1. Spirit Fanfics >
  2. O Doador de Sementes >
  3. Mudança - Parte I

História O Doador de Sementes - Mudança - Parte I


Escrita por: LanaFan

Notas do Autor


Ois gente!

Demorei, mas voltei... Só não sei quando sai a parte II :/

Capítulo 36 - Mudança - Parte I


 

Sean

 

 

Como iremos nos mudar amanhã, precisávamos organizar os últimos detalhes, então Lana e eu não fomos trabalhar à tarde e o Flynn foi para a escola, pois, segundo ele, tinha uma aula muito importante e isso me deixa muito orgulhoso, é mais uma coisa que temos em comum.

 Terminamos de encaixotar as minhas coisas e levamos boa parte para a casa nova, agora enquanto vou pegar o Flynn na escola a Lana ficou descansando um pouco.

─ Papai, conseguiram terminar de arrumar tudo? ─ Pergunta ao entrarmos no carro.

─ Foi cansativo, mas terminamos. Só falta o que ainda vamos usar hoje e amanhã. ─ Digo, tirando o carro do estacionamento.

─ Então amanhã de manhã ajudo a guardar tudo, porque gosto de ajudar vocês. ─ Sorri, olhando-me pelo reflexo no retrovisor.

─ Ufa! Acho que poderei dormir até mais tarde...

─ Não vai, não. ─ Me interrompe, negando com o indicador. ─ Vamos bem cedinho para a nossa casa. Nada de dormir.

─ Vai ter que me acordar. ─ Falo, olhando para os dois lados, pois o trânsito nesse horário é muito perigoso.

─ Isso será fácil, já que vamos dormir todos na sala. ─ Ele também olha pela janela. ─ Podemos colocar o colchão na sala, né?

─ É uma boa ideia. ─ Andamos mais algumas quadras e chegamos. ─ Filho, pode deixar a sua mochila aqui no carro já, se quiser.

─ Vou deixar. ─ Tira o cinto e sai do carro. ─ O que será que a mamãe está fazendo?

─ Acho que está dormindo. ─ Seguro a mão dele e entramos em casa. ─ Quer tomar um banho primeiro, depois vai acordá-la?

─ Pode ser, mas se quiser ir lá com ela pode ir. ─ Tira seu tênis e deixa ao lado do meu. ─ Posso tomar banho no seu antigo quarto?

─ Claro que sim. Vê se tem tudo lá, que aí vou tomar banho nesse aqui. ─ Aponto para o corredor.

─ Até daqui a pouquinho. ─ Corre para o banheiro.

Deixei a chave do carro em cima da mesa, tranquei a porta e segui para o quarto que era do Flynn, mas que agora é de nós três; ao abrir a porta vejo a Lana dormindo de bruços, esparramada na cama, tão linda; percebo que já tomou banho e vestiu uma das minhas camisetas e um shortinho confortável; dou a volta na cama e beijo-a na bochecha, mesmo dormindo um sorriso surge em seu rosto, suspiro admirando-a mais um instante e então vou para o meu banho.

Já no chuveiro, fico imaginando qual será a reação da Lana quando ver a biblioteca e a surpresa que preparei, que não é apenas os livros, mas sim o ambiente todo e um móvel em especial. Encerro logo meu banho, mas só agora lembro-me que não peguei uma roupa, enrolo-me na toalha e saio do banheiro.

─ Faz tempo que vocês chegaram? ─ Minha pequena pergunta assim que entro no quarto, sua voz ainda está rouca de sono; sorrio ao vê-la de olhos fechados e abraçada ao meu travesseiro.

─ Não queria te acordar. ─ Visto o calção do meu pijama e vou até ela. ─ Chegamos agora pouco. Nosso garoto está no banho. ─ Deito-me atrás dela e abraço-a.

─ Estou tão cansada, que acho que vou dormir até amanhã. ─ Murmura, passando seus braços sobre o meu em sua cintura. ─ Nada de academia hoje, né? ─ Mexe-se, aconchegando-se ainda mais ao meu corpo.

─ Puxar todas aquelas caixas foi atividade física mais que suficiente. ─ Sorrio e afasto seu cabelo. ─ Vamos fazer um lanchinho, depois deixo você dormir. ─ Beijo seu pescoço e vejo-a se encolher.

─ Uhum. ─ Continua de olhos fechados.

─ Não vai abrir os olhos? ─ Ergo a cabeça, beijo sua têmpora e depois perto de sua boca.

─ Não. ─ Faz bico e vira o rosto na minha direção.

─ Ah! E ainda quer beijo... ─ Beijo aquele bico que ela sabe que não resisto.

─ Já estava com saudade. ─ Abre os olhos e acaricia meu rosto. ─ Vamos ficar aqui mais um pouquinho? ─ Beija-me com ternura.

─ Vamos. O Flynn logo vem pra cá. ─ Deito-me de costas e ela se vira, deitando-se sobre o meu peito. ─ Preparada para viver o resto da vida ao meu lado? ─ Acarinho suas costas.

─ Preparado para me aturar pelo resto da sua vida? ─ Me olha com uma cara sapeca.

─ Preparado e ansioso. ─ Beijo seus, sorridentes, lábios.

─ Eu também. ─ Roça o nariz no meu rosto. ─ Te amo. ─ Diz olhando nos meus olhos.

─ Eu te amo. ─ Passo as pontas dos dedos pelo contorno do seu rosto. Ficamos nos olhando por mais um tempo, até que ouvimos a barriga da Lana roncar e gargalhamos.

─ E esse é o meu estômago dizendo que te ama também. ─ Diz ela, ainda rindo em cima de mim.

─ Deixe-me falar com esse estômago... ─ Rolo na cama e me ajoelho ao lado dela.

─ Não. Não começa um ataque de cócegas agora... ─ Não teve tempo de fugir; comecei a mordiscá-la na barriga e no mesmo instante pude ouvir as suas gargalhadas. ─ Amor... Para... ─ Continuei com o ataque mesmo recebendo alguns tapas nas costas. ─ Chega...

─ Não. ─ Roço minha barba na sua barriga que já está rosada.

─ Sean! ─ Esperneia e empurra a minha cabeça.

─ Cheguei para te ajudar, mamãe. ─ Nosso filho pula nas minhas costas e tenta fazer cócegas no meu pescoço.

─ Ah, seu traidor! ─ Derrubo-o na cama e passo a fazer cócegas nele, que gargalha até quando ameaço encostar. ─ Você merece cócegas na barriga também. ─ Ergo a camiseta dele e começo a assoprar contra a sua pele fazendo barulhos engraçados.

─ Mamãe... Me ajuda! ─ Tenta esticar os braços para a mãe.

─ Estou indo. ─ Lana tenta recuperar o fôlego. ─ Chega, amor. ─ Me segura pelos ombros e mordisca as minhas costas me fazendo rir.

─ Eu me rendo. ─ Flynn abre os braços, ofegante.

─ Espertinho. ─ Arrumo a camiseta dele e aperto seu nariz. ─ Já pode parar de morder. ─ Levo um braço até as minhas costas e belisco a cintura da Lana, que dá um gritinho em resposta.

─ Parei. ─ Senta-se ao meu lado e se apoia no meu ombro. ─ Agora que já estou sem sono, podemos ir para aquela parte do lanchinho? ─ Sorri, fazendo careta.

─ Isso! ─ Nosso garotinho sorri. ─ Mas pode ser uma jantinha já... Porque estou com uma vontade daquele macarrão com queijo sabe, papai? ─ Lambe os lábios.

─ Sei. ─ Semicerro os olhos e os dois sorriem. ─ Adorei a ideia, porém terá que me ajudar.

─ Claro que ajudo. ─ Senta-se na beirada da cama. ─ Vamos? ─ Olha para trás; Lana e eu estávamos sorrindo enquanto olhávamos para ele. ─ Ou vão ficar aqui namorando mais um pouco? ─ Fica em pé.

