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História O fim é só o começo... - 1 A garota nova.


Escrita por: Ssys

Notas do Autor


AAAAAAAAAh! Demorei d+ para postar. Perdoem minha ̶F̶a̶l̶t̶a̶ ̶d̶e̶ ̶t̶e̶m̶p̶o̶ (preguiça).
Então estou postando o capitulo maior, mas menor que o ultimo, para me desculpar.
Espero que gostem e gostaria muito de ter a opinião de vocês.
Tenham uma boa leitura pessoinhas e ninjas ocultos.

Capítulo 5 - 1 A garota nova.


Fanfic / Fanfiction O fim é só o começo... - 1 A garota nova.

 

 

 

Mais uma vez esqueci de respirar. É como se ele realmente estivesse me afogando. Mas, quanto mais eu me afogo, mais fundo eu quero ir e mais desse mar quero conhecer. Ele consegue fazer com que eu sinta ansiosa por mais, para descobrir mais, descobrir o que posso sentir a cada carinho e toque diferente que ele me dá. Mas aqui não é um local apropriado para eu deixar ele controlar essa situação.

 

Eu me afastei de seus beijos e Yan pareceu surpreso.

 

—Fiz algo errado? 

 

"Não, não fez nada errado, e esse é o problema. Se eu não colocar um pouco de auto controle 'meu' nisso, vai dar 'merda'."

 

—Não fez. Mas não acho que isso que estamos fazendo seja um castigo apropriado. -"Só eu é que sofro com falta de ar, coração a mil e esse frio na barriga que não passa."- Então pensei em algo que será um bom castigo, e vai ser bom para ambos.

 

—O que? -Ele disse com um olhar safado, já pensando com malícia.

 

Fiz um olhar sedutor, me levantei do seu colo (eu ainda estava em cima dele), afastei dois passos, lhe mostrei um sorriso travesso e continuei fazendo olhar sedutor. Me sentei no chão. Somente, me sentei no chão. A cara dele de que não estava entendendo foi hilária.

 

—Vamos conversar.

 

—Não entendi. Você disse que ia ser bom para nos dois. -Ele franziu o rosto, eu tive a impressão de ver um biquinho se formando.

 

—E vai ser bom, afinal nós vamos nos conhecer melhor. Eu não sei praticamente nada sobre você. E o que você sabe sobre mim além da minha real aparência e outras coisas que viu hoje na escola? -Perguntei o olhando séria.

 

Ele ficou calado, fechou os olhos e com certeza sabia que eu estava certa. Então escutei um suspiro.

 

—Ok... Eu começo? -Eu assenti com a cabeça.

 

Após falarmos bastante, descobri que seu nome é Ayan, o mesmo nome de seu pai. Para não dar confusão quando sua mãe os chamasse, ela decidiu chamar ele de Yan, então o nome pegou. E eles são -sem novidade nenhuma- milionários, e fora isso ele está em vigésimo no ranking da escola. Para mim, fora saber de sua infância, sobre o seu nome o e seus gostos o resto não me interessava.

 

Contei da minha "habilidade" bizarra, dos meus pais, da minha infância, das coisas que gosto, da minha fome insaciável, das conquistas que já tive -mas só porque ele pediu fazendo charminho-, e de tudo que eu já tinha aprendido. E que eu estava no top do ranking da escola ele já sabia por causa do Thiago.

 

- ~ -

 

—Então, amanhã você vem? -Yan me perguntou se aproximando de mim.

 

—E por acaso uma aluna exemplar como eu falta?

 

—Você cabulou a aula de educação física, não acho que uma aluna exemplar faz isso. -Ele me olhou com cara de tédio e revirando os olhos.

 

—Porque você me pediu. -Olhei feio para ele.- E você cabulou a de sociologia. Mas enfim... Vou vir.

 

—Vou falar para os garotos que você irá ficar com agente nos intervalos a partir de amanhã.

 

—Não vou não!

 

—Por que não?

 

—Como eu expliquei a você, meu papel é não chamar a atenção e ficar com vocês não me ajuda a cumprir isso.

 

—Então você está fazendo seu papel muito mal. Você será o papo principal a semana toda.

 

Eu suspirei. É verdade. Vou ser o assunto a semana toda, isso se eu tiver sorte, se não, será o mês todo. Ele olhava para mim esperando a minha resposta.

 

—Tá... -suspirei derrotada. 

 

—Bey vai ficar feliz de ter mais um nerd na turma.

 

Eu fiz cara feia por ele me chamar de nerd, mas eu era mesmo então nem discuti só revirei os olhos. Comecei a refazer minha trança já que íamos embora.

