História O filho da luz e a filha das sombras - Espelho de Ojesed (leiam as notas do autor)

=POV Anamelech=

Harry estava prestando atenção em um espelho. O espelho era tão alto que quase alcançava o teto, sua moldura era dourada e nela, havia uma escritura, na qual eu não prestei atenção.

Eu me aproximei do espelho e prestei atenção em Harry, ele estava com um sorriso e um olhar sonhador e eu não pude deixar de pensar no quanto ele estava lindo daquele jeito; mas assim que me dei conta de meus pensamentos, tratei de tira-los da minha cabeça.

Harry olhou para trás, como se conferisse que estava só eu e ele na sala
-Harry?- chamei ele em um tom pouco mais alto que um sussurro, eu fiquei preocupada, pois era como se ele estivesse hipnotizado pelo espelho
-Olhei isso!- ele disse de repente e meu coração perdeu o compasso por um momento, por conta do susto.

Com um pouco de medo e desconforto, eu andei até a frente do espelho; de primeira, eu vi apenas o meu reflexo, mas depois, duas pessoas surgiram atrás de mim, um homem e uma mulher.

Demorou para mim reconhece-los, mas logo vi; eram meu pai e minha mãe (Voldemort e Bellatrix), era como se fosse-mos uma família, uma família feliz.

Meu coração perdeu o passo, minha mente acelerou a mil, eu não conseguia pensar, com um pulo, eu fui para trás, como se meus sentidos tivessem voltado
-Vamos sair daqui- eu disse puxando Harry para perto da porta, onde estava a capa e logo colocando ela sobre nós
-Mas porque?- Harry perguntou sem entender, enquanto eu o puxava para fora da sala, eu estava com medo, eu não sabia o que era aquele espelho e muito menos o que ele mostrava, talvez fosse o futuro, ou o passado ou até mesmo uma realidade alternativa, não que importa-se, ou talvez importa-se, não sei. 

Seja lá o que aquele espelho era, significa ou mostrava, eu não poderia dizer a Harry o que eu vi no espelho
-Esta... Esta tarde. E... E é melhor voltar-mos, antes que nos encontrem- menti, andando mais rápido.

Fomos o resto do caminho em silêncio e quando chegamos no salão comunal, eu tirei a capa de cima de mim e fui andando em direção o dormitório feminino, quando eu coloquei a mão na maçaneta, ouvi Harry me chamar
-Ana?- eu me virei para ele
-Sim?- perguntei
-O que você viu no espelho?- ele perguntou e eu me surpreendi com a pergunta, hesitei por um momento e pensei em conta-lo a verdade. 

Eu realmente não queria mentir para ele, eu  queria  poder contar tudo, afinal ele é meu amigo, meu primeiro e talvez melhor amigo. 

Mas eu tenho medo, medo de ele não me aceitar, medo de eles não me aceitarem, terem medo de mim, se decepcionarem, imaginei o que Harry pensaria, meu pai matou os pais dele, ele nunca mais olharia na minha cara
-Algo ruim, muito ruim- eu menti, ou talvez não, já não sei de nada                                         -Oque acha que aquele espelho mostra?- Harry perguntou curioso, na verdade, eu também tenho essa dúvida.

-Eu nao sei, mas acho melhor ficar-mos longe dele. Vou dormir, boa noite- eu disse
-Noite- ele respondeu cabisbaixo, antes de entrar eu disse
-Harry, não volte para aquela sala. Por favor- e ele assentiu com a cabeça. Eu entrei no dormitório e me deite.

Fiquei a noite inteira rolando de um lado para o outro, sem conseguir dormir, toda vez que eu fechava os olhos, aquela mesma imagem do espelho vinha em minha cabeça, e por mais que a senssação de ver essa imagem seja muito boa, eu não poderia ter pensamentos como esse.

As férias estavam chegando ao fim e eu percebi um comportamento estranho em Harry. Certa vez durante a noite, enquanto eu lia o livro na qual minha mãe havia me presenteado, vi a porta do Salão Comunal sendo aberta e nada passou por ela antes de ela se fechar novamente, a única conclusão em que eu pude chegar era que... Harry estava saindo escondido, afinal ele é o único com uma capa da invisibilidade, decidi esperar que ele voltasse.

Fiquei bastate tempo sentada, e ele voltaou muito tempo depois, a poltrona em que eu estava, era virada de costas para o retrsto da Mulher Gorda, o que fazia com que ele não percebesse minha presença.

