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História O Dragão Branco - O Ninho do Dragão


Escrita por: Memesfar

Notas do Autor


Mais um capítulo e mais informação sobre os personagens!

CORTE DO REI LEGITIMO.
JON TARGERYEN, Rei do Trono de Ferro, guerreiro e montador de dragão, idade – 14 na quinta Lua do ano de 300AC.

Seus irmãos:
-AEREA TARGARYEN, Sua irmã e amiga, guerreira, idade – 10 na quinta Lua do ano de 300 AC
-MATARYS TARGARYEN, Seu irmão e amigo, guerreiro, idade – 12 na quinta Lua do ano de 300 AC
-DAEMON TARGARYEN, Seu irmão e amigo, guerreiro em treinamento, idade – 5 na quinta Lua do ano de 300 AC

- Seus protetores:
- BARRISTAN SELMY, Cavaleiro da guarda real de Rhaegar Targaryen, Mão do Rei de Jon, idade – 63 na quinta Lua do ano de 300 AC
- ARTHUR DAYNE, Cavalheiro da guarda real de Rhaegar Targaryen, Chefe General de Jon, idade – 41

- Pessoas a seu serviço :
- MEISTRE CORLISS, Meistre da Cidadela e conselheiro do rei, idade – 23
- MALRIK CARON, Escudeiro do rei, idade – 10
- EDWARD “ BOTAS DE PATO”, Cavalheiro de Westeros a serviço do rei, idade – 23
- BALERIA, Aia de Jon, idade – 16
- NEMA, Aia de Jon, idade – 16

- Capitães mercenários:
- HANNYS BOO’TA, Capitão dos Coiotes do Deserto, idade – 34
- LOCKE JARL’IK, Capitão das Corujas Vigilântes, idade – 27
- ZOBE’RAK, Capitão dos Filhos do Sol, idade – 40
- XOQUO’LAS, Capitão dos Leões Marítimos, idade – 30
- LON XAN’TE, Capitão dos Arqueiros Voadores, idade – 32

Capítulo 3 - O Ninho do Dragão


— A lenda diz que eles foram visitados por uma encarnação dos Sete — Arthur disse enquanto balançava em cima de seu garanhão — e eles ainda coroaram seu primeiro rei, Hugor da Colina.

Jon escutava atentamente, junto de seus irmãos, a historia dos Ândalos, e como eles invadiram Westeros. Jon se sentiu orgulhoso de ter o sangue dos primeiros homens, os que protegeram o Norte dos Ândalos junto com as Crianças da Floresta.

A Costa Ândala era um lugar árido, pior ainda com o sal do mar no ar. O vento mandava ondas de poeira para cima e as formações rochosas davam ao lugar um olhar antigo e remoto. O Sol refletia luz em Agron, dando-o uma aparência de um branco capaz de cegar. Ele gosta do calor. Os cavalos andavam incansavelmente, e Jon avistou o castelo à distância, chamado de A Colina de Hugor. A Colina, como os mercenários que os acompanhavam chamavam-na. Os mercenários de Gyloro

Tinham ido embora e Jon ainda não sabia o nome do gordo infeliz que o comprou um exercito, então perguntou a Barristan:

— Gyloro Trellos. Ele é o magister de Myr. Sempre se esquece de se apresentar — Ele virou para Jon — os sábios mestres de escravos nunca aprenderam a ser humildes.

Tinham sido dois meses de viajem, mas desta vez eles tinham guardas e comida abundante. Teria gostado se Aegon estivesse lá com ele. Não podia acreditar que todos se foram. Ele se foi, morreu nos meus braços. Todos se foram. Tinha sentido uma raiva irada no começo, mas agora se sentia triste. Nunca vão voltar... O mínimo que poderia fazer era vingar eles.

O castelo não era uma cidade com Myr, mas uma fortaleza, com uma pequena muralha exterior repleta de soldados com diversas armaduras, um fosso grande, de pelo menos 15 metros de comprimento e seis de profundidade, e entre as portas que davam acesso ao pátio principal e o outro lado do fosso, uma pequena torre se erguia, protegendo o castelo em caso de um assalto.

