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História O Ex do meu Atual - Crie uma nova regra


Escrita por: JMINK

Notas do Autor


Cara, esse é o capítulo final? Que emoção estar vencendo as crises existenciais e encerrando uma fic, mas ao mesmo tempo tem aquela tristeza por causa do encerramento, saca?

Eu ia dividir esse capítulo em dois mas eu prometi 3shot, então 3shot teremos.

Com essa fic concluímos que vmin é fofo mesmo, é amor mesmo, é pra shippar mesmo, é pra foder com a tua amizade e afins.

Boa leitura!

Capítulo 3 - Crie uma nova regra


A biblioteca era o único lugar em toda a universidade que parecia ser seguro. Pelo menos, era nessa convicção que Taehyung se agarrava miseravelmente, enquanto torcia para que ninguém além dele e outros poucos jovens que, mesmo que fosse sexta-feira e um dia antes do ponto de escape para curtir; o final de semana, estudavam acompanhado de seus livros amarrotados em matérias intermináveis e estressantes. Definitivamente, aquele era o último lugar que Jeongguk pisaria os pés já que odiava livros e parecia ter algum tipo de aversão lugares austeros demais.

Estava ali há quase uma tarde inteira, encarando à uma mesa de madeira limpa até demais e extremamente sem graça. Havia um certo tempo, na verdade, que a biblioteca estava sendo seu refúgio, cerca de um mês, desde a festa de seu melhor amigo que era justamente a causa para estar fugindo dos corredores da universidade como o diabo foge da cruz. Sequer se arriscava em ir ao refeitório nos períodos propensos para descansar das aulas desgastantes, ou até mesmo na quadra onde Jeongguk passava a maior parte do tempo por conta do basquete.

A verdade era que já não conversava com quem costumava ser seu melhor amigo há semanas. Fugia de mensagens, evitava trocar algumas poucas palavras quando, acidentalmente, encontrava-se com ele; até mesmo implorava para o porteiro do prédio em que morava sempre dizer que não estava quando o Jeon ia visitá-lo após as aulas – e quando não tinha treino do time. Yoongi também fazia parte de sua lista de “pessoas para se evitar”, abaixando a cabeça todas as vezes em que, por acaso, via a sombra do esverdeado.

Suspirou, odiava com todas as suas forças a situação em que se encontrava. Jamais esperou que um dia fosse ter de evitar logo Jeongguk, seu quase irmão. De certo, odiava-se a cada vez que tinha de dar uma desculpa esfarrapada para o melhor amigo para, em seguida, fugir como o covarde que era.

Não tinha coragem para olhar dentro dos olhos do Jeon depois do que fez. Havia o traído, da pior maneira possível. E o pior, é que em todas as vezes que parava para pensar no que o levou a sua atual trama problemática, não conseguia ao menos sentir um pingo de arrependimento.

Além do mais, Taehyung passou a se encontrar frequentemente com Jimin. Iam ao cinema, parques, saíam para comer e até mesmo ficavam um na casa do outro, passando tempo fazendo qualquer coisa que ambos gostassem. E, bem, o Kim gostava de como tudo estava se desenrolando com o Park.

O histórico péssimo de Jimin realmente já não tinha tanta importância. Taehyung não dava a mínima para quantas pessoas o loiro já havia transado na mesma noite ou quantas merdas fez na vida. Em suma, a cada dia que passava, percebia que o menor estava amadurecendo e definitivamente já não era o mesmo moleque inconsequente de quando namorava Jeongguk, na fase péssima que o avermelhado o conheceu.

Ele ainda era um louco que gostava de fazer coisas como pegar o carro de seu pai de madrugada e bater na porta de Taehyung para o convidar pra dar um passeio pela cidade fantasma por conta do horário tardio. Mas não era só isso, Jimin gostava de ir até terrenos abandonados explorar sabe-se lá o que – que fantasticamente só fazia sentido em sua mente –, ou quando pedia para Taehyung deitar consigo em qualquer gramado para observar as estrelas, outro gosto que apenas fazia sentido para si. O menor amava balinhas de goma e filmes de comédia; a luz do sol enfraquecida aos finais de tarde, usar uma cueca rosa pelo menos uma vez na semana para trazer sorte. Ele ficava irritado por não poder comer chocolate já que era intolerante a lactose, possuía um vocabulário extenso de palavrões que berrava quando seu time o qual torcia perdia o jogo e outras mil e uma manias que Taehyung aprendeu a adorar conforme o tempo passava.

Algumas, de fato, o irritavam como quando o Park resolvia passar o dia em sua casa para ficar retalhando suas roupas sem permissão, já que seu hobby estranhamente inusitado era customizar roupas. Ou até mesmo quando não parava de falar um segundo, nem para respirar, por se animar demais em um assunto; de certo modo, era uma graça quando isso acontecia mas também conseguia fazer com que Taehyung revirasse os olhos, ora por implicância, ora por qualquer razão banal. Jimin era um tanto dramático, egocêntrico​ e tinha uma pequena parte orgulhosa dentro de si, notavelmente possuía muitos defeitos mas que algumas vezes pareciam inexistentes para o maior.