─ Chega de namorar. ─ Minha noiva levanta-se num salto. ─ Agora quero comer. ─ Sorri.

─ E a novidade? ─ Saio na frente deles; mal dou dois passos e alguém pula nas minhas costas. ─ Para quem queria dormir até amanhã a senhorita está muito agitada. ─ Seguro-a pelas coxas.

─ Vai ter que me acalmar. ─ Morde a minha orelha.

─ Vou te dar um sonífero, porque o “calmante”... ─ Pressiono meus dedos em suas coxas. ─ Que você quer... ─ Viro o rosto para poder encará-la. ─ Só amanhã à noite na casa nova.

─ Vamos... ─ Espera nosso filho passar por nós para continuar falando. ─ Inaugurar algum cômodo? ─ Mexe as pernas, sinalizando que quer descer; solto-a com cuidado.

─ Hum... ─ Seguro-a pela cintura e dou alguns passos até encostarmo-nos na parede. ─ Talvez...

─ Talvez? ─ Apoia os braços no meu pescoço, acaricia minha nuca e sorri com o olhar mais sexy que já vi. ─ Que tal inaugurarmos dois cômodos? ─ Beija, rapidamente, o meu pescoço e volta a me encarar.

─ Dois? Vai aguentar depois da mudança? ─ Espalmo suas nádegas e puxo-a de encontro ao meu corpo, vejo-a morder o lábio inferior; ameaço beijá-la, mas apenas roço minha barba em seu rosto e ouço sua respiração pesada.

─ Você não? ─ Sussurra no meu ouvido.

─ O que acha? ─ Distribuo beijos pelo seu pescoço, subo minhas mãos até a nuca e seguro-a firme.

─ Acho que você é capaz de muito mais. ─ Aperta meus braços.

─ Ainda bem que me conhece. ─ Beijo-a avassaladoramente; mesmo precisando respirar não queria interromper esse momento.

─ É melhor... ─ Diz, ofegante. ─ Pararmos. ─ Volta a me beijar, agora ficando nas pontas dos pés.

─ Então vamos... ─ Dou-lhe uma série de selinhos e ela sorri.

─ Vocês falaram que queriam fazer comida agora. ─ Flynn aparece no corredor com as duas mãos na cintura. ─ Mamãe, você disse que não queria namorar agora.

─ Desculpa, querido. Estamos indo. ─ Afasta-se um pouco e segura minha mão.

─ E você, papai, vem logo fazer o macarrão, senão não ajudo mais. ─ Tenta continuar sério, mas acaba rindo. ─ Não consigo dar bronca em vocês. ─ Abaixa os braços.

─ Ufa! Porque fiquei assustado. ─ Coloco a mão sobre o coração.

─ Papai, falando sério, vem fazer o macarrão. ─ Me puxa pela mão.

─ Vai lá, papai. ─ Lana debocha. ─ Vou arrumar a sala para podermos dormir lá. ─ Beija minha bochecha e anda na nossa frente.

─ Ih! Vai ter que levar o colchão, porque queremos dormir no chão né, filho? A sua mãe que fique com o sofá. ─ Pisco para o Flynn.

─ É, mamãe. Eu e o papai já combinamos que vamos dormir no colchão na sala. ─ Ele pisca também.

─ Vou me lembrar disso. ─ Finge-se, pois viu que piscamos. ─ Mas vou pegar o tal colchão só porque vocês vão fazer a minha comida. ─ Joga um beijo e volta para o quarto.

─ Vem, papai. Vamos logo para a cozinha. ─ Me arrasta.

 

 

***

 

 

Lana

 

 

Arrastei o colchão até à sala e enquanto buscava os travesseiros e as cobertas ouvi meus amores conversando e rindo; deixei o meu travesseiro em cima do sofá e um edredom, depois arrumei os travesseiros deles e estendi o outro edredom sobre o colchão, liguei a TV, assisti uma parte do jornal, e fui até a cozinha para ver o que eles estavam aprontando.

─ Filho, não vamos colocar muito parmesão, né? É mais saudável...

─ Com ricota. Eu sei. ─ Tal pai, tal filho. Recosto-me na parede e fico admirando-os, ambos de costas para mim e trabalhando em sincronia, uma vez ou outra olhavam-se e sorriam. ─ Posso enfeitar com salsinha?

─ Pode. E a sua mãe adora. ─ Diz o noivo mais perfeito desse mundo.

─ É verdade. ─ Digo, andando até eles. ─ Está com uma cara ótima. ─ Abraço o Sean pela cintura e o Flynn pelos ombros.

─ E está bem gostoso, mamãe. ─ Comenta nosso garotinho, concentrado na sua arte com as salsinhas.

─ Tenho certeza. Quer ajuda em alguma coisa, amor? ─ Pergunto ao Sean.

─ Não precisa. ─ Enxuga as mãos em uma toalha e me dá um selinho.

─ Nadinha? ─ Faço bico. ─ Vou pegar, pelo menos, os pratos.

─ Já estão aqui, mamãe. ─ Flynn aponta para os pratos ao seu lado. ─ Mas você pode pegar os copos para tomarmos suco de uva. ─ Sorri, mostrando-me suas covinhas.

─ Ainda bem que deixaram algo para eu fazer então. ─ Sorrio e vou até as caixas que estão no canto da cozinha, pego três copos e deixo-os na pia. ─ Já vou levar lá para a sala. ─ Pego a garrafa de suco de uva e os copos.

─ Logo vamos lhe fazer companhia. ─ Meu loiro sorri, servindo uma quantia generosa de macarrão em cada prato.

 

 

Como sempre, o jantar foi a maior algazarra; lambemos os pratos, literalmente. Depois dessa brincadeirinha, Sean e eu lavamos a louça e voltamos para a sala.

─ Vamos assistir Jogos Vorazes? ─ Nosso filho pergunta, deitado de bruços e virado para o televisor.

─ Pode ser. ─ Sento-me no sofá e o Sean deita no colchão, Flynn acha o filme e começamos a assistir.

─ Amor, nós estávamos brincando quando falamos que você dormiria no sofá... ─ Apoia a cabeça em uma das mãos. ─ Vem deitar aqui. ─ Bate no espaço a sua frente.

─ Quero ficar sentada um pouco. ─ Passo a mão na barriga, indicando que comi demais.

─ Tudo bem... ─ Senta-se com as pernas afastadas. ─ Senta aqui. ─ Faz uma carinha de pidão; sorrio, balançando a cabeça e vou até ele.

─ Deveria ficar longe de você, só porque disse que eu não dormiria aqui. ─ Recosto-me em seu peito e fico concentrada no filme.

─ Sabe que não existe a menor chance de dormirmos longe, né? ─ Passa seus braços logo abaixo dos meus seios e me aperta. ─ Te amo. ─ Sussurra no meu ouvido.

─ Te amo, meu chato. ─ Olho para o lado e trocamos um rápido beijo.

─ Também amo vocês, mas parem de conversar. ─ Flynn vira-se e arrasta o travesseiro até a perna do pai, ajeitando-se ali.

─ Desculpa. ─ Murmuro, fazendo-lhe um cafuné.

─ Então vamos assistir. ─ Sean arruma o travesseiro em suas costas e se ajeita, ficando quase deitado e, claro, me puxa junto. Flynn se enrola no edredom e eu pego o outro para nós.

Concentramo-nos no filme, às vezes comentávamos algumas cenas e foi assim até começarmos a bocejar. Não demorou muito para que o nosso filho arrumasse seu travesseiro ao nosso lado e adormecesse.

─ Vou desligar e ir tomar água. Já volto. ─ Ameaço levantar, mas o Sean me impede.

