História O Filho do presidente - Por trás do processo

 Magnus estava andando pelos corredores sem um rumo exato pra onde ir. Estava fazendo isso a horas, quase que automaticamente.

Havia passado a madrugada inteira acordado, não sabia o porque, mas estava sentindo uma pontada estranha no peito desde que chegou ali, e com a conversa inacabada que teve com Elizabeth a única coisa que conseguiu foi ficar com dor de cabeça.

Parou em frente a uma das grandes janelas que tinha vista para o jardim e ficou encarando o céu lá fora. Deveria ser por volta das sete pras oito da manhã, tirou o celular do bolso vendo que não passava disso, e que provavelmente Alec ainda estaria dormindo porque não havia respondido sua mensagem ou retornado a ligação que havia feito mais cedo.

Magnus suspirou e virou para voltar para o quarto novamente. Não estava se sentindo muito bem e antes de voltar decidiu passar na enfermaria para pegar algum remédio. Mas assim que chegou lá viu uma cabeleira conhecida, mechendo distraidamente em algumas prateleiras.

- cat ? - magnus a chamou se encostando na porta e a viu se virar lentamente com caixas de remédios nas mãos. Ela parecia confusa - pensei que trabalhasse como assistente.

- eu trabalho - ela confirmou soltando as caixas em cima da mesinha ao seu lado e parou a frente de como como​ um cara entediada - mas por causa dos repórteres sua mãe não vai precisar de mim hoje e como a Lily parece ter ficado doente, ela me mandou pra cá. Mas eu não sei o que tô fazendo.

Magnus riu minimamente. Quase nunca via cat por sempre estar correndo pra lá e pra cá com sua mãe resolvendo as coisas. Mas eles se deram muito bem. E, o fato mais engraçado e irônico era que a família de cat era toda de médicos ou algo relacionado a medicina, mas parecia que ela não havia herdado nada nesse assunto.

- pelo menos sabe qual desses ai é pra dor de cabeça ? - perguntou e cat se virou alcançando uma cartela de comprimidos e o entregou junto com um garrafa​ de água.

- eu só sei que é esse porque já tomei ele hoje - ela falou revirando os olhos quando Magnus olhou o nome do remédio, como se fosse pra ter certeza - mas você não é muito novinho pra ter dor de cabeça ?

- cat você só é alguns anos mais velha do que eu.

- e por isso, sei que você já deveria estar pronto para a entrevista, porque hoje é o dia que os repórteres tem livre acesso a casa e a senhorita Elizabeth já deve estar falando com alguns deles agora mesmo.

- Não importa, eu não vou - Magnus disse dando de ombros e viu cat franzir o senho em questionamento - a única coisa que eu não preciso agora é de repórteres me fazendo perguntas que eu já respondi.

- eu até falaria que se você quisesse podia vim desabafar comigo, mas eu acho que a única coisa que você precisa agora é dormir - disse e Magnus parecia levemente surpreso - sim, dá pra perceber que passou a noite acordado.

Magnus abriu e fechou a boca algumas vezes, mas no fim limitou-se em apenas dar um sorriso pequeno e beijou a bochecha de cat, saindo logo depois em direção ao quarto.

Assim que entrou se jogou na cama e tirou a carteirinha de remédios do bolso e percebeu que tinha uma com comprimidos menores, e reconheceu como sendo os que Elizabeth costumava tomar para poder dormir.

Magnus revirou os olhos sabendo que Catarina loss não tinha limites.

Encarou os comprimidos pensativo, e por fim acabou tomando os dois, não faria mal dormir algumas horas e assim que acordasse se sentindo melhor voltaria pra faculdade .

                         XXX

- eu sei o que eu disse, Harry - Elizabeth falou e se soltou do aperto da mão do outro em seu braço - não precisa me lembrar.

- então porque ainda tá aqui ? - perguntou frio, mas por mais que tentasse parecer forte ela percebia que Harry estava magoado.

E não podia o culpar por isso.

- Harry, eu vou falar pra ele, só... Me dá um tempo pra recuperar a confiança do magnus, que eu não sei em que momento a perdi - pediu, mas não tinha certeza se o mesmo o faria e precisava desse tempo - por tudo que nos já...

- me poupe, Elizabeth - Harry disse a interonpendo e começando a caminhar de um lado para o outro em um mistura de nervosismo, raiva, angústia e...

Harry realmente pensou que podia a encarar de volta e falar tudo que estava preso na garganta, mas tinha sido muito mais fácil falar e acabar descontando em Magnus do que a olhar naquele momento, mesmo que não se orgulhasse disso.

- Harry...

- sorria e invente uma desculpa convincente pra ausência de Magnus, sei que não vira - falou e caminhou até a porta - começamos em cinco minutos.

E bateu a porta deixando Elizabeth com seus pensamentos. Ela sabia que tinha errado, se arrependia de ter feito o que fez sem antes ter a absoluta certeza que não tinha outra saída, mas não tinha tempo.

E o que poderia fazer ? Era apenas uma adolescente ingênua e sozinha na época.

Levantou o rosto e passou a mão pelo mesmo percebendo que chorava, respirou fundo e saiu pela porta. Foi errado, mas foi pra garantir o futuro da pessoa que mais amava. E quem podia culpá-la ?

                         (...)

Elizabeth e harry estavam finalizando uma das entrevistas que ainda precisavam dar, bem Harry respondia e Elizabeth sorria concordando, sem ao menos saber do que se tratava.

Depois da conversa com a esposa, harry só queria ficar sozinho, sem câmeras, pessoas ou problemas, mas parecia que o universo não queria colaborar, principalmente quando o mesmo viu um dos seus guardas entrando com sangue seco visível na roupa.

- eu não vou nem vou perder meu tempo brigando com você - Harry falou assim que entraram em um dos alojamentos que abrigavam os seguranças e guardas-costas. Estava vazio. - cadê o Hodge ?-

- esse é o problema senhor - falou o segurança com uma expressão nervosa - tivemos um problema com o garoto lightwood.