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História O Enigma do Príncipe - Ministério


Escrita por: stormary

Notas do Autor


Aloha!
Eu sei que havia prometido um feriado cheio que capítulos, Mas passei meu feriado mal da vida e pipocando de casa em casa.
Quando finalmente passou minha prévia de morte, eu estava fechando notas no trimestre lá da escola.
Desculpem mesmo, sabem que eu odeio quando prometo e não consigo cumprir.

Sem mais lamentações, uma boa leitura!

Capítulo 80 - Ministério


Narcisa mexeu-se na cama e sorriu fraco ainda de olhos fechados. Imagens da noite anterior estavam passando como flashes em sua cabeça, e só lembrar da sensação do corpo de Severo no seu já lhe fazia arrepiar novamente. Abriu os olhos e sentou na cama, segurando o lençol em frente ao corpo nu, e não se surpreendendo nenhum pouco ao ver que estava sozinha lá. Havia sido tudo tão intenso. Tão urgente. Desesperado. Realmente imaginou que Snape não estaria lá no momento em que ela acordasse, afinal não haviam se falado nem no momento em que caíram exaustos na cama na noite anterior.

Levantou da cama enrolada no lençol negro e seguiu até o banheiro, parando guns instantes em frente ao espelho para observar as marcas em seu pescoço. Não havia do que reclamar, afinal ele deveria estar tão marcado quanto ela. Fez sua higiene e tomou um banho rápido seguindo para onde estava sendo seu quarto para se vestir. Pôs um vestido qualquer e passou o lenço verde degradê pelo pescoço, penteou os cabelos e desceu em direção a cozinha. A casa estava totalmente silenciosa, e por um momento realemente pensou estar sozinha ali.

Severo havia acordado logo na primeira hora da manhã. Haviam se arriscado de mais em passar a noite ali, mas depois que as coisas começaram a acontecer pareceu impossível pararem. Puniu-se mentalmente. Não deveria ter se deixado levar daquela forma. Dessa jeito ia acabar ficando louco antes mesmo que se desse conta, e sabia muito bem que a mulher que agora estava deitada ao seu lado e que  dormia tranquilamente seria quem o levaria nesse caminho. Levantou da cama alguns segundos depois e seguiu até o banheiro, onde fez sua higiene e tomou um banho rápido.

Quando saiu do quarto Narcisa ainda dormia e pareceu não sentir sua falta na cama, pois estava exatamente como ele a havia deixado. Separou uma pequena sacola com algumas roupas suas e trouxe para o andar de baixo junto a uma mala das que a mulher ainda nem havia desfeito, deixando-os na sala enquanto seguia para a cozinha afim de preparar algo para comer. Olhou em volta, procurando a varinha para ascender o fogo, sem muito sucesso.

- Accio... - começou parando logo em seguida, mesmo com a mão ainda estendida.

Estava sendo tipo de pensar que do nada sua magia voltaria e mais um prova da sua possível loucura era estar se esquecendo constantemente do fato de estar sem magia.

Assustou-se ao sentir algo sobre seus dedos e o quanto não se surpreendeu ao ver sua varinha ali. Havia funcionado? Virou levemente o corpo, apontando a varinha para abaixo da chaleira onde havia água.

- Incendio. - balançou levemente a varinha. Fortes chamas saíram do lugar em instante, o fazendo dar um passo para trás erguendo a mão em frente ao rosto. - Reducto. - apressou-se em controla-las.  

Precisava ir com calma se sua magia realmente estava voltando. As coisas pareciam bem desreguladas. Terminou de aquecer a água e preparou o chá, pegando uma maçã para comer enquanto terminava s organizar as coisas para quando saíssem. A ideia de estar indo para a casa dos Weasley  era algo que não lhe agradava ainda, apenas de imago ar toda aquela gente, juntos e com a privacidade possivelmente bem comprometida. Não poderia dizer a Arthur que não iria até  lá quando sabia da intenção de ajudar, mas a ideia de ter sua vida tão exposta não lhe deixava nada feliz.

