmeos do lado de dentro enquanto enchia o bucho. E realmente fez isso, foi direto para a mesa de comida, sem sequer prestar atenção nas demais pessoas, enchia a boca com todos os salgadinhos que estavam em cima da mesa e se amaldiçoou por não trazer uma bolsa, decidiu que no ano seguinte usaria uma fantasia cheia de bolsos.

Engasgou com a comida ao receber um tapa forte nas costas, que a fez cair em cima da mesa de comida e quebra-la, fazendo a festa toda olhar em sua cara, ao se virar viu uma Rosalya vestida de condessa vampira dando o fora bem lentamente, antes de lançar a ela um sorrisinho, ela sabia que a mão pesada da amiga iria prejudica-la de alguma forma.

-Sinceramente. – Jade disse, ao levanta-la e acompanha-la para dentro da escola, enquanto os demais professores tranquilizavam os alunos e tentavam salvar alguma comida. Eles foram até a sala de orientação, o rapaz sentou-se bem lentamente.

-Eu poderia ter andado sozinha. – ela disse ainda meio constrangida, checando se seu collant estava manchado, por sorte, estava tudo certo.

-Vou ser bem direto. – ele disse já se levantando. –Se você estragar mais alguma coisa vai ter que ir embora.

-E por que é você que está me dando bronca? – perguntou desconfiada, os dois caminhavam de volta para a festa.

-Porque agora eu sou importante para o conselho e essa coisa de ajudar os alunos.

-Tá todo mundo cansado de trabalhar e jogaram isso em suas costas? – ele assentiu meio decepcionado.

De volta na festa, sentiu-se perdida, não conseguia encontrar nenhum amigo, Armin mandara uma mensagem pra ela, dizendo que Alexy estava resistindo a usar a fantasia e que ele levaria um tempinho para convencê-lo.

-Você está se sentindo bem? – virou-se e se deparou com um Nathaniel trajando uma fantasia de cientista louco que combinava muito bem com ele. Oferecera a ela um copo de refrigerante, aceitou de imediato. –Eu fiquei preocupado ao lhe ver... – “Caindo em cima da mesa como uma jaca”, ela pensou. –Perder o equilíbrio.

-Eu gosto da sua sutileza. – ela riu sem graça. –Gostei da sua fantasia, cientista maluco combina com você. Não que você seja louco ou insano. – corrigiu rapidamente.

-E você... isso é uma fantasia de...? – perguntou tentando não ser indelicado.

-È surpresa, falta a outra parte, aliás, as outras duas partes. – explicou, dando um gole no refrigerante, viu de relance a mesa que quebrara no chão, sua ideia de ser o centro das atenções não era bem aquela.

-Lilly! – ouviu a voz de Rosalya e em seguida recebeu um abraço exagerado, fazendo-a sentir falta de ar.

-Nós precisamos discutir essa sua aproximação Rosalya. – ele disse em um tom apreensivo, que a de cabelos brancos ignorou.

-Que fantasia é essa? Uma coisa é ser pobre, outra é isso. – apontou para Lilly com uma cara de desdém, cumprimentando Nathaniel em seguida. –Enfim, Armin está na entrada te procurando, vestido da mesma forma ridícula que você.

-Obrigado. Nos vemos depois. – falou para Nathaniel. Rosalya saiu junto com ela, para encontrar Armin.

-Já disse que eu prefiro o Lysandre.

-Hã?

-Prefiro você e o Lys. Vocês ficam fofos juntos. – Lilly revirou os olhos.

-Você quer é me jogar pra cima de qualquer um. – argumentou.

-Fala sério, que outro cara teria paciência de tirar um caranguejo do seu rabo? – abriu a boca para responder, mas Rosalya a interrompeu. –Vai me dizer que não acha que ele é um cara legal?

-Claro que ele é. Só que eu não sei por que você insiste tanto para que eu arrume um par, eu estou vivendo uma vida não uma quadrilha de festa junina. Não acho que eu precise desesperadamente de alguém. – falou com sinceridade, mas Rosalya não se convenceu.

-Semana passada você viu um casal de pássaros no intervalo e chorou, dizendo que era a coisa mais linda que você já tinha visto. - cruzou os braços.

-Eles eram fofos! Isso não significa que eu queira um namorado. – Rosalya abriu a boca para pronunciar algo. –E nem venha citar o meu ritual para invocar o Ayato Sakamaki!

-Será que dá pra vocês conversarem depois? – Armin berrou de longe, as duas se dirigiram a ele e encontraram um Alexy amordaçado e uma fantasia enorme no chão.

-Por que ele está preso? – Rosalya perguntou, mas ninguém a respondeu, Alexy pedia socorro com os olhos.

-Está perfeita! – deu um abraço em Armin, que foi mais uma chave de braço, fazendo-o soltar o azulado. –Acho que podemos colocar e mostrar a essas pessoas como se festeja o Halloween de verdade. – Lilly e Armin trocaram um sorriso cumplice.

-Lógico que está perfeita fui eu quem fez. – Armin disse orgulhoso. –Alexy não quer participar. – bufou impaciente. –Depois de todo o trabalho que tivemos.