─ Fica aqui. ─ Beija minha bochecha. ─ Pego água para você.

─ Sempre me mimando. ─ Acarinho aquele rosto perfeito e sorrio.

─ Sempre. ─ Dá um beijo na palma da minha mão e levanta-se; viro-me e acompanho seus passos com o olhar, sorrio com ternura quando ele volta segurando dois copos. ─ Sei que pediu água, mas trouxe leite. ─ Ajoelha-se ao meu lado. ─ Para você não sentir fome durante a noite. ─ Entrega-me o copo.

─ Obrigada. ─ Sorrio, levando o copo até a boca. Sean fica sorrindo enquanto bebo tudo de uma vez. ─ Ainda fico impressionada como o meu amor por você multiplica-se a cada dia. ─ Acaricio seu rosto.

─ Sei bem como é, gatinha com bigodinho de leite. ─ Faz graça, passando o polegar no meu lábio superior. ─ Quer mais alguma coisa? ─ Deixa o copo vazio e a água perto do sofá.

─ Quero... ─ Deito-me novamente. ─ Dormir de conchinha com o noivo mais incrível desse mundo. ─ Sorrio, trazendo-o para perto.

─ Ah, também iria sugerir isso para a noiva mais maravilhosa desse mundo. ─ Passa um dos braços embaixo do meu pescoço e o outro pela minha cintura, me abraçando.

─ Tão gostosinho. ─ Me remexo, aconchegando-me em seus braços e entrelaçando nossas pernas. ─ Boa noite, amor. ─ Olho-o antes de beijá-lo.

─ Boa noite, amor. ─ Diz ele, depois do beijo carinhoso.

 

 

***

 

 

Acordo com o nascer do sol, muito antes do que eu desejava; respiro fundo, sentindo o cheiro do meu amor, noto que em algum momento da noite nos viramos e estou com a cabeça em seu peito abraçando-o pela cintura, percebo que estou sendo abraçada também, mas por mãozinhas menores, sorrio ao abrir os olhos e ver o braço do nosso filho ao redor da minha cintura; mexo-me com cuidado e deixo-o com a cabeça apoiada na minha barriga porque, provavelmente, ele estava desconfortável respirando contra as minhas costas. Foi quase impossível conter uma gargalhada quando os vejo dormindo, exatamente, iguais: com a boca aberta; com o movimento brusco para cobrir a minha boca, acabei acordando o Sean, que fez um barulho engraçado ao respirar.

─ Pode dormir mais um pouco. ─ Sussurro.

─ Que horas são? ─ Tenta olhar no relógio que está em seu braço sob o meu pescoço e me aperta, propositalmente, contra o seu peito. ─ Está cedo. Acho que podemos ficar aqui mais um pouco. ─ Aproxima-se ainda mais.

─ Cuidado. ─ Contenho o braço que ia de encontro a minha cintura.

─ Não o vi. ─ Sorri, sem jeito.

─ Ainda está em tempo de se acostumar a tê-lo em nossa cama, já que isso irá acontecer outras vezes. ─ Entrelaço nossos dedos sobre as costas do nosso garotinho.

─ Bom, pelo menos já estou acostumado com ele entre nós, ou com um braço na minha cara e até mesmo uma perna, às vezes. ─ Sorri.

─ É, mas acho que essa noite ele só sentiu a minha falta, já que o papai monopolizou a mamãe. ─ Brinco.

─ Não fui eu que pedi para dormir de conchinha com o papai. ─ Imita a minha voz e morde a minha bochecha.

─ Besta. ─ Dou-lhe uma cotovelada. ─ Agora fica quietinho e vamos deixá-lo dormir mais. ─ Beijo-o e olho para baixo, admirando o nosso anjo.

─ Sim, mamãe. ─ Faz graça e apoia seu rosto na minha cabeça.

Passaram-se menos de quinze minutos e começamos a ouvir vozes do lado de fora.

─ Não acredito que eles já chegaram.  ─ Comento, jogando a cabeça para trás.

─ Deveria ter pedido para o Colin devolver a minha chave. ─ Sean resmunga.

─ Eles não vão entrar, né? ─ Olho para cima.

─ O que acha? ─ Faz uma careta.

─ Cambaaada! Hora de acordar. ─ A ruiva mais louca do mundo quase derruba a porta.

─ Vamos logo fazer essa mudança, porque eu quero churrasco. ─ Josh grita enquanto aperta a campainha ininterruptamente.

─ O que está acontecendo? ─ Flynn senta-se, assustado.

─ Os loucos dos nossos amigos que chegaram. ─ Abraço-o contra o meu peito.

─ Se vocês não abrirem, vou abrir. ─ Colin berra.

─ Abre logo essa merda. ─ Sean responde no mesmo tom. No mesmo segundo a porta se abre e um bando invade a sala.

─ Ah, pelamor! Ainda estão deitados? ─ Bex aproxima-se para puxar o edredom.

─ Não! ─ Ginny a interrompe. ─ Você não sabe como eles estão por baixo dessa coberta. ─ Gargalha.

─ Até você? ─ Jogo um travesseiro na cara dela.

─ Bom dia para vocês. ─ O loirinho mais fofo aparece.

─ Oi, Oli. ─ Nosso filho o cumprimenta.

─ Bom dia, Oliver. ─ Sean e eu falamos juntos. ─ Será que, pelo menos, trouxeram café da manhã? Porque me nego a sair daqui se não tiver comida. ─ Sento-me de braços cruzados.

─ Óbvio, né? ─ Ginny mostra a bolsa térmica que está pendurada em seu ombro. ─ Bolo de chocolate e suco de laranja... Foi o que deu para trazer. ─ Diz ela.

─ Oba! ─ Flynn comemora dando um pulo.

─ É o suficiente para mim. ─ Levanto-me sorrindo e o Sean faz o mesmo.

─ Seus preguiçosos, vão trocar de roupa e comer enquanto levamos as coisas lá para fora. ─ Josh levanta uma caixa com a ajuda do Colin.

─ Andem logo, antes que a gente mude de ideia. ─ Bex dá um tapa na minha bunda.

─ Ei! Só eu posso fazer isso. ─ Meu noivo a afasta e me abraça por trás.

─ Não comecem de ceninha agora. Saiam daqui logo. ─ A ruiva nos empurra. ─ Gnomo, vai junto e apresse-os. ─ Bagunça os cabelos do Flynn.

─ Tá bom, dinda. ─ Sorri, coçando os olhos e segurando minha mão.

 

 

Depois de engolirmos um pedaço de bolo entre risos e piadas, levamos tudo para fora e a equipe da transportadora chegou para levar tudo para a nossa casa. Seguimos o caminhão como se fosse uma passeata, nunca vi gente mais baderneira; a Bex trouxe até a cachorra dela, a Belami Sol, que ia com a cabeça para fora; os Dallas estavam logo atrás de nós, e por último o Colin que, para não ir sozinho, levava o Coragem.

Tenho certeza que a nossa chegada assustou os outros vizinhos. Assim que o caminhão parou na frente da nossa casa, estacionamos os carros ali na frente e na frente da casa da Ginny e logo estávamos todos no quintal, e o Coragem e a Belami exploravam todo o jardim.

─ Vou abrir a casa. ─ Sean sorri e corre até a varanda.

─ Quero ir junto, papai. ─ Flynn corre atrás do pai. Os dois entram em casa gargalhando e se cutucando.

─ Feliz? ─ Ginny pergunta, parando ao meu lado.

─ Muito! ─ Sorrio, desviando os olhos da casa e olhando para as duas que me encaravam. ─ O que foi?

─ Nada. ─ A morena ri.

─ Você está com cara de pateta, mais que o normal. ─ A ruiva se pendura nos meus ombros. ─ Estou tão feliz por vocês. ─ Beija minha bochecha.

