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História Sendo editada !!! Aparti do cap 13 - A traição de um irmão.


Escrita por: Mia266

Notas do Autor


Editado no dia 24/10/2022

Capítulo 10 - A traição de um irmão.


Haki se sentia sujo.

O segundo príncipe das trevas se inclinou contra o vaso sanitário e vomitou. A água transparente se tornando cada vez mais vermelha a medida que ele colocava tudo para fora. Soluçando ele abaixou a cabeça contra o vaso e afastou as lágrimas.

Ele nunca quis isso. Nunca quis ser como ele.

Como Eiríkr.

E ainda assim Haki esteve mais próximo de seu pai hoje do que Hakon jamais esteve em todos os seus piores momentos de fúria. Ele odiava isso e uma parte dele quis odiar o mestre por isso também, mas o mestre não o ordenou a comer carne humana, isso foi ideia sua e apenas sua.

Haki soluçou esfregando os olhos com os punhos.

Hakon jamais poderia saber, se seu irmão mais velho descobrisse sobre isso ele ficaria furioso, a disciplina que Hakon o atribuirá será brutal e dolorosa. Haki estava cansado disso, ele não queria mais ouvir a raiva no tom de voz de Hakon ou a decepção em seus olhos.

Dando uma última olhada para água vermelha , ele apertar a descargar.

Ele está tão cansado.

~

Rigel observar os olhos flutuarem no pote de vidro com interesse por alguns segundos antes de voltar a ler a carta de Elisa. Sua queria irmã mais velha estava indo bem em casa. Alguns lordes mais influentes estavam questionando a saída abrupta de Rigel do reino, mas como previsto sua irmã está lidando bem com isso. Isabel era prefeita assim, a herdeira perfeita.

Suspirando os pensamentos de Rigel continuavam a voltar para o incidente da escola a poucos dias atrás. Ele não gosta de pensar nisso, de se lembrar da dor familiar que por anos ele sentiu pela rejeição de Hakon, por anos ele conseguiu a entorpecente o suficiente para não doer tanto e bastou um único dia com sua alma gêmea para esse mesmo sentimento amaldiçoado voltar a pulsar.

Rigel não queria isso, não queria a dor , a decepção, a esperança que Hakon pudesse mudar ou o amar verdadeiramente , era simplesmente inútil e doloroso ter esperança.

Gemendo de aborrecimento Rigel se levanta e sai de casa, ele precisa pensar em como prosseguir aparti daqui. Ele precisava sair logo dessa bagunça onde ele mesmo se enfiou.

~

A vida escolar na qual Rigel parecia tão ansioso em jogar Hakon acaba sendo adiada por vinte dias após os assassinatos de Haki e o incêndio criminoso de Hakon.

Hakon não se importava particularmente com a escola, não, o que o estava incomodando era que Rigel parecia está irritado com ele novamente, parecia que eles finalmente estavam avançando e agora retrocederam novamente. Hakon não tinha a menor ideia sobre onde errou.

Ele procurou por Rigel pela cidade, porém não encontrou nem ao menos um fio de cabelo castanho da sua alma gêmea.

Hakon não sabia o que fazer.

~

O desejo de revidar estava crescendo novamente em Rigel. Até quando ele vai ser o único a se sentir impotente por culpa dessa maldição de vínculo? Até quando as ações e decisões de Hakon vão lhe machucar? Então, ele ficou longe da sua alma gêmea e esperou.

Sua paciência foi recompensada quando ele viu o seu adorável escravo andando pelas ruas de cabeça baixa. Tão patético.

Sorrindo Rigel abandonou o seu esconderijo e se aproximou do garoto de cabelos azuis, parando bem atrás dele, se inclinado Rigel sussurrou contra o seu ouvido.

" Olá Haki."

Ele sorriu quando teve o efeito desejado, Haki se encolheu antes de lentamente se vira para encontra seus olhos, Rigel não se afastou, então ele estava quase roçando o nariz com o irmãozinho da sua alma gêmea. Os grandes olhos azuis de Haki se arregalaram de terror antes da adoração devorar tudo, o jovem mais alto relaxou e sorriu para Rigel.

" Mestre."

Ele saldou em sussurro, Rigel foi pego completamente de surpresa quando Haki fechou a distância entre eles o beijando.

Rigel paralisou sem saber o que fazer, que merda era essa? Aproveitando ou confundindo sua falta de reação Haki segurou sua cintura com firmeza e mordeu seus lábios com força suficiente para arrancar sangue , Rigel soltou com grito baixo de dor e o seu escravo não perdeu tempo em enfiar sua língua na boca de Rigel , o beijo que se seguiu foi brutal e cheio de dentes. Em algum momento Rigel rosnou de raiva e agarrou a nuca de Haki antes de devolver toda a dor e violência naquele beijo.

Quando ambos finalmente se separaram foi para vê o outro com os lábios sujos e manchados de sangue.

De novo, que merda foi essa?

Haki sorriu e por um momento Rigel viu malícia e presunção ali, ele piscou e se foi.

Rigel finalmente se afastou como deveria ter feito desde que Haki se virou.