O cavalo de Jon trotou em direção ao fosso junto de Malrik Caron, o escudeiro que Gyloro havia lhe concedido. Malrik segurava o dragão de três cabeças acima de sua cabeça, uma grande honra, e quando chegou perto da visão dos guardas em cima da torre, a primeira ponte levadiça foi descida. Eles andaram acima do orvalho reforçado e entraram na torre de passagem. Alguns homens jogavam com cartas em uma mesa longe do meio da torre, o que não era muito, um menino sujo estava lá também, olhando com apatia o rio de mercenários mirenses que passavam pela primeira ponte levadiça, depois pela torre, e pela segunda ponte levadiça, finalmente chegando aos portões do castelo.

Jon estava desmoronando, mas sentia-se grato ao ver o grande pátio cheio de homens de armas treinando com espadas, lanças e escudos de madeira, arqueiros atiravam flechas em espantalhos longe da entrada e escravos iam e viam com baldes de água e armaduras para os soldados.

Um caminho de pedra cor de areia levava a frente e depois à esquerda, onde o castelo em si ficava. Os portões estavam abertos e um segundo fosso cheio de água suja e verde ficava em baixo da ponte. Os homens que os acompanharam por muitos quilômetros ficariam no pátio, enquanto a família real, Barristan, Arthur, algumas aias e algumas pessoas que Gyloro selecionou para servir Jon passariam pela pequena ponte levadiça que levava ao castelo. Havia um jardim mesquinho, com poucas flores e muito mato seco.

Quando entraram pela porta robusta, encontraram um homem jovem com um manto marrom, se moveu e o seu colar feito de muitos metais tintilou:

— Vossa graça — ele disse, chegando mais perto. Era loiro com olhos castanhos banhados de ouro, tinha um cavanhaque e era corpulento, mas Jon sentia a sabedoria do homem — sou meistre Corliss, e estou aqui para servi-lo — ele fez uma pequena reverencia.

— Meistre? — ponderou Jon — como Gyloro pôs as mãos em um meistre?

— Ah... A Cidadela me enviou — ele sorriu — servimos o rei legítimo, não um traidor como Viserys — mexeu em suas mangas e tirou um papel de lá. Sua expressão se escureceu. — As casualidades da festa.

Jon pegou o papel, todos os nomes...

 

      Sor Gerold Hightower – Lorde Comandante da Guarda Real

     Rei Rhaegar Targaryen – Rei do Trono de Ferro, junto de sua esposa, Lyanna Stark, e filhos, Aegon, Visenya e Matarys Targaryen.

     Lorde Hoster Tully e seus netos, Edmund e Lenna Tully

    Lorde Doran Martell e seu irmão, Oberyn Martell

     Baelor “Sorriso Brilhante” Hightower, e sua esposa, Rhonda Rowan.

     Tyrion Lannister e sua filha, Ellana Lannister.

     A maioria das famílias de Dorne conseguiram escapar, mas Ashara Dayne não foi poupada

    Os Targaryen foram queimados nos portões da cidade, os Tully foram jogados na Baía da Água Negra, alguns dizem que enterraram os homens de Dorne vivos, junto de seu lorde, Doran Martell, Baelor Hightower foi jogado da torre mais alta de Porto Real e ninguém sabe o que aconteceu a Tyrion, mas sua filha morta foi vista em uma carruagem em direção a Rochedo Casterly.

         - Aranha

 

Brutalizaram-os... Jon queria amassar o papel e queimá-lo, mas dobrou-o novamente e dirigiu sua mão até seu bolso, nunca me esquecerei...

— Vossa graça, não me deixaram ver os conteúdos da carta — Corliss viu o olhar que Jon tinha, e hesitou — se importaria...

— Não, não me importaria. Prepare um banho quente, e quero um quarto só pra mim.

— Sim, vossa graça — o meistre parecia decepcionado, mas levou Jon a seu aposento privado do mesmo jeito.