Taehyung estava perdidamente apaixonado, e este era somente um dos pontos, fora a confusão que o levou a difícil decisão de se afastar de Jeongguk, seu melhor amigo e a pessoa que sempre esteve ao seu lado seja em momentos difíceis – como cuidar de si após uma noite de bebedeira – ou até mesmo passar a maior parte do tempo mandando mensagens para o Kim o perguntando se estava tudo bem, sem necessidade alguma, apenas pelo simples ato de se preocupar. Era o melhor irmão que poderia ter escolhido ganhar. E certamente, o amava, mais do que poderia expressar em palavras.

Era justamente esse amor que o fazia temer cada vez mais a ideia de contar toda a verdade para o mais novo. Tinha medo de dizer que havia ficado com Jimin naquela noite – e não só naquela, – sobre quando começou a conversar com o menor por mensagens, após a brincadeira sem graça no kakaotalk, onde, por incrível que possa parecer, construíram uma boa amizade. Que já tinha trocado o dia pela noite apenas para ficar conversando por mensagens com ele, e de todo o resto. Mas, infelizmente, o fato imutável, era que o Park ainda era ex-namorado de Jeongguk.

Ele reagiria bem ao receber a notícia de que seu melhor amigo estava apaixonado pelo cara que passou dois anos num relacionamento? Taehyung temia a resposta mais que o inferno, e ainda mais perder a amizade de tanto tempo por conta de algo que sequer sabia se iria durar.

Quer dizer, seu desejo, ao menos naquele instante, era que seja lá o que tivesse com Jimin durasse, afinal, estava apaixonado e o normal era querer estar com quem nutre tal sentimento. Entretanto, relacionamentos são inconstantes, feitos de fases; difíceis de se sustentar e, por Deus, se fosse depender do Kim e da extensão dinamicidade de seus sentimentos pelo Park podia jurar ali mesmo – em meio a toda a minoria da biblioteca, perante ao livro Sonho de uma noite de verão de Shakespeare nas mãos – que iria ficar com ele para todo o sempre.

Desviou os seus pensamentos no segundo seguinte em que ouviu o vibrar de seu celular em cima da mesa, deixando de fingir que prestava atenção em alguma palavra do livro para, rapidamente, o agarrar entre os dedos e ler o conteúdo da mensagem:

Jimin: Ainda está se sentindo mal?

Não se passou muito tempo para outra mensagem desesperada do Park chegar, fazendo-o sorrir como se não houvesse amanhã. Quem o visse de longe até poderia achar que assistia pornô por sustentar uma satisfação tão grande ao encarar a tela do aparelho de maneira deslumbrada.

Jimin: Desculpe por isso… Eu realmente não queria que tivesse chegado nesse ponto.

Rapidamente, o Kim posicionou seus dedos no teclado do celular, digitando afoito. O coração saltando desesperado no peito, a felicidade que não cabia em si.

Taehyung: A culpa não é sua. E eu ainda não criei coragem para ir falar com ele, estou com medo… Sabe aquela sensação de dor de barriga? Devo ir à enfermaria?

Apostava que o outro ria naquele momento, aquela gargalhada gostosa que tanto queria ouvir.

Jimin: Não precisa ir à enfermagem, eu posso cuidar de você.

O Park brincou para descontrair e, de certo modo, acabou conseguindo fazer com que Taehyung relaxasse ao menos um pouquinho.

Jimin: Você tem que falar logo com ele… É o seu melhor amigo, não é legal esconder as coisas dele dessa forma.

Taehyung: E é por isso mesmo que eu estou com tanto medo, Jimin. Eu praticamente o traí, o que nós estamos fazendo não é certo.

Jimin: Eu sei que não é certo.

Jimin: O que você tá insinuando com isso?

Jimin: Se arrependeu?

O sorriso de Taehyung morreu, a confusão de sentimentos dentro de si o deixando ainda mais perdido. Não fazia ideia do que fazer, mas continuar evitando Jeongguk não era uma opção.

Sentia… falta de seu melhor amigo.

Taehyung: Eu… acho melhor a gente parar de se ver. Não consigo mais sustentar isso, digo… mentir pro Jeongguk, ele não merece. Ele nunca vai apoiar isso, Jimin! E eu não vou perder o meu melhor amigo… Desculpa.

Passou-se um tempo, Jimin ficou offline e online durante diversas vezes sem retornar com uma resposta. O avermelhado se sentia mal por estar fazendo aquilo tanto com Jimin como consigo próprio, entretanto… não podia abrir mão de um quase irmão. De fato, estava gostando e muito do Park, mas até quando aquele sentimento duraria?

Jimin: Tudo bem. Você tá certo.

Jimin: Eu… Até mais, Taehyung.

Taehyung: Até… Jimin.

E aquela fora a primeira tarde torturante de Taehyung.

-

— Você tá meio sei lá hoje. — Jeongguk comentou após um longo tempo encarando o Kim, com a testa franzida. — Nem tocou na comida, isso é muito estranho.

De fato, Taehyung não querer comer era algo esquisito.

