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História O fantástico bosque - Capítulo 2 - Kaiki


Escrita por: KMaddyZ

Notas do Autor


Oie!!!

Bom, eu estou particularmente orgulhosa desse capítulo e pretendo postar outro capítulo Aoita para compensar a diferença de tamanho, e também fazer o capítulo do Uruha e Kamijo tão grande quanto esse para ser tudo justo

Espero que gostem

Capítulo 2 - Capítulo 2 - Kaiki


Fanfic / Fanfiction O fantástico bosque - Capítulo 2 - Kaiki


 

Em uma tarde, anos antes à noite narrada anteriormente, um pequeno elfo de sete anos ria enquanto corria por entre as árvores do bosque de vegetação variada, estava a brincar de pega-pega com seu amigo sátiro, fugindo do outro para não ser pego.

 

Eram assim todas as tardes naquele bosque, as criaturas mais jovens se divertiam  entre si e os animais e deixavam que as mais velhas ficassem a sós para seus assuntos. O bosque era cheio de vida em todos os horários, o que diferenciava a movimentação dos turnos era que de dia, nenhum ser místico do lugar ousava chegar perto da área dos humanos por medo dos mesmos.

 

No meio desse cenário tinha Ruki, um pequeno elfo de cabelos dourados e olhos azuis e seu amigo Aoi, um sátiro moreninho com chifres ainda em desenvolvimento. As duas crianças eram amigas desde seus nascimentos, e viviam a brincar juntas, eram como irmãos.

 

Na tarde em questão, estavam mais enérgicos que nunca e corriam em um ânimo extremo, até que acontece um pequeno acidente. Enquanto corria, Ruki decide olhar para trás em busca de seu amigo, que estava longe e, nesse momento de distração, acaba não vendo um obstáculo à sua frente e tropeça no mesmo, indo ao chão.

 

– Ai… – Resmungou dolorido, havia machucado suas mãos e joelhos, que ardiam com os ferimentos.

 

– Ei, você tá’ bem? – Ruki ouviu perguntarem atrás de si, então virou-se para se deparar com um jovem centauro de idade aproximada da sua, seus pêlos marrons escuros eram brilhantes assim como os cabelos da mesma cor, cumpridos e amarrados, tudo combinando com os olhos castanhos e expressivos que demonstravam preocupação. – Você se machucou?

 

– Eu tô’ bem… – Ruki se levantou envergonhado, com o rostinho vermelho. – Eu… Tropecei em você?

 

– Na verdade sim, acho que você não me viu deitado aqui. – Sorriu o centauro, mostrando lindas covinhas que encantaram o menor, que ficou com uma vontade enorme de tocá-las, mas não o fez.

– Desculpa… Eu estava brincando de pega-pega com meu amigo e não te vi.

 

– Tudo bem, qual é o seu nome? – Perguntou curioso o moreno.

 

– Meu nome é Ruki, e o seu? – O menino tinha a curiosidade estampada em seus olhos.

 

– Sou o Kai. – O moreno respondeu alegre, sorrindo abertamente. Antes que qualquer outra coisa fosse dita, Aoi chegou ofegante, chamando a atenção dos outros dois seres.

– Ruki… Você corre… Demais… – Disse entre ofegos, cansado.

 

– Aoi, esse aqui é o Kai. – Ruki disse. – Kai, esse é meu amigo Aoi, quer ser nosso amigo também?

 

– Quero! – Respondeu animado o centauro. E a partir daquela tarde, os dias dos três mudariam, principalmente, para Ruki e Kai.

•◈•

– Kai! Kai! Olha! – Ruki gritava animado, correndo para perto do moreno que antes estava a beira de um lago, bebendo da água cristalina do mesmo e agora dava atenção total ao loiro. – Olha o que eu ganhei!

 

Nas mãos de Ruki tinha uma bela ocarina, instrumento clássico entre toda a raça élfica. O pequeno instrumento novo de Ruki era branco, simples mas bonito, os furinhos eram feitos em lugares estratégicos e a peça de formato quase triangular reluzia à luz do sol.

 

– Que lindo, Ruu, já sabe tocar? – Kai perguntou, curioso e encantado.

 

– Ainda não, mas minha mãe vai me ensinar e quando eu aprender eu quero tocar para você. – Respondeu sorrindo, todo feliz. Mesmo com apenas dez anos, Ruki já sabia bem dos seus sentimentos profundos pelo outro, que com doze, cuidava do loiro como se o mesmo fosse uma pedra preciosa, deixando transparecer seus sentimentos igualmente puros e amorosos.

