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História O Esquecido Deus de Alódia - Capítulo I


Escrita por: JohnVercetti

Capítulo 1 - Capítulo I


O ano era 1767, o sol reinava sobre o céu e um calmo vento sobrava no mar, um solitário barco viajava pelas águas do Atlântico, um barco pequeno com uma pequena tripulação, Francisco Franco, passageiro do barco, se encontrava em um quarto abaixo do convés, Franco era um nobre, filho de um conde, era ainda jovem, marcando a idade de vinte e dois anos, era branco, possuía um longo cabelo negro, indo até seus ombros, sua corporatura era pequena, era magro e baixo, não servia para o exército, porém era bom com as palavras, e graças a isso, e ao seu nascimento elevado, havia ganhado seu emprego do rei da Espanha, e agora seguia para uma antiga colônia espanhola, uma pequena ilha no Atlântico, sua missão era saber o estado atual da colônia, que não se comunicava com a metrópole a décadas, a ilha era um antigo ponto de reabastecimento para os navios que saiam da Europa e iam para a América, porém após um longo período de tempestades a ilha foi excluída de qualquer tipo de rota, desde militar até mercantis, a ilha havia sido excluída do mundo, Franco além de se comunicar com a colônia devia fazer um relatório sobre o lugar, depois de tanto tempo abandonada, a coroa agora iria fazer um forte e transformar a ilha novamente em um ponto de reabastecimento, criando um novo forte nela.

Franco seguia sozinho para a missão, não havia nenhum outro funcionário do governo junto a ele, seus únicos companheiros, eram marinheiros que iriam ficar na ilha até Franco voltar para o continente, não eram de maior confiança, eles se chamavam de ‘’ lobos do mar’’ porém Franco apenas achava que eram bêbados brigões, não queria confiar sua vida neles.

A ilha ficava cerca de algumas semanas de distância do porto de Bilbau, um dos principais portos da Espanha, e o do qual Franco havia partido.

O navio já estava quase chegando, gaivotas, sinal de terra próxima, haviam sido avistadas pelos marinheiros, era questão de algumas horas até chegarem, o clima estava calmo, era um belo momento, os ventos sorriam para a embarcação Santa Eurália.

Franco estava estudando em seu quarto, lendo um livro que havia ganhado de um amigo, um livro sobre a Canção de Rolando, sobre doze paladinos francos que defenderam a cristandade contra os mouros.

Enquanto lia, escutou batidas na sua porta, se levantou rapidamente, deixou seu livro encima da mesa e então foi abrir a porta para ver o que era, não gostava de ser interrompido enquanto lia, porém também estava ansioso para saber se já estavam chegando ou não.

Assim que abriu, se deparou com um marinheiro em sua frente, com seus trajes de marinheiro, Franco se vestia elegantemente, uma calça branca, sapatos pretos, uma camisa abotoada vermelha, não era uma roupa para o mar, porém havia decidido que devia se vestir elegantemente de qualquer modo.

--Senhor, desculpe-o interromper. – O marinheiro tratava Francisco como delicadeza e respeito, sabendo que ele era nobre e parte da coroa, Franco não ligava para isso. – Porém acho que isso é deu seu interesse, estamos chegando na ilha, ela já pode ser vista no horizonte. – Disse o marinheiro.

--Obrigado por me avisar, agora pode voltar para suas funções. – Respondeu Franco.

O marinheiro logo partiu, fechando a porta, Franco pegou seu sobretudo vermelho que havia deixado em um cabide, coloca seu sabre em sua cintura, não havia aprendido a lutar com sabre, seu pai tentou o ensinar, porém o garoto não havia talento para a coisa e usava apenas para decoração, e um chapéu preto para o proteger do sol.

Subiu para o convés, a luz do sol o cegou por alguns segundos, mas rapidamente se acostumou, vários marinheiros estavam fazendo seus trabalhos, recolhendo as velas, guardando as cordas, preparando a âncora, logo eles iriam atracar.

A ilha de Alódia já estava muito próxima, Franco já conseguia ver ela com perfeição, havia estudado um mapa antigo da ilha e ela não estava muito diferente, ela continuava tendo um grande porto em sua frente, podia se ver as montanhas que cortavam a ilha em duas e criavam uma barreira natural impedindo de passar para o outro lado, não se via nenhum barco mercantil ou uma belonave, apenas alguns pequenos barcos pesqueiros, o porto havia sido abandonado junto com a ilha.

Enquanto o navio ia em direção a ilha, Passou por um barco pesqueiro, haviam dois homens no barco, que olhavam com desconfiança para o navio, dois olhares fixos que podiam colocar medo nos homens mais covardes, porém Franco apenas ignorou.

O barco rapidamente chegou a costa e atracou em um cais vazio, uma multidão apareceu no porto, observando os forasteiros de longe, crianças, homens, mulheres e idosos, todos olhavam para os forasteiros.

Os marinheiros conversavam entre si.

-- Você não acha que isto é um pouco assustador? – Disse um marinheiro.

-- Você é um covarde mesmo Adalberto, nós somos homens do mar, o que são aldeões pescadores comparados ao riscos que tomamos? –Respondeu o outro marinheiro, um homem já com cabelos brancos, de certa idade.

--Mesmo assim, esses olhares me dão um frio na espinha. – Respondeu o primeiro marinheiro.

--Não precisa ter medo, eles estão nos olhando assim por medo, curiosidade, fazem décadas desde que alguém parou nesta vila, maioria deles nunca devem ter visto alguém de fora da ilha. – Falou Franco.

Os marinheiros olharam para Franco, não souberam o que responder e então continuam com seus serviços. 



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