Estavam na casa de Jeongguk naquele dia. Após voltar a contactar com o Jeon, o avermelhado pediu desculpas, dando um motivo esfarrapado como a falta de tempo por conta dos trabalhos da faculdade terem o feito se afastar e arrancar muito mais de si do que o esperado, deixando-o exausto. Desconfiando, o mais novo deu o assunto como encerrado e preferiu ficar falando por horas sobre o campeonato que seu time participaria na próxima temporada.

Claro que Taehyung não ouviu uma palavra que seu amigo dizia, sua cabeça estava longe… em uma pessoa.

— Não é nada. — sussurrou num fio de voz, brincando com a comida usando do hashi, mexendo-a lentamente no recipiente. — Eu só sinto saudades de casa, tenho tido pouco tempo para falar com mamãe esses dias e eu estou morrendo de… saudades dela.

Era mentira. Recentemente, estava enrolando todos os seus assuntos com Jeon em mentiras e mais mentiras, tornando aquilo extremamente desgastante. Quando foi que teve de enrolar o seu quase irmão com mentiras?

Respirou fundo, largando os hashis e deitando a cabeça sobre a mesa de vidro, ignorando o xingamento vindo de Yoongi que estava completamente alheio aos dois mais novos, ocupado demais com os artigos que tinha de terminar de ler – e decorar –, pelo menos, até o final do dia.

— Não sei porque, Taehyung, mas eu não consigo acreditar nisso. — debateu inconformado. Sabia sobre a ligação forte e a ótima relação do Kim com sua progenitora, porém duvidava que fosse por ela que o avermelhado se encontrava naquele estado… pós-apocalíptico, como particularmente julgava. — Você tá estranho desde a minha festa, eu reparei nisso.

Taehyung arregalou um pouco os olhos, sentindo todo o sangue em seu corpo passar a circular gelado. Jeongguk havia descoberto alguma coisa?

Era uma tortura ter de esconder algo dele, céus, como era ruim.

— Hum… — parou para pensar, coçando o queixo. Percebendo que o mais alto não voltaria a falar, deu de ombros, prosseguindo. — Foi o Jimin? Ele fez alguma coisa para você?

Não sabia exatamente se havia sido Jimin a fazer algo consigo, aliás, o próprio era tão culpado quanto si, mas…

— Não. — respondeu curtamente, evitando sentir o olhar curioso das orbes grandes de Jeongguk. Parou para pensar em outro assunto para desconversar, não queria falar sobre o Park. — Eu estou bem, Gukkie, só um pouco cansado.

— O teu cu, Taehyung! Caralho, para de mentir pra mim, isso é um saco. — acabou se exaltando, perdendo toda a calma que havia acumulado para puxar aquele assunto. — Fala logo o que tá acontecendo, eu hein, parece que eu nem sou o seu melhor amigo.

O vermelho levantou a cabeça da mesa, alcançando um copo de água e virando numa golada só. Suas mãos passaram a suar pelo nervosismo e até mesmo achou que fosse ter um colapso por conta da percepção afiada do Jeon. Merda! Por que aquele desgraçado o conhecia tão bem?

Deveria contar o que aconteceu? Não sabia, mas decidiu que… não daria mais para sustentar aquilo sobre seus ombros, era peso demais. Olhou para Yoongi uma vez, vendo que este havia correspondido o olhar com certa antipátia, esbravejando rabugento algum palavrão que Taehyung desconhecia até então.

— Nossa, até parece que matou alguém, cara. — o esverdeado dobrou as folhas soltas que antes se encontravam em frente aos seus olhos cobertos por óculos redondos, levantando no mesmo instante. — Engravidou a filha do professor, foi?

Antes fosse aquilo, o Kim pensou.

— Ah, Yoongi! Vai catar coquinho vai, que saco. — bufou, cruzando os braços.

— Sorte a sua que já estou de saída. Se eu continuar aqui com vocês falando feito duas matracas, vou terminar de ler essa porcaria amanhã. — chutou uma cadeira que encontrou em seu caminho enquanto caminhava até o corredor dos quartos, logo o som oco da porta batendo sinalizou que o velho de oitenta anos preso no corpo de um homem de vinte e quatro já estava a uma distância segura.

Puxou todo o ar que parecia rarefeito em seus pulmões, se preparando para o que estaria por vir. Iria acabar com um hashi no meio de um de seus olhos? Outra pergunta sem resposta, mas torcia para que não. Queria sair com o rosto intacto dali.

De fato, Jeongguk não era do tipo que iria o atacar, ainda mais por um motivo daqueles, porém talvez não reagisse da melhor maneira. Tudo era uma questão de como iria contar, de palavras as quais faria uso.

E, porra, Taehyung era horrível com palavras ainda mais quando se tratava de explicar algo.

Jeongguk o encarava ansioso, corroído pela curiosidade. Já tinha noção de que seu melhor amigo não estava em bons dias, desde… um tempo, não sabia exatamente desde quando, e este fato gritava ainda mais em sua mente. Odiava pensar que Taehyung estava escondendo algo de si, logo da pessoa que o conhecia desde criancinha e planejou que prestariam prova para tentar a mesma faculdade, só para continuarem juntos feito os dois irmãos que eram. Era uma amizade de anos, uma confiança construída firme, legítima, para se abalar de um dia para o outro.

Ou, ao menos, era o que achava.