 

– Pra mim? – Perguntou corado o moreno.

 

– Sim!

 

•◈•

Já com quinze e dezessete anos, Ruki e Kai ainda brincavam como crianças, quem sempre começava era Ruki, o mais infantil da roda de amigos que agora contava com Uruha, um belo e divertido tritão.

 

– Mais rápido Kai!! – Disse entre risos o pequeno elfo que corria pelo bosque montado em seu amigo centauro. O loiro segurava firmemente no amigo, abraçando seu tronco com força enquanto o outro mantinha suas mãos segurando as menores para que não se soltassem. Kai corria feliz, gostava de cavalgar com Ruki, uma atividade divertida que eles criaram o hábito de fazer.

 

Assim que chegaram ao riacho que se tornou um lugar onde as quatro criaturas ficavam com frequência, Ruki desceu de Kai e se sentou em uma pedra grande à margem das águas, subindo nela com a ajuda de outras pedras menores que faziam escada. O elfo tirou sua ocarina do cinto que a prendia a si enquanto o centauro se aproximava e abaixava ao seu lado, deitando a cabeça nas pernas alheias. Logo, o som de uma doce música se fez presente. A melodia era calma e delicada, assim como os movimentos do elfo que, de olhos fechados, se deixava levar pelas notas que tocava, hipnotizando Kai com sua beleza e talento.

 

– Você toca muito bem, Ruki. – O centauro murmurou ou findar-se e a canção amava ouvir o outro tocar mas amava ainda mais quando ele cantava, poucos sabiam do talento para o canto que o menor possuía e Kai se orgulhava por ser ele ao ouvir o outro cantar todas as noites. O coração do centauro batia rápido, estava tudo planejado para essa tarde. Ele iria pedir Ruki a ser seu companheiro.

 

– Você sempre diz isso, Kai. – O menor corou.

 

– Mas é porque é verdade, você toca muito bem e canta melhor ainda. – Levantou a cabeça para olhar nos olhos azuis do outro, ambos se encararam com amor reprimido, um sentimento que ardia em seus corações e que Kai estava disposto a liberar. – Hey, viu aquilo?

 

Ruki seguiu o olhar de Kai para a água e nela viu boiando em uma grande folha duas pulseiras que ele conhecia bem. As pulseiras da união eram feitos de finas relvas fortes e enfeitada com pequenas pedras brilhantes encontradas nos rios e lagos do grande bosque.

 

Kai estendeu seus braços até a folha e pegou as pulseiras, segurando as duas unidas e, ainda abaixado, olhou nos olhos de seu amado para abrir seu coração.

 

– Ruki, e-eu… Queria dizer que… Já faz um tempo que meu coração bate por você, que eu acordo por você e sorrio por você. em alguns dias você se tornou a razão do meu viver e com todo esse tempo juntos isso se intensificou so ponto de eu não conseguir segurar mais. Ruki, você aceita ser meu companheiro?

 

Os olhos do elfo estavam marejados, a emoção era tanta que ele nem sabia como reagir, amava o centauro mais que tudo e aquele pedido tão simples mas tão bonito mexera com sigo.

 

– E-eu aceito. – Disse finalmente e sorriu, sendo puxado pela cintura pelo centauro que beijou seus lábios com volúpia, era o primeiro beijo do mais novo casal e para eles, especial.

 

– Ai que lindo, eu vou chorar! – A voz de Uruha foi ouvida, fazendo com que o casal se separasse com vergonha e olhasse para o tritão. O mesmo estava na margem contrária do riacho, ao lado de Aoi que se escondia na relva. O sátiro deu um pequeno soco na cabeça do ruivo que reclamou de dor.

 

– Não corta o clima, bastardo! Finalmente conseguimos juntar esses dois e você estraga o momento? – Aoi disse revoltado para seu amigo.

 

– Nyaah, eu só queria expressar minha emoção… – Reclamou com um bico fofo o tritão.

 

– Vocês… Estão ai a muito tempo? – O rosto de Ruki estava completamente vermelho asssim como as pontas de suas orelhas.

 

– Sim, quem você acha que fez flutuar as pulseiras? – Riu Uruha.

 

E então, o casal se lembrou das pulseiras e então cada um colocou uma no braço do outro, ganhando uma salva de palmas dos amigos. Eles agora estavam juntos como um casal para sempre.

•◈•

O elfo e o tritão conversavam a margem do riacho, o loiro em uma pedra e o ruivo na água. Ruki, agora com dezoito anos,chamou seu amigo para conversar sobre suas inseguranças, achava que o outro poderia dar-lhes dicas e assim, o livrar de seus questionamentos.

