História O enigma de Jung Hoseok- Vhope/ Taeseok - Página 2: A guerreira

E lá estava eu. Com um Jimin impaciente e curioso do meu lado.

—Quando que você vai continuar a “traduzir”?-pergunta pela milionésima vez

—ME DEIXA DESCANSAR!-gritei batendo a cabeça na mesa

—VOCÊ TÁ FALANDO ISSO FAZ UMA HORA!-gritou dando um tapa no meu braço

—Jimin, eu não sou uma máquina!-digo

—Okay…

*Horas mais tarde*

Eu comecei a traduzir. O Jimin berrava cada vez que eu escrevia uma palavra.

Isso estava me dando nos nervos!

—CALA BOCA, JIMIN!-gritei

—Desculpa, tô curioso.

“ξלξ צθμξצ'θυ λ βλτξך ηξιλ ξלξ רι---..ιλ ρλךλ μιμ φυξ ςξ θυςαςςξ צθητλך ρךλ λל--.υξμ ξלξ ιךιλ μλτλלλ
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O que eu sei até agora:

“Ele começou a bater nela, ele dizia para mim que se eu ousasse contar pra alguém ele iria matá-la sem dó, nem piedade.”

Talvez eu esteja com um pouco, muito, medo do senhor Jung agora. E pensar que eu ia na casa dele. E que ele era amigo do meu pai. Bateu um arrepio agora.

Jimin leu essa parte, arregalou os olhos. Ele estava tão chocado quanto eu.

Era assustador pensar que eu já quis ter uma família assim… Mas era óbvio que eu não fazia ideia de que isso acontecia.

Continuei a traduzir.

*Algumas horas depois*

Eu parei um pouco, por pedidos do Jimin, porque eu já estava 3 horas sentado sem parar nem pra beber água.

Ele me obrigou a ficar no sofá vendo uma série que ele está viciado. Enquanto ele me obriga a comer pipoca.

—Eu deveria estar traduzindo aquele caderno!

—Você acha que o Hoseok gostaria de saber que você mal come, por causa o caderno?-pergunta

—Não.

—Então come e descansa.

—Você é contraditório.-digo

—Eu sei.-responde

*Mais umas horas depois*

Eu estou triste, as coisas que estou lendo doem, saber disso realmente dói… Tudo isso é tão… Horrível.

“Ele começou a bater nela, ele dizia para mim que se eu ousasse contar pra alguém ele iria matá-la sem dó, nem piedade.
Eu odiava vê-lo batendo em minha mãe, mas eu não era capaz de fazer nada.
Aos poucos fui crescendo meio perturbado, apanhando e vendo minha mãe apanhar, e sendo forçado a fingir ter uma família perfeita, fingindo ser um filho que amava muito seu pai, minha mãe fingia que tinha um casamento perfeito, meu pai fingia que se importava conosco, e assim seguia.
Meu pai além de tudo isso, ainda é um machista e homofóbico, ou seja, ele sempre me impediu de dançar, que é no caso minha paixão, e falava que era coisa de ‘bichinha’ e que filho dele não podia ser ‘viado’.”

Eu nunca pensei que pensaria assim, mas eu ODEIO O SENHOR JUNG.

Mostrei pro Jimin, que olhava com os olhos arregalados, ele ficou com os olhos lacrimejados.

—Eu… Eu estou com muita pena do Hoseok.-diz baixo

—Eu também estou com muita pena.

—Ainda falta dois parágrafos, né?-perguntou

—Sim.

—Traduz.

*1 hora depois*

“Isto foi um grande problema, pois minha mãe, uma simpatizante dos LGBT e feminista, odiava isso, e sentia vontade de ser surda quando ele dizia esse tipo de coisa.

Ela vendia bolinhos pra pagar minhas aulas de dança, para que eu pudesse fazer o que me fazia bem.”

A senhora Jung… Ela era uma guerreira, uma pessoa maravilhosa, sempre admirei o jeito que ela e o Hobi eram unidos.

Ele deve sentir muito a falta dela… Muito mesmo.

Jimin terminou de ler, sentou no chão e falou:

—Eu vou matar o senhor Jung.

—Admito que tô com vontade, mas matar é crime.

—Me segura, eu vou matar ele.