Será por pouco tempo. Repetiu novamente para si. Passaria dois dias por lá e voltaria para casa, principalmente se tivesse a certeza que sua magia estava de volta. Ouviu os passos nas escadas e levantou da mesa, indo até o armário buscar uma nova caneca e colocando sobre a madeira escura.

Narcisa apareceu na entrada da cozinha devidamente pronta para saírem. Pegou a cabeça que Snape tinha posto sobre a mesa e serviu o chá, murmurando um "bon dia", que não foi respondido por parte do homem. Severo passou em direção a porta do laboratório de poções e entrou, enquanto ela lhe obersava com os olhos. Pegou uma pequena maleta onde colocou alguns frascos, algumas ervas e pequenos recipientes de poções para mistura. Abriu os últimos botões da gola da camisa, por baixo do casaco preto. O ferimento em seu pescoço incomodou  levemente. Bateu a tampa da maleta e a trancou, terminando s organizar todas as suas  coisas.

- Severo. - Narcisa chamou na porta. 

- Pegue suas coisas para sairmos. - ele passou por ela novamente, seguindo em direção a cozinha e depois até a sala.

Ela fez o mesmo caminho, vendo o trabalho exímio que ele fazia para ignorar sua presença.

- Vamos fingir que não aconteceu nada? - ela perguntou parando com os braços cruzados. Snape conseguia ser bem esquivo quando queria.

- Do que está falando? - a olhou. - De ontem a noite? Não aconteceu nada que já não tenha acontecido e que conseguimos fingir muito bem o contrário. 

- Nunca foi como ontem. - ela contrapôs.

- Nós transamos, nada além disso. - ele respondeu. - Esqueça isso que vai ganhar mais, assim como eu vou fazer.

Esperou que ela dissesse alguma coisa, mas estava ocupada de mais se martirizando em silêncio. Esquecer. Bufou. Ele falava como se fosse algo muito fácil. Ela engoliu seco, sentindo a garganta arder.

- Então esqueça todo o resto. - rebateu. - Se para você é mais fácil encarar as coisas dessa forma, tudo bem. Vamos esquecer de tudo. As coisas que aconteceram em Hogwarts ou fora dela, antes ou depois da batalha. Vai lidar bem com isso, esquecendo de mim e das coisas que fizemos e passamos. - sustentou o olhar para ele.

Não conseguia apagar nada da memória e sabia disso. Infelizmente ela ainda o amava. Mas se era assim que Snape queria encarar as coisas era isso que faria. 

- Ótimo. - ele respondeu.

O silêncio perdurou alguns instantes enquanto eles se olhava com a mesma intensidade de sempre. Severo montou a carranca da melhor forma e ergueu uma das sobrancelhas por alguns instantes.

- Vamos logo. - estendeu a mão para ela. - Deveríamos ter voltado há tempo para A'Toca.

Continuou quieta no momento que agarrou sua mala com uma mão e com a outra segurou a que Severo lhe estendia. Aparataram no jardim for Weasley em segundos. O mestre de poções pegou as malas, incluindo a que estava na mão de Narcisa e andou rapidamente em direção a casa.

A mulher apressou o passo para alcança-lo alguns segundos depois, enquanto ele passava pela porta aberta da casa. Talvez ali, sem estar sozinha com ele as coisas fossem mais fáceis, ou pelo menos assim esperavam. Teve vontade de rir de si mesma só de pensar em como estava se sentindo bem quando acordou pouco tempo antes. Era óbvio que marcas da Guerra durariam muito mais que apenas aqueles dias. Talvez fosse algo para se levar a vida toda.

O jeito era fazer o que tinha dito e esquecer. Ou pelo menos tentar.

 Snape parou logo na entrada da sala, enquanto os presentes se levantavam para recebê-los.

Minerva havia chegado com Dumbledore menos de uma hora antes. O diretor de Hogwarts havia recebido algumas correspondências do Ministério, ambas envolvendo diretamente a figura do professor de poções. Não podia adiar muito a entrega dos recados e levar McGonagall junto era uma forma de amenizar a situação quanto a ele. Soube o quanto a figura da mulher havia se tornado importante para o mais novo.

- Finalmente chegaram. - Molly levantou. - Estávamos preocupados. Pensamos que viriam ontem ainda.

