História O filho do meu padrasto - Parte 2 - Capitulo 46

Lauren on

-  Chega. – gritei uma segunda vez e me levantei, olhei para o Zayn e disse com uma voz chorosa– Eu errei, tá bom? Eu sei disso. Eu devia ter contado desde o começo sobre o Ash, mas não contei. Eu também não devia ter deixado que o Ryan me beijasse, mas deixei. As pessoas erram Zayn, e eu estou aqui confessando o meu erro, e pode acreditar que eu estou arrependida, mas isso não significa que vou deixar você me humilhar e falar o que quiser. – parei pra respirar, mas não tirei meus olhos dele, reparei que Zayn estava com uma expressão sofrida e cansada, tinha olheiras na região dos olhos vermelhos, a barba e o cabelo estavam maiores e não tão bem cuidados como de costume. Ele também estava sofrendo, e isso me doía, mas tive que ignorar tudo isso e focar na discussão. – Você já falou o suficiente, palavras duras até, e em nenhum momento você se desculpou por ter mentido pra mim.

Ele pensou alguns segundos, então sua expressão endureceu e ele disse – Não vou me desculpar.

Fiquei decepcionada. Zayn não estava facilitando as coisas. Ele foi me exigir explicações, mas não acreditou nelas. Nem desculpas ele estava disposto a me pedir.

Era o fim da linha, e pensar nisso me dilacerou.

-Tudo bem. – me forcei a ter calma e enxuguei o rosto– Não temos mais nada a dizer um para o outro. – consegui dizer, mas doía tanto, tanto.  -  Você, pode me dar licença pra eu terminar de arrumar as minhas coisas? Ou prefere que eu volte amanhã em um horário que não esteja em casa, você também pode pedir a sua funcionaria que arrume as minhas malas e deixe na portaria. – ele ficou calado, me olhando com intensidade, sua respiração começou a ficar audível. – E então? – perguntei e ele teve a pior reação.

Zayn chutou a minha mala com brutalidade, de novo e de novo. Assustada eu recuei para um canto, e minhas pernas tremiam ao assisti-lo como um louco descontar toda a sua raiva nas minhas malas. As pilhas de roupas que eu tinha colocado no chão e as que eu já havia colocado na mala estavam espalhadas por todo closet. Era como se um redemoinho gigante tivesse passado por ali. Zayn estava ofegante quando terminou, e eu boquiaberta.

Também estava com medo. Não conhecia esse lado agressivo do Zayn, me passou pela cabeça que o próximo alvo poderia ser eu. Ele teria coragem de tocar em mim? Não, o meu Zayn jamais faria isso, o meu coração me dizia. Mas a razão, essa me mandava ficar longe dele.

Quando Zayn colocou aquele olhar fervoroso em mim, ele ainda estava ofegando, eu alcancei rápido a porta do closet e sai por ela. Eu corri até a porta do quarto, e no momento que eu a abri, ele a empurrou e a fechou com força.

Meu coração acelerou. – Me deixa sair, agora. – eu disse, mas ele apenas me agarrou com muita facilidade e me jogou na cama. Cai deitada, mas me sentei e me afastei rápido para cabeceira quando ele subiu e engatinhou em minha direção. – Não chega perto de mim. – eu disse me encolhendo ainda mais, mas Zayn me ignorou e sem  olhar no meu rosto, puxou minhas pernas. Eu não sei do que eu estava com medo, mas comecei a relutar, e mesmo com a minha resistência ele conseguiu se enlaçar em mim.

Fiquei paralisada quando senti sua cabeça no meu colo, seus braços e pernas estavam em volta das minhas pernas, em uma posição fetal, como uma criança com medo do escuro.

O fato de Zayn querer me abraçar naquele momento, me encheu de alivio e tristeza, ele estava sofrendo mais do que aparentava, sem dúvidas.

- Você não pode ir embora. – ele disse baixinho, depois de um momento, e abraçou mais forte minhas pernas. – Aqui é a sua casa.

- Não, Zayn. – minha voz também estava baixa, tremula e estranha. -  Aqui é a sua casa.

- Não diz isso. – ele pediu.

- Assim você me deixa confusa. Quando eu chequei você me perguntou o que eu vim fazer aqui, e agora diz que eu não posso ir embora?

- Não sei o que vai ser de mim se você for, Lauren, a ideia me deixa louco.

Eu estava tentando manter minhas mãos longe dele, mas depois de ouvir isso, não foi possível. Eu acariciei seus cabelos macios, um pouco maiores do que eu estava acostumada, E esse simples toque me fez suspirar de alivio, por um momento imaginei que nunca mais tocaria nele.

- Não posso ficar, se você não acredita em mim, isso jamais daria certo. - eu disse. 

- Eu acredito em você.

- Acredita? Acredita mesmo? – queria ter certeza, porque aquilo me enchia de esperanças.

Zayn me soltou e me puxou até que eu estivesse deitada ao seu lado, ele acariciou meu rosto com muita delicadeza e disse olhando no fundo dos meus olhos. – Acredito em cada palavra que me disse. Mas isso não faz doer menos. – ele segurou minha mão e colocou no lado esquerdo do seu peito. – Tá incomodando aqui. Todas as vezes que a imagem deles te beijando me vem a cabeça, - ele fechou os olhos e ofegou – sinto vontade de quebrar alguma coisa.

- Não pensa nisso.

- Eu estou tentando.

- Não significou nada, Zayn. É você que eu amo, eu sempre vou amar só você.