" Mestre."

Seu escravo chamou em um ronronar. Rigel ficou tenso, não era para isso acontecer, definitivamente não.

" O que você pensa que estava fazendo?"

Ele por fim conseguiu cuspir com raiva.

Haki inclinou a cabeça como um gato curioso antes de responder.

" Agradando o meu mestre? Eu fiz algo errado?"

O coração de Rigel batia descontroladamente e ele sabia que a cria de dragão podia ouvir muito bem. Rigel odiou isso, não é para Haki ter o controle dessa situação é Rigel que deveria ter todo o controle ! Era para isso que o seu escravo inútil e patético servia , para dá a Rigel alguma ilusão de controle sobre Hakon e mesmo assim agora ele sentia o rosto queimar de vergonha ou talvez fosse humilhação.

" Você, você..."

Rigel gaguejou sem ao menos conseguir articular uma frase.

O que ele estava pensando quando devolveu o beijo do seu escravo?

Se possível Rigel se sentiu ainda mais envergonhado, esfregando de forma agressiva a boca com o braço Rigel se livrou de todo o sangue, Haki o observou com um sorriso. Rigel queria queimar o seu sorriso estúpido em brasas.

" Você vai se arrepender disso."

Ele prometeu antes de se afastar, ele não estava fugindo, só precisava pensar em uma punição severa para o seu escravo insubordinado. Ele não estava fugindo !

~

Demorou, foi preciso ficar preso com Hakon por vários dias até Haki finalmente criar coragem para sair de casa sozinho. Ele não aguentava mais ficar perto do irmão mais velho. Hakon claramente estava nervoso com algo, além de parecer está evitando constantemente Haki, havia um tanto de tempo que você poderia evitar alguém em uma cabana tão pequena quanto a que eles moravam. Por isso Haki saiu.

Ele não tinha se afastando tanto quando sentiu uma presença atrás dele, antes mesmo que ele pudesse pensar em uma forma de reagir a voz dos seus piores pesadelos soou em um sussurro ao seu ouvido.

" Olá Haki."

Haki se encolheu, por favor não. Ele se virou e ali, o encarando com lindos olhos castanhos estava o seu mestre.

Adoração falsa o consumiu e contra sua vontade ele sentiu o corpo relaxar e ele sorriu.

" Mestre."

Haki respondeu no mesmo tom de voz que seu mestre usou a momentos trás e foi nesse exato momento em que ele notou o quão próximo seu mestre estava dele. O mestre nunca invadiu o seu espaço pessoal assim.

O que ele queria?

O mestre estava sorrindo em algo que prometia dor e problemas, foi observando o seu sorriso que Haki notou os seu lábios, pareciam macios e idênticos ao de Isabel, por um momento tudo de foi , por um momento Haki se esqueceu quem era a pessoa a sua frente e só foi preciso se inclinar alguns centímetros para fazer o que ele sempre quis, beijar Isabel. Tocar seus lábios com os de sua alma gêmea, com a garota que Haki ansiava e desejava a anos, porém o sentimento de alegria e complemento não veio de seu vínculo, pelo contrário, seu vínculo estava frio.

Foi quando tudo voltou, essa não era a sua alma gêmea, não era Isabel, não era ela.

Doeu e uma única lágrima caiu dos olhos de Haki antes de morder com força o lábio do seu mestre, o gosto de ferro imundou sua boca e Haki o beijou bruscamente, mordendo sua língua para arrancar mais sangue e o engolindo com avidez. Ele sabia que essa era sua única oportunidade de tirá sangue daquele que escravisou , sua única chance de dar ao menos um pouco de dor ao seu tão odiado mestre, então Haki pegou sua oportunidade, segurou a cintura fina e esbelta de Rigel , cravou suas garras ali com força o suficiente para as sentir húmidas do sangue do mestre e o beijou.

É claro que Rigel reagiu, levou algum tempo , mas seu carcereiro reagiu, envez de empurrar Haki para longe e fazer dele uma poupa de sangue e carne no chão, Rigel rosnou segurando sua nuca com força suficiente para que Haki sequer pudesse pensar em se soltar e o puxou para mais perto e devolveu o beijo ! Não foi um beijo gentil ou bom, tinha muitos dentes e foi doloroso, no final Haki tinha o boca tão maltratada quanto a de seu mestre.

Contudo assim que viu a marca de seus dentes nos lábios ensangüentados de Rigel, Haki não pode deixar de sorrir em vingança, ele conseguiu marcar o seu mestre.

" Mestre."

Haki repetiu a saudação assim que a adoração voltou a consumir o seu livre arbítrio. Rigel piscou e piscou novamente, Haki quase podia vê as engrenagens girando em sua mente, seu mestre parecia não entender por completo o que acabará de acontecer. Haki se sentiu tão presunçoso com isso. Era tão bom não ser o impotente nessa situação.

"O que você pensa que estava fazendo?"

Seu mestre quase rosnou de tão furioso, Haki desejou tanto poder sorrir.

" Agradando o meu mestre? Eu fiz algo errado?"