— Jeongguk… eu não vou pedir para que você continue falando comigo depois do que vou contar. — começou num impulso de coragem, engolindo em seco enquanto encarava fixamente o rosto do moreno. — E, quero que saiba, que eu só estava evitando de contar porque tenho medo que isso abale a nossa amizade.

— Fala logo. — mandou num tom grave, a expressão séria.

— Eu transei com o Jimin. — os olhos de Jeongguk se arregalaram, completamente surpreso. Porra! Taehyung não sabia dar notícias como aquelas, havia deixado o garoto em choque com apenas uma pequena frase. — Na festa, quando você me pediu para ficar com ele por causa do Yoongi, nós bebemos e… aconteceu.

— Você o quê? — se levantou da cadeira, ainda boquiaberto. — Aconteceu o caralho, isso daí é coisa que menininha fala pra mãe quando engravida de um marginal, Taehyung!

Se a situação não fosse séria, o Kim riria. Seu corpo passou a ficar enrijecido sobre a cadeira, a postura estranhamente correta. Soprou a respiração devagar, evitando olhar para o rosto chocado de Jeongguk.

— Me perdoa! Eu sei que isso não se faz, afinal, ele é seu ex-namorado, mas… Jeongguk, eu… ele…

— Porra, cara. — voltou a se sentar, desfazendo a expressão surpresa e encarando o chão. — Não acredito nisso, seu desgraçado! Eu mando você ficar com ele de mentirinha, só pra enganar a porra do Yoongi e você me vem com essa de “nós transamos”?

Jeongguk estava nervoso, não… Ele estava puto!

— Jeongguk… eu sei que foi errado, sei que não deveria ter feito isso e sei que eu não tinha o direito já que vocês já tiveram alguma coisa. Mas agora não tem como mudar, aconteceu e pronto. Não vai adiantar ficar puto comigo. — tentou falar o mais baixo possível.

Aquela altura, nem fazia diferença se Yoongi havia escutado ou não sobre o plano.

— Mas.. foi só naquela noite, não é? Vocês não ficaram mais, me diga isso. — Taehyung concordou com um aceno, mentindo. — Ah, então beleza, eu vou fazer o que, não é?! Vocês estavam bêbados, era uma festa, vocês ficaram… Tranquilo.

Tranquilo? Era tudo o que tinha para dizer? Taehyung iria contestá-lo, perguntar do porquê diabos estava tão calmo. Céus, se Jeongguk chegasse falando que transou com Hoseok, certamente o avermelhado surtaria, não sabia como iria reagir. Mas não porque ainda gostava de seu ex-namorado, e sim porque era… alguém que já teve algo consigo.

— Olha, Tae, vamos esquecer isso, tudo bem? Sério, você transou com o Jimin, deve ter sido bom, tudo ok, tudo tranquilo. Foi só uma noite, não passou disso, não tinha nem porque você me esconder isso.

— Eu só… pensei que você fosse me matar. 

Jeongguk riu descontraído, negando com um aceno como se fosse óbvio.

— Nós somos amigos, Taehyung. Você pode me contar qualquer coisa. — sorriu. — Mas, pelo amor de Deus, só não me venha mais com essa de “transei com o seu ex” porque, uou, é coisa demais pra mim aguentar, cara.

Naquele instante, o peso que estava sobre os ombros de Taehyung não era a única coisa que o incomodava, afinal, havia acabado de ferir anos de amizade com o seu melhor amigo por ser um completo covarde.

-

Era um sábado frio, extremamente frio. Parecia até mesmo um daqueles dias de promoção natalina, quando as ruas estavam tomadas por neve e congestionadas com carros cheios de compras, a diferença era que não era natal sequer nevava.

Era só mais um dia frio e… solitário.

Taehyung encarava a televisão de sua casa com tédio, o corpo jogado sobre o sofá laranja, um vaso de pipocas caído como um companheiro fiel ocupando o espaço ao seu lado, o conjunto de moletom que usava que sequer parecia ser o suficiente para o aquecer.

Xingou o apresentador quando decidiu mudar de canal, e mudou de novo, de novo… e de novo. Nada que prestasse estava passando na porcaria daquela televisão! Porra, era sábado, o que custava colocar uma programação suficientemente boa?

— Merda! — esbravejou ao ouvir o som da campainha, palpitando ser um de seus vizinhos chatos vindo o importunar para abaixar o volume da televisão.

O garoto mais parecia um surdo quando decidia assistir TV. Não era novidade os inquilinos ao lado baterem na sua porta, geralmente era sempre uma velha irritante que o enchia de lições de moral sobre o quão é prejudicial para a audição ouvir a televisão naquela altura.

Calçou as pantufas de coelhinho e caminhou preguiçosamente até a maldita porta, não se dando o trabalho de olhar no olho mágico para ver quem poderia ser o incômodo do dia.

Ao abri-la, se deparou com algo completamente inesperado, e por Deus, sua expressão espantada devia estar patética.

O nariz avermelhado pelo frio, as calças pesadas juntos das diversas blusas acompanhadas pela jaqueta cinza e seu capuz estrambolicamente grande com pelinhos coloridos, a touca azul que cobria os cabelos loiros, deixando-o ainda mais adorável.

