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História O doce veneno do amor (Harlivy) - Diário arranhado


Escrita por: Adrena_Lina

Notas do Autor


Hey everyone ^^

Demorei? Demorei. Mas espero que o capítulo grande os compense disso :D

Bem, vocês notarão que daqui para frente, aquele modelo típico do diário de Harley irá mudar e logo entenderão o porquê.

P.S.: o p.o.v. será sempre no de Hera Venenosa.

Enjoy :3

Vlw flw

Capítulo 18 - Diário arranhado


Fanfic / Fanfiction O doce veneno do amor (Harlivy) - Diário arranhado

Ela dançava, como uma rosa ao vento, espalhando sua beleza e seu odor. No caso dela, o odor seria sua felicidade típica. Felicidade que era totalmente contagiante, pelo menos, para mim. Me sentia orgulhosa do quão talentosa era Harley. Do quão talentosa era minha namorada. Embora me sentisse insegura em relação a manobra delicada que teria de fazer em confiança com Selina, tentava afastar tais pensamentos e só concentrava-me em seus movimentos sincronizados com a música.


E então, chegou a hora. Minhas mãos ficaram trêmulas e meus pés congelaram assim que a música começou a abaixar seu tom. Cruzei os dedos para que nada acontecesse com minha amada, embora no fundo sabia que aquilo não iria adiantar nada. E então ela correu, pegou impulso com estrelinhas e apoiou-se em sua “inimiga”. Foi então que ela parou. Literalmente, parou. Ela pegou todo aquele embalo apenas para chegar em Selina e desmaiar, caindo quase que de cabeça no chão. Neste momento, todos que assistiam levantaram-se, alguns soltando alguns gritos, outros apenas um “oh!”. Naquele momento, o tempo parou para mim. Era como que se tudo movesse em câmera lenta. Sentia minha cabeça doer, talvez seja por causa do nervosismo. Tentei me espremer à multidão para chegar até ela, entretanto era como uma parede de gente me impedindo de tal feito. Naquele momento me senti fraca, impotente. Senti a mão de Bruce agarrar meu pulso, me puxando de volta. Ele dizia algo, contudo era como se eu estivesse surda.


De repente, Selina começou a fazer um drama do lado de Arlequina, como se importasse para ela. Nunca em minha vida tive mais vontade de socá-la do que agora. Aquela falsa devia ter feito algo com ela. E agora, este drama, para fingir ser vítima. Após isso, dois homens altos de uniformes pretos apareceram, segurando cada ponta da maca, que seria usada posteriormente para carregar Harley.


Tive de ser torturada. Tive de esperar até o fim da abertura olímpica para poder ver minha namorada. Segundo aqueles guardas que a levaram para fora da quadra, ela estaria na enfermaria agora. Caminhava em passos rápidos em direção ao local. Batman estava atrás de mim, porém, devido à minha velocidade e ansiedade, ele deve ter ficado para trás. Mas eu não me importava. Apenas queria ver minha namorada naquele momento.


Ao chegar no corredor leste da escola, onde daria ao meu destino, percebi o silêncio que ali permanecia. Temia que este silêncio significava algo grave em relação a Harley, como um coma. Chegando em frente a porta branca com pequenos detalhes metálicos em seu rodapé, bati duas vezes, temendo que, ao invés de sua amada atender, fosse a enfermeira, denunciando algo muito ruim. Entretanto, o silêncio permaneceu. Ninguém atendeu. Nisso, surgiu Bruce, com a respiração levemente ofegante. Olhei para ele e, com o meu olhar, ele já percebera minha preocupação.


-Arlequina? - a chamou, pondo-se à minha frente e batendo mais duas vezes na porta.


Sem resposta. Nada.


Com a cabeça a mil, decidi abrir a porta, mesmo sem resposta. Ao fazê-lo, percebi o quão pequena era aquela sala. No canto esquerdo havia um balcão com várias gavetas e uma pia, provavelmente onde guardam os medicamentos. À frente, estava uma maca, bastante bagunçada com seus edredons brancos e ao lado estava um criado-mudo com uma xícara de chá pela metade, ainda quente.


-O-onde ela está? - perguntei, minha voz gaguejando e minhas mãos quase congelando - Bruce, cadê ela!?


Batman correu os olhos por todo o ambiente. Encarou a xícara e hesitou por um momento em responder-me.


-Ela esteve aqui, e isso não faz muito tempo. - ele observou, pegando o objeto que encarava, o envolvendo com as mãos, dando clara ênfase ao calor que ali ainda permanecia.


-Ela estava machucada, para onde teria ido, afinal? - perguntei, com uma das minhas mãos em minha boca. Sim, eu roo unha sempre que estou nervosa. Me afastando um pouco da maca, encostei-me na parede e esfreguei minhas mãos em meu rosto, tentando afastar a preocupação para poder pensar melhor. Em uma fração de segundos, notei algo embaixo da cama. - Ei! Olha! - exclamei, apontando para o local.


Bruce seguiu com o olhar para o local apontado. Ao vê-lo, tratou de agachar-se e pegar o tal objeto, e assim que retirou-o, logo o reconheci.


-É o diário da Harley! - indaguei, feliz por pelo menos achar uma pista.


Ao pegá-lo em minhas mãos, tratei de ir à última anotação dela, a fim de achar algo que possa nos ajudar. Ao chegar, corri os olhos brevemente pela sua linda letra em caneta preta que eventualmente era cortada por palavras ou símbolos fofos em rosa. Foi então que encontrei uma coisa intrigante.