─ Ah, eu nem acredito que estou vivendo esse sonho. ─ Apoio minhas mãos sobre as dela.

─ Bex, o Marc não vem? ─ Colin pergunta.

─ Ele estava de plantão essa noite, mas logo vem pra cá. ─ Responde, soltando-se dos meus ombros.

─ Mas e aí, Lana, vamos levar tudo isso lá para dentro? ─ Josh abraça a esposa.

─ Vamos. Só não quebre nada, Dallas. ─ Semicerro os olhos e todos gargalham.

─ Acho melhor levarmos tudo que é lá de cima primeiro. ─ Meu noivo surge na porta.

─ Certo. ─ Colin olha para as caixas. ─ Quais são lá em cima?

─ Bom, as que estão com o nome do Sean e o meu são no nosso quarto; as com o nome do Flynn no quarto dele. ─ Aproximo-me das caixas. ─ As da sala...

─ Na sala, claro. ─ Diz Bex.

─ Fica quietinha, tá? ─ Faço careta e ela revira os olhos. ─ Como eu estava falando... ─ Encaro-a. ─ As da sala 1 ficam aqui na entrada e as da sala 2 na outra sala, a da bagunça. ─ Sorrio para o Flynn que está me fazendo sinal de positivo, pois essas caixas foi ele quem organizou.

─ Acho que já deu para entender que as caixas estão todas identificadas e só levar para o lugar certo. ─ Josh anda até uma caixa e a tira do chão com um movimento brusco, fazendo barulho.

─ Oops! Acho que essa aí é da cozinha, ou era... ─ Diz a ruiva.

─ Joshua Paul Dallas, se você quebrar alguma coisa deles... ─ Ginny anda a passos largos até ele.

─ Pode deixar que eu quebro a cara dele, amiga. ─ Fecho os punhos na frente dele.

─ Calma, Laninha. Não vou quebrar nada, não. ─ Fala, envergonhado.

─ Acho que é melhor você ficar longe das coisas da cozinha. ─ Sean sorri, andando até nós.

─ Papai, acho que você pode ajudar com as coisas dos quartos, mas só com as caixas de roupas. ─ Oliver entra na brincadeira.

─ Até você, filho? ─ Josh encara o garotinho que sorria.

─ Tá bom, vamos voltar para as caixas. ─ Digo, contendo o riso.

─ Já que todas essas caixas são coisas que precisamos apenas guardar nos lugares certos, o que acham de nós... ─ Sean aponta dele para o Josh e o Colin. ─ Carregarmos tudo lá para dentro enquanto vocês... ─ Aponta para nós, mulheres. ─ Começam a arrumar tudo? ─ Sugere, olhando para mim. ─ Pode ser, amor? ─ Passa um braço pela minha cintura.

─ Pode... ─ Aproximo-me ficando nas pontas dos pés. ─ Mas queria que você ajudasse, porque a casa é nossa, amor. ─ Cochicho em seu ouvido.

─ Carregamos tudo rápido e logo estarei junto contigo. ─ Sorri, largamente.

─ Parem de segredinhos. ─ Ginny faz graça e mostro a língua para ela.

─ Só estávamos combinando umas coisas. ─ Sean arqueia uma sobrancelha com um sorriso de canto.

─ Ih! Poupem-nos dos detalhes sórdidos. ─ Bex faz cara de nojo. ─ Chega de papo... ─ Pega uma caixa com o nome do afilhado. ─ Gnominho, vamos arrumar o seu quarto? ─ Chama-o.

─ Vamos, dindinha. ─ Diz ele, no mesmo tom que ela e arrasta o Oliver junto.

─ Filho, não a deixe fazer muita bagunça. ─ Diz Sean.

─ Engraçadinho. ─ Bex faz careta e eles entram.

─ Vou levar as coisas das salas enquanto vocês levam as coisas dos quartos. ─ Colin pega uma caixa.

─ Ok. Nós levamos as coisas dos quartos, então. ─ Sean fala para o Josh, que concorda meneando a cabeça.

Sean escolhe uma caixa para eu levar, a mais leve, claro, e então entramos cada um carregando algo.

─ E esse quarto? ─ Ginny pergunta ao passarmos pelo quarto ao lado do nosso. ─ Vai ficar vazio?

─ Por enquanto. ─ Meu noivo olha para mim com um sorriso lindo nos lábios.

─ Ah! Entendi. ─ Ela sorri, observando nossas caras de bobos apaixonados.

─ Podem ficar aqui em cima que trago as outras caixas. ─ Diz Sean, soltando a caixa perto da cama.

─ Obrigada. ─ Beijo-o e fico observando-o sair; está irresistível com aquela camiseta azul, destacando seus músculos, e bermuda preta; respiro fundo, soltando o ar pela boca.

─ Calma, amiga. ─ Ginny ri da minha cara. ─ Só não façam muito barulho quando começarem a inaugurar a casa, porque não quero ouvir nada. ─ Bate seu quadril no meu.

─ Acho bom você ter um protetor de ouvido, vizinha. ─ Sorrio, virando-me para as caixas.

─ Já vi que vou me incomodar com os novos vizinhos. ─ Ela ri e abre uma das caixas.

─ Acho que agora os vizinhos vão se incomodar todo o fim de semana com esse povo todo aqui. ─ Tiro algumas roupas da primeira caixa.

─ Vai ser tão divertido. ─ Diz Ginny, segurando algumas roupas. ─ Qual é o seu? ─ Pergunta, referindo-se closets.

─ O da esquerda. ─ Jogo as roupas para dentro da caixa novamente.

─ O que vai fazer? ─ Pergunta-me.

─ Ah, vou arrastar essa caixa pra lá. Não vou ficar fazendo dez viagens para pegar tudo. ─ Seguro uma das abas da caixa e arrasto-a para dentro do closet.

─ Vou fazer a mesma coisa. ─ Ginny também puxa uma caixa.

Começamos a guardar tudo. Ginny preferiu arrumar os meus calçados enquanto eu arrumo as roupas. O closet é tão espaçoso que consegui deixar todas as minhas roupas espalhadas em cabides, um compartimento para as blusinhas brancas, outro para as pretas e os demais para as coloridas; até as minhas lingeries pude organizar muito bem: uma gaveta para as calcinhas, outra para os sutiãs, uma terceira para as meias e um espaço enorme para todos os meus pijamas.

Todas as vezes que o Sean entrava com uma caixa ele vinha até onde eu estava e me beijava, Ginny já estava ficando sem ideias para piadinhas.

─ Adorei isso aqui. ─ Ginny senta-se no, grande, puff redondo que está em frente ao espelho.

─ Mais um dos presentes do Sean. ─ Sento-me ao lado dela. O puff é de veludo preto, dando um contraste sobre o tapete branco. ─ E ainda é um baú. ─ Digo.

─ Que legal. O meu é só um puff normal. ─ Ela ri. ─ Gostou da minha arrumação? ─ Olha para o lado esquerdo, onde arrumou todos os meus calçados.

─ Ficou perfeito. Obrigada. ─ Apoio minhas costas nas dela, admirando tudo aquilo. ─ Eu não teria pensado em arrumar assim... Acho que iria deixar de qualquer jeito. ─ Brinco, percebendo que ela arrumou tudo por modelo, desde o teto até o chão, começando com as botas e terminando com os chinelos. ─ E você notou isso? ─ Aponto para o teto.

─ É um... ─ Ergue a cabeça, observando a maneira que as luzes estão dispostas. ─ L?

─ Uhum. ─ Sorrio, feliz. ─ Isso foi ideia minha. No closet do Sean tem um S. ─ Falo orgulhosa.

─ Mas vocês são muito apaixonados mesmo, né? ─ Levanta-se. ─ Deveria gravar o dia-a-dia de vocês e transformar em um programa de televisão. ─ Sai do closet.