Não poderia acreditar que… após tanto tempo estava vendo-o novamente, bem ali em sua frente ao vivo e a cores.

— J-Jimin?! — a voz tremulou, os lábios fazendo um esforço enorme para se abrirem e, por fim, as palavras avulsas fugissem, escapando pelo ar. — V-você… digo, o que faz aqui?

O menor encarou-o brevemente, revirando os olhos logo após.

— Vim te ver, o que mais eu iria vir fazer do outro lado da cidade, seu babaca? — se aproximou de Taehyung, ainda sério. — Eu poderia vir aqui só pra te matar também, por ser um completo idiota. Alguma vez eu já disse o quanto odeio pessoas que são imbecis?

Ele continuava falando, disparando palavras desconexas feito uma metralhadora. A verdade era que estava nervoso, afinal, ansiava por aquele momento há semanas.

Sentia tanta a falta de Taehyung. Era quase como se existisse um buraco em seu peito, tudo porque o grandão abobalhado decidiu que seria melhor que deixassem de se ver, por bem da amizade de longa data que tinha com Jeongguk. Que se explodisse a amizade dos dois! Jimin não iria pegar seus sentimentos, amassá-los para jogar os malditos no lixo por causa do medo de Taehyung. Ele estava sendo insensato? Provavelmente, mas seu coração dizia o contrário; que estava certo em estar ali ao invés de chorar durante horas e mais horas dentro de seu quarto por ter se deparado com a dura realidade de estar apaixonado.

Estar apaixonado era doloroso, porém não era de todo ruim. Na verdade, a única parte ruim era estar longe de quem queria estar perto.

— Me matar? — soprou a risada, achando engraçado a forma como Jimin expressava sua raiva. — Não tem um motivo melhor para vir até aqui, no outro lado da cidade?

— Eu… — olhou para o peito largo do Kim, rapidamente encostando o rosto ali e, passou os seus braços curtos contornando o corpo do outro, apertando-o em um abraço. — Senti a sua falta, Taehyung.

Taehyung estava surpreso, muito surpreso.

Poderia explodir de felicidade ali mesmo, porém passar seus braços pelo corpo um tanto menor que o seu pareceu uma ideia mais proporcional para saciar o que sentia queimando dentro do peito. O coração disparava contra a caixa torácica, a respiração se fazia rarefeita, a boca do estômago queimava e ele jurava por tudo o que era sagrado que haviam borboletas ali. Era estupidamente engraçado a maneira que seu corpo respondia à Jimin.

Apoiou seu queixo na cabeça do Park, ainda aninhado à ele. Ficaram daquela maneira por algum tempo que, para falar a verdade, realmente não importava. Estavam se sentindo... matando a saudade apenas com aquele gesto singelo e carinhoso, ambos transbordavam de sentimentos que nem se quisessem poderiam denominar.

Ao se afastar de Jimin, o mais alto deixou um beijo em sua testa, acariciando os poucos fios que estavam ali.

— Eu também senti a sua falta. — sua mão fora preenchida pela pequena e gordinha do outro, estava quente, e o toque fez com que todo o seu ser pegasse fogo, como uma lareira que se reacende após tanto tempo. — Vamos entrar, aqui fora tá frio e você vai acabar pegando um resfriado.

— Que se foda o meu resfriado, eu vim aqui pra te xingar também. — se deixou ser puxado por Taehyung, que ria com gosto de sua forma para demonstrar o que estava sentindo.

Jimin, de longe, nunca esteve tão apaixonado. E se dava conta disso todas as vezes em que deitava a cabeça no travesseiro, lembrando do beijo com gosto de morango misturado com álcool que havia trocado com o avermelhado, na festa. Ou quando, sem querer, se pegava relembrando diversas vezes dos momentos quentes que tiveram dentro de um pequeno banheiro.

Havia, definitivamente, se apegado à Taehyung.

— Me xingar? — estava levianamente confuso, no fim das contas. Ele realmente não fazia ideia de quais seriam os motivos do Park com relação àquela questão.

Passou seus olhos pelo loiro que agora já havia se livrado de metade das roupas pesadas que o aquecia, já que o apartamento era quente por si só. Fez menção de se sentar no sofá, mas desistiu ao perceber os castanhos do Kim sobre si.

— Ah, Taehyung! Você sabe… Eu sei… A gente não vai conseguir se manter afastado por muito tempo. — riu nervoso. — Eu realmente não dou a mínima se você é o melhor amigo dele, se ele é meu ex, se é certo ou não. Depois do dia em que você me mandou aquela mensagem, pedindo para que nós não nos víssemos mais, eu pensei um pouco sobre isso.

— E no que resultou toda essa reflexão?

— Conclui que todos os meus dias sem te ver depois daquela mensagem foram como o inferno. — sorriu minimamente, agora jogando as pernas sobre o sofá confortável e fingindo prestar atenção na televisão, evitando manter contato visual com o mais novo. — O meu pai percebeu que só saía do meu quarto para ir até a faculdade, então ele veio conversar comigo e eu… acabei contando a verdade. Esse negócio todo de você ser amigo do Jeongguk, do que aconteceu. Claro que eu não contei exatamente tudo, mas sabe… Ele disse que nós dois estávamos agindo feito crianças.