Seus olhos estavam brilhando com a umidade, quando ele disse. – Então, me faz esquecer. Me faz esquecer o inferno que eu passei os últimos dias. 

Meu corpo inteiro estremeceu com o convite velado, e eu o beijei, ele me beijou de volta, e foi magico. Tiramos nossas roupas em questão de segundos, e rapidamente ele estava sobre mim, dentro de mim, com sede e necessidade, gemendo me beijando...

E depois do fim da segunda rodada, ele me abraçou e tudo ficou bem.

Bom, eu queria que tivesse sido assim. Mas as coisas ficaram meio estranhas entre nós.

Começou no dia seguinte.

Eu acordei, Zayn não estava na cama, quando sai do quarto e perguntei a Dayse, soube que ele tinha ido correr no park. Quando ele chegou todo suado, foi direto para o banho, e logo depois disse que iria sair pra resolver uns problemas. Ele não disse o que era, e nem eu me atrevi a perguntar. Só sei que não recebi nenhuma ligação dele no decorrer do dia. E quando ele chegou em casa a noite, tomou um banho, deitou na cama, me deu um beijo na testa e disse que estava muito cansado.

Eu fiquei decepcionada, mas entendi que estávamos atravessando  uma fase, que iria passar em algum momento.

Aquele primeiro fim de semana foi um fracasso. Não foi nada como os fins de semana que saiamos pra passear, ou ficávamos na cama, comendo, vendo filmes e fazendo amor. Foi algo como, Zayn no escritório e eu laboratório revelando fotos da viagem que acabou com a minha alegria.

Na segunda, Zayn voltou ao trabalho, e eu nunca me senti tão sozinha na vida, perdida dentro daquele apartamento enorme, só me restou encher o saco das minhas amigas que estavam em Londres vivendo suas vidas e cheia de afazeres.

Zayn chegou tarde naquele dia, e completamente bêbado. Eu estava tão arrasada que nem pedi explicações, mas ele se jogou na cama e me deu mesmo assim.

- Encontrei com o Ash hoje, bati na cara dele, e coloquei minhas ações a venda. – Zayn disse com a voz embriagada.

Me sentei e perguntei assustada – Você o quê?

Ele não respondeu, acho que tinha apagado.

Na terça Zayn acordou depois do meio dia. E foi durante o almoço que eu o questionei.

- Você bateu no Ash e colocou suas ações a venda?

Ele me olhou, até então ele não tinha me olhado.

- Quem te contou?

- Você. Ontem a noite.

Ele parecia confuso. – Ah, foi. Não tinha mais clima pra continuar na sociedade.

Senti uma culpa horrível.

- Mas você gostava tanto do seu trabalho, não é?

Ele fez um breve silencio e então disse. – Não esquenta com isso.

- Como não...

- Eu já estou mexendo com outros negócios. Inclusive eu tenho que sair agora... – ele se levantou e limpou a boca no guardanapo – O Liam está me esperando no estúdio de um amigo meu. – ela já ia saindo, mas se lembrou de mim, e voltou para me dar um beijo na alto da cabeça.  

Sério? O que merda estava acontecendo?

Eu puxei Zayn de volta pelo colarinho da camisa, e beijei sua boca - foi um choque de tesão, porque fazia dias que não nós beijávamos –  ele retribuiu e eu me levantei da cadeira ainda o beijando, meu corpo estava pegando fogo e o dele também, eu podia sentir, mas então ele se afastou, forçou um sorriso e disse – Estou atrasado.

Eu estava tão afetada que só consegui dizer – Tudo bem.

Com a distância do Zayn, eu tive que procurar alternativas para me distrair. Ficava perambulando pela cidade, dando uma de turista. E ele chegava cada dia mais tarde.

Muitas vezes me passou pela cabeça, ir embora. Mas eu não queria deixa-lo, tentava me convencer de que ele estava precisando de um tempo.

Na semana seguinte recebi uma ligação da revista, e começar a trabalhar parecia ser a salvação da minha sanidade. Mas não foi. Quando eu saia ele estava dormindo, e quando ele chegava, quem estava dormindo era eu.

Era sábado quando eu resolvi dar a última cartada. Eu estava carente de atenção, amor e sexo e  Zayn estava me evitando de todas as formas.

Ele não se sente mais atraído por mim?

Deixei de ser interessante?

Ele não me ama mais?

Ele tem outra?

Essas questões e outras  pairavam em minha mente. 

Eu estava tomando uma atitude quando entrei em uma loja de lingerie e comprei varias. Também passei em um sexy shop, e quase morri de vergonha, porque não era um lugar que eu já tinha ido alguma vez na vida.  Fui pra casa e arrumei o quarto. Cortina e lençóis de seda vermelha, incensos, velas. Preparei também o que comer, chocolate, morango, chantilly e champanhe. Me depilei e tomei um banho demorado de banheira, e quando vesti um roupão, peguei o celular e enviei mensagem para o Zayn.

“Vai demorar?”

“Um pouco. Estou no estúdio.”

Droga.

“ Por que?’’ ele quis saber.

“ Queria que viesse pra casa, não estou me sentindo muito bem. “  dizer isso sempre funcionou.

“ O que você tem?’’

Pensei em algo pra dizer, mas ele foi mais rápido.

“ Estou saindo daqui, chego aí em 20 min.”

“Ok”

Vesti minha lingerie de renda preta, com cinta liga, meia calça e salto alto, fiz uma maquiagem sexy e fiquei esperando  por ele.

Continuo??

Continuo??