Uma dor imensa toma conta do meu corpo e meus olhos se abrem lentamente me dando uma visão embaçada de grandes coqueiros e rochas que me cercam. Mesmo meu quadril protestando com uma dor imensa, me ponho sentada e passo as mãos nos olhos pra ver ao redor.
A minha frente depois de uma longa faixa de areia está o mar onde um pouco mais longe se vê uma das asas do avião. Olhando para os lados é possível ver Bonnie, Elena, Caroline, Rebekah, Davina, Kol, Gia, Camille e Klaus espalhados desacordados pela areia. Me levanto com muito esforço e mesmo mancando me aproximo de Rebekah.
- Rebekah? - Toco seu rosto. - Ei! Acorde! - Aumento um pouco a voz.
- Hayley? O que aconteceu? Estou viva? - Ela pergunta abrindo lentamente os olhos.
- Está sim. Como se sente?
- Dolorida.
- Preciso que...
- Minhas pernas! - Ouço a voz de Caroline gritar - Porquê não consigo mexer?!
Me aproximo dela devagar e toco uma de suas pernas.
- Sente isso? - Pergunto.
- Isso o quê? Não sinto nada. - Ela diz desesperada.
- Olha, calma... Eu vou procurar o Elijah... Fica parada ok? - Me levanto. Ela assente. - Rebekah, pode olhar os outros?
- Acho que sim.
Começo a caminhar coqueiros a dentro já que não vi Elijah onde estava.
[...]
Está difícil andar com as pernas doloridas e cheia de hematomas pra piorar, meu vestido rasgou e eu tive que tirar ficando só com a legging e a regata preta que uso por baixo e o caminho não ajuda, pedras, galhos e não encontro Elijah...
Meu Deus será que... Não, não não!
- Elijah?! Elijah?!! - Começo a gritar desesperada por algum rastro dele.
- Qui autem clamor tantum?
Me viro rapidamente pra trás me deparando com um homem apontando um arco e flecha pra mim. Ele me olha como se olhasse um Deus e abaixa a arma.
Ele é alto, tem pele e olhos claros, cabelos cumpridos e negros, braços fortes e malhados porém não como os de Elijah. Seu rosto é pintado, usa um cocar vermelho, sem camisa, apenas com uma espécie de cinturão cobrindo sua intimidade.
Ergo os braços pra cima em sinal de rendição.
- Você é um...?
- Vos non id est autem nobis! - Ele leva os dois dedos a boca assobiando.
Dois iguais a ele aparecem e me pegam pelo braço me levando a algum lugar. Estou tão cansada que nem tento me soltar, apenas uma preocupação ronda minha cabeça: Onde e como está Elijah?
Ao chegar no local confirmo minhas suspeitas, índios, nunca pensei que seria capturada por índios, acho q ninguém imaginaria.
Será que eles vão fazer algum ritual comigo?
O homem de cabelos longos fala com uma mulher em uma língua que eu não entendi e os dois brutamontes me levam até uma espécie de oca e me prendem nem um tronco.
Meu dia só melhora...
Então o homem de cabelos longos aparece acompanhado por um senhor mais velho que também me olha estranho.
- Senhora Araci? - Ele pergunta encantado.
- Fala minha língua? - Pergunto um pouco aliviada.
- Desamarrem ela, vamos! - Ele ordena aos mesmos que me amarram
Eles me desamarram rapidamente me oferecendo um banco pra sentar.
- Realmente se parece muito. - Diz o do cabelo cumprido.
Ele fala minha língua.
- Desculpe eles por favor é que estamos em guerra, esse é Wetabju, na sua língua Jackson, eu sou Hyebt, na sua língua Ansel. A que devemos a honra da sua presença divina? - Pergunta o senhor.
- Olha desculpa Ansel, mas eu tenho que procurar um...
- Mestre! - Uma garota grita me interrompendo - O homem branco só piora. Está muito quente e chama por uma tal de Hayley.
- Elijah?! Onde ele está? - Pergunto me levantando desesperada.
- Conhece ele? - O senhor pergunta.
- Sim!
- Por aqui. - Agarota diz indo em direção a algum lugar.
Sigo ela e atravessamos um pequeno caminho.
- O que aconteceu com ele? - Pergunto
- Foi picado por um bicho que você não deve conhecer senhora, extraímos o veneno mas a febre não baixa. - Ela diz abrindo uma espécie de porta de uma oca.
Lá está Elijah sobre uma espécie de cama se contorcendo e suando.
Me aproximo dele e me sento na cama colocando sua cabeça em meu colo.
- Hayley, Hayley... - Sussurra passando a mão por meus braços.
- Calma, eu tô aqui meu amor... - Estico o braço pegando o pano dentro da tigela de água ao lado da cama e coloco em sua testa. - Olha, eu tenho amigos a beira da praia, pode pedir pra alguém ajudar eles? - Pergunto a garota.
- Agora mesmo senhora. - Ela responde e sai me deixando a sós com Elijah.
- Deite-se ao meu lado, quero sentir você... - Elijah fala com a voz fraca.
Coloco o pano novamente na tigela e com muito esforço consigo me deitar ao seu lado. Ele prontamente agarra minha cintura e coloca a cabeça em meu pescoço aspirando meu perfume.
Ele está muito quente devido a febre mas mesmo assim é gostoso o contato da sua pele com a minha.
Eu apenas retribuo ao seu abraço e acaricio seus cabelos até cairmos em um delicioso sono.
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