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História Sendo editada !!! Aparti do cap 13 - Te amar, não significa nada.


Escrita por: Mia266

Capítulo 13 - Te amar, não significa nada.


Arthur não se moveu quando a mão pesada de seu pai bateu em seu rosto. Gerald observou sem fazer som algum enquanto seu irmão mais velho quase caiu com a força do golpe.

O rei Henrique terceiro está quase espumando pela boca de tanta raiva. Gerald não se intimidou se qualquer coisa ele teve que fechar as mãos em punhos para não intervir. Seu relacionamento com Arthur finalmente estava bem durante esses últimos anos, ele não gosta de vê seu irmão tratado dessa forma mesmo que entenda a raiva de seu pai. Ambos os príncipes foram ingênuos ao aceitar a entrada dos príncipes do reino das trevas em seu reino, agora uma cidade inteira desapareceu do mapa. O rei tem todos os motivos para isso, seu pai tem total direito de até mesmo banir a ambos do reino por esse erro, por sua estupidez.

" Aceitar dois monstros no meu reino sem a minha permissão ou conhecimento ! O que você estava pensando ?!"

" Pai."

Arthur começa só para ser calado por outro tapa no rosto, dessa vez seu irmão apenas vira o rosto levemente para o lado.

" Uma cidade inteira ! Uma cidade, Arthur ! Meu próprio herdeiro ! Meu primogênito !"

Já basta.

Gerald deu um passo a frente ignorando totalmente a tentativa de sua mãe de o puxar para trás.

" Pai. Arthur não foi o único culpado, eu também sabia. Fomos enganados. Os príncipes das Trevas alegavam está fugindo do segundo príncipe da Lua. Nós só-"

" Cale a boca garoto !"

Henrique tinha o rosto vermelho de raiva que combinava perfeitamente com os seus cabelos ruivos.

" Pai ! Apenas-"

" Não ! Você nem ao menos tem um lugar de fala nessa discussão ! Joana, controle seu filho ou o tire da minha vista !"

Sua mãe imediatamente estava ao seu lado o agarrando pelo braço e o afastando a força.

" Não se preocupe marido. Vou conversar com Gerald. Continue sua conversa com Arthur."

Foi a única coisa que sua mãe disse ao seu pai antes de o arrastar a força para fora, ela não parou até que ambos estivessem em seus aposentos. Assim que a porta foi fechada e ambos estivessem sozinhos sua mãe se virou para ele enfurecida.

" O que você estava pensando ?! Desafiando o rei assim ?! Assumindo a culpa?! Está louco?! Essa é a nossa chance, com Arthur fora de cena você finalmente poderá ser o príncipe herdeiro, meu filho."

" Mãe, eu, eu não quero mais isso."

Sua voz é firme e sua certeza é absoluta, ainda assim vê a carranca que isso trás ao belo rosto de sua mãe o faz se encolher.

" Oh ,não. Você definitivamente quer."

~

Seus rostos estavam em todos os cartazes do reino. Procurados vivo ou morto. Banidos do reino humano, criminosos que não tem direito de está aqui. As áreas livres para teletransporte foram lacradas e fechadas , totalmente indisponível, ninguém entra ou sai do reino.

Gemendo de cansaço Rigel se joga na árvore caída e abaixa o capuz de sua capa marrom sem graça para deixar seu rosto sentir um pouco do vento. Seus pés doíam tanto, ele jamais teve que andar tanto em toda a sua vida. Uma mão indelicada agarra o seu capuz bruscamente e o empurra de volta para o lugar.

" Hakon !"

Rigel grita indignado. Porra ,ele estava cansado de tudo isso.

Sua alma gêmea o observa com uma careta no belo rosto.

" Mantenha isso no lugar se não quiser terminar em um cela , amor. E eu já disse, não diga nossos nomes em voz alta."

Terminou rosnando.

Revirando os olhos Rigel arruma o capuz, mas não faz nada além disso. Desde que sua cidade natal foi queimada até o chão duas semanas atrás e todas as saídas mágicas do reino foram lacradas, eles estão andando sem parar pela floresta para cruzar a fronteira da forma tradicional.

Eles não tem nenhum sinal de Haki desde então, o dragão azul desapareceu tão rápido quanto surgiu. Segundo as notícias dos humanos, magos treinados e soldados estão patrulhando diariamente os destroços da antiga cidade por qualquer sinal da criatura. Mas Rigel sabe que Haki já deve ter saído do reino, uma criatura de tal poder poderia muito bem ter forçado as barreiras do reino para escapar quando ainda estavam fracas por ter acabado de serem lançadas.