-Bruce… - o chamei, olhando fixamente para dentro de seus olhos azulados. - São…


-Marcas de unhas - ele completou.


-Mas o que isso significa?


-Não tenho certeza, deixe-me ver… - ao falar isso, pegou o diário em minhas mãos para examiná-lo. Contudo, ao fazer isso, algo escorregou entre as páginas do pequeno caderno de capa dura. Agachei e peguei-o, sentido minhas mãos ficarem geladas mais do que nunca - O que é isso? - ele perguntou impaciente, tentando olhar com clareza para o objeto que segurava.


-U-uma carta…


-O que?


E então virei o papel em direção aos olhos dele, que tentava incessantemente desvendar o que era.


-É um coringa… mas o que isso quer dizer?


Ele me encarou fixamente, como se quisesse passar a mensagem mentalmente. Foi então que minha ficha caiu. Era claro.


Coringa, o ex cruel de Harley.


-Para onde será que ele a levou? - perguntei, voltando a sentir dores de preocupação em minha cabeça.


-Não sei. Mas sei de alguém que sabe. - ele afirmou, virando-se para a saída rapidamente.



=====


Ele segurou-a com seus fortes braços, utilizando seu antebraço tanto para impossibilitar uma fuga quanto para prensá-la contra a parede, de forma que ficasse com seus pés fora do alcance do chão. Seu olhar, repleto de ameaça, encarava incessantemente para os esverdeados dela, embora neles não podia-se ver muito medo por consequência, entretanto, havia sim uma quantidade considerável.


-Irei perguntar apenas uma vez: para onde levaram Harley Quinzel? - Batman perguntou, seus olhos fixos nos dela e sua voz extremamente grossa, demonstrando certa raiva.


-Ora, vamos! Acha mesmo que eu irei te contar? Você não vai me bater mesmo… - ela disse, tentando provocar, sabendo bem que Bruce nunca foi de machucar uma menina sequer.


-Ele não pode te surrar, mas eu posso muito bem o fazê-lo! - rosnei em seu ouvido, retirando o sorriso bobo do rosto dela - Responda-o, Kyle!


-Ah, tá bom, tá bom! Apesar que tenho que admitir que em questão de ameaça, vocês têm muito a melhorar… - indagou Selina, dando uma pequena risada, a fim de ouvir o mesmo de nós. Como isso não ocorreu, ela bufou e continuou - Só avisando que não sei muito. Sou um mero peão no xadrez do Coringa, então, obviamente, ele não contaria muita coisa para alguém que serve mais para ser sacrificado. Enfim, ele me pedira para criar uma distração com Harley, que ele cuidaria do resto, me prometendo uma tremenda grana em troca. E então, como sabia que ela era uma das melhores e mais ágeis ginastas, eu dopei a ginasta de Metrópolis que iria realizar a finalização comigo, tendo em mente que Quinzel assumiria seu lugar. E então, só foi necessário levantar ela na altura suficiente para o plano do Coringa se realizar.


-E como eles fizeram isso? Como a derrubaram? - Bruce perguntou, mantendo a postura firme.


-Acho que isso não vêm ao meu caso… - ela começara a falar, quando, de repente, um barulho de passos rápidos ecoou pelo corredor à céu aberto atrás do enorme ginásio esportivo - Vejam só, acabaram de perder seu maior suspeito… - e olhou em direção ao homem não muito alto e de aparência jovem que corria em direção contrária ao grupo.


Olhei para ele e por um momento pareceu que minha consciência parou de funcionar. Literalmente. Comecei a correr atrás do homem, sem parar para pensar que talvez estivesse armado e que poderia facilmente me matar. Não importava. Só queria respostas. E encontrar Harley.


-Pamela! Espere! - ouvi Batman clamar por mim ao fundo. Contudo, não fora suficiente para me parar.


Ele era rápido e ágil. Quando percebeu que estava sendo seguido, agarrou um cesto de bolas de basquete ao fim do corredor e jogou no chão. Entretanto, também tinha minha agilidade. Saltei sem muita dificuldade sobre as bolas alaranjadas espalhadas. O cascalho rangeu sob meu pés quando pousei no chão. Por sorte, não estava de saltos altos e minhas rasteirinhas estavam me ajudando mais do que eu podia imaginar. Tornei a correr e agora, no fim do cascalho, o chão tornou cimentado e terrivelmente liso. Quase deslizando a cada passo, comecei a perder velocidade, observando o homem ficar menor no foco de minha visão. Por um momento, apenas minha respiração ofegante e meus sapatos rangendo sob o chão podiam ser ouvidas. Não podia falhar agora. Seja lá o que o ex de minha namorada queira fazer com ela, tinha de pôr um fim rápido. De repente, as paisagens mudaram e percebi que estávamos passando por um jardim. E foi assim que uma ideia brotou em minha cabeça.


Instantemente, parei de correr e ergui minha mão direita. Fechei os olhos e concentrei-me nas plantas ao meu redor. Por mais que eu havia utilizado a pílula que Harley me deu, hoje de manhã, isso precisava funcionar.


“Por favor, amigas! Pela Harley…”


Nisso, uma mangueira que estava um quase acima do homem em disparada lançou sua raiz para cima, fazendo-o tropeçar e cair com a face no chão. Concentrei-me novamente e então uma trepadeira num vaso próximo enrolou-se em seu corpo, deixando-o totalmente imóvel.


Quando olhei para trás, Bruce me olhava a poucos metros de mim, encarando fielmente ao homem que acabei de derrubar, sem esconder sua expressão visivelmente surpresa.


Continua...



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