 

—Deixa solto. -Ele disse pegando em uma mecha e deixando escorregar em seus dedos.

 

—Não! -Continuei fazendo a longa trança.

 

—Então tira as lent...

 

—Não! -O interrompi.

 

Ele abriu a boca para falar outra coisa.

 

—Não!

 

—Mas nem falei nada. -Ele disse rápido.

 

—Ia fazer outro pedido.

 

—E eu não posso fazer pedidos para minha garota?

 

—Como pensei... -Suspirei e ele olhou para mim curioso.- Isso não combina comigo. -Expliquei e ri baixinho.- Pode pedir coisas possíveis.

 

—O que peço é fácil de se cumprir. -Olhei séria para ele.- Tá vou respeitar sobre a lente e a trança, mas o último pedido é bem simples... 

 

Fechei os olhos e suspirei.

 

—Fala.

 

—Deixe a franja solta, e use roupas normais... -Ele continuou a falar antes que eu me negasse.-  Ninguém vai mexer... Correção, ninguém será doido de mexer com você, tanto por estar com a gente, quanto por você ter feito o Bruno se ajoelhar sem fazer esforço nenhum. Sem tirar que nessa escola se vestir como você, chama mais a atenção ainda.

 

Pensei um pouco. Repensei. Fiz careta. Depois bufei. Sei que já estou no inferno... Já abracei o capeta quando derrotei o Bruno, já peguei um bronzeado com um Íncubo quando aceitei me relacionar e andar com as pessoas mais populares da escola, então porque não pegar o osso do cérberos, roubar a asa do Pazuzu e sair correndo e acabar ferrando tudo de uma vez?

 

Suspirei e o Yan me abraçou já percebendo que eu cedi.

 

—Posso te ajudar com a roupa.

 

—Não precisa minha mãe vai adorar fazer isso.

 

—Quero dizer... Te ajudar a retirar a roupa...

 

—Idiota! -Dei um soco leve e depois o empurrei aproveitando o impulso para me levantar.

 

—Não estava brincando. -Assim que ele disse isso levantou-se, se aproximou de mim de novo com um olhar sedutor, me abraçou empurrando-me de vagar até minhas costas se encontrar com uma árvore.

 

A inquietação na minha barriga começou assim que ele me beijou. Realmente jamais iria me acostumar com isso, com essa sensação. Meu celular tocou e nós paramos de nos beijar. O visor mostrava que era minha mãe.

 

Atendi.
 

—Fala mãe.

 

—Oi filha, você está indo para o Canto solitário?

 

—Não, ainda não sai da escola, por quê?

 

—Um dos professores da escola de artes marciais perguntou se você pode render ele hoje.

 

—Fala com ele que eu posso, mas ele vai me dever uma.

 

—Viu, eu vou avisa-lo.

 

—Tchal, mãe valeu por ter me ligado. -Estava sendo afogada por um idiota.

 

—Por nada filha, até depois.

 

Desliguei o celular.

 

—Droga, tenho que ir.

 

—Serio? Para onde? -Ele fez uma cara triste.

 

—Dar aula de defesa pessoal.

 

—Sério?

 

—Sim.

 

—Quero uma aula particular. -Ele disse tentando se aproximar mais uma vez.

 

—Tá, ta... Chega disso vamos embora. -Falei já entendendo o que ele queria voltar a fazer.- Eu realmente estou atrasada para render o professor.

 

Ele bufou mas concordou. Fomos até o portão da escola, ele subiu em sua moto e eu -por escolha minha- fui andando até o ponto de ônibus.

 

- ~ -

 

Cheguei em casa, troquei de roupa, esvaziei a geladeira, montei a bolsa para trocar a roupa de novo na academia, despedi da minha mãe e fui embora.

 

- ~ -

 

Dar aulas não me cansa por que tenho um bom físico. Mas o que me esgota é que minha mente não descansa nem um segundo. Eu não consigo fazer uma coisa só. Eu revejo tudo que aconteceu no dia, dou a aula, penso em que eu devo fazer amanhã, fico relembrando coisas aleatórias e presto atenção em todos os alunos de uma vez. Sem tirar que se eu quiser consigo ver tudo em câmera lenta em minha mente. Só é uma pena que não consigo fazer meu corpo acompanhar as ordens da minha mente. Mas ainda assim, meus reflexos é cem vezes melhores que de qualquer outra pessoa -quando não estou com fome ou grogue de sono, é claro.

