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História O Dragão Branco - A Aposta


Escrita por: Memesfar

Notas do Autor


Bem, o primeiro capítulo aqui, mais algumas informações sobre personagens:


O REI DO TRONO DE FERRO E SUA CORTE

VISERYS TARGARYEN, Rei do trono de ferro, dos ândalos e dos primeiros homens, senhor dos sete reinos e protetor do território, filho mais novo de Aerys Targaryen, o Rei Louco, e de Rhalla Targaryen, idade - 25
-ARIANNE MARTELL, Rainnha do trono de ferro
-Seus filhos:
-RHAENYRA TARHARYEN, filha mais velha do rei, idade - 4
-RHAEKAR TARGARYEN, filho mais velho do rei e herdeiro do trono de ferro, idade - 3

-Pequeno Conselho:
{DESCONHECIDO}
-Pessoas a seu serviço:
{DESCONHECIDO}


(Pouca informação por causa de spoiler, e para simular a situação de Jon. Ele não sabe de nada que está acontecendo em Porto Real)

Capítulo 2 - A Aposta


Fanfic / Fanfiction O Dragão Branco - A Aposta

Jon tinha visto as luzes nas vielas de Porto Real, e ouviu os gritos distantes. Era insuportável, o que aconteceu? Perguntava-se constantemente. Podia sentir seu coração batendo forte. A Baía da Água Negra reluzia, não ao luar, mais a tocha que Arthur segurava. O céu era um breu profundo, ainda chovia, mais forte do que Jon se lembrava.

Ninguém havia dito uma palavra desde que abordaram o barco, que era pequeno comparado aos navios que Jon viu seu pai velejar. Havia alguns baldes com peixes, e um pequeno mastro com uma vela feita de lã branca. Virou-se e encontrou Arthur e Barristan, com o sangue ainda fresco em seus mantos brancos. Aerea sentava num cantinho, Maerys estava levantado e Daemon dormia com Agron em seus braços. Como é possível? Jon se interrogou, o irmão morre em sua frente e ainda consegue se relaxar assim... Talvez seja muito novo para entender...

Ele não pretendia ficar em silêncio, mas viu uma sexta silhueta no barco, negra e cansada. Era provavelmente o dono do barco, estava resmungando alguma coisa e era tão velho que não tinha dentes. Jon deu uma segunda olhada em todos, virou-se novamente e pôs-se a olhar as águas negras que os rodeava.

 

O velho homem devia ter morrido no terceiro dia; Jon não tinha certeza; mas só notaram quando o cheiro se tornou insuportável. Ele tinha certeza que o velho estava morto quando parou de resmungar, mas Arthur insistiu que estava só dormindo, Jon imediatamente disse-lhe que o velho resmungava quando dormia também, mas Arthur se recusou a dobrar-se.

Cada dia era pior que o outro, e Jon calculava que foram-se uma semana de viajem. Os primeiros dias o sol se mostrou presente, mais só incomodou o velho e os cavaleiros do guarda real, os Targaryen eram surpreendentemente tolerantes ao calor. No resto dos dias, porém, chovera e o barco balançou tanto que meia centena de vezes Jon achou que a embarcação iria virar. Mas não podia reclamar tanto assim, a chuva trouxe a água que lhe faltava, e sem os ventos das tempestades, não teriam chegado onde estavam agora.

Barristan havia mexido nas velas, Jon não sabia o que estava fazendo, mas quando viu uma terra no horizonte, teria gritado se tivesse forças o suficiente:

— Terra... — ele disse alto o suficiente para que Barristan se levantasse e mostrasse um meio-sorriso.

Myr você quer dizer... — Barristan estava quase desmontando, mais encontrou uma força antinatural e continuou em pé.

O pequeno barco derivou em direção da cidade por alguns minutos. Quando chegou perto o suficiente, Jon viu tudo. As casas, edifícios e torres de uma pedra laranja, quase amarelas ao Sol, as tendas de verde, azul, vermelho, preto, rosa e branco, com homens exibindo cabelos e barbas coloridas, mulheres com vestidos magníficos de seda, mercantes humildes vendendo jóias e armas, tapeçarias e roupas, e alguns mais nobres vendendo tapetes e espelhos, miniaturas de madeira e também vinhos típicos de lá, como o Néctar Verde e o Vinho-Fogo.

Tantas cores e pessoas quase cegaram Jon, se não fosse pelo fato de já estar cego de alegria. Agron esperava ansiosamente também, pelo que pôde ver, o dragão silvava e tentava morder as pessoas ao longe. O barco movimentava-se lentamente, quando uma pergunta veio em sua cabeça:

— Por que nos trouxe aqui? — Virou para traz e se dirigiu a Barristan

— Seu pai me mandou em expedições aqui, — Ele disse sem tirar os olhos da linda cidade a sua frente — e quando se fica em um lugar como esses por cinco meses, você certamente faz alguns amigos, vossa graça.

Vossa graça. Eu sou rei agora, não sou? Estou substituindo o meu... Não. Estou continuando o seu legado, e vou começar cortando a cabeça de todos que nos traíram.

Quando chegaram, foi uma overdose de cheiros; perfumes, velas aromatizantes e comidas; Isso vez Jon perceber que encontrava-se morto de fome; estava farto de comer peixe salgado e cru.