- Deveríamos ter avisado. - Severo disse. - Tivemos alguns contratempos quanto a organização da casa. Estava tudo bem precário... Deveríamos ter mandando uma coruja.

- Por que não leva Narcisa até o quarto, querida? - Arthur perguntou.

Molly assentiu enquanto puxava Narcisa e as malas escada a cima. Esperaram as duas sumirem de vista para dar prosseguimento ao assunto; Snape não sabia o porquê, mas a presença de Dumbledore ali lhe dizia que provavelmente havia algo errado.

- Estávamos esperando por você. - Dumbledore disse, fazendo o outro erguer a sobrancelha em obviedade. - O Ministério está iniciando alguns inquéritos sobre a Guerra.

- Não precisamos de rodeios, Alvo. - ele foi curto e grosso. - Devo admitir que pensei que demoraria muito menos para chegarem até mim com as acusações.

- Na verdade eles estão tentando desde o dia da batalha, mas Minerva fez um exímio trabalho em afastar os aurores de você, pelo menos pelo tempo que esteve em Hogwarts.  - suspirou. - Recebi um pergaminho com suas acusações mais cedo e sabemos ser uma situação complicada. 

- Não me diga que está surpreso com as coisas que eles tem contra mim? - carregou a voz de sarcasmo.

Dumbledore balançou a cabeça negativamente. Sabia que passariam por ali no momento em que os dois sobreviveram a Guerra. Na primeira queda de Voldemort já havia sido complicado o bastante conseguir convencer o Ministério da lealdade de Snape e dos serviços prestados como espião, e agora seria igual ou pior.

- Não é apenas isso. - Arthur disse. - O Ministério apreendeu um dos comensais que estava na invasão á sua casa ontem. E acredito que saiba a mando de quem eles estavam.

- Malfoy. - respondeu com certeza. Os demais assentiram. - E está aqui para me dizer que vou ser preso enquanto Lúcio está solto e... - ia falar de Narcisa, Mas engoliu as palavras.

- Vim buscar você para que vá ao Ministério comigo. - Dumbledore disse. - Se for até lá prestar seu depoimento, ganharemos pontos e tempo. Vão ver que quer cooperar e isso lhe ajuda contra as acusações. 

Snape ficou em silencio alguns segundos. O dia mal havia começado e já estava uma enorme confusão. Esperava pelas acusações do Ministério desde o dia em que acordou em Hogwarts e dessa vez achava muito improvável que conseguisse fugir de Azkaban como na primeira queda do Lord. Tinha muito mais pelo o que ser punido e sabia que seu tempo de espião não apagara a nossa metade as atrocidades que tivera que cometer sendo contra as trevas ou não. Na havia um porém.

Talvez ir até o Ministério e prestar seu depoimento tirasse muito pouco sobre suas costas, mas poderia muito bem ajudar Draco e talvez até mesmo Narcisa. Esquecer. É isso que precisa fazer a respeito de Narcisa. Esquecer. Mas o afilhado era uma criança e não merecia aquele lugar tanto quanto ele.

- O que está esperando? - perguntou a Dumbledore que logo se colocou em pé. 

Aparataram no Ministério sem muito mais e seguiram sob olhares mais do que curiosos até chegarem ao Departamento de Mistérios. Snape achou hilário por alguns instantes o quanto os demais estavam chocados ao ver os dois ali. Alvo Dumbledore, que estivera morto durante o último ano, e Severo Snape, Comensal da Morte braço direito de Voldemort e o responsável pela até então morte do bruxo de barbas brancas. Aparentemente Kingsley já os esperava quando chegaram lá  e por um momento o professor pensou no que Dumbledore havia respondido á ele e qual o tamanho da certeza do mais velho de que chegariam até ali.

- Alvo. - o novo Ministro da Magia o saudou. 

- Kim! - apertou-lhe a mão. - Como está?

- Enlouquecendo com o trabalho. - sorriu, voltando-se para o bruxo de vestes e cabelos negros que não tinha  em 1% da empolgação dos outros dois. - Como vai, Snape?

- Vivo, Sr. Ministro. - respondeu simples. Seco.