 

– Qual é o problema, meu elfinho? – Perguntou carinhosamente o maior, seu rosto apoiado pelas mãos enquanto olhava atentamente para o outro.

 

– É que… Eu e o Kai estamos juntos já fazem três anos e nós ainda não… – Deixou a frase no ar, tinha vergonha de falar sobre esse assunto por mais que soubesse que precisasse de ajuda.

 

– Vocês ainda não…? Oh, minha Mãe! Vocês ainda não fizeram sexo? – Exclamou pasmo Uruha. – Por que?

 

– É que eu não me sentia pronto, Uru, eu tinha vergonha e… Medo. – Ao terminar de falar, Ruki suspirou tristemente, fazendo Uruha perceber que o assunto era sério.

 

– Olha, Ruu, certo que Kai é um centauro e que eles são conhecidos por terem um bom “equipamento” mas não deve ser tão grande assim… – Pelo olhar assustado do outro, pôde perceber que estava errado. – … Tudo bem… Eu vou te dar uma ajudinha então.

 

O tritão nadou até o outro lado do rio onde mergulhou. Na margem submersa, coberta de musgos e outras plantas que a camuflavam, havia um buraco que se sustentava por pedras. De dentro desse buraco, Uruha tirou um pequeno saquinho e voltou à superfície. Abrindo o saquinho, Uruha procurou, dentre suas muitas coisas, uma pequena concha de crustáceo vazia, raspou levemente a concha em sua cauda, retirando a substância escorregadia de suas escamas e depositando dentro do objeto. Assim que a concha já possuía uma boa quantidade de muco, Uruha entregou o objeto para Ruki.

 

– Pronto, isso deve ajudar a penetração, agora vá atrás do seu centauro e diga pra ele que se machucar meu elfinho ele vai se ver comigo!  

 

E a primeira vez dos dois foi mágica, o presente de Uruha havia sim ajudado e eles guardariam cada momento daquela noite em suas memórias para o resto de seus dias. Porém, para Ruki, o dia seguinte não poderia ser mais vergonhoso.

 

Kai carregava Ruki em seus braços em direção ao riacho, a entrada do pequeno elfo doía e ele não conseguia se mover direito, por isso, o centauro achava que as águas puras do lugar poderiam aliviar, mesmo que momentaneamente, suas dores.

 

Ao chegar no riacho, encontraram Aoi e Uruha conversando, os dois estavam na água, refrescando seus corpos.

 

– Ah, olá, pombinhos! Como estão e… Espera, Kai, porque você está carregando o Ruki assim sendo que ele sempre monta em você e… Oh minha Mãe! Não acredito! – Uruha começa animado mas já se exalta. – Kai! Achei que eu tivesse deixado bem claro que não era pra machucar ele!

 

– E-eu… Foi sem querer… – O centauro estava corado, realmente não queria machucar seu pequeno, mas na hora da euforia ele acabou perdendo o controle.

 

– Ah, seu cavalo idiota, eu vou arrancar esse monstro do meio de suas patas traseiras! – Uruha exclamou furiosamente.

 

– Uru, deixa ele, tá tudo bem… – Ruki murmurou envergonhado. O elfo não queria chamar atenção para um problema tão íntimo, isso o deixava deveras envergonhado.

 

Kai entrou no riacho com Ruki ainda em seus braços, o abaixando na água sem encostar seu corpo em mais nada que não fosse seus braços. O elfo olhou nos olhos do centauro e sorriu, amava aquele ser mais que tudo e ver todo o cuidado dele para com sigo o deixava ainda mais extasiado com esse sentimento tão puro. O centauro sorriu também, expondo as covinhas adoráveis que tinha e o elfo, não resistindo ao impulso, levantou suas duas mãos e tocou com os dedos indicadores os furinhos no rosto alheio, como sempre fazia.

 

Aoi e Uruha apenas ficaram ali, observando o belo casal em seu momento de cuidados. E assim se seguiu os dias naquele belo bosque, Kai e Ruki sempre juntos em um amor tão incondicional e exuberante quanto a flora e fauna mágicas do lugar.


O amor sempre prevalece no bosque, superando toda e qualquer diferença entre raças, e assim irá continuar durante toda a eternidade, pois aquele bosque encantado é tão imortal quanto as criaturas que nele vivem. 


Notas Finais


O que acharam? Expectativas para o capítulo UruhaxKamijo?

Kissus!


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