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História O Esquecido Deus de Alódia - Capítulo V


Escrita por: JohnVercetti

Notas do Autor


Nossa como Deus é top

Capítulo 5 - Capítulo V


Franco olhou ao seu redor, Se viu na frente da igreja abandonada, havia acordado com as mesmas roupas que havia ido dormir, estava tudo tão confuso, como que havia ido parar ali?

Ainda era noite, e não parecia que tinha passado muito tempo desde que ele dormiu, as estrelas bailavam no céu assim como no seu sonho, porém não cantavam nenhuma canção profana.

Franco seguiu em direção a rua principal, não sabia o que fazer, apenas decidiu voltar para o navio, estava cansado, como se tivesse andado por horas, seu peito doía, seguia em passos lentos mas seguia.

A vila continuava vazia, tudo escuro, sem nenhum barulho, todas as pessoas estavam dormindo, ou era isso que parecia.

Porém quando chegou no porto, tudo havia mudado, e então viu o que estava acontecendo, uma multidão, como se toda a população da vila estivesse ali, homens com machados e foices investiam contra o navio, os marinheiros disparavam com seus mosquetes contra os aldeões, uma batalha estava acontecendo.

E mais perto de Franco, no fim do porto, estavam os cultistas, com Montizes entre eles, vestiam a mesma roupa, o manto azul escuro que só deixava as mãos aparecem, todos além de Montizes vestiam toucas que cobriam seu rosto, um cultista no meio erguia um cajado, o cajado possuía uma base cinza, com um símbolo azul em seu topo, o símbolo era o mesmo dos colares.

Os cultistas permaneciam longe da batalha, reclusos em seu círculo, pareciam fazer suas profanas orações, cantavam um canto diabólico, Era a mesma melodia das estrelas, o mesmo canto terrível, porém era fraco, Franco conseguia sentir o ódio das estrelas, a dos cultistas não se comparava.

Franco sentiu-se sem forças, ouvir aquela canção nefasta havia lhe tirado toda a pouca energia que tinha, apoiou-se com o ombro em uma casa para conseguir ficar de pé, não conseguia falar e nem se mover.

Via a batalha se desenrolando no porto, e não podia fazer nada, os aldeões tentavam entrar no barco porém sem sucesso, mulheres jogavam tochas tentando incendiar o navio, porém estranhamente os aldeões recuaram, voltaram para o porto e recolheram as escadas que usavam como ponte, os marinheiros ficaram tão confusos quanto Franco.

E em um momento tudo acabou, a canção de horror dos cultistas aumentou, as vozes aumentaram e o ritmo mais rápido, a canção havia atingido seu ápice, um pesadelo lúcido aconteceu, a própria água formou tentáculos que agarram o barco, e o destroçou em pedaços, fazendo uma mistura de madeira e sangue.

Os aldeões admiraram a cena, marinheiros que não haviam sido despedaçados tentavam nadar para a costa porém os tentáculos logo os pegavam, alguns tinham seus ossos despedaçados ali mesmo, outros eram arremessados quilômetros longe da costa.

Após alguns segundos, todo o tempo necessário para destroçar o navio e os marinheiros, os tentáculos pararam e a água voltou a ser água, a canção acabou.

Franco estava horrorizado, como algo como aquilo poderia ter acontecido? Aquilo era diferente de tudo que ele havia visto, não queria acreditar naquilo, se quisesse se manter lúcido.

Franco tentou gritar porém não achou forçar, era horror demais para sua mente, não tinha mais controle de seu corpo, mas era diferente de seu sonho, não era controlado por algo exterior, era controlado pelo seu próprio medo.

Começou a se afastar lentamente, com curtos passos para trás, porém foi visto pelos cultistas que já não estavam tão concentrados, Franco então disparou, usou suas forças que restavam para correr.

Montizes permaneceu parado, apenas dois cultistas correram em direção a Franco, tentando o pegar.

Franco correu em desespero, seu medo lhe deu as forças para sobreviver, passou pela escura cidade, se guiando pelas estrelas e pelo seu senso, correu até chegar no mesmo lugar onde havia despertado, na frente da igreja.

Sem vendo outro lugar para ir, abriu a velha porta e então entrou, estava desesperado, porém o horror na igreja apenas aumentou.

Na frente do altar, o senhor Galeão estava enforcado por uma corda presa ao teto, seu corpo estava sangrando e cheio de ferimentos.

--Se sente supresso? –Perguntou Montizes, que estava na porta, mesmo com Franco correndo ele conseguiu o alcançar. – Quando invadimos seu apartamento ele tentou se proteger com um velho machado, conseguiu ferir um dos nossos, esse velho bastardo, o batemos até ele chorar, e então o arrastamos para cá, onde o enforcamos.

Franco não sabia o que dizer, sentou no chão e começou a chorar, Galeão estava certo, eles nunca iriam deixar os marinheiros voltarem, estavam perdidos desde que haviam chego naquela ilha, seu destino estava traçado.

--Agora você entende nosso poder, apesar de não querer, você entende o que é realmente poder, seu fraco mundo desabou sobre seus pés. –Disse Montizes.

Franco não respondeu, continuava chorando sentado, como uma criança, hora ou outra gritava com todas as suas forças.

--Seu desespero é ridículo, e quando o esquecido deus despertar, toda a humanidade irá fazer a canção de desespero em uníssono. –Continuo Montizes.

Franco olhou para Montizes, seu choro havia parado, porém sua cara continuava a demostrar o medo absoluto.

--Não sei o motivo de meu deus haver o escolhido, porém você foi, e é minha missão te levar até ele, eu não minto, lhe invejo. – Disse Montizes com inveja em sua voz. –Tome isso meu amigo, a destinos pior que a morte.

Montizes jogou uma pistola para Franco, Franco sabia o que Montizes queria, em sua mente uma voz ecoava a frase, a destinos pior que a morte, Franco olhou Montizes em seus estranhos olhos, e então decidiu fazer, pegou a pistola, aproximou-a de sua testa, e disse então suas últimas palavras para Montizes.

--Thiago me dizia que sua pistola era a mão direita do diabo, talvez no final ele estava certo.

E então disparou, o antigo altar cristão foi manchado de sangue, seu corpo caiu nos pés de Galeão, os dois mortos profanavam aquela antiga igreja, Montizes sorriu, e então saiu



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