─ Acho melhor não. ─ Acompanho-a.

─ Amor, essa é a última caixa. ─ Sean entra carregando uma das caixas dele. ─ E já trouxemos tudo para dentro, menos o sofá.

─ Nossa, foi rápido. ─ Ando com ele para dentro do seu closet. ─ Terminamos de arrumar o meu, agora vamos começar aqui.

─ Não precisa. Pode deixar que faço isso. ─ Beija minha testa e saímos.

─ Sean, esqueceu essa caixa. ─ Josh entra no quarto. ─ Está escrito “sex shop”, acho que é daqui. ─ Ri, descontroladamente.

─ Que caixa é essa? ─ Arregalo os olhos, encarando meu noivo.

─ Ele está mentindo. ─ Sean segura a caixa e vira-a para mim; pude ler o que está escrito. ─ É a nossa caixa de perfumes. ─ Sorri.

─ Precisavam ver as caras de vocês. ─ Gargalha, apoiando-se no ombro da esposa.

─ Vai à merda. ─ Chuto o ar, jogando meu chinelo na direção deles e o Josh consegue desviar-se. ─ Idiota.

─ Vamos lá para baixo antes que vocês quebrem algo aqui. ─ Ginny puxa o marido para o corredor.

─ Mas sabe... ─ Sean me abraça por trás e damos alguns passos até à porta. ─ Não seria nada mal uma caixa com brinquedinhos. ─ Sussurra, beijando o meu pescoço.

─ Não começa. ─ Seguro as mãos dele que já estavam nas minhas coxas. ─ Mas podemos ir fazer umas comprinhas. ─ Pisco e corro para o quarto do nosso filho.

 

 

***

 

 

Sean

 

 

Após conferirmos como ficou o quarto do Flynn, fomos para o jardim; Colin está brincando com o Oliver e os cachorros; Ginny e Josh estão sentados no sofá, que ainda está no gramado, sento-me na outra ponta e a Lana senta-se ao meu lado, erguendo as pernas no meu colo.

─ Olhem o que achei! ─ Bex anda até nós com o Flynn no pescoço.

─ O quê? ─ Pergunto, massageando os pés da Lana.

─ Olha, papai. ─ Vejo Flynn com um vidro na mão, ele leva outro objeto até a boca e o assopra. ─ Vamos brincar de bolhas de sabão? ─ Faz várias bolhas sobre a cabeça da sua madrinha.

─ Que legal. Nem lembrava que você ainda tinha isso, filho. ─ Lana se levanta e o tira dos ombros da Bex.

─ Lembra-se, mamãe, quando brincávamos disso? ─ Diz ele, fazendo mais bolhas. Observo meus amores e imagino o quanto já não brincaram disso, mas fico feliz por fazer parte disso agora.

─ E você lembra-se das bolhas gigantes? ─ Abraço minha pequena pela cintura.

─ Claro que sim...

─ Bolhas gigantes? ─ Nosso filho se interessa.

─ Filho, seu pai sabe fazer as melhores bolhas gigantes. ─ Lana me abraça.

─ Ei, eu também sei fazer bolhas gigantes. ─ Josh se manifesta, levantando a mão. ─ Arrumem uma vasilha com água e sabão...

─ E alguns barbantes. ─ Ginny também se pronuncia.

─ Que folga é essa? Me apressei para chegar aqui e vocês nessa folga toda... ─ Diz Marc, andando até a namorada.

─ Folga nada. Já levamos tudo lá para dentro. ─ Falo. ─ E aí? ─ Cumprimento-o.

─ Tudo certo. ─ Ele ri, apertando minha mão. ─ Mas já arrumaram tudo? ─ Acena para os outros.

─ Só em sonho. ─ Lana fala, jogando a cabeça para trás. ─ A parte de cima está quase toda arrumada, mas o resto tá um caos. ─ Ri.

─ Era para você dizer que terminaram, Lana. ─ Marc faz graça. ─ Assim vou ter que ajudar.

─ Ih, doutor. Se ferrou. ─ Sorri ainda mais. Tão bom vê-la feliz desse jeito.

─ Já que o Marc chegou, acho que posso ficar responsável pelo churrasco, o que acham? ─ Diz Colin, erguendo o Oliver pelos braços.

─ Se não ficar só bebendo e deixar queimar tudo... ─ Dou de ombros, fazendo todos rirem.

─ Acho melhor deixar a cerveja escondida ainda. ─ Josh entra na brincadeira.

─ Mas são muito engraçadinhos. ─ Colin solta o Oli que corre até nós e começa a brincar com o Flynn e as bolhas de sabão.

─ Não iriamos brincar agora? ─ Bex cruza os braços, igual uma criança birrenta.

─ Minha criança, trabalho primeiro, depois diversão. ─ Lana a provoca.

─ Já aboliram a escravidão, só para avisar. ─ Mostra a língua para a minha noiva.

─ Parou! ─ Interrompo-as. ─ Vamos levar esse sofá lá para dentro e aí depois nos preocupamos só com o almoço e podemos deixar as crianças brincarem. ─ Olho para a Bex, que me mostra o dedo médio. ─ Mas só as educadinhas.

─ Vocês são os piores. ─ Diz Marc, descruzando os braços da Bex.

─ Tá, como vamos levar esse trambolho lá para dentro? ─ Josh analisa o sofá. ─ Tem alguma parte que desmonta?

─ A chaise longue é só encaixada. ─ Beijo o ombro da Lana e ando até o sofá para mostrar para o Josh. ─ Aqui. ─ Desengato as duas partes. ─ Ajude-me a levar essa parte e depois carregamos a outra.

Josh segura em uma ponta e eu na outra, e assim levamos para a sala da bagunça, que já estava organizada, pois eu mesmo havia me encarregado de deixar esse cômodo em ordem; até alguns porta-retratos coloquei perto da TV.

─ Bom, agora cada um dos marmanjos segura em um lugar e vamos manobrar lá para dentro. ─ Seguro embaixo de uma parte do sofá e o Colin mais no meio, junto com o Marc e o Josh na outra ponta. Ao chegarmos na varanda, o Josh tinha que ir primeiro, mas não estava conseguindo.

─ Não raspe na parede, Josh! Porque amo esse sofá. ─ Diz Lana, que está do lado de fora da varanda.

─ Cuidado aí. ─ Falo, equilibrando a parte mais pesada do sofá.

Com muito custo, Josh conseguiu entrar, então manobramos a parte mais difícil e, finalmente, o sofá está dentro de casa.

─ Espero que vocês não façam mais mudança, porque não aguento erguer isso de novo. ─ Colin se joga no tapete.

─ Não se preocupe que isso não vai acontecer. ─ Sento-me no chão, escorando-me na parede.

─ Preciso de uma cerveja. ─ Josh segue para a cozinha.

─ Eu também. ─ Marc o segue e puxa o Colin junto.

─ Já vou pra lá. ─ Digo, de olhos fechados.

Ergo minha camiseta e seco o rosto, que estava banhado de suor.

─ Suadinho... ─ Ouço a voz da minha morena e olho para cima. ─ Cansou? ─ Pergunta, sentando-se no meu colo.

─ Um pouco. ─ Sorrio, correndo os dedos pelas suas coxas desnudas. ─ Gostei desse shortinho. ─ Meus dedos invadem o tecido rosa.

─ Hum... Quando uso para correr você não gosta. ─ Morde os lábios, apertando meus braços.

─ Não gosto mesmo. ─ Encaro-a; está com o cabelo preso em um rabo de cavalo bagunçado, com uma regata preta, extremamente, colada ao seu corpo, diferente do short que é mais soltinho.

─ Então tire as mãos daí. ─ Sorri, beijando o meu pescoço.