-Nós podemos desamarra-lo, pensa só Alexy... – Lilly se dirigiu ao azulado. –Nós vamos estar com aquilo na cabeça, eu já quebrei a mesa de comida, não acho que vá chamar mais atenção do que isso.

No fim ele fora convencido, todos os três estavam dentro da fantasia de Shenlong, como aquelas de cavalo onde é necessário duas pessoas, a diferença de altura fazia o dragão parecer defeituoso, sua cabeça era muito mais baixa que o resto do corpo.

Rosalya fingiu que não os conhecia e andou até o lado oposto do ginásio, as pessoas começaram a olhar para eles, mas é claro que não era só aquilo, em determinado momento Lilly e Armin começaram a dançar como se fossem um dragão vivo, como fazem em alguns festivais, mas Alexy não tinha passado oito horas ensaiando uma dancinha o que fez a parte do meio do dragão ficar parada, ouvia-se exclamações:

-Mas que porra é essa? – perguntou a vigésima quarta Harley Quinn.

-Chame a policia. – essa era a diretora se dirigindo ao professor Faraize.

-Nós vamos morrer! – um aluno aleatório que nem sequer tinha uma fantasia gritou, fazendo as pessoas começarem a se desesperar, mas antes do pânico de espalhar a fantasia rasgou, fazendo-os cair no chão.

Todos os presentes ficaram quietos assistindo, ninguém sabia bem o que fazer.

-Cancele a policia. – era a diretora novamente. –Talvez a ambulância.

-Droga! – Lilly exclamou.

-Pose de Power Ranger? – Armin perguntou, mesmo depois do grande vexame ele não estava envergonhado, talvez desapontado por ver seu trabalho destruído.

-Pose de Power Ranger. – concordou.

Eles então fizeram a pose mais escrota que conseguiram e obrigaram Alexy a fazer também, as pessoas voltaram a festejar ignorando enquanto algumas batiam palmas de leve completamente constrangidas pelos três.

-Se eu não gostasse tanto de vocês nunca mais iria olhar em seus rostos. – Alexy disse, apertando o ombro dos dois afetuosamente e indo encontrar outros colegas.

-Foi demais! – Lilly gritou animada, mas praticamente não fez diferença por conta da música alta.

-Eu sei! Nós fomos incríveis. – ergueu a mão para um “toca-aqui”.

-E eu estava errada, isso com toda a certeza superou a mesa.

Foram para a pista de dança e em alguns segundos estavam fazendo uma batalha de dança só entre os dois e rindo. Lilly perdeu o que fez com que ela fosse obrigada a ir jogar a fantasia estragada no lixo.

-E vai rápido, escrava. – ela fechou a cara, mas Armin saiu andando antes que pudesse lhe responder.

Carregar toda a tralha no braço era difícil, mas ela firmemente foi até lá fora, descartando tudo na pilha de coisas orgânicas, afinal ele era um dragão, mesmo que de papelão (e em pedaços) estava vivo em seu coração.

Quando voltava sentiu que estava sendo seguida. Mesmo com uma sensação ruim continuou andando para dentro da escola, encontrou com Lysandre no portão, ele estava tomando um ar, sua fantasia era de mordomo e lhe caia incrivelmente bem, teve que pensar por pelo menos trinta segundos para não chama-lo de Sebastian.

-Uau. – foi o que conseguiu dizer. –Está fantasia combina tanto com você. – ele sorriu ao vê-la.

-A sua também. – sabia que ele só estava sendo educado. –Apesar de não ter entendido bem aquela encenação. – ele arqueou a sobrancelha, pensativo, o que fez a garota rir.

-Não saiu bem como planejamos, mas o que está fazendo aqui fora? – perguntou, escorando no muro ao lado dele, pensou que ele diria alguma coisa como “Vim peidar”. Porém ele não disse.

-Tomando um ar. Está muito barulhento lá dentro. E você?

-Eu te vi saindo e resolvi que não deveria te deixar sozinho. – sorriu, por um momento Lysandre sentiu seu rosto corar e um batimento anormal, mas então ela riu. –Brincadeira, eu não sou tão stalker, precisava jogar o resto da fantasia no lixo.

Os dois começaram a conversar sobre assuntos aleatórios até que Lilly novamente começou a se sentir observada.

-Você está sentindo isso? – perguntou, mostrando um pouco de medo na voz.

-O que? – perguntou confuso.

-Essa sensação estranha... – falou, se aproximando do rapaz e então viu o que temia, Jason, caminhando em direção a escola, pensou em fugir, mas lembrara que seus amigos estavam lá dentro. Teve alguns segundos de reflexão tentando descobrir o que faria e amaldiçoou-se por escolher que seus amigos importavam mais. -Temos que fugir. – agora estava completamente desesperada, entrou puxando Lysandre e fechando o portão com o cadeado que estava, até então, aberto.

-Lilly não sei o que está acontecendo, mas você precisa respirar e manter a calma. – disse devagar, mas ela ignorou e entrou correndo indo até o grupo de alunos de sua sala.

-Que cara é essa Lilly? – Alexy perguntou.