O que significa que logo o rei do reino humano vai lançar toda a sua atenção em capturar e prender os únicos príncipes dos outros reinos que ainda estão em seu reino de forma semi ilegal. Arthur pode ter os deixado entrar, mas dita a lei que por serem da realeza ambos deveriam ter visto o rei antes de caminharem sem vigilância em solo humano. Rigel e Hakon tem que está bem longe do reino humano antes que isso aconteça.

Suspirando, Rigel esfrega o rosto cansado.

Que bagunça.

~

Hakon deixa Rigel recuperar o fôlego sem muita preocupação, sua alma gêmea nunca fez isso antes, ele sabe, então tenta ser compreensível. Mas uma pequena parte dele que culpa Rigel por toda essa bagunça. Ele sabe que sua alma gêmea não tem realmente culpa ou pelo menos não toda ela, mas ainda assim é difícil se lembrar disso nos momentos mais complicados ou quando está particularmente irritado.

Desviando os olhos da figura cansada de Rigel, Hakon olha para a trilha que estão cruzando, ainda faltava muito para a fonteira, eles precisam de outro meio de transporte. Se estivesse sozinho Hakon poderia sair do reino do humanos em míseros vinte dias viajando apenas a noite pelas sombras, mas como Rigel a situação é outra. Não importa o quanto esteja chateado com Rigel ou com a situação em si, Hakon jamais o deixaria para trás.

Quando a cidade queimou e o dragão, Haki, se virou em sua direção para cuspir fogo, o único pensamento de Hakon foi Rigel. Sua alma gêmea sempre será uma prioridade para Hakon, mesmo que ele se sinta machucado. Não importa que foi ele quem começou, dói em Hakon saber que Rigel estava disposto a se relacionar com alguém que não fosse ele, que Rigel beijou Haki.

Apenas pensar naquela cena faz Hakon desejar socar o seu irmão. Como Haki pode? Depois de tudo o que Hakon fez por aquele pequeno ingrato.

Hakon se vingou é claro, mas Haki se tornou um dragão. Como? Como ele fez isso? Como Haki de todas as coisas fez isso?

Os Dragomir tem sangue de dragão, são crias do dragão, mas Hakon jamais soube de algum deles se transformando. Então como? Hakon quer isso, ele quer aquele poder, quer aquela força implacável. Como isso ele poderá desafiar seu pai, poderá ter sua liberdade, vai conseguir manter Rigel seguro.

" Alma gêmea. Estou com fome."

Rigel reclama alto o tirando da sua espiral de pensamentos. Hakon pisca por um momento pela forma que Rigel escolheu lhe chamar, dizendo seu título sem ódio, zombaria ou desgosto, apenas como um fato puro e simples. Parte do estresse e da tensão que Hakon está sentindo se esvai com isso. Os belos olhos castanhos de Rigel o observa com cansaço e esperança. Esperando por Hakon para lhe mostrar o caminho.

Como Hakon poderia está com raiva dele quando o está olhando assim.

Suspirando Hakon olha em volta, não em zombaria, mas calculando.

" Descanse aqui e prepare uma fogueira, vou caçar algo. Vamos ter que passar a noite aqui de qualquer forma mesmo."

A careta que Rigel faz na palavra caçar é esperada. Sua alma gêmea mesmo nessa situação de merda ainda é bem exigente. Hakon tenta e falha em não se irritar. O que Rigel espere que ele faça? Acene a mão e apreça um banquete para o castanho?

Não olhando mais para Rigel, Hakon se vira e sai pisando com força. Talvez ele demore um pouco mais que o necessário nessa caçada.

~

Assim que Hakon sai de vista, Rigel relaxa na árvore caída. Seu vínculo dói. Não é uma dor relacionada com Hakon, pelo menos não com os sentimentos da sua alma gêmea, mas do desejo do seu vínculo de ser curado. Com sua alma gêmea tão próxima e parecendo tão disposta ao o proteger e cuidar, é difícil. O fato de que todo esse tempo Hakon só o ter quebrado para o proteger mudou as coisas, não deveria, a dor que ele causou pode ter sido por outros motivos, porém doeu da mesma forma, então Rigel ainda deveria está se sentindo rejeitado. Mas ele não se sente.

Depois de tudo, depois da queda de florencer , as coisas mudaram e o vínculo sabe, sabe e quer mais do que tudo ser restaurado. Curado, o pior de tudo é que Rigel não sabe se Hakon quer isso. Hakon queria acertar as coisas, queria Haki livre, queria que Rigel não odiasse. Isso não significa que ele o quer da forma que Rigel quer. Não é inédito, surpreendente e improvável sim, mas não inédito ou impossível. Almas gêmeas nem sempre acabam juntas.