─ Agora eu tiro as mãos... ─ Faço-lhe um último carinho e aperto sua cintura. ─ Mas depois vou tirar tudo isso aqui. ─ Subo minhas mãos pelas suas costas e levo junto parte da regata.

─ Acho que vou tirar só algumas coisas. ─ Provoca-me, rebolando e mordendo a minha orelha.

─ Vem aqui. ─ Seguro seu rosto com uma das mãos e colo nossas bocas em um beijo voraz; cada vez que nossas línguas se tocam, nossos quadris ganham vida.

─ Estamos indo lá para a área exter... Minha nossa! ─ Reconheço a voz da Bex. ─ Agora entendi a demora.

─ Bex... ─ Lana fala ofegante e ajeita a regata no lugar. ─ Nós já estamos indo. ─ Tenta levantar.

─ Não estamos, não. ─ Levanto, segurando-a pelas coxas, mantendo-a colada ao meu corpo.

─ Sean! ─ Bate nos meus ombros.

─ Fui! Não preciso ver isso. ─ Bex nos deixa a sós.

─ Sean, não podemos. Não com eles aqui em casa...

─ Não só podemos, como vamos. ─ Sorrio, correndo com ela para dentro do banheiro ali de baixo.

─ No banheiro? ─ Ela ri, quando tranco a porta.

─ Não dá tempo de chegar a outro lugar, e um dia teríamos que inaugurar aqui também. ─ Sorrio, prensando-a contra a parede.

─ Você não tem jeito, Maguire. ─ Ri com os lábios grudados nos meus.

─ Tenho... ─ Procuro o seu olhar. ─ E só você pode dar jeito nisso. ─ Pressiono-me entre suas pernas.

─ Humm... ─ Geme, apertando suas coxas ao meu redor. ─ Vamos dar um jeito nisso logo, então. ─ Puxa a minha camiseta e ajudo-a a se livrar do tecido. ─ Fico louca quando você está suado. ─ Lambe o meu pescoço até chegar ao lóbulo da minha orelha, chupando-o.

─ Fico louco com você de qualquer jeito. ─ Afoito, busco seus lábios para um beijo; um beijo desesperado, molhado e que estava me fazendo tremer dos pés a cabeça. Nossas mãos estavam em todos os lugares e em lugar nenhum; eu preciso de muito mais contato, então arranco a regata do seu corpo e já abro o seu sutiã.

─ Seaann... ─ Choraminga, quando sugo seu seio esquerdo.

─ Gostosa. ─ Volto a atacar sua, maravilhosa, boca. A cada beijo ansiávamos por mais, já estávamos no limite. Se já estávamos suados antes, agora nem se fala. ─ Laana... ─ Mordo seu ombro quando ela abaixa as pernas e sua mão invade a minha bermuda. ─ Não aguento mais...

─ Não é para aguentar. ─ Abaixa minha bermuda e leva junto a minha cueca. ─ Me fode... Agora! ─ Envolve meu membro e começa a me masturbar.

─ Agora. ─ Livro-me do resto de roupa que cobria aquele corpo perfeito e tiro-a do chão, colocando-a sentada sobre o balcão. ─ Tão molhada. ─ Roço a glande por toda a sua fenda, mas não a invado.

─ Assim não... ─ Agarra-se em meu pescoço. ─ Não dá tempo para brincarmos agora. ─ Me guia para dentro.

─ Droga! ─ Afasto-me minimamente e olho para nossas intimidades.

─ O que foi? ─ Apoia-se no balcão e também olha para baixo.

─ Camisinha. ─ Suspiro, olhando em seus olhos.

─ Chega de camisinha entre nós. ─ Sorri, voltando a nos unir de forma única, perfeita. ─ Aahh... Como senti falta disso. ─ Joga a cabeça para trás quando estou completamente em seu interior.

─ Nem me fale... ─ Suspiro, sentindo seu calor me envolver; ficamos sem nos mover por um tempo e voltamos a nos beijar, passo o braço esquerdo pelas suas costas, segurando-a pela cintura e embrenho minha mão direita em seus cabelos.

─ Eu te amo tanto. ─ Lana envolve meu pescoço com o braço direto e sinto sua mão esquerda emoldurar-se no meu braço.

─ Eu te amo mais. ─ Começo a me mover com calma e mordo seu lábio inferior.

─ Hmm... É uma rapidinha, lembra-se? ─ Morde meu maxilar.

─ Siimm... ─ Entro fundo, fazendo enlaçar meus quadris com as pernas.

─ Aah... ─ Geme um pouco mais alto e segura-se com os dois braços no meu pescoço.

─ Quietinha... ─ Movo-me mais rápido. A sensação de sentir seu, pequeno, corpo vibrar em contato com o meu é indescritível, além dos seus gemidos no meu ouvido.

─ Mais... ─ Gruda seus dentes no meu ombro e passa a se mexer junto comigo. ─ Huumm... ─ Puxa os meus cabelos, me fazendo urrar. ─ Porra!

─ Eles... Vão... Nos ouvir. ─ Falo, sem fôlego.

─ Não... Me... Importo. ─ Apoia uma das mãos no balcão. Meu pescoço já está doendo, tamanha força ela está fazendo com o braço; curva-se, sentindo os primeiros espasmos. ─ Aahh... Quase...

─ Caralho! ─ Olho para baixo e vejo a sua intimidade me engolindo completamente. ─ Vem... Pra mim... ─ Aperto sua cintura com as duas mãos e perco o controle, não me importando com o barulho que estamos fazendo.

─ Se-aann... ─ Segura-se em meus ombros e devora minha boca. Entro o mais fundo que posso e fico imóvel, assistindo-a se debater e se agarrar ao meu corpo, em um orgasmo maravilhoso. Ainda sentindo os seus tremores, me liberto com a testa apoiada em seu ombro. ─ Amor da minha vida. ─ Fala, recuperando o fôlego enquanto suas mãos deslizam pelas minhas costas.

─ Minha vida. ─ Beijo-a, apaixonadamente, me movo mais uma vez e ela sorri.

─ Melhor parar... ─ Murmura, distribuindo beijos pelo meu rosto.

─ Por quê? ─ Saio e entro novamente, com calma.

─ Porque... ─ Me dá um selinho. ─ Não podemos mais ficar aqui. ─ Passa o polegar pela minha testa, secando o suor.

─ Ah, mas eu quero... ─ Saio e fico sondando a sua entrada.

─ Vamos ter que deixar para depois. ─ Abaixa as pernas e espalma o meu peito, me afastando. ─ Meu Deus, minhas pernas estão moles. ─ Sorri, esticando os braços para que lhe ajude a descer. ─ Mas pelo visto só eu que estou mole. ─ Morde o lábio inferior.

─ Eu disse que queria mais. ─ Ajudo-a a ficar em pé. ─ Mas tudo bem, espero até de noite. ─ Dou um tapa na sua bunda quando ela se abaixa para pegar o short.

─ Não vou te deixar na mão. ─ Passa a mão pela minha ereção e me encara.

─ Não está ajudando. ─ Afasto-a, sorrindo. ─ Não dá tempo de tomarmos banho, mas deixe-me apenas te limpar. ─ Pego uma toalha, umedeço-a e limpo entre suas pernas.

─ Obrigada. ─ Me dá um selinho, sorridente. ─ Minha vez. ─ Tenta pegar a toalha da minha mão.

─ Sua vez uma ova! ─ Dou um passo atrás. ─ Se você encostar, daí sim que não sairemos mais daqui. ─ Sorrio.

─ Acho melhor eu me vestir. ─ Veste a calcinha do jeito mais lento que consegue e não tira os olhos de mim.

─ Deus... ─ Viro-me de costas, senão não iria responder por mim.

Nos vestimos sem muitas provocações e a Lana sai primeiro, mas fica me esperando do lado de fora; depois de tudo calmo e não aparente, saio do banheiro.