-O capeta está aqui! – ela berrou, chamando a atenção de todos os alunos. –Nós vamos todos morrer! Morrer! E ninguém vai poder fazer nada para impedir! – ela estava completamente fora de si.

-Conte o que aconteceu devagar. – Rosalya deu a ela um copo de agua.

-Eu estava lá fora com o Lysandre... – ela começou.

-Lysandre, ein? – um comentário de duplo sentido de Armin, acompanhado de um sorriso malicioso.

-E então eu o vi, ele estava carregando um facão! E usava uma mascara.

-Foi sua imaginação, quer que eu ligue para seus pais? – Rosalya perguntou, já pegando seu celular.

-Não! – gritou.

Foi até o meio do ginásio pegou um microfone que a diretora e os professores estavam usando para fazer anúncios e começou a gritar desesperada para todos:

-Tem um assassino lá fora, ele veio para nos matar e levar nossas almas, nós vamos morrer!

-Lillyan saia dai, por favor. Nós já conversamos sobre inventar histórias... – era a diretora.

-Ah meu Deus! – ela apontou para a entrada onde estava parado Jason, todos finalmente levaram ela a sério pela primeira vez naquela noite e começaram a correr.

No fim da festa estava tudo destruído, Lilly estava sentada na sala da diretora com Lysandre e seu pai.

-Ela fez o que?! – seu pai estava incrédulo.

-Disse que todos iriam morrer, fez a escola inteira entrar em pânico, o que nem preciso mencionar que acabou com a festa. – lançou um olhar feio a ela. –Como se não bastasse ela subiu em cima da mesa de som e se pendurou nos enfeites fazendo tudo cair e ferir cinco alunos. – a diretora dizia calmamente, talvez por ter gritado com ela antes que o pai dela aparecesse.

-Ela achou que eu tivesse vindo para mata-los, mas eu só acabei pegando transito. – Boris se pronunciara, no fim era só ele fantasiado. –Esse rapaz. – apontou para Lysandre. –Foi até o zelador pegar a chave do portão para que eu pudesse entrar, assim que consegui ir até o ginásio as coisas saíram do controle.

Lysandre não falou nada, só ouviu calmamente.

-Está de castigo Lillyan. – o pai estava bravo.

-E proibida de participar das próximas festas de Halloween da escola até o fim de sua vida. – a diretora estreitou os olhos, verdadeiramente brava.

-Não se preocupe vou ter uma conversa com ela. – Os dois sabiam que não iam, seus pais só iriam dizer que tinham a avisado que não era uma boa ideia e tirar a sobremesa por alguns dias.

-Certo. Espero que melhore seu comportamento. – A diretora disse. –Estão dispensados.

Phellippe fora na frente pegar o carro enquanto Lilly e Lysandre se despediam na entrada.

-Eu exagerei. – disse contrariada, odiava admitir que não estava certa em alguma coisa, seja o que quer que fosse.

-Talvez um pouco. – fitaram-se por alguns segundos e então riram. –Você é divertida.

-Isso é o que dizem quando na verdade querem dizer “Você é completamente louca”. Eu pisei na cara de um aluno do primeiro ano.

-Você estava em pânico. – ele deu de ombros.

-Quatro vezes. Depois que o Boris já tinha revelado que era só ele. – disse casualmente, como se fosse a coisa mais comum do mundo.

-É. Você realmente exagerou um pouco. – pensou um pouco. –Talvez muito.

Rosalya então apareceu com Leigh, eles estavam procurando por Lysandre, ele explicou aos dois que havia sido chamado na diretoria como testemunha.

-Bom... Boa noite Lilly. – ele acenou com a cabeça, os outros dois também se despediram, Lilly sorriu e acenou enquanto os três se afastavam.

 

Seus pais riam enquanto ela narrava como havia sido a festa, sem poupar nenhum detalhe.

-Está proibida de participar de festas de Halloween até os trinta anos. – a mãe disse, mudando o canal da televisão, sem nem olha-la.

-Vocês não mandarão em mim aos trinta, eu vou ser rica e morar em uma mansão onde as pessoas não me proíbam de festejar. – dramatizou.

-Se sair de casa antes dos trinta já vai ser um milagre. – o pai alfinetou, fazendo-a ficar emburrada.

-Tudo teria sido diferente se eu pudesse ter seguido meu sonho. – ela saiu pisando firme em direção ao seu quarto.

-Já conversamos sobre isso Lillyan não existem pintores de flores. – a mãe disse pela milésima vez que aquele não era um sonho de carreira válido.

-Então como explica que existam tantas cores delas? – berrou, mas nem ouviu a reposta afinal já tinha batido a porta do quarto com toda a sua força.

-Graças a Deus que ela nunca assistiu Alice no País das maravilhas. – Lucia disse, o marido concordou.

-Eu disse que priva-la dessas coisas só a faria bem.

Lilly não acreditara que aquele era mesmo o Boris e prometera a si mesma que no ano seguinte penduraria a cabeça daquele assassino sobre sua lareira. Só faltava construir a lareira e esperar para pega-lo, ele não sairia impune novamente...


Notas Finais


Obrigado por ler.


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