Hakon pode ter outros planos, ele pode amar Rigel, mas não o querer ao seu lado no trono ou no reino das trevas. Não que Rigel soubesse que iria escolher ficar naquele reino horrendo por Hakon. Apenas, ele apenas não sabe o que fazer e isso o assusta muito. Pois se ele se abrir para Hakon e o contar como se sente, que o quer por perto, que o quer como um parceiro para toda a vida e Hakon não o aceitar, não escolher Rigel para ser o seu parceiro, isso iria doer demais. Não iria quebrar o vínculo, pelo menos não ainda mais. Porém machucaria Rigel e ele não quer isso, não quer ter o seu coração quebrado outra vez mais.

~

Quando Hakon volta com dois coelhos adultos mortos ,Rigel ainda está no mesmo lugar, porém a sua frente não muito longe de onde o moreno está sentado o fogo estala em uma fogueira pequena e controlada. Sua alma gêmea parece perdida em pensamentos e pela expressão sombria em seu rosto, não são muito agradáveis.

Preferindo não intervir Hakon esfola e limpa sozinho os animais, quando termina ,não á nem uma única gota de sangue em sua roupa. Espetando os coelhos, ele os deixar assar. Leva apenas alguns segundos para se livrar das entranhas e se lavar perto de um rio. Quando volta Rigel ainda parece chateado.

" Vai me dizer qual é o problema?"

Hakon finalmente pergunta farto. Ele não sabe o que fez errado. Bem, ele levou quase meia hora para pegar os coelhos quando poderia ter voltado em dois minutos, mas precisava de tempo para pensar. Era isso? Rigel está com raiva por isso?

Rigel para de olhar para o nada e finalmente o olha nos olhos.

" Não a nenhum problema."

" Mentiroso."

" Hakon."

" O que está acontecendo?"

" Deixe para lá."

" Então não tem nada haver comigo?"

Quando Rigel não responde, Hakon zomba, é claro que tem haver com ele, sua alma gêmea não consegue nem ao menos passar alguns dias perto dele antes de se cansar da sua presença.

Foi por isso que ele escolheu beijar Haki.

Uma parte feia e venenosa dele mesmo sussurrou ao seu ouvido.

Hakon viu vermelho.

" Qual é o seu problema?!"

Rigel se arrepiou de raiva , pulando para longe da árvore caída e parando na sua frente.

" Deixa isso !"

" Não ! Me diz o que está acontecendo?! Eu estou tentando Rigel. Realmente estou para que você fique o mais confortável possível durante essa jornada, então me diz qual é o problema !"

" Esse é o problema !"

" Como isso pode ser um problema? Eu só quero que você de fique bem."

Hakon não entende, como cuidar de Rigel pode ser um problema, sua alma gêmea se sente sufocado? Hakon está exagerando?

A raiva se esvai de Rigel e Hakon é obrigado a vê o tão frio e distante príncipe da Lua lutar para encontrar as palavras certas.

" Eu te amo."

Rigel finalmente diz e Hakon acena com a cabeça. Ele sabe disso. Ambos são almas gêmeas, estão destinados a isso.

" Eu também te amo."

Ele diz, não por que acha que Rigel não sabe e sim pois sente que talvez o castanho precise ouvir. Funciona, um pouco sua frustração se vai.

" E isso não quer dizer nada."

Os olhos de Rigel estão cheios de lágrimas, mas Hakon não consegue se importar. Não agora.

" Como isso não significa nada ? Eu te amo ! Em que mundo isso pode não significar nada ?!"

" Então o que você fará, Hakon ?! Vai declarar para todos os reinos que somos almas gêmeas? Vai me escolher como seu companheiro eterno? Vai enfrentar Eiríki?!"

As palavras se vão, Hakon não sabe o que dizer. Não há nada a dizer. Ele não pode fazer nada disso. Seus próprios olhos queimam em lágrimas de raiva. Rigel jamais estará seguro ao seu lado enquanto Eiríki viver e ambos sabem disso.

Rigel faz um som de desdém se afastando vários passos dele , dói. Dói de uma forma que quase deixar Hakon sem ar. Sua alma gêmea, sua doce e ferida alma gêmea se afasta, cruzando os braço quase que como uma barreira física entre os dois.

" Você me amar não significa nada."

Rigel repete se afastando para sentar novamente na árvore caída. Hakon abaixa a cabeça e só pode olhar para os coelhos queimando no fogo.

Seu amor não significa nada? 



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