O quarto tinha paredes e teto laranjas e amarelas, o chão de carvalho velho, como o resto do castelo, uma cama grande ficava no meio da sala, de um lado dela uma escrivaninha e do outro uma banheira de madeira, cheia de água fervente. Jon despiu-se e entrou na banheira. Se água estava quente demais, não sentia, só sentia a raiva imensa de todos que o traíram. Ficou lá por bastante tempo, pensando o que iria fazer se encontrasse-os; se fizesse o que viu na carta, não se mostraria melhor do que nenhum deles, mas cortar suas cabeças não seria o suficiente.

Seus pensamentos foram perturbados quando alguém bateu na porta. Ele abriu os olhos e percebeu pela varanda que era noite, e a sala estava escura. Falou para quem quer que fosse para esperar enquanto punha sua roupa novamente. Colocou uma túnica preta e vermelha, uma calça feita com lã de ovelha negra e um par de botas de couro cozido, tudo isso cortesia de Gyloro. Acendeu umas velas, e quando abriu a porta, deparou-se com um velho de armadura branca, reluzindo à luz das tochas no corredor.

— Vi que lavou sua armadura — Jon disse enquanto Barristan entrava na sala.

— Sim, vossa graça.

— Por que vem aqui? — o rei se dirigiu à varanda, tendo uma visão ampla sobre o grande pátio. Tochas brilhavam com uma luz tremula, e as pedras pareciam mais laranjas do que nunca.

— O meistre disse que recebeu outra mensagem, mas não quis vir aqui. Disse que estava aborrecido.

Jon virou a cabeça. Que meistre bobo. Estou irritado com os homens que queimaram minha família, não os que me deram a verdade.

— Mostre-me a carta.

E ele o fez:

 

A Águia caça Dragões

A Víbora caça Águias

A Leoa tem um Leãozinho

O Lobo está inquieto

A Rosa envenena os leais

A Truta está amargada

E o Veado troveja ao seu rei.

 

- A Aranha.

 

— Uma poesia? — Jon perguntou, virando-se totalmente e olhando em direção ao velho

— Informação, vossa graça. Os estandartes das casas. — Barristan disse sabiamente.

Jon olhou uma segunda vez. Ele viu agora, os animais que as grandes casa de Westeros carregavam para batalha:

— É uma lista de aliados... E de inimigos — Barristan chegou ao parapeito da varanda, olhando a alguns homens que treinavam sob o luar.

— Eu vejo agora — Os Stark, Martells e Tullys com certeza iriam ajudá-los, já que parentes morreram na festa, mas não entendia que motivos tinha Stannis Baratheon para “trair” seu rei. — Stannis Baratheon...

— A quem diz que o dever é sua esposa.

Jon se lembrou do fato de que Stannis se casara com Cersei Lannister. Os homens do pai sempre diziam que era uma “puta que fode irmãos” e que queria ver o Duende morto. A carta levou Jon a acreditar que ela o matou em pessoa, vai ter sua vez Leoa-fode-irmãos, ele prometeu a si mesmo. Tyrion Lannister sempre foi bom para com os filhos do rei, e leal também. Foi o maior problema quando Twin Lannister morreu, Sor Kevan, irmão do duro homem, viera a Porto Real reivindicar seu título, “o título é de Tyrion”, Rhaegar dissera sem rodeios, “ele será melhor do que todos esses Lannister traiçoeiros”. Desse dia em diante, tanto o rei como o leãozinho se tornaram inimigos dos Lannisters.

— Sim — Jon andou para a porta — vá à cidade mais próxima e mande fazer uma armadura para mim — abriu a porta e olhou para trás uma ultima vez — preciso me acostumar com o peso.

 

Os últimos meses foram duros para Jon, duros de treinamento, duros de reuniões com os capitães mercenários e duros com Agron. Treinavam todas as noites, mas Jon treinava o dia inteiro, e quando não segurava a espada, lia com Meistre Corliss ou resolvia algum problema com os mercenários. Os Coiotes do Deserto, comandados por Hannys Boo’ta, sempre entravam em briga com As Corujas Vigilantes, comandados por Locke Jarl’ik. Por isso, Jon sempre colocava Os Filhos do Sol, comandados por Zobe’rak, entre essas duas companhias quando iam treinar.

