quando eu vi quem estava no meio da multidão, era o rhysand, o autor que eu mais odeio.
- ahhhhhh - amren gritou no meu ouvido.
- para te gritar sua maluca - falei um pouco mais alto por causa da multidão, mas não cheguei ao ponto de gritar.
- você viu quem está aqui?
- eu não sou cega.
- vamos pedir um autógrafo.
- espera.
- o que foi?
- vamos ajudar ele.
- como assim?
- não está vendo que ele está tentando sair do meio da multidão.
e era mesmo, ele tentava empurrar as pessoas, e pedia "com licença", assim até parece que ele é educado.
- mas não era você que odiava ele?
- sim, só que eu odeio ver as pessoas perdendo a sua liberdade, por causa de gente que não sabe o que é espaço pessoal.
- tudo bem, mas tem alguma ideia.;
- tenho.
quando falei isso, eu comecei a tossir bem alto, e gritei:
- eu tenho uma doença contagiosa, e eu vou morrer - tossi de novo -ah não, acho que saiu sangue.
todo mundo (a maioria era mulheres) saiu correndo, e eu fui até o cara mais chato desse planeta.
- olá.
- me deixe em paz, por favor - ele andava para trás, mas eu fui mais rápida, peguei ele pela mão.
- vamos amren.
- para onde?
- me segue - e fui andando (eu ainda estava puxando ele.
- tá de carro? - falei para o rhysand ainda andando, e sem olhar para ele.
- não, um amigo me trouxe, e foi embora com a namorada dele.
- então você vai no meu carro.
agente estava no estacionamento, sem muita movimentação. ele conseguiu se soltar, e eu parei.
- espera um pouco moça, eu nem te conheço, como eu vou saber que não está tentando me sequestrar?
- você quer ficar aqui com vários malucos?
- não.
- então vem comigo.
eu andei, e ele me acompanhou. entramos no meu carro, e eu comecei a dirigir.
- não sabe que tem que usar um disfarce? principalmente aqui.
- nunca pensei nisso, obrigada pela dica, e qual são os seus nomes?
-não te inte...
- o meu é amren, e o dela é feyre - falou a amren que estava quieta até agora, e porque ela não continuou quieta?
- feyre, bonito nome.
- cala a boca.
- não liga não, ela é assim mesmo, e me dá um autografo?
- claro.
ele deu um autografo, e ainda bateu foto, vê se pode?
- onde é a sua casa?
- não - a amren gritou.
- que foi sua maluca?
- vamos levar para a sua casa, por favor?
- não.
- por favor, por favor, por favor - agora era os dois falando, vê se pode isso produção?
- tudo bem - falei rendida, porque eu sabia que eles iam me perturbar até eu deixar.
dirigi em direção a minha casa.
- espera um pouquinho aí.
- o que foi? - como a voz dele pode ser tão insuportável?
- porque não pode ser na sua casa? você mora perto de mim, não tá nem meio quilometro.
- porque a minha casa está uma basgunça, eu não arrumei o meu quarto, quer que eu mostre a minha casa desse jeito para ele? - fiz uma cara nada boa - fala série feyre, ele é o melhor cantor do mundo.
- se você diz.
quando chegamos em casa, nós saímos do carro, e entramos em casa (claro que tomamos cuidado para ninguém ver). chegamos no meu quarto e já fui logo avisando:
- não toca em nada, não quebra nada, não respire em nada, se não vai pagar pela sua vida.
- acredite, ela cumpri - quando a amren disse isso, ele me olhou com um olhar assustado, parecia que estava com medo de mim, e é até bom ter medo de mim, para ele não se achar de mais.
- então, eu posso me sentar?
- não. - falei série.
-ah cara, fala sério - falou irritado.
- não tolero irritação e gírias na minha casa.
- e você pode falar?
- claro, eu sou a dona de casa.
- e ela?
- minha melhor amiga, ou seja, já é de casa.
- entendi.
ele sentou, e ficamos uns 10 minutos em silêncio, quando a amren dá um surto (acredite, ela tá isso de fez em quanto - ou de fez em sempre):
- não aguento mais.
- o que?
- esse silêncio, vamos conversar.
- tudo bem - rhysand falou. ele e a amren me olharam bem sério.
- para mim tudo bem.
- como é a vida de famoso? - a amren perguntou para o rhysand.
- eu amo os meus fãs, adoro esse mundo, mas como vocês puderam ver, as vezes é difícil.
- ah meu deus - a amren gritou, já disse que ela dá um surto de fez em quando? se eu disse, eu repito.
- o que foi? - agora o rhysand perguntou, odeio esse cara, e odeio mais ainda por roupar as minhas falas.
- eu tenho o melhor ídolo do mundo.
- exagerada - falei bufando, fala sério, quem gosta dele? só a minha amiga doida, e o resto que gosta dele também são um bando de loucas.
- posso fazer uma pergunta?
- já fez.
- é sério.
- tá pode, mas já vou dizendo, se eu não quiser responder, nem tente me forçar.
- porque você me odeia tanto? eu sei que você é minha fã e...
- o que? - comecei a rir - eu sua fã? da te brincadeira, né garoto? nunca que ia ser fã de um sem noção como você.
- o que? - ele me olhou espantado - como pode não ser minha fã?
- simples, não sendo, agora tá na hora de você ir, a manhã você tem show, e já é tarde.
- tudo bem, eu durmo mais tarde do que isso.
- mas não devia, isso mostra o quando imaturo você é.
- como eu vou?
- vai te ônibus.
- mas as fãs vão me achar, e eu não sei andar de ônibus.
- será que eu vou ter que te levar?
- sim - os dois disseram juntos.
- então vamos.
peguei a minha carteira e as chaves do carro, e nós andamos em silêncio até o carro. nós andamos em silêncio, o único som que se ouvia era o rhysand indicando a sua casa (sim, o rhysand morava aqui antes da fama). quando chegamos, eu falei:
-tchau.
- tá o seu número para a gente marcar alguma coisa.
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