Jimin se surpreendeu ao ver Taehyung agachar no meio de suas pernas, apoiando os dois cotovelos nas coxas alheias enquanto o rosto se encaixava perfeitamente nas mãos. O maior estava o observando, virando a cabeça para os lados ora ou outra, pensando o quão o Park era bonito quando estava falando; como era engraçada a maneira que seus lábios se curvavam quando queriam rir, os olhos pareciam querer sumir, as sobrancelhas se movendo conforme as palavras fluíam.

— Você é tão adorável, Jimin. — comentou, rindo pelo nariz ao ver as bochechas do outro serem tomadas pela tonalidade vermelha da vergonha. — Eu adoro… isso em você, a maneira como você consegue se expressar bem.

Haviam tantas coisas que Taehyung adorava em Jimin.

— Você é muito idiota. — as mãos menores foram de encontro ao rosto do outro, segurando os dois lados enquanto o dorso se curvava e seus lábios iam de encontro aos dele, depositando um beijo rápido, desnivelado. — Por acaso você ouviu alguma palavra que eu disse?

— Sobre até o seu pai querer nós dois juntos? Ah, eu ouvi sim. — falou ainda próximo a boca de Jimin, beijando-a novamente… e de novo, de novo. — Eu também quero nós dois juntos.

— Então por que fez aquilo comigo? — ergueu uma sobrancelha, um pouco chateado. A verdade era que havia odiado a atitude do Kim.

— Eu estava confuso. Quer dizer, e se fosse coisa de momento? Eu não queria perder o meu  melhor amigo e nem queria machucar você. — ele estava sendo sincero, ainda no meio das pernas do Park. — Mas agora eu vejo que… gosto de você, gosto do que está acontecendo entre a gente.

Jimin arregalou um pouco os olhos, deixando a boca cair. Taehyung gostava de si?

— Eu também gosto de você. — confessou, sentindo o alívio tomar seu peito. — Gosto muito, muito mesmo. Acho que temos que dar uma chance para o que sentimos, o que você acha?

— Acho o mesmo. — sorriu. — Eu quero ficar junto com você, Jimin.

Queria ignorar a toda e qualquer razão que o dizia o quão errado aquilo era. Queria jogar para os ares toda a lógica que acumulou por toda a sua vida sobre ética em um relacionamento. Entretanto, mais do que tudo, queria deixar de lado todas as regras que havia criado com relação à Jeongguk, seu melhor amigo. Pois, primeiro, tinha de ouvir o próprio coração que saltava feliz quando estava ao lado de Jimin.

— Eu vou falar a verdade, Taehyung. — sussurrou após um tempo, puxando o maior para se deitar em seu colo enquanto acariciava seus cabelos, sentindo-os deslizar pelos dedos curtos. — Sempre observei você, tipo, quando vi que era justamente a sua foto de perfil e que você era o filho da puta que tinha me sacaneado, eu vi isso como uma oportunidade também. Nós viramos amigos depois disso, não foi? Acho que se isso não tivesse acontecido, eu nunca teria aceitado ir naquela festa e correr o risco do Yoongi passar com um carro por cima de mim.

Taehyung riu, aproveitando das carícias singelas do outro. Fechou os olhos, segurando uma das mãos e entrelaçando uma a outra, gostando da sensação dinâmica que aquilo provocava dentro de si.

Ele não conseguia exatamente pôr em palavras o que sentia quando segurava as mãos de Jimin, quando sentia os nós dos dedos do outro junto aos seus, se encaixando perfeitamente. Mas era ótimo, com toda certeza era uma das melhores experiências de toda a sua vida.

— Yoongi não te odeia tanto assim. — pausou, beijando as costas das mãos menores. — Mas eu acho difícil que ele fosse aceitar você lá se estivesse sozinho. E sim, se nós não fossemos amigos, nunca que eu iria aceitar me encontrar com um estranho.

E continuaram naquela conversa nostálgica, ignorando os programas da televisão e posteriormente o som da porta se abrindo para anunciar uma nova presença.

Os passos leves não foram escutados, sequer a expressão de puro espanto fora vista de imediato pelos dois presos em um único paraíso particular.

O sorriso que antes Jeongguk carregava desaparecia gradativamente, enquanto encarava ao melhor amigo junto… de seu ex-namorado. Ele não saberia dizer se estava realmente surpreso, assustado ou triste.

Entretanto, a tristeza vinha pelo fato de Taehyung ter claramente mentido para si, mostrando que a amizade que sustentavam já não possuía grande significado. Jimin estar ali o incomodou, ah, como havia o deixado desconfortável.

— Jeongguk? — Taehyung exclamou ao se levantar afoito, observando a figura a poucos metros de si.

— Taehyung… — sacudiu a cabeça, respirando profundamente. — Eu vim buscar uns jogos, só isso.

Era normal o Jeon entrar na casa de Taehyung sem bater, sem nenhum aviso; existia um nível de intimidade tão grande entre ambos que dispensavam qualquer tipo de formalidade. Entretanto, nenhum dos dois imaginaria que um dia se encontrariam em uma situação com uma efêmera base constrangedora.

O clima havia entornado.