 

- ~ -

 

A aula acabou, cheguei em casa, tomei mais um banho bem demorado para minha satisfação. Com a geladeira vazia por minha própria culpa, tive que esvaziar a dispensa, mas não foi o suficiente. Minha mãe pediu duas pizzas gigantes, uma inteira para mim e outra para ela e meu pai. Assim que terminei de comer escovei os dentes. Finalmente limpa e com a fome controlada -só controlada mesmo, porque assim que eu acordasse de manhã já poderia comer um boi inteiro- li e assisti algumas coisas online. Então finalmente fui descansar a mente.

 

- ~ -

 

—Filha... Filha acorda. -Minha mãe chamou me balançando de vagar.

 

—Só mais dez minutos...

 

—Tá bom, irei retirar do tempo que tem para o café da manha e banho...

 

—Ok, já levantei. -Dei um pulo da cama.

 

—Vou pegar suas roupas... -Minha mãe disse rindo, ela sempre soube como me manipular.

 

—Mãe...

 

—Oi...?

 

—Pode... Escolher... A roupa... -Disse devagar, na verdade me forcei a falar.

 

—Sim, ta bom, irei pegar daquelas que você falou.

 

—Não mãe... Bem, quero dizer que você pode pegar a que você quiser.

 

Minha mãe ficou paralisada de costas para mim e depois se virou. Ela ficou me encarando por uns cinco minutos. Não sei porque mas acabei ficando envergonhada.

 

—Quer saber? Pode deixar! Eu me viro! -Disse entrando no banheiro.

 

—Quem é o garoto?

 

Esse foi o chute de dedução mais rápido que minha mãe já fez. Só pedi para ela escolher a roupa, ela me encarou sem perguntar nada e depois acerta na mosca. Odeio quando isso acontece.

 

—Não tem nada haver mãe. -Disse emburrada por ter sido descoberta.

 

—Não acredito! Tem mesmo um garoto? Ele é bonito? -Depois que minha mãe acerta uma vez parece que ela lê a nossa mente.

 

—Mãe! -Chamei sua atenção.

 

—Sério? É inteligente e rico também? -Ela parecia mais animada do que nunca.

 

—O que isso importa? -Revirei os olhos.

 

—Nem acredito! Bonito, inteligente, e rico... Ta indo muito bem em filha!? Então? Ele beija bem? É educado? Te trata bem? Desde quando está namorando? Você tem que se prevenir viu filha.

 

—Mãe! -Chamei sua atenção, pelas suas ultimas palavras.- Antes que eu tenha um ataque, tem como deixar eu tomar o meu banho? Juro que depois respondo suas perguntas. -Disse já sentindo a minha orelha doendo. O tanto de perguntas que ela iria fazer já estava me incomodando antes da hora.

 

—Tá bom, vou estar fazendo seu café, e sua roupa já vai estar separada.

 

Entrei no banho. Deixei a água quente relaxar meus músculos, retirar o estres e me acalmar. Assim que sai do banho minha mãe já estava no meu quarto. Olhei em cima da cama. Tinha uma lingerie linda que nunca tinha visto antes -nunca vi nem a metade das coisas que minha mãe me comprava-, a camisa social de manga comprida branca -que é a regra do uniforme-, um espartilho preto de couro que ia por cima da blusa social, uma calça jeans preta e uma bota preta com salto baixo. E alguns acessórios.

 

—Mãe, não estou indo a uma festa e nem a passear, só estou indo para a escola. -Eu disse colocando a mão no rosto.

 

—Eu sei. E tem alguma diferença de como a maioria dos adolescentes daquela escola se veste?

 

Realmente não tinha. Todos pareciam que estava indo para uma festa social esportivo, ou indo a algum show de rock, sem tirar que tem aqueles que não querem seguir as regras de vestimenta da escola. Comparando com algumas patricinhas, aquela roupa estava até simples de mais.

 

—Ok, vai ter que servir. -Disse vestindo todas as peças.

 

—Ok, agora maquiagem e um perfume, né filha? -Minha mãe já vinha para cima de mim com cílios postiços, base, corretivo, pó compacto, sombra, delineador, batom, blush e um frasco de perfume.

 

—Não abusa mãe. Te dou o pé e você quer ter até as minhas próximas gerações que ainda nem nasceram. -Revirei os olhos.

 

Após bastante discussão, minha mãe conseguiu fazer minha cabeça e deixei ela me produzir mais um pouco. Acabei com uma sombra preta esfumaçada,  o cílios postiços do mais simples, sem batom, e uma trança embutida com a franja solta.

 

—Vou chorar... Filha você esta linda.

 

—Tá, tá! Já vou, estou muito atrasada.

 

Nem se quer me olhei no espelho, minha mãe sempre foi boa em julgamentos. Ela disse, eu acredito.

