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História O Esquecido Deus de Alódia - Capítulo III


Escrita por: JohnVercetti

Notas do Autor


Deus é Top

Capítulo 3 - Capítulo III


O grupo decide voltar ao navio, onde iriam passar a noite, voltando assim para a estrada de pedra, enquanto caminhavam se deparam com um outro grupo, o grupo era formado por sete homens, pelo menos era o que Franco conseguia ver, e eles iluminavam toda a rua, a noite havia caído depressa.

Os marinheiros se olharam desconfiados, porém decidiram continuar, de qualquer modo era apenas aldeões, e portavam apenas tochas, nada que Fabrício não conseguisse lidar.

--Acredito que você possui a atenção de falar comigo? – Perguntou um homem do grupo.

--E quem é você? – Retornou Franco.

--Eu sou Montizes, e eu tenho o poder de falar por toda essa vila. – Respondeu Montizes

Montizes era o único do grupo que não possuía uma tocha, vestia um manto azul escuro comprimido, não possuía touca e as únicas partes que estavam a mostra do seu corpo era suas mãos e sua cabeça, possuía um longo cabelo negro e olhos estranhos, o esquerdo era um cinza fraco, enquanto o da direita era um intenso azul, havia também um medalhão em seu pescoço, o medalhão possuía uma joia azul, de vista não podia saber de qual material era feito.

Os outros homens também vestiam o mesmo manto, porém não possuíam aquele mesmo medalhão, era outro, com um símbolo desconhecido.

O símbolo era um círculo com tentáculos o cobrindo, como se estivessem tentando puxar as coisas de fora do círculo para dentro, e no centro, a cabeça de um polvo.

--Me digam o que vocês querem com esta vila. – Perguntou Montizes.

--Eu fui enviado pela c... – Franco hesita para responder, porém logo decide o que falar. –Fui enviado pela coroa espanhola, pelo próprio rei, o rei tem desejos nessa ilha e vocês como servos devem obedecer a autoridade suprema e divina do nosso amado rei. – Franco terminou com um ar de autoridade, como se tivesse ganhado confiança para falar após hesitar.

--Seu rei não tem nenhum poder aqui. – Montizes então riu sozinho. – Essa ilha já possui um rei, e não é o seu.

--Besteira, essa vila pertence ao império, foi fundada pelo império, foi isolada por um tempo, mas agora o rei a toma de volta. – Diz Franco com convicção.

Montizes ri novamente, desta vez os outros homens riem com ele.

--Eu terei que repetir, seu rei não tem poder aqui, seu rei não possui nenhum poder.

--Como ousas dizer isso? –Franco se irrita. –Como não teria poder? É o governante supremo de todo o império, desde a pátria mãe até as colônias nas américas, abençoado por Deus, tem em sua disposição toda a frota e todo o exército, é burrice ir contra ele.

--Isso é poder? Não me faça rir novamente, seu rei é apenas um mortal, reinos se perderem, exércitos e frotas são destruídos, riquezas perdidas, meu rei é eterno e não precisa de nenhuma coisa mundana. –Responde Montizes.

--Isso é uma piada de muito mal gosto. – Sussurra Castro para Thiago.

Todo o grupo se olhava, sem saber responder Montizes.

--Esta ilha é pior do que eu imaginei, esse isolamento por décadas deixou todos os aldeões disso loucos, todos vocês irão queimar por blasfêmia, essa vila inteira irá cair pela santa fé, e de suas cinzas o rei construirá outra nova, temente ao rei e ao único e verdadeiro Deus. –Franco responde com raiva. – Não tenho mais nenhuma intenção de dialogar com vocês.

--Bem, porém permitam-se serem meus hospedes hoje, esse dia é muito especial, tenho a certeza que meu deus planejou tudo isso, a vinda de vocês e o alinhamento das estrelas, vocês possuem uma sorte incrível. –Disse Montizes.

Franco ignora as palavras de Montizes, cospe no chão e então continua seu caminho em direção ao navio, Montizes e seus homens o deixam passar sem problemas.

Na volta aconteceu a mesma coisa que a ida, pessoas os observavam das janelas, com ódio em seus olhares, vez ou outra eles conseguiam escutar um xingamento vindo dos aldeões.

--Ignorem, eles não irão continuar assim por muito tempo. –Disse Franco com raiva.

--Vir até esta ilha foi um erro, deveríamos ter logo a explodido com os canhões antes de desembarcar aqui, todas essas pessoas são loucas e blasfêmias. – Disse Thiago.

--Quando a frota do rei chegar, será isso que acontecera, eles irão se arrepender de fazer pouco caso do rei. – Respondeu Franco.

--Os homens do navio tinham razão em temer essa ilha, foram espertos em não desembarcas, ao contrário de nós. – Disse Castro, com medo na voz. –O que vocês acham que eles quiseram dizer com o alinhamento das estrelas e o planejamento de deus? –Pergunta Castro.

--Blasfêmias e mais blasfêmias, apenas sigam para o navio, iremos embora dessa ilha o mais rápido que possível.

O grupo após mais alguns minutos de caminhada chega perto do porto, a escuridão já tinha caído por completa na ilha, era uma escuridão que não se achava nas grandes cidades, a única fonte de luz eram as estrelas que bailavam sobre o céu, olhar para as estrelas dava uma má sensação naquele lugar, era como se elas lhe observassem, como se elas fossem o presságio de algo ruim.

Chegando no porto, podia se ver o navio, os marinheiros haviam colocados tochas pelo cais para iluminar o caminho e ver quem se aproximava, podiam ver alguns marinheiros pregando tábuas no navio do lado de fora, algo que não deveria estar acontecendo.

Acelerando o passo, o grupo chega ao navio, barulhos de marteladas ecoavam pela água, Franco avista o capitão coordenando o conserto.

O capitão era um velho lobo do mar, havia vivido mais tempo em mar aberto do que em terra firme, havia crescido em um navio, rumores diziam que ele quando era pequeno entrou em um barco para fugir de uma guerra e não havia saído do barco desde então, tinha pouco mais de quarenta anos, compensava em barba no que faltava no cabelo, era careca porém possuía uma longa barba preta.

--Vamos homens, concertem esses furos logo! – Gritou o capitão.

--O que está acontecendo? –Perguntou Thiago.

--Ondas agitadas atacaram o navio enquanto vocês estiverem fora, o casco foi destruído.

--Aquele senhor, Galeão, nos disse que eles não iriam nos deixar sair. – Diz Castro enquanto tremia.

--Besteira Castro, essas águas são agitadas normalmente, não fique paranoico, isso não é saudável para a moral do grupo. –Respondeu Thiago.

--Quando o concerto estará pronto para partimos daqui? –Perguntou Franco.

--Algumas horas, oito, novo, não demorará mais que um dia, os estragos não foram muito pesados. – Disse o capitão. – E você vai desistir de sua missão? Bem, eu fui pago, se você fracassar ou não eu não me importo, porém não podemos partir daqui agora, vocês terão que esperar os concertos estarem prontos.

--Bem, se somos obrigados a isso, esperarei. – Respondeu Franco.

E então Franco se separa de Fabrício, Thiago e Castro, voltando para seu quarto, tirou seu sobretudo e o guardou em seu cabide, e então despencou em sua cama para dormir.

 


Notas Finais


Deus continua sendo ToP


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