Ouvi alguém entrando e tentando fazer silêncio, ouvi passos pelas minhas costas
-Você voltou para a sala não é mesmo?- perguntei aparentemente para o nada, mas logo vejo Harry quase subindo as escadas que davam para o dormitório masculino
-Como sabia que era eu?- ele perguntou, mas não era muito difícil de raciocinar isso, ele é o único da Grifinória que tem uma capa da invisibilidade. Mas eu percebi que essa não era oficialmente uma pergunta e sim uma tentaviva de fugir do assunto
-Eu perguntei primeiro e quero ouvir uma resposta- eu disse séria
-Sim- ele respondeu e por um momento uma subta raiva cresceu dentro de mim e antes de falar qualquer coisa, eu tentei me acalmar
-Mas você prometeu... Mentiu para mim?- eu perguntei, depois de pensar bem, percebi que Harry mentira para mim e foi como se meu coração se quebrasse em mil pedacinhos... Amigos não mentem para amigos... Mas eu minto para eles não é mesmo?                           -Eu não consegui evitar, me desculpe- ele disse e depois se aproximou, mas tudo que eu consegui fazer foi me afastar                         -Já consegui minha resposta. Vou dormir- eu disse cabisbaixa e quando eu dei o primeiro passo, Harry segurou meu pulso com uma certa força, me fazendo ficar frente a frente com ele, olhei nos olhos dele como se eu suplicasse para ele me soltar, mas tudo que eu consegui, foi ficar hipnotizada com aqueles lindos olhos verdes                                -Encontrei Dumbledore na sala. Aquele é o espelho de Ojesed, ele mostra o que  a pessoa mais deseja no mundo, o desejo mais fundo de seu coração- Harry disse sem tirar os olhos dos meus e soltando me pulso de leve                                                                           -Ótimo menos agora sabemos para que  ele serve- eu disse em tom irônico e ameaçei subri para o dormitório, mas Harry me chamou de novo. Eu respirei fundo tentando manter a calma

-O que pode ter de ruim no seu coração, ao ponto de você desejar algo desse tipo? Eu te conheço, e você não é assim- ele disse em um tom baixo e sério
-Talvez você não me conheça. Iria se surpreender se soubesse tudo sobre mim- respondi a altura

-Então por que não me conta?- ele me pergunta com um tom de desafio, mas eu apenas balanço a cabeça em negação -Oque você viu no espelho? Não precisa me contar tudo. Só não minta para mim- ele repetiu a pergunta de noites atrás, talvez esse fosse o momento certo para contar. Contar a verdade...

-Minha família- eu disse pensativa
-Minha família, é uma resposta muito vaga- ele disse meio brincalhão
-Mas é a minha resposta- eu disse indo para o dormitório.

E outra vez, me custou muito para dormir, mas dessa vez, era porque eu não conseguia tirar da minha mente aqueles indos olhos de um certo menino-que-sobrviveu.

Acordei no dia seguinte, me lembrando de que amanhã, os alunos voltariam para Hogwarts e lembrando também que Mione nos matará quando souber que não encontramos nada.

Coloquei meu uniforme e desci as escadas rapidamente e quando cheguei ao salão comunal, encontrei Harry e Rony, já comendo, quando vi Harry, meu coração deu um salto e minha mãos começaram a suar e eu me surpreendo com essa sensação que até hoje eu nunca havia sentido, era como se eu não visse Harry a séculos e finalmente nos encontrassemos de novo. Como se eu o enxergasse, uma vez que antes eu só o via. 

Balancei a cabeça afim de tentar tirar esses pensamentos dela, andei até perto deles
-Me encontrem na biblíoteca em meia hora- eu disse e me afastei
-Não vai tomar café?- perguntou Rony
-Não agora- respondi e caminhei em direção a biblioteca.

Assim que cheguei lá, procurei todos os livros de história que eu poderia encontrar e fui colocando todos em cima de uma mesa, pouco mais de vinte minutos depois eu tinha mais de setenta livros em cima da mesa. Peguei o primeiro que vi e comecei a ler. 

Uns quinze minutos depois ouvi Harry e Rony
-Onde será que ela está?- perguntou Rony
-Ali!- vi Harry apontar para mim e vir em minha direção, sendo seguido por Rony
-Cinco minutos atrasados- eu disse olhando em meu relógio de pulso
-Para que tanto livro- Rony perguntou surpreso olhando para a pilha de livros na mesa