Kingsley abriu a porta e pediu que os dois lhe acompanhassem para dentro onde conversaram alguns segundos sobre as acusações que estavam sendo feitas a Severo para em seguida seguir até o tribunal, onde o chefe dos aurores aguardava os demais.

Snape sentou-se em uma das cadeiras no centro, enquanto Kingsley ocupava seu lugar na tribuna e Henry Bennett vinha em sua direção. O olhar do último mostrava o quanto ele estava satisfeito em ver o professor de poções ali, e ele não fazia o mínimo de esforço para esconder.

- Podemos começar. - o Ministro se pronunciou. - Severo Prince Snape, bruxo, mestiço, 38 anos, Mestre Pocionista e atual Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Processo corrente por filiação a arte das trevas, assassinato, abuso e uso das maldições imperdoáveis por longo período de tempo. A palavra é sua Sr. Bennett.

O auror sorriu, superior.

- Está ciente que toda e qualquer coisa apresentada nesse depoimento pode ser utilizado contra o senhor em futuro julgamento? - aproximou-se. Snape apenas assentiu. - Pode começar então. Nos fale sobre sua relação com Lord Voldemort.

O nome do bruxo das trevas fora pronunciado de maneira lenta e arrastada. Severo esperou o corpo se retrair com o sempre acontecia, mas dessa vez não aconteceu.

- Há quase vinte anos mantenho uma vida de agente duplo. Estava agindo já contra o Lord em sua primeira queda e quando ele ressurgiu, voltei a trazer as informações necessários para a Ordem, da qual o Ministro pertencia, de forma a proteger Harry Potter até que o garoto tivesse idade para enfrentar as traves como deveria.

- Por isso matou Dumbledore? - ergueu as sobrancelhas. - Para ajudar? A morte do diretor me pareceu muito propícia a você, recebeu grandes benefícios vindos do Lord. 

- Dumbledore está sentando logo ali. - indicou o mais velho que estava nas cadeiras a sua esquerda. - Direcione essa pergunta a ele mesmo, já que tudo o que fiz foi sobre instruções. 

- E quanto as outras acusações? Ataque ao Ministério, tortura, assassinato e tantas outras coisas. - inclinou-se sobre o professor.

- Se tem tanta certeza que fiz essas coisas, Sr. Bennett, não me aproximaria dessa forma. - Snape disse baixo vendo o outro afastar um passo. - Estou aqui apenas para dizer que estou ciente de todas as acusações feitas a meu respeito e que tenho justificativa para muitas delas e que podem ser apresentadas se assim for solicitado. Sei muito bem do que precise fazer nos meus tempos como Comensal da Morte e se estou aqui é exatamente por me arrepender. - levantou-se. - Eu gostaria de dispor meu depoimento no julgamento de Draco, Sr. Ministro. - dirigiu-se ao outro.

- Receberá uma coruja com a data do mesmo e reunirei o Conselho para ouvirmos tudo que tem para apresentar em sua defesa. Será devidamente avisado. - levantou-se. - Está dispensado.

Severo assentiu enquanto seguia para a saída junto à Dumbledore. Caminharam até quase o fim do departamento, rumo ao elevador que os levariam para o hall de entrada, mas parou logo de caminhar tendo o gesto imitado pelo que o acompanhava. Virou-se para trás com a certeza de estarem sendo seguidos e viu Bennett parado a poucos metros.

- Podemos ajudar, Sr. Bennett? - Alvo disse.

Bennett negou com a cabeça.

- Com apenas pedir, Sr. Snape, Que transmita a Narcisa a empolgação de minhas palavras. O pedido de prisão dela está tramitando e logo irei buscá-la para jogar no buraco em que merece. Ela vai se lembrar muito bem das coisas que falei a ela quando esteve aqui.

Severo aproximou-se um passo. Ameaçador. Olhou com a festa franzida para o auror. 

- Está a ameaçando? - sua voz saiu arrastada.

- Não sinta inveja.- Bennett balançou as mãos. - Também tenho um espaço especial guardado para você. Mas sabe como é, por enquanto temos algumas iscas mais fáceis para pegar. E cá entre nós, sabe tão bem quanto eu a queda que o Lord das Trevas tinha pelas mulheres da família Black.