Seu mestre lutou para encontra palavras e se pudesse Haki teria rido do seu rosto patético e confuso. Em vez disso ele deixou a adoração agir e inclinou a cabeça para o lado confuso.

" Você, você..."

Haki observou com fascínio como seu mestre começava a ficar vermelho, foi a primeira vez que ele o viu fazendo isso. Era interessante, das bochechas até as pontas das orelhas seu mestre ficou em tom de vermelho profundo.

Não era raiva , quando estava com raiva os olhos do seu mestre brilhavam em prata. Os olhos de Rigel continuavam castanhos e por mais que pareciam brilhantes , não estavam mudando de coloração.

Era vergonha, Haki percebeu em uma alegria quase histérica.

" Você vai se arrepender disso!"

Seu mestre prometeu antes de se afastar, assim que seu mestre saiu da vista de Haki , ele riu em descrença.

Ele se livrou de Rigel sozinho.

Lambendo o sangue do seu mestre dos lábios o sorriso de Haki cresceu, talvez ele finalmente encontrou uma forma de se livrar desse vínculo de escravidão.

~

Hakon observou de cima do telhado seu irmão sair do beco onde a poucos instantes estava beijando sua alma gêmea. Hakon estava tentando, pelo amor do dragão ancestral , Hakon estava realmente tentando, mas a raiva, a traição, os ciúmes estava o devorando por inteiro.

Um rosnado bestial escapou de seus lábios.

Como Haki pode ? Depois de todo o trabalho que Hakon estava tendo para o libertar. Como ele pode?! Se apoiando na parede Hakon segurou o peito e tentou sufocar essa raiva avassaladora.

Que desrespeito.

Que traição.

Que desdém.

Haki pensava tão pouco de Hakon ao ponto de cobiçar sua alma gêmea?

Uma risada de puro desespero escapou contra a sua vontade. A quanto tempo isso estava acontecendo? Por todos esses anos enquanto Hakon procurava por ele, Haki estava com Rigel. Beijando seus lábios, adorando seu corpo-

Não !

Hakon interrompeu essa linha de pensamento antes que fosse longe demais, se ele pensasse assim iria acabar incendiando a cidade inteira. Essa traição não poderia ser deixada assim.

Olhando para onde seu irmão foi Hakon permitiu sua raiva brilhar, ele não iria permitir esse desrespeito.

~

Haki tinha acabado de fechar a porta da casa quando Hakon apareceu.

" Irmão."

Ele saldou tentando sorrir. Hakon sorriu de volta passando pela porta e a fechando atrás de si.

Algo estava errado.

" Irmão?"

Haki chamou confuso. Hakon olhou para ele e Haki deu um passo para trás quando viu os olhos dourados de Hakon brilhando em vermelho.

" A quanto tempo?"

" Hakon."

Haki chamou dando um passo para trás. Hakon deu um para mais perto.

" A quanto tempo vocês dois tem se divertido as minhas custas?"

Oh , não. Por favor não.

" Hakon me deixa explicar."

" Explicar? Pois o que há para explicar? Você beijou minha alma gêmea por livre e espontânea vontade não foi?"

A cada passo que Hakon dava para frente, Haki dava um para trás. Seu irmão estava calmo e era isso que mais assustava Haki, Hakon nunca foi calmo em sua irá, nunca, seu irmão era explosivo e expressivo na raiva, agora parecia muito com o pai deles.

Estava difícil respirar.

" Não vai responder Haki?"

" Eu, eu não, por favor entenda."

" Oh , meu pequeno irmão patético, sempre tão fraco, sempre tão desprezado. Devo dizer você pegou bem os ensinamentos do nosso velho. O que era mesmo que ele dizia?"

" Hakon , pare !"

Os olhos de Haki brilharam em lágrimas, ele não era como Eiríkr!

" Ah , sim. Me lembrei. 'Não a nada melhor do vê seus rostos quando são traídos pelos os que mais confiam. A melhor traição é aquela que jamais será esperada.' E como eu poderia esperar por isso ? Minha alma gêmea e meu amado irmão que até então eu pensava está pagando pelos meus crimes. Você jogou bem Haki, papai ficaria encantado."

Lágrimas caíram pelo rosto de Haki, ele olhou para o irmão sem acreditar.

" Hakon, por favor, eu não te traí."

A parede chegou muito mais cedo do que Haki esperava, agora sem ter para onde fugir , Hakon parou a poucos centímetros de Haki.

" Você fez isso e você sabe."

A mão em chamas douradas de Hakon tocou a barriga de Haki e ele gritou em agonia.

" Ah , irmãozinho. Não se preocupe, iriei falar com minha alma gêmea traidora logo após eu terminar com você."

Em algum lugar em meio a dor e a agonia uma parte de Haki se alegrou por saber que seu mestre também não escaparia impune pela traição que ambos cometeram ao deixar aquele beijo acontecer. Seu irmão jamais esqueceria, porém uma parte de Haki ainda esperava que Hakon o deixasse viver o suficiente para o perdoar com o tempo. 


Notas Finais


Como já tinha sido dito, Hakon é cruel.


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