P.O.V Regina (mãe do Pac)
Já estava tarde da noite quando o telefone tocou na sala,desci as escadas quase correndo e tropeçando nos meus próprios pés,quando atendi a voz que falava estava abafada e quase irreconhecível,só entendi que era uma ligação para o Tarik então novamente tive que subir as escadas igual uma idiota até o quarto de meu filho,entrei sem bater já que estava tarde ele devia estar dormindo,mas na verdade ele estava vestindo sua calça e ouvi o barulho do chuveiro o que devia significar que a pessoa mais fofa do mundo que eu chamo de genro ta aqui.Soltei um sorrisinho malicioso.
-Telefonema pra você filhinho lindo. - ele deu um pulo ao ouvir minha voz e corou quase que instantaneamente.
-M-mãe!Me da esse telefone e sai já daqui. - ele puxou o telefone da minha mão.
-Tá,não atrapalho mais suas relações. - ele me empurrou pra fora do quarto e trancou a porta. - usem camisinha! - ok falei essa última só pra provocar admito.
Coloquei o ouvido contra a porta pra ouvir a conversa pelo telefone,eu podia ir pegar o telefone da cozinha e ouvir por lá mas está muito longe e eu só não tive preguiça pra por esse ser humaninho no mundo.
-Alo? - ele disse - que? Como assim centro?Quem é você?
Ele ficou em silêncio por longos segundos e ouvi o barulho do telefone desligando,quando achei que ele fosse sair do quarto corri escada abaixo e me sentei no sofá um pouco curiosa com quem estava falando.Ele parecia nervoso falando e odeio ver meu filho assim,mesmo que ultimamente ele sempre tenha estado sim.
Ouvi passos rápidos tentando descer a escada em silêncio e fingi estar dormindo para não ser notada,consegui ver que ele saiu sozinho sem Mike e subi para ver se ele estava bem,abri uma fresta pequena do quarto e vi Mike deitado de olhos abertos encarando o teto fixamente,entrei no quarto e ele nem desviou o olhar.
-Onde ele foi Mike? - perguntei com preocupação
-Eu não sei,eu só sirvo para ficar aqui e não me envolver com a vida dele. - respondeu e notei uma lágrima caindo do canto de seu olho.
-Ele te disse isso?
-Sim. - ele disse e começou a chorar de verdade se aconchegando mais perto de mim.
-Ele é um pouco estressado as vezes,não se apegue a essas palavras. - sorri fraco para tentar anima-lo.
-Ele não era assim no início sabe?Era tudo tão feliz antes do Rezende,sempre conseguíamos ficar um bom tempo sem chorar,agora bem... acho que minha situação diz bastante.
-Mas onde ele foi afinal?
-Ele disse que ia resolver uma coisa é ué voltava logo.Não acredito nem um pouco. - ele diz é se ajeita na cama para tentar dormir.
-É,nem eu.
P.O.V Pac
-Vamos,fala logo o que era tão importante. - sentei na calçada esperando que ele falasse.
-Eu percebi que seus problemas aumentaram ao longo dos anos Paczinho. - ele fez uma pausa - e eu posso resolver,posso tirar o Rezende do seu caminho pra sempre.
-Se for mata-lo,nem pensar eu nunca faria isso com alguém. - respondi
-Mata-lo? Não,nunca serei esse tipo de monstro,embora eu chegue perto,mas enfim,eu posso fazer ele esquecer que você existe,simples.
-Quanto você quer pra fazer isso? - se tem uma coisa que eu aprendi por muito tempo é que nada neste mundinho de merda é de graça.
-Quanto?Ora Paczinho,vai ser um favor pra você,pelo nosso passado,e também vai ser um pedido de desculpas por ter te levado até esse monstro.
-Não foi culpa sua...
-Isso não cabe a você decidir. - ele fez uma reverência. - até a próxima,Paczinho. - Ele saiu correndo pela rua escura e sumiu do meu campo de visão.
O que eu estou fazendo aqui,você deve estar se perguntando,bem,eu estou me rebaixando ao nível do Rezende porque provável Ele vai drogar o Rezende e fazer algo horrível que eu nem posso imaginar,mas eu devo confiar nele,afinal ele sempre confiou em mim.
Me levantei e fui para a casa apé,eu só cheguei às três da manhã.
P.O.V Cellbit
Acordei com minha cabeça doendo e com um galo enorme na cabeça,estava deitado na cama de Lívia e a porta do banheiro estava entre-aberta como se tivesse alguém lá dentro mas estava com muita dor para ver quem era,vi que meu celular estava ao meu lado e olhei as horas,tinham se passado quase Quatro horas depois do meu desmaio.
-Livia? - perguntei sem saber se era ela que estava ali.
-Sim? - ela botou a cabeça pra fora do banheiro.
-O que..aí...o que aconteceu?Não lembro de nada... - coloquei a mão na testa que latejava.
-Luiz te acertou com alguma coisa,não se preocupe que agora já tá tudo bem,só não sai daí.
-Ele foi se encontrar com o Rezende.. - falei lembrando da situação.
-Olha,no momento ele tá amarrado em uma cadeira na cozinha,peguei ele quando ele estava saindo e o prendi.
Tentei me levantar para ir ver se ele estava bem mas acabei tombando na cama de novo,a pancada deve ter sido MUITO forte para me deixar nesse estado.
-Eu não deveria ir a um hospital? - perguntei encarando Lívia
-Claro,e eu deveria soltar o Luiz porque é crime deixar alguém amarrado desse jeito,só que não vamos fazer nenhum das duas coisas,senta aí que eu cuido de você,aliás,falando no Rezende,tive noticiais que ele saiu da cidade,não é maravilhoso? - ela deitou do meu lado acariciando meus cabelos.
-Como assim? - perguntei confuso.
-Não sei,ele simplesmente sumiu da vista de todos.
-Ele não faria isso.
-Não vamos nos preocupar com isso agora,dorme aí seu babaca. - ela me deu um beijo e se virou para o lado desligando a luz.
Não consegui dormir pensando no que Rezende estaria tramando agora,ele nunca sumiria,não sem um plano pra voltar.
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