- O que está querendo insinuar? - rosnou. Aquele cara só podia estar maluco se achava que ficaria fazendo aquelas insinuações sobre Narcisa.

Disse que iria se esquecer de tudo. Sua mente lhe avisou e em, mais um passo para sua loucura, mandou si mesmo para o inferno.

- Exatamente o que está entendendo. - Henry aproximou-se também, demonstrando ao homem que não tinha medo de seu longo histórico.

Estavam a um metro de distância um do outro. Severo era cerca de 10 centímetros mais alto que o homem que o encarava o que lhe facilitava manter o ar superior. Estava a um a palavra de azara-lo e naquele momento assinar sua ida para Azkaban.

- Inclusive, acho que pode nos dar mais contribuições a respeito das formas que a Sra. Malfoy usava para animar as festas e comemorações do Lord. Ouvi histórias inspiradoras dos comensais que foram capturados. - sorriu, inclinando-se um pouco em direção ao outro, como se para dizer algo que apenas ele poderia ouvir. - Me diga... Ela é  tão gostosa quanto parece?

Severo sentiu o rosto ferver de raiva e com uma das mãos agarrou o outro pela gola da camisa enquanto com a outra acertava-lhe o rosto com a mão em punho. Bennett cambaleou dois passos para trás, levando a ponta dos dedos aos lábios que agora sangravam. Antes mesmo que Severo pudesse avançar novamente em direção ao homem Dumbledore estava lhe segurando.

- Pare com isso. - o mão do velho o segurava com certa dificuldade agradecendo por o outro não estar em sua plena força ou poderia facilmente sair dali.

O chefe dos aurores sorriu.

- Pode ter a plena certeza que isso contará no seu inquérito, Snape. - disse.

- Ponha. - Severo ofegou. Estava fora de si. - E coloque também o aviso que estou lhe dando: se não que saber o que me fez ser o braço direito do Lord das Trevas, não use sua boca imunda para falar da minha mulher outra vez.

Bennett umedeceu os lábios cortados antes de dar as costas ao outros dois com um sorriso de satisfação. Dumbledore não disse mais nada antes de picar Snape para fora do departamento e desaparatar no mesmo momento. Logo após a sensação de ser sugado pelo umbigo e de sentir seus pés tocarem no chão o mais jovem se afastou bruscamente do outro e olhou em voltar.

Estavam no rio em Clockworth. Voltou-se para Dumbledore com a respiração ainda pesada o bastante para fazer os fios e cabelo em seu rosto moverem-se rapidamente.

- O que diabos fazemos aqui? - esbravejou.

- O primeiro lugar que pensei para você se acalmar. - o mais velho deu de ombros. - Escute Severo...

- Para o inferno com o que vai dizer. - ergueu a mão. - Eu não ia deixar que ele falasse de Narcisa daquela forma.

Alvo sorriu maroto.

- Mesmo que você tenha dado exatamente o que ele queria, fico feliz por isso. - disse. - Isso significa que gosta dela e quer defende-la.

- Não venha você. - rebateu grosseiro. - Eu a defendi por questão de respeito. Teria feito o mesmo no meu lugar. Não venha botar asas em centauros.

- Certo. - concordou. - Claramente eu a defenderia. Mas não a chamaria de "minha mulher" como fez.

Snape manteve-se em silêncio e desviou o olhar do diretor. Alvo o conhecia a tempo o suficiente para saber que havia ficado envergonhado.

- Sei que está longe de perdoar o que aconteceu Severo, mas privar-se da mulher que ama não vai tornar nada disso mais fácil. - aproveitou o silêncio o outro. - Sabe bem disso. E sabe também de onde vem sua magia.

- Como sabe que minha magia voltou? E o que lhe faz pensar que foi Narcisa quem me devolveu? - virou-se para ele.

- Você estava sentindo tanta raiva no Ministério que eu podia sentir seu núcleo mágico expandir e se estivesse neutro, meu filho, acredite que  teria acontecido o mesmo que no dia que soube sobre o bebê .

Snape tentou falar, mas o ar pareceu engasgar. 