— Eu… Jeongguk, eu preciso falar com você. — tentou falar da forma mais lenta possível, estava nervoso.

— Acho que esse tipo de conversa nós já tivemos. — ele estava decepcionado, era palpável o quão chateado estava. — Você disse que era só naquela noite, mas… parece que não foi só isso.

— Jeongguk… — dessa vez, fora Jimin que falou, em um tom alto para que o outro o ouvisse. — Eu…

— Jimin, não é por nada não, mas isso não é com você. — voltou a olhar para Taehyung e sua expressão congelada, atônita. — Eu vou embora.

O Park não iria deixar as coisas daquela maneira. Podia ver pela feição assustada de Taehyung, ele não sabia o que fazer, estava apenas esperando para que Jeongguk fosse embora, pois em sua cabeça qualquer coisa que fosse fazer não consertaria a merda que tinha feito. Acabou se levantando pelo impulso, dando alguns passos até onde estava Jeongguk e segurando seu pulso, suspirando antes de tentar falar novamente.

— Jeongguk, é sério… você… A ideia foi sua, não foi? Nós saímos por sua causa, porque você pediu. Você é tão culpado quanto a gente.

— Cara, eu não estou bravo por causa disso. Por mim tudo bem vocês ficarem juntos, se pegarem, sei lá, fazerem o que vocês quiserem, só é estranho pra mim. — confessou, abaixando a cabeça. — Eu sei que essa ideia foi minha, que ela foi idiota, mas quando que eu ia imaginar que vocês iam ficar juntos de verdade?

Um silêncio tomou a sala.

E, de fato, Jeongguk realmente não imaginava que seu melhor amigo e seu ex-namorado fossem, algum dia, ter algo... uma coisa, ainda mais nutrir sentimentos um pelo outro. Ele não queria atrapalhar mas também não fazia parte de seus planos se deparar com os dois juntos, fora uma completa e infeliz surpresa. Entretanto, ele decidiu que não ficaria de frescura somente por causa daquilo porque não era daquela maneira que costumava lidar com os problemas principalmente com relação à Taehyung. Desde o momento que notou algo estranho no Kim, e em seguida o avermelhado disse que não era nada, ele sabia que existia razões plausíveis e mil vezes mais preocupantes para seu amigo se encontrar em um estado quase apocalíptico em sua casa, naquele dia.

No fundo, Jeongguk já esperava que Taehyung fosse apaixonado por Jimin. O que era estranho, muito esquisito. Ao menos, sabia que o maior nunca teve olhos para o Park na época que namoraram, eles mal se falavam, então, de certo, não era uma traição.

Só não sabia qual seria sua reação todas as vezes em que Taehyung e Jimin estivessem juntos.

Retomando o ar, deu de ombros caminhando em direção a mobília onde se encontrava os jogos de seu melhor amigo, começando a busca por algo que nem ele sequer Yoongi haviam jogado na vida. Taehyung estranhou aquela atitude, franzindo o cenho e lançando alguns olhares desesperados para Jimin que sorria.

Como conhecedor da real natureza de Jeongguk, o menor sabia que ele estava decidido a deixar aquele assunto de lado. Era maduro o suficiente para não ficar brigado com o seu quase irmão por conta de um namoro que sequer existia. Foram dois anos? Sim, mas já acabaram, ficaram para trás, e… céus, há quanto tempo Jeongguk não via Taehyung com alguém desde Jung Hoseok?

— Está tudo bem pra você mesmo? — o avermelhado perguntou hesitante, mordendo o lábio inferior enquanto observava o moreno agachado, vasculhando o monte de jogos bagunçados que tinha ali.

— Sim, tudo bem. Vai ser um pouco esquisito mas com o tempo acho que me acostumo. — além disso, poderia ter seus dois amigos por perto sem ter problemas com os ciúmes de Yoongi, ele teria de engolir Jimin querendo ou não. — Só toma cuidado com o Jimin porque ele tem umas manias muito estranhas tipo ficar retalhando suas roupas enquanto você dorme.

Rindo, o avermelhado assentiu e assistiu Jimin revirar os olhos, querendo chutar Jeongguk pela falta de vergonha na cara de ficar explanando suas manias um tanto descabidas. Como já estavam juntos há algum tempo, o loiro sabia que o principal motivo para as brigas entre ele e Taehyung eram as malditas roupas cortadas, aquele desgraçado não valorizava seu talento nato!

E foi a partir daquele pensamento que surgiu outros do mesmo nível, todos tinham relação em como seria seu relacionamento com Taehyung com base no que já haviam vivenciado. Em todas as mensagens trocadas, os beijos, os abraços quentes mesmo em dias de verão, as manias um do outro que aos poucos iam se acostumando e se adequando a cada uma delas. Sorriu feito um bobo ao pensar um pouco mais a fundo sobre a pessoa maravilhosa que o Kim era, o coração saltou feliz por se dar conta de que poderia ver o sorriso quadrado e contagiante todos os dias; os fios vermelhos que com o tempo tomariam outras cores, o rosto bem desenhado, e segurar nas mãos que pareciam serem tão maiores que a sua.

Jimin, certamente, iria o amar cada vez mais.