─ Podemos ir. ─ Vejo-a com um sorrisão no rosto, não maior que o meu.

─ Puro dois adolescentes. ─ Balança a cabeça, tentando prender os cabelos em um coque, já que no meio da nossa folia arrebentei o elástico que prendia seus cabelos. ─ Você não deixou uma marca no meu pescoço, né? ─ Abaixa os braços e vira a cabeça para que eu olhe.

─ Não. Tudo limpo. ─ Beijo sua clavícula.

─ Deixe-me ver você. ─ Fica na ponta dos pés e afasta a minha camiseta para examinar os ombros. ─ Bom... Tem uma marca aqui, mas ninguém vai ver... Ninguém, além de mim. ─ Beija o meu pescoço.

─ Ainda não apagaram esse fogo? ─ Ginny aparece na nossa frente.

─ Aahh... Vai, Sean... Isso! ─ Bex faz uma voz ridícula e gesticula de forma obscena. ─ Gostosa... ─ Segura os próprios peitos.

─ Não acredito que você... ─ Lana começa a falar, mas esconde o rosto no meu peito.

─ Rebecca, cala a boca. ─ Falo, firme.

─ É, mas tivemos que ligar o rádio lá fora. ─ Ginny gargalha. ─ Senão os meninos iriam perguntar o que vocês estavam fazendo. ─ As duas gargalhavam na nossa frente.

─ Era só falar que estávamos fazendo mais uma criança para eles brincarem. ─ Falo, encarando-as.

─ Ui! Ele tá nervoso. ─ Bex fala para a Ginny.

─ Cala a boca, Rebecca Mader! ─ Lana tenta estapeá-la, mas impeço-a.

─ Melhor irmos lá para fora. ─ Ginny arrasta a Bex pela casa. ─ Espero ouvir os passos de vocês logo atrás de nós. ─ Nos fuzila com o olhar.

─ Sim, senhora. ─ Presto continência e a Lana continua com o rosto escondido. ─ Amor, desculpa. ─ Afago seus cabelos. ─ Não queria te fazer passar por isso.

─ Tudo bem. ─ Sorri, de olhos fechados. ─ Você me avisou que eles iriam ouvir e eu disse que não me importava... ─ Abre os olhos. ─ E não me importo mesmo. ─ Dá de ombros. ─ Só fiquei um pouquinho irritada. ─ Se encolhe, passando as mãos pelas minhas costas.

─ Espero que aqueles marmanjos não tenham ouvido. ─ Seguro seu rosto entre as minhas mãos. ─ Porque seus gemidos são só meus. ─ Sorrio, beijando-a em seguida.

─ Todos seus. ─ Morde meu lábio inferior. ─ Vamos, antes que todos venham ver o que estamos fazendo. ─ Arruma meus cabelos e saímos de mãos dadas.

─ Papai, o tio Josh e o tio Colin beberam quase todas as cervejas. ─ Flynn corre até nós. Já está só de calção e descalço.

─ Obrigado por avisar, filhão. Depois me acerto com eles. ─ Abraço-o pelos ombros e seguimos até os outros, que estão sentados perto da churrasqueira, na área externa.

─ Filho, faz tempo que tirou a camiseta? ─ Lana pergunta.

─ Tirei agora, mamãe. ─ Olha para a mãe.

─ Então vamos passar o protetor solar. ─ Ela me dá um selinho e estende a mão para nosso garotinho, que anda junto com a mãe.

─ Até que enfim! ─ Marc ergue a latinha de cerveja na minha direção.

─ Achei que tinham morrido... Se bem que... ─ Josh ri, abraçado a Ginny.

─ Ainda bem que comecei o churrasco, senão não iriamos comer nada. ─ Colin fala, jogando uma latinha de cerveja para mim. ─ Tá certo que você não quer comer mais nada... ─ Gargalha junto com os outros.

─ Ai, ai. ─ Deito-me em uma das espreguiçadeiras. ─ Pelo menos estou de boa, enquanto vocês estão aí, cheirando a fumaça. ─ Jogo a latinha de volta e cruzo os braços sob a cabeça.

─ Pedimos para levar essa. ─ Colin abaixa a cabeça e foi a minha vez de gargalhar.

─ Agora que o casalzinho terminou o serviço, podemos brincar com as bolhas de sabão? ─ Bex aparece com uma bacia cheia de água e sabão e alguns barbantes.

─ Vamos, senão essa criança não vai dormir à noite. ─ Lana aparece atrás dela segurando algumas varetas. ─ Amor, você arruma os barbantes? ─ Pergunta, sorrindo de canto e me entrega as varetas.

─ Arrumo. ─ Dou-lhe um selinho. Hoje é mais um daqueles dias que não conseguimos ficar longe um do outro, estamos sempre nos tocando e roubando um beijo aqui e ali. É tanto amor que transborda.

─ Obrigada. ─ Pisca. ─ Filho, contou para o Oliver que nós sabemos fazer bolha gigante na mão? ─ Ela pergunta, chamando a atenção dos dois garotos.

─ Me ensina, tia Lana. ─ O loiro senta-se na frente dela.

─ Josh, traz dois canudos? ─ Pede, vendo Josh andando até nós.

─ Aqui. ─ Josh entrega para ela, que agradece. ─ Vou te ajudar, porque você deve estar cansado. ─ Diz ele, sentando-se ao meu lado.

─ Sem mais piadinhas, Dallas. ─ Tento falar sério, mas acabo sorrindo.

─ Tá legal. ─ Ergue as mãos.

Enquanto arrumamos os barbantes, fico observando a mulher da minha vida brincando com o nosso filho; eles estão tão feliz que isso me basta.

─ Beeex, filmaaa! ─ Grita para a amiga.

─ Podem começar. ─ Bex segura o celular na direção deles.

Flynn pegou uma bolha de sabão na palma da mão e a Lana e o Oliver vão enchê-la usando os canudos; os dois assopram um de cada lado e quando a bolha já cobre toda a mão do nosso filho, Lana tira o canudo e coloca no potinho, mexe algumas vezes e volta para a bolha.

─ Vou fazer outra dentro dessa. ─ Começa a assoprar e outra bolha surge dentro da primeira.

─ Oliver, faz uma também. ─ Falo, imaginando que a Lana iria sugerir isso se não estivesse assoprando e, como pensei, ela faz positivo para mim.

─ Que legal! Vou fazer também. ─ Ginny pega um canudo e se junta a eles.

─ Eu que quero brincar. ─ Bex resmunga. ─ Amor, segura aqui o celular. ─ Chama o Marc que corre até ela.

A essa altura, até o Flynn já pegou um canudo e está assoprando uma bolha. Marc continua filmando até o momento que todas começam a estourar.

─ Ficou incrível. ─ Diz ele. ─ Agora fiquem parados aí que vou tirar uma foto, porque estão com umas caras ótimas. ─ Ri.

Todos fazem cara de triste para a foto e depois fazem palhaçada.

─ Terminamos. Agora podemos brincar todos juntos. ─ Levanto-me segurando as varetas com os barbantes, devidamente, amarrados.

─ Bora, gente! ─ Josh sinaliza, chamando-os para mais perto.

─ Nós bem que poderíamos competir, né? ─ Ginny sugere. ─ Podemos nos dividir em equipes e ver qual bolha demora mais para estourar, ou qual bolha sobe mais alto... O que acham? ─ Junta as mãos, animada com a sua ideia.

─ Pode ser. ─ Lana me abraça pela cintura. ─ Que tal equipes de três? ─ Gesticula. ─ Vai fechar bem certinho, porque nós temos uma criança. ─ Traz o Flynn para perto de nós. ─ Josh e Ginny também. ─ Sorri para o mini Dallas. ─ E o Marc tem duas crianças, a Bex e o Colin. ─ Gargalha, nos fazendo rir.