O barco mais encalhou do que embarcou no porto. Não iriam usá-lo de novo do mesmo jeito. Jon pegou Agron, envolvendo-o em seus braços e esperou para que todos pulassem para terra firme; Primeiro Arthur, depois Barristan, que ajudou a Aerea e Maerys, e Daemon que pulou por conta própria, mas quase caiu. Barristan estendeu a mão para Jon, ele a pegou e, antes de pular, puxou para ver se o suor do velho atrapalharia, então pulou, e quando sentiu o chão embaixo dos pés, sentiu-se três vezes melhor do que esteve no maldito barco.

Agron silvou e moveu-se desconfortavelmente em seus braços, então imediatamente Jon percebeu o quão perigoso era levar a besta em suas mão, no meio de tantas pessoas. Colocou-o embaixo da túnica e em cima da camisa que usava por baixo, mesmo assim, sentiu um milhar de olhares em si. É só a minha roupa. Devo feder muito também e meu cabelo é uma gaforinha. Na realidade, todos estavam assim. Aerea era a única que mantia a beleza do grupo; Seus olhos eram púrpura, sua pele macia e banhada de amarelo e ouro, seu único aspecto que não era típico dos valirianos era seu cabelo castanho de nortenha, que adicionava uma beleza não natural a pequena guerreira.

Caminharam pelas vielas de Myr, e apesar da cidade ser tão convidativa de longe, os escravos estragavam a sua paisagem, que parecia ser tão promissora a Jon alguns momentos atrás. Uma mulher estava sentada no meio da rua, com alguma coisa em seus braços, que mostrou-se ser uma criança morta, escravos trabalhavam ali e aqui, e os “sábios” mestres se deleitavam de vinho e guloseimas enquanto assistiam a seus insubordinados carregar pedras para lá e para cá.

Penetraram cidade adentro, e pararam junto de Barristan na frente de um homem, que parecia pequeno, com muitas cobertas em cima de si. Ele se levantou para encarar o velho, mostrando-se maior que Arthur, o mais alto do grupo. Em vez de esfaquear e matar o velho, como Jon temia, ele riu e coçou a sua ligeira barba negra, levando todos por mais algumas vielas, parando na frente de uma casa. Um palácio, não uma casa.

A “Casa” tinha um grande jardim a sua frente, com flores rosas, amarelas e azuis, e, em cada lado da porta dupla principal, as estátuas de um morcego com as asas abertas eram feitas de mármore, imóveis e vigilantes. Jon não deixou de notar a bandeira que pendia em cima das portas, três morcegos brancos um em cima do outro num fundo salmão, talvez rosa, ele não notava a diferença.

Uma vez lá dentro, Jon sabia que o amigo de Barristan era muito rico; Vasos estrangeiros de muitas cores ficavam em estantes, tapetes vermelhos decoravam os corredores da mansão, e a parede recebia ornamentos de morcegos brancos com linhas salmão (ou rosa) por todo o lado. O estandarte pendia em cima de suas cabeças novamente, na entrada do Grande Salão desta vez. Entraram desajeitadamente, os guardas tentando fingir que não sentiam o fedor, mas falhando tão miseravelmente quanto o gordo que sentava na ponta da longa mesa, mas não tão longa quanto à mesa da Fortaleza Vermelha:

— Então você é o rei — o homem usava roupas grandes para qualquer um, menos para ele, uma túnica branca com vermelho, as calças um completo breu de branco e uma barba grisalha, os olhos eram negros, e tinha pelo menos quatro “queixos” por causa de sua gordura — Eu ouvi o que fizeram com sua família... Infeliz, muito infeliz... Eu suponho que tenha vindo pedir ajuda? Sim... Sim. Eu devo um favor ou dois a meu amigo Barristan — ele se levantou e andou para mais perto — mais você não é o Barristan.

Jon nunca ouvira um mirense falar na língua comum, e não sabia se era isso ou o gordo, mas já estava irritado. Virou para Barristan, que agora parecia um cachorrinho diante de um urso:

— Isso não será um problema — Jon pegou uma maça da mesa e deu uma mordida, não se esquecendo de sua fome — quando eu estiver no trono eu posso lhe dar tudo o que quer e um pouco mais, eu asseguro.

— Com que exército? — o gordo perguntou sem rodeios.

— Com o exército que o senhor irá me dar — Onde será que arranjei uma faca em vez de língua? Jon sabia o quão fraco estava, e a voz denunciou sua fraqueza.

— Tem alguma coisa de baixo da túnica — não foi uma pergunta que o gordo fez

— Um dragão — Aerea disse. Jon jurava que iria bater nela lá mesmo.

— Sim. Um dragão — Jon tirou Agron de debaixo da túnica, colocando-o na mesa. Estava extremamente silencioso.

— Incrível — o homem mudou de postura — se me der o dragão eu lhe ajudo.

— Não — desta vez foi Arthur na conversa

— Estava conversando com o re--

— Não — Jon ressoou tão severo quanto Arthur.

O gordo estava realmente decepcionado. Talvez pensasse que Jon era assim tão burro. Mas não sou... Eu espero.

— Bem... Illyrio Mopatis. Somos inimigos. — ele se sentou e bebeu um gole de vinho — Você poderia me ajudar com o seu dragão...

Jon olhou para Daemon, que estava comendo um pato; da onde teria tirado aquilo, não saberia dizer; Aerea sentava numa das cadeiras, sujando o magnífico tecido vermelho, Barristan estava ao seu lado, assim como Arthur, e Maerys ficava atrás de Arthur. Illyrio Mopatis... Nunca ouvi falar dele. Jon se virou para ele, e sorriu, ah se sorriu

— Nada seria mais fácil.


Notas Finais


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