O espelho era o único objeto pendurado naquela parede. A moldura cintilante ainda não era o mais interessante sobre o objeto solitário. O espelho em si não parecia vidro, era mais como uma massa, que poderia mostrar qualquer coisa, e para aqueles que acreditam, se transformar em qualquer coisa.
O Espelho Solitário.
Dimitri parou em frente ao espelho, seu interior explodindo por finalmente, após meses de busca, encontrar o objeto que, segundo todas as lendas que ouvira, poderia lhe revelar sua alma, e dessa forma, selar seu destino.
— Mostre-me minha alma, mostre-me quem eu sou.
A voz rouca saiu firme, e no mesmo instante, o espelho tremeu, e a massa se movimentou, para o espanto do rapaz, pulando para fora do espelho e se tranformando em Dimitre. Em uma forma nua, com asas rasgando as costas da forma do rapaz feito artificialmente, com olhos ainda mais claros do que o azul que o real Dimitre possuía, cabelos loiros brilhantes e lábios mais vermelhos do que o sangue que pulsava no rapaz, que encarava tudo aterrorizado. Os lábios vermelhos se mexeram, e a voz grossa tomou conta do ambiente.
— Anjo. É o que sua alma lhe mostra. É o que és.
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