 

"Droga minha mãe demorou muito, talvez não chegue a tempo para o primeiro horário."

 

—Filha?

 

—Ah, oi pai, o senhor esta saindo agora?

 

—Nossa... O que sua mãe fez? Ela te ameaçou de morte?

 

Eu tive que rir, e rir muito.

 

—Não pai, ela não ameaçou, resolvi ceder um pouquinho mas a mamãe deve ter exagerado um pouco.

 

—Não, bem... Para os parâmetros da sua mãe, não está exagerado.

 

—Sério? Isso é bom. 

 

—Mas para a escola...

 

—É, eu sei, mas lá todos se vestem bem mais que isso... Pai, pode me levar para a escola? Essa arrumação toda da minha mãe me deixou mais atrasada do que o de costume.

 

—Claro filha, entra que te levo.

 

- ~ -

 

—O sinal fechou, e só falta uma esquina!

 

—Relaxa pai, graças ao senhor não cheguei atrasada e ganhei 10 minutos. Pode me deixar naquela lanchonete porque ainda to com fome.

 

—Tem certeza?

 

—Sim, tenho. To com fome.

 

Meu pai riu.

 

—Tchal pai, vai com cuidado.

 

—Até mais, boa aula.

 

Desci do carro e fui direto para a lanchonete da Nana, uma senhora gentil que adicionou ao cardápio dela a panqueca tamanho Sayuri. Ela estava de costas mexendo no fogão.

 

—Nana, faz ai duas panquecas doces tamanho Sayuri para eu terminar de forrar o estomago.

 

—Farei agora! Você sumiu menina o que aconteceu?

 

—Ultimamente ando chegando atrasada.

 

—Você está sempre atrasada.

 

—Falando nisso, vou me atrasar de novo.

 

—Calma já ta saindo.

 

Depois de dois minutos a Nana se virou olhou para mim, olhou para as mesinhas e em direção do banheiro.

 

—Desculpe minha jovem, mas você viu outra mocinha por aqui?

 

—Não Nana, quando cheguei aqui estava vazio.

 

Nana olhou em minha direção e tentou olhar atras de mim para ver se tinha alguém. 

 

"Ela não está me reconhecendo."

 

—Estou tão diferente assim Nana? Sou eu, Sayuri.

 

—Deus! Menina, você está muito diferente, jurava que também era uma filha de madame.

 

—Hahaha. Minha mãe vai gostar do elogio. Poise Nana resolvi mudar um pouquinho. Gostou?

 

—Está linda. Mas parece que sua fome não mudou, seu olho não saiu do prato que ainda não te entreguei. 

 

Então ela colocou as delícias uniformes, lisinhas, grandes e macias que eu tanto senti saudade de comer na minha frente. Joguei a cauda de chocolate e avelã em cima e não demorei nem três minutos para devorar tudo.

 

—Aqui Nana. -Disse colocando o dinheiro em cima da bancada.- Agora estou levemente atrasada, então vou indo.

 

—Tenha uma boa aula menina.

 

Então andei rápido até a escola. Na rua havia alguns alunos que ainda não tinha entrado, e entre esses alunos o grupo do Yan, e o próprio, era alguns desses alunos.

 

"O que eles estão fazendo aqui fora? Vou brincar com a cara deles."

 

—Oi garotos? Sou nova aqui, será que alguns de vocês poderia me ajudar? -disse mudando a voz, colocando um sotaque francês e fazendo um charminho.

 

—Opá! Só se for agora. -Celt se prontificou.- Quer fazer um tour pela a escola? Vou te mostrar meus lugares favoritos. -Ele me olhou com malícia.

 

—Se precisar de alguém para te informar como funciona as coisas por aqui, conta comigo. -Thiago pela primeira vez falou baixo. Ele piscou para mim e cruzou os braços fazendo pose.

 

—Posso te mostrar o site da escola e o endereço do chat que os alunos daqui entram, sem tirar que posso te ensinar alguma matéria que tiver dificuldade. -Bey falou com simpatia mas não com interesse como o Celt e Thiago.

 

Yan estava me olhando como se olhasse para uma pessoal normal. Que por sinal, eu gostei e achei estranho ao mesmo tempo.

 

—E você, mon chéri? Ira me ajudar? -Fiz a pergunta para o Yan. Ele olhou para mim depois fechou a cara.

 

—Creio que ele não possa te ajudar... Ele está esperando alguém. -Celt disse tentando chamar minha atenção.

 

Cheguei perto de Yan fazendo charme.

 

—Mesmo? -Perguntei ao Celt que estava a meu lado.

 

—Tem certeza mon chéri? Não vai me ajudar?

