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História O estranho da cafeteria - Satisfações e Canção do coração


Escrita por: Razu

Notas do Autor


uiuiui huhuhu

Capítulo 4 - Satisfações e Canção do coração


Fanfic / Fanfiction O estranho da cafeteria - Satisfações e Canção do coração

 

-Ninguém.

-Tem certeza Betty? - disse, um pouco desapontado.

-Absoluta. Eu sou responsável por contratar os garotos daqui, e nenhum deles tem V no nome.

Após alguns segundos de silêncio, a garçonete disse, com certa malícia:

-Eu nunca vi você com tanto interesse em alguma coisa que não fosse suas mú…- e parou quando ele a olhou num reflexo irritado- digo, seus projetos.

Ela então arregalou os olhos

-Não me diga que…!- Ela deu uma risadinha e bateu nas costas dele.

-Hã? O quê? -ele compreendeu depois de um segundo.-Não, sua velhota casamenteira. -ambos riram- Eu só fiquei curioso. Não se lembra mesmo de um carinha que estava entregando os cafés aqui pela manhã?

-Sinto muito, querido. Não reparei. Você sabe, as vezes permito que os garotos tragam ajuda no expediente. Não sou uma extraterrestre como você para lembrar do rosto e do nome de todos eles.

-Certo, obrigado mesmo assim.

-Aqui, pegue esses lanches. Não sei exatamente como você anda se alimentando. Cortesia da casa.

Ele pegou, agradeceu, e foi embora.

Chegou em casa no fim da tarde, cansado. Jogou sua mochila em uma pilha de revistas no canto do quarto e foi tomar banho. A água quente afastou a tensão que os acontecimentos do dia haviam colocado em seus ombros. Sentiu a água escorrer pelo rosto, braços e peito. Não sabe quanto tempo ficou ali, minutos ou horas. Saberia pela conta de luz e de água depois.

Colocou uma calça que encontrou em seu guarda-roupa. A blusa, havia há muito perdido em algum lugar da casa. Como sempre estava calor, ela não fazia falta suficiente para ele desbravar a selva que era a sua casa para procurá-la. Ele se viu em frente ao espelho. Reparou que as maratonas que corria todos os dias -resultado da falta das caronas de Betty, sua ex vizinha que havia se mudado- haviam acarretado em leves definições do que seriam músculos em seu abdômen. Isso o deixou profundamente triste. Significava que não estava comendo como gostaria e poderia. Ele via na comida a saída para a melancolia da vida.

Sentou em sua cama, pegou as folhas que estavam sob o armário da cabeceira e as encarou. Seus projetos, suas canções. Seu trabalho de anos. Falavam sobre coisas da sua vida, da vida de pessoas inventadas, de coisas que nem ele sabia ao certo. Algo que custou suas noites e pensamentos. Seu empenho e coração. Algo que provavelmente era completamente inútil.

Pensamentos o atordoavam, sentia o sangue correr em suas veias. Não sabia ao certo, algo o incomodava. O lápis deslizava no papel amassado. -Quem é? O que quer?- Linhas, versos, rimando naturalmente. -Por que isso importa?- as palavras vinham sem convite. Já não mais o pertenciam, eram vivas. Adormeceu sob as folhas.

Acordou assustado. Não ouvira o despertador tocar. Já passava de seis e meia. Teria de tomar uma decisão difícil entre café da manha e pontualidade. Já havia se decidido a passar no café e talvez chegar a tempo da segunda aula quando se lembrou da comida que Betty havia lhe dado. -Santa Betty!- pensou.

Ainda assim, chegou atrasado. Saiu correndo pelos corredores, esbarrou em cara no caminho. Voaram folhas e canetas. Gritou “desculpe” sem parar de correr. Chegou na sala enquanto a professora passava exercícios no quadro, poderia facilmente ter passado despercebido se não fosse um cara do fundo gritar “onde foi o incêndio” enquanto ele se esgueirava para seu lugar -estava ofegante, com um botão na casa errada e o cabelo com com movimento típico da falta de pente-. Ele congelou esperando a professora falar alguma coisa, mas ela fingiu não ter ouvido nada.

Sehun o olhou com certa graça e riu.

-Está mesmo levando a sério esse negócio de Bela Adormecida hein, Elvis Presley?

-Meu gato quebrou meu despertador.- disse, arrumando o cabelo com os dedos.

-Ah, e comeu o zíper da sua mala também?

Ele olhou para sua mochila e seu coração parou quando a viu completamente aberta, vomitando papéis. Sehun o ajudou a guardar os que haviam caído.

-Então você ainda escreve? -perguntou Sehun, depois de ler um papel amarelado com o título “my darling”.

Jungkook enrubesceu. Não gostava que outras pessoas lessem suas músicas; apesar de ser mais liberal com Sehun, pedindo a opinião dele vez ou outra. A pressa por estar atrasado fez com ele colocasse as letras na mala junto com seus deveres. “Começamos bem o dia”, pensou.

-Escrevo, sabe, as vezes.

-Você devia investir nisso cara, você é bom!

Ele sorriu e organizou as folhas o mais discretamente possível. Percebeu que faltavam várias folhas de conteúdo das matérias, nada importante. Mas faltava uma folha, uma amarelada, amassada. Uma escrita recentemente.

A alma saiu de seu corpo ao lembrar na pessoa que esbarrou no caminho.

Uma folha escrito V em cima.


Notas Finais


ala c: to nervouser


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