- As coisas não vão voltar  ser como antes. - cuspiu as palavras. - Então pare de se meter em minha vida porque esse direito deixou de lhe caber há muito tempo, diretor. Assim como o direito de me chamar de filho. 

Dumbledore assentiu, afastando-se alguns passos. Parecia ter envelhecido 50 anos apenas mas últimas palavras de Snape.

- Acredito que tenha magia para retornar sozinho. - disse e o outro assentiu, se vendo sozinho ali em seguida.

~*~

Narcisa havia passado a tarde toda ajudando Molly mas coisas da casa como uma forma de manter a cabeça ocupada com qualquer coisa que não fosse a demora e Snape ao retornar do Ministério da Magia. Esquecer. Era essa palavra que ela havia metalizado durante o dia todo, Mas quanto mais tentava de mais coisas parecia se lembrar.

A noite já havia caído do lado de fora e Minerva fora embora logo depois do jantar. Despedou-se dos demais que está am na sala e, depois de organizar a louça do jantar junto à Hermione, pegou suas coisas e subiu para o quarto.

As mão estavam levemente tremular e sua cabeça começava a zunir no momento em que entrou no banheiro. Vinha sentido isso desde o dia que abordara na enfermaria depois de ser atingida por Lúcio. Doia tudo e muito além do seu corpo.

Lavou o rosto com a água fria e seguiu para o quarto, abrindo de forma nervosa sua mala e tirando as coisas para o lado de fora enquanto até chegar a uma pequena caixinha de madeira que logo foi aberta. Retirou um dos frascos que havia dentro da mesma e o destampou com as  mãos mais  que antes e despejou o líquido azulado pelos lábios o engolindo no mesmo instantes.

Sentiu a agonia passar aos poucos e guardou as coisas quando estava calma o suficiente. Estava precisando daquela poção mais do que gostaria. Mais do que poderia. Mas era escolher ela ou a dor.

Preparou-se para dormir e apagou as luzes do quarto, deitando-se em seguida. Sabia o quando o sono iria demorar para vir, mas mesmo assim fechou os olhos e respirou fundo.

Não sabia a quanto tempo estava assim, mas tinha plena certeza que estava acordada no momento em que a porta do quarto abriu. Pensou em levantar e sacar a varinha, mas parou no momento que sentir o perfume amadeirado que lhe causava arrepios chegar até si e em seguida o barulho da porta fechando. Suspirou beliscando sutilmente o braço para saber se realmente estava acordada.

Severo estava assinando o seu atestado de loucura em menos de 24 horas no momento em que decidiu entrar naquele quarto. Caminhou com seus passos firmes e pesados até a cama e se esgueirou por de baixo das cobertas, chegando com seu corpo até o de Narcisa. Sua mão passou pela cintura do mulher até abraçar-lhe e lhe puxar um pouco mais para perto. Firmou a testa no ombro dela por alguns instantes, firmando-se no braço para  através da luminosidade da janela a ouvindo suspirar longamente.

- Eu não quero e não posso esquecer. - ele sussurrou fazendo seu ar causar bem um bom arrepio. 

Narcisa virou-se no abraço dele para olhar atrás da cortina de fios negros que lhe caiam sobre o rosto.

- Amar você machuca. - ela sussurrou.

- Eu prometo tentar consertar isso. - respondeu. - Se realmente quiser ficar com alguém como eu.

Cissa ergueu o rosto o bastante para capturar os lábios dele em um breve beijo. O gosto de álcool não está presente o que a fez sentir aquele gesto dele de verdade. Não avançaram mais do que aquele beijo casto.

 Ele deitou-se ali mesmo e puxou Narcisa para si, aconchegado ela em seus braços e fechando os olhos naqueles breves instantes de paz que poderia ter ali. Ela repousou a cabeça no peito do homem e dessa vez, acompanhando o som das batidas do coração dele foi fácil adormecer.


Notas Finais


Acho que o tamanho deu uma recompensada pelo atraso, mas acho que volto logo mesmo.

No próximo temos Harry Potter, a magia do Severo em seus picos... Ah, E uma decisão importante a respeito de Lucius Babuino Boboca Malfoy.

Quero saber as teorias e espero ver os sumidos nos comentários.
Um beijo na nuca esquerda e até!


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