Enquanto estava imerso nos próprios pensamentos, Jeongguk decidiu que levaria todos os jogos de seu melhor amigo, pois, agora, o Kim teria algo mais interessante para fazer ao invés de ficar madrugadas a fio afogando as mágoas em jogos de tiro, e então foi embora, desejando sorte ao novo casal porque de longe, mesmo que os dois combinassem e tivessem uma boa afinidade, relacionamentos eram difíceis. Ele riu quando Taehyung rebateu, falando que o moreno lidava com aquela realidade todos os dias ao acordar do lado de Min Yoongi, o jovem de oitenta anos mais rabugento do mundo inteiro.

Era loucura, afinal, mas o amor era um sentimento incontestável.

— Vai querer pipoca? — Taehyung perguntou assim que fechou a porta, Jimin continuou fingindo que via televisão, o programa era terrivelmente ruim mas ele fingia satisfação.

— Quero. — respondeu no mesmo instante. — Quero tudo o que vem de você, Taehyung.

— Jeongguk vomitaria se ouvisse isso, você nem faz ideia. — na verdade, Jimin sabia e acabou rindo ao se lembrar desse pequeno detalhe. Aproveitou a deixa do avermelhado e o puxou por uma das mãos, sentando-o em seu colo e selando seus lábios aos dele.

— E daí? Eu estou namorando você agora, e sei que você gosta disso. — beijou o queixo, fazendo uma trajetória lenta até os lábios finos, sugando-os.

— Nós estamos namorando, Jimin? — brincou, acariciando os cabelos loiros enquanto correspondia o beijo sem pressa alguma, aproveitando daquele contato.

— Se você não colocar manteiga na minha pipoca, não estaremos mais. — ouviu a risada alta de Taehyung, o acompanhando. Deixaram de rir ao mesmo tempo quando passaram a se encarar intensamente, o coração acelerando pulsando desesperado no peito, a boca do estômago gelada, aquele desejo infindável que ambos partilhavam… Estavam felizes por estarem juntos.

Até os pés de Jimin se encontravam gelados, céus, que merda era aquela? Achava que teria um ataque cardíaco somente por ter os olhos de Taehyung sobre si, o observando daquela maneira detalhista como se estivesse guardando todos os traços de seu rosto em uma caixinha de memórias.

— Acho que estou apaixonado por você. — acabou sussurrando sem querer, tocando o nariz de Jimin. — Amo cada partezinha, até mesmo os sorrisos que mostram os dentes tortos… Até mesmo as roupas que você recorta eu acho bonitas, Jimin. O que você fez comigo?

Uma caixa de memórias que Taehyung denominaria como “coisas que me fazem quebrar as regras de amizade”.

— Você me faz feliz, então eu apenas quero fazer o mesmo. — sorriu, voltando a beijar todos os cantos do rosto do avermelhado. — Acho.. Eu amo… amo você.

O amor era algo inconstante na cabeça de Park Jimin, porém, ele tinha plena convicção de que o que estava sentindo por Taehyung não iria ser como todas as loucuras que já fez na vida. Seriam mil vezes mais intensas, mais bonitas, mais significantes e ele também seria apaixonado por cada uma delas.

Com isso, Taehyung criou uma nova regra, aquela que cumpriria custe o que custasse, sem a quebrar como fez com a primeira:

Número 2: não se torne o ex-namorado do ex do seu melhor amigo, afinal, ele pode retalhar suas roupas e te deixar nu.

 

 


Notas Finais


Na verdade, a regra número 2 é: mande seu melhor amigo se foder e pegue mesmo, pegue muito. Mas o menino Taehyung é culto e fofo demais pra isso, então fica aquela regra mesmo, é só ele tomar cuidado com as roupas agora.

Não sejam iguais ao menino Jeon que não gosta da biblioteca, que passa longe e tem aversão a qualquer coisa que envolva sentar a bunda e ler. E nem que nem o menino Yoongi que reclama de tudo - esse sou eu.

Curiosidades sobre a fanfic (tô rindo): sim, Jimin e Jeongguk eram amiguinhos antes de namorarem e continuaram amigos depois que terminaram, porque amizade é top e não vale a pena acabar uma amizade.

Eu estava com uns planos de fazer uma side dessa fanfic contando a história de yoonkook, usando a regra número 3 e número 4 que vocês só vão saber quais são se a ideia for bem aceita jfskjdksjkdjs seria algo curto, dois ou três capítulos. Daria pra explicar todo esse lance do Yoongi não ir com a cara do Jimin e etc, bla bla bla e, cara, yoonkook é foda demais, merece atenção

Irei vir com novos projetos vmin sim, senhor, porque é quase o meu otp. Acompanhem o meu perfil para ficarem por dentro porque tem plot com demônio, tem plot com detetive, tem envolvendo o mundo do crime ~essas duas últimas são comédias PESSOAL PELO AMOR DE DEUS SOCORRO

Foi isso, espero que tenham gostado <3 muito vmin pra vida de vocês, obrigado por acompanharem e até uma próxima! ~deixa seu comentário me contando o que achou, xuxu

edit1: side postada! link: https://spiritfanfics.com/historia/o-atual-que-era-para-ser-ex-9349219⁠⁠⁠⁠


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