História O eterno pode durar até um segundo - MITW - Por ela - 2 TEMPORADA

No momento em que a mulher falou isso chegaram os paramédicos que eles haviam chamado pois isso quase nunca acontecia, logo os paramédicos chegaram até o caixão e nos tiraram de perto pra conferir se ele estava bem, pelo o que parecia ele estava bem, estava respirando, estava vivo, logo eles o colocaram em uma maca e levaram ele pra dentro da ambulância e fizeram sinal pra que eu viesse junto, eu entrei na ambulância e quando estávamos no meio do caminho ele começou a perder o ar e logo estabilizaram ele, cheguei perto dele e sussurrei:

   -Não me faça ter esperanças, por favor -Eu sussurrei para Pac

   -Não precisa de esperanças, eu estou aqui -Pac diz abrindo os olhos e sua voz sai abafada pela mascara de respiração

   Nesse momento meus olhos se encheram de lágrimas que eu acabei segurando pois não era hora de chorar, segurei a mão de Pac e depois de um tempo chegamos ao hospital e logo levaram Pac pra uma sala pra fazer exames e eu fui pra sala de espera, a um tempo atrás era ele aqui no meu lugar mas agora parece que o jogo virou não é mesmo?

   Logo uma enfermeira vem até mim com uma prancheta e uma caneta:

   -Senhor Mikhael? -A enfermeira diz e eu desligo a tela do celular que eu estava mexendo

   -Eu mesmo -Eu digo e me levanto

   -Bom, o senhor Tarik passa bem porém os médicos querem deixar ele sob observação esta noite tudo bem? -A enfermeira diz e eu assenti com a cabeça

    A enfermeira vira a prancheta e me da a caneta e indica aonde eu teria que assinar e eu assino e ela me leva até o quarto de Pac, assim que chegamos na porta a enfermeira segue seu caminho e eu fico ali parado, pensando em como seria falar com meu namorado que até algumas horas atrás eu acreditava estar morto.

    Leio na porta o número do quarto ''0205'' e tomo coragem pra entrar, abro a porta e me deparo com Pac deitado na cama lendo algum papel que ele encontrou pelo quarto:

   -Bom dia flor do dia -eu digo e ele abaixa o panfleto que estava lendo

   -Eu te disse isso quando você estava no hospital -Pac diz e coloca a mão pro lado pra mim segurar

   -Por isso mesmo -eu seguro sua mão

   Ele estava meio pálido e com um tubinho ligado em seu nariz pra controlar sua respiração, mas ele estava ali, ele estava bem, ele estava vivo e o melhor, ele está do meu lado.

    Ficamos um tempo ali, olhando um para o outro até que Pac resolve falar:

   -Como foi? -Pac diz em um tom de curiosidade

   -Como foi o que? -eu digo em tom de questionamento

   -Me ver morrer, passar esse tempo sem mim -Ele diz e olha pra mim com um olhar encantador

   -Foi horrível, não vou te deixar morrer outra vez -Eu digo e ele da uma risadinha e fica com um sorriso de canto a canto do rosto

   -Eu posso morrer, duas, três, quatro ou quantas vezes for e eu vou continuar te amando do jeito que sempre amei -Pac diz e eu dou um beijo em sua testa

   -Vou deixar você descansar -Eu digo e solto sua mão e vou em direção a porta

   -Não vai embora, não - Pac diz antes de mim abrir a porta - fica aqui comigo

   Eu sentei na poltrona que havia ao lado da cama de Pac e segurei sua mão, logo Pac adormeceu e eu fiquei ali a noite inteira pensando nas últimas horas e como a minha vida deu um reviravolta.

    Uma hora estava eu no melhor relacionamento do mundo que era ameaçado por um psicopata, na outra esse relacionamento acabou por causa da única ameaça que tínhamos,  mas agora esse relacionamento voltou de um jeito estranho mas voltou.

    Já são 8 da manhã e estou aqui olhando o meu príncipe dormir  até que ele acorda e vira a cabeça pro lado pra olhar pra mim:

   -Você não dormiu um segundo -Pac diz olhando pra mim com um sorriso no rosto

   -Queria ter certeza que estaria acordado caso algo acontecesse -Eu digo e dou um sorriso de canto

   -Eu estou bem, pode dormir

   -Não fecho um olho até a gente sair daqui -Eu digo e a porta se abre revelando um ser que precisa urgentemente de uma dieta,vulgo,meu pai.

-Mike!Meu filho que saudade! - disse ele e dava pra ouvir a falsidade na voz.

Pac segurou minha mão mais forte,provavelmente prevendo que eu iria voar na cara desse babaca,respirei fundo e falei da forma menos ameaçadora que pude.

-O que,pelos deuses,você está fazendo aqui? - disse é ele soltou um sorriso cínico.

-Vim ver como meu filho estava depois de tudo... - ele olhou para o Pac com a mesma cara de nojo que dá primeira vez que o viu. - isso.

-Pac,eu já volto,vou ali fora conversar com esse ser humano. - disse e dei um beijo demorado em Pac,parte para provocar o ser desprezível que nos olhava,parte porque eu realmente estava precisando.

Saímos do quarto e tranquei a porta.Meu pai me olhou como se eu tivesse acabado de cair da lua na frente dele.

-O que você quer?Diz logo,tenho mais o que fazer. - disse impaciente.

-Preciso que você volte pra casa. - ele responde direto e eu quase Caio para trás.

-Desculpa,acho que não ouvi direito.

-Precisa voltar pra casa,estou com problemas financeiros e,bem,sua mãe... - ele disse limpando a garganta para não terminar a frase.

-A Mamãe o que? - Perguntei preocupado e fiquei com vontade de jogar aquela baleia do outro lado do corredor se ele tivesse machucado ela como fazia quando eu era criança.

-Ela só está doente,mesmo eu só posso pagar metade da cirurgia que ela precisa,já comecei a trabalhar para ver se conseguia mais,mas nada,preciso que volte para cuidar dela enquanto vou numa viagem de negócios. - Ele fez uma pausa. - mas vai sem ele.

-O que? - minha respiração acelerou,eu queria cuidar de Mamãe mas o Pac tinha acabado de praticamente reviver,não quero deixa-lo... - E-ele mora lá perto,pelo menos poderia vê-lo?

-É importante que não deixe ela sozinha,no momento ela está com sua vó que não é nem um pouco sã das idéias,preciso de você lá,sem nenhuma distração,no caso ele.

-T-tudo bem. - suspirei - eu vou,por ela,não por você.