Xoquo’las chegara na terceira lua com os Leões Marítimos e sua enorme frota, e o castelo estava tão entupido de soldados que lá fora um campo cheio de barracas e fogueiras estendia-se por um quilometro e meio. Não muito depois, fora a vez dos Arqueiros Voadores de chegar, muito menos voadores do que Jon esperava. Junto com eles, seu comandande, Lon Xan’te.

As reunião decidiam as estratégias de quando chegariam a Westeros, e frequentemente Jon jogava jogos de estratégia com Barristan, Arthur ou Corliss. Hannys Boo’ta virou um amigo, assim como Corliss. O meistre, diferente de Pycelle ou o outro que Jon esqueceu o nome, era alegre e começou a gracejar muito, depois do rei deixar claro de que não estava irritado com ele. Talvez por que era jovem. Hannys Boo’ta foi umas das únicas pessoas de Essos que Jon gostou, era grande e forte, mas gentil de alguma forma. Agron gostou do homem também, e junto dele, Aerea, Maerys e Daemon sempre estavam presente quando Agron treinava com seu dono. Nema, uma das aias de Jon, virou uma amiga do rei. Era linda, com longos cabelos cacheados e negros, cobrindo-a como um cobertor, olhos verdes e resplandecentes, uma pele macia e muitas curvas que Jon nem sabia que gostava.

Edward “Pernas de Pato” entretia os mercenários com seus gracejos. Era um homem duro quando não estava bêbado, e estava a serviço do rei por causa de Gyloro. Treinava-o junto de Barristan e Arthur, e ensinou muito sobre as artes da espada a Jon, o que deixara-o muito grato.

Dracarys, dizia apontando a uma de muitas caixa de madeira que encontraram nos porões do castelo. O dragão aprendeu a queimar a caixa em que Jon apontava, e aprendeu sovegon, que significava “voe” na língua comum.

Treinara muito com os próprios mercenários e era inevitável que nos primeiros dias desacreditariam de sua habilidade marcial, mas quando um homem grande e forte o desafiou, desviou de seu golpe lento e forte, e meteu a sua espada de madeira entre suas pernas. Ouviu dizer que Corliss deve de amputar a virilidade do homem, mas não recebeu confirmação do meistre. Desse dia em diante os mercenários o trataram como um rei guerreiro, nomeando-o “O Dragão Branco”, já que Agron era em maior parte branco, com um azul dando-o um tom gelado.

Gostava do nome, e sentia-se como um dos cavalheiros das historias que sua mãe contava. Lembrar-se dela o deu motivação para continuar andando.

Pela quinta lua, tinha recebido diversas mensagens da Aranha. Arthur havia lhe dito que era o apelido que deram a Varys, e que não era um homem confiável, mesmo assim, A Espada da Manhã acreditava cem por cento nas cartas que chegavam, por algum motivo. Uma dizia que os Martells atacaram os soldados do rei, e agora escondiam-se em seus castelos, esperando a volta de Jon. Outra dizia que Eddard Stark, seu tio, teria convocado os vassalos. Mais uma dizia que Stannis Baratheon não se encontrava em Ponta Tempestade, e que não se sabia aonde estava. A última que receberam dizia que Edmure Tully foi ao Norte, com vinte e três mil soldados.

A guerra era inevitável, depois da traição de Viserys, e faltava tão pouco para Agron chegar ao tamanho próprio para montagem. Já tinham feito uma sela ajustada para o dragão e para o menino. Jon tinha visto a sela, era parecida como a de um cavalo, mas trazia consigo muitos cintos de segurança.

Era para meu pai montar Agron. Era meu pai que iria ser o “Dragão Branco”. Era...

Seu pensamento foi perturbado pela trombetas de guerra. Correu para fora de seu quarto, e pelos corredores e escadas até chegar em cima da torre principal. Vislumbrou uma frota quatro vezes maior do que os Leões Marítimos. Os navios estendiam-se ate o horizonte, vindo lentamente em direção a fortaleza. Mas Jon sorriu. Gargalhou.

 As velas eram todas amarelas, e o veado empinava orgulhosamente, todo de preto sobre o ouro dos Baratheon.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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