─ Boa, amor. ─ Abraço-a, sorrindo.

─ Ah, mas assim o Marc vai ganhar, porque crianças são melhores nessa brincadeira. ─ Josh zomba.

─ Parou! Já perdeu a graça. ─ Bex se defende abrindo os braços.

─ Que nada, ruiva, vamos ganhar desses sarnas com uma mão nas costas. ─ Colin apoia-se no ombro dela.

─ Só vão comprovar a minha teoria... ─ Josh continua rindo.

─ Vai ser a primeira vez que não me incomodo em perder. ─ Minha noiva faz graça.

─ Tá legal. Agora a coisa ficou séria. ─ Marc junta-se a sua equipe. ─ Vamos mostrar para eles como é que faz bolha de sabão. ─ Assistimos os três fazerem um gritinho de guerra e erguerem as mãos.

─ Disse que não me incomodo em perder, isso não quer dizer que vão ganhar tão fácil. ─ Lana arqueia uma sobrancelha, desafiadoramente.

─ Enquanto vocês ficam aí de rivalidade, nós é que vamos ganhar. ─ Josh encara a minha pequena.

─ Tio Josh, mamãe e eu sempre fomos os melhores e agora nós temos o papai. ─ Ele se solta da mãe e vem se pendurar no meu braço.

─ Se acham... ─ Ginny revira os olhos.

─ Mamãe, vamos começar logo. ─ Oliver esfrega uma mão na outra.

─ Acho bom começarmos mesmo. ─ Colin cruza os braços. ─ Porque o churrasco já está pronto, então não vamos demorar muito.

─ Podemos só competir qual bolha estoura por último. ─ Sugiro. ─ E aí brincamos depois do almoço.

─ Tá. Como vai ser? ─ Bex pergunta.

─ Bom, cada um faz a sua bolha e cuida para ela não estourar, pode assoprar ou fazê-la direto na mão... ─ Lana explica. ─ E aí a gente cuida qual bolha vai estourar por último...

─ A que durar mais tempo ganha. ─ Diz Flynn animado, tanto quanto a mãe.  ─ E, claro que é a equipe toda que ganha. ─ Inclina a cabeça. Noto que ele também não gosta de ter que falar o óbvio, assim como eu.

─ Tá, mas que tal fazermos uma bolha gigante por equipe e a equipe toda cuidar para que ela não estoure? ─ Diz Marc.

─ Sim! Vai ser mais divertido. ─ Bex dá um pulinho. ─ Sean, ensina aí como faz uma bolha gigante.

─ Beleza. ─ Distribuo as varetas e vou para o meio do gramado para poder mostrar melhor.

Sem demora, todos fazem uma de teste e se divertem, gargalhando da cara um do outro.

─ Agora vamos pra valer. ─ Diz Oliver.

─ Ok! Temos que fazer ao mesmo tempo. ─ Falo para o Josh e para o Marc que estão se preparando.

─ Um, dois, três e... Já! ─ Ginny grita e então soltamos as bolhas no ar.

─ Assopra. Assopraaa... ─ Diz Flynn, saltitando embaixo da bolha. Lana e eu nos juntamos a ele e começamos a assoprar, rindo mais que assoprando.

─ Ah, meu Deus! Vai cair na minha cara. ─ Ginny desviou da bolha deles.

─ Colin, para de rir e vem ajudar. ─ Bex fala entre uma assoprada e outra.

─ A nossa está indo para a piscina, amor. ─ Lana bate no meu braço, desesperada.

─ Nós vamos perder. ─ Flynn ri do desespero da mãe.

─ Já era, Laninha. ─ Bex tira sarro e acaba tropeçando, caindo sentada no gramado.

─ Tarda, mas não falha. Quem está rindo agora, hein? ─ Lana mostra a língua pra ela.

─ Nós vamos ganhar por vocês. ─ Oliver estufa o peito e olha para nós antes de assoprar com força.

─ Vou ajudar eles. ─ Nosso filho corre até os Dallas.

─ Não valeee! ─ Diz Colin, enquanto ajuda Bex a se levantar.

─ Duas crianças em cada equipe, nada mais justo. ─ Josh chuta a bunda do Colin.

─ Agora é que ficou divertido. ─ Lana curva-se para frente gargalhando. ─ Não aguento mais rir. ─ Tenta respirar com calma.

─ Vem aqui. ─ Puxo-a pela mão, fazendo girar na minha frente e depois prendo-a em meus braços. ─ Sossega. ─ Beijo-lhe a bochecha.

─ Impossível. Olha para eles. ─ Aponta para o grupo à nossa frente; realmente é impossível não rir.

─ Vamos assistir sentados. ─ Sento-me no gramado e ajeito-a entre as minhas pernas.

─ Ih! Nem vamos ver muito. ─ Recosta-se em meu peito e apoia os braços em meus joelhos.

─ A da Bex vai est... ─ Não tenho tempo de terminar de falar que a bolha estoura na cara da ruiva.

─ Merda! ─ Esbraveja, batendo o pé no chão.

─ Faleeeei que iríamos ganhar. ─ Oliver e Flynn comemoram pulando ao redor da Bex.

─ Não é justo. Vocês estavam em mais. ─ Fala séria, mas logo ri e começa a fazer cócegas nos meninos.

─ As nossas três crianças. ─ Lana fala um pouco mais alto para que todos ouçam.

─ Acho que tá na hora de irem lavar as mãos, crianças. ─ Ginny fala e se esconde atrás do Josh.

─ Ah, vão à merda. ─ Diz a ruiva mais louca que conheço, sentada entre os meninos.

─ Dinda, não fala assim. ─ Flynn aperta as bochechas dela.

─ Desculpa, gnomo. ─ Pega-o no colo.

─ Tá desculpada. ─ Ele sorri.

Ficamos observando aquela cena por mais um tempo, e então o Colin chama todo mundo para comer.

─ Pão, carne e salada. É o que tem pra hoje. ─ Ele grita. ─ É o que deu para fazer, já que os donos da casa estavam ocupados.

─ Não começa. ─ Lana tenta ficar em pé, mas aperto-a em meus braços. ─ Vamos comer? ─ Fica, parcialmente, de lado.

─ Já vamos. ─ Beijo-a e ela sorri, abraçando-me pelo pescoço. ─ Está feliz? ─ Pergunto, arrumando alguns fios de cabelo que se soltaram do coque.

─ Muito. ─ Sorri, largamente. ─ Muito, muito, muitooo. ─ Cobre meu rosto de beijos. ─ E você, está feliz? ─ Pisca algumas vezes.

─ Muito, muito, muitooo. ─ Repito o carinho, parando em seu pescoço, onde moldo meus lábios em um beijo demorado. Ela murmura algo incoerente e noto que ela está se afastando. ─ O que... ─ Vejo-a esticando o braço para alcançar algo.

─ Peguei! ─ Volta para a mesma posição. ─ Para você. ─ Levanta a mão diante dos meus olhos segurando uma minúscula flor rosa e sorri até com olhos.

─ Para mim? ─ Cubro sua mão com a minha.

─ Uhum. ─ Balança a cabeça.

─ Eu quem deveria lhe dar flores. ─ Beijo sua testa.

─ Você já me deu várias. ─ Beija as delicadas, e minúsculas, pétalas. ─ Hoje é a minha vez. ─ Arruma a flor atrás da minha orelha e sorri com o resultado. ─ Ficou ainda mais lindo. ─ Corre os dedos pelos meus cabelos. ─ Eu te amo. ─ Roça o nariz no meu.

─ Eu te amo. ─ Seguro-a pela nuca e junto nossos lábios em mais um beijo apaixonado.


Notas Finais


Que saudade que eu estava deles <3

Até o próximo!
Beijos! ;*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...