 

Yan me surpreendeu me puxando pela cintura e me beijando na frente de todos.

 

—Ei, ei! Yan, isso é errado. -Celt disse, quase choramingando.

 

—É Yan, você ta parecendo até o Celt. -Thiago disse alto e rindo, e Celt deu um soco no seu braço.

 

—Você conseguiu me surpreender mais uma vez. Você tem mais alguma surpresa para mim senhorita Sayuri? - Yan sussurrou no meu ouvido.

 

—Nossa, dessa vez você percebeu rápido em. -Eu sussurrei de volta e ele riu.

 

—Ei, isso é muito errado Yan. Você não disse que está com a...

 

—Acho melhor você parar com isso antes que eles façam um escândalo. -Yan falou comigo em voz alta interrompendo o Bey.

 

Eles se olharam sem entender do que o Yan falava.

 

—Desculpe garotos, eu só estava brincando. Eu sabia que vocês não iam me reconhecer. -Disse com minha voz normal sem sotaque.- Vocês devem estar confusos mas sou eu, Sayuri. -Dei de ombros.

 

Eles se olharam, depois olharam para mim, depois pro Yan, olharam para mim de novo depois pro Yan e ele revirou os olhos.

 

—Eu pedi a ela para vestir roupas comuns. -Yan me olhou dos pés à cabeça.- Mas ela superou e muito minhas expectativas. E se não parar de ficar encarando ela Celt, você vai conhecer o outro mundo.

 

—Foi mal! Foi mal! Mas você ficou... -Ele olhou de cima a baixo de novo.- Muito linda. Então o combo ficou completo... Linda, diferente, divertida, perigosa, inteligente e cheirosa. -Ele disse respirando fundo.

 

Celt pegou na minha mão e estava quase a beijando, mas Yan o empurrou com o pé, levando ele a uns três passos de distância de mim.

 

—Mandei ficar longe Celt. -Yan olhou sério para ele.

 

—Só estava sendo cortês. -Ele disse em tom de brincadeira.

 

—Não seja! Por que eu não vou ser cortês com você. -Yan foi para cima dele mas dava para perceber que só estavam brincando.

 

—Você está muito diferente, realmente parece uma aluna nova. -Bey disse com a voz fofa e com um sorriso gentil.- Não ligue para eles, eles sempre foram um pouco idiotas, mas são inofensivos. -Ele riu e mostrou a língua quando os dois que estavam brincando perceberam que Bey estava falando deles.

 

Bey é só um pouco mais alto que eu, mas graças ao salto da bota estávamos do mesmo tamanho. Eu não aguentei, cheguei perto dele apertei sua bochecha e fiz carinho na sua cabeça quando ele reclamou da bochecha. Ele é tão fofo! Da vontade de apertar que nem um bichinho de pelúcia.

 

Quando olhei para o Bey ele estava todo vermelho de vergonha, ficou mais fofo ainda. Celt e Yan estava encarando ele feio. E depois Yan olhou para mim com carinha de cachorrinho pidão. Afaguei sua cabeça também.

 

—"Enquanto dois cachorros brigam um terceiro pega o osso" né Bey. Hahaha. -Thiago voltou a falar alto para minha infelicidade.- Concordo com o Bey, você realmente ta parecendo uma estudante nova.

 

—Isso vai ser bom então, ninguém vai me encarar por ontem. -Fiz careta.

 

—Acho que alunos novos são encarados também. -Thiago disse rindo da minha cara.

 

—Mas é em uma escala muito menor.

 

—Talvez, se fosse uma novata normal. Mas uma novata que já chega sendo beijada por alguém popular é outra história. Todo mundo já está querendo saber quem é você. -Ele virou o seu celular para mim, no grupo da escola já tinha uma foto focada em mim e mais acima uma tirada na hora que Yan me beijou. -Olhei feio para o Yan e ele desviou o olhar. Que ódio.

 

Suspirei.

 

—Mas por que você não gosta de atenção? -Celt perguntou interessado.

 

—A atenção normal, tipo parabenizações, elogios e pessoas que dão sua consideração não é e nunca foi o problema. Mas à aqueles que sempre querem ter o mesmo que o outro, e quando não pode o ataca de diversas formas, é essa a atenção que odeio. -Suspirei forte.

 

—Nós entendemos. Mas você agora esta com agente, não precisa se preocupar em chamar a atenção. -Bey falou tentando me alegrar.

 

—Lógico só ia me dar dor de cabeça. Porque afinal, vou chamar de qualquer forma mesmo... E vocês só vão ajudar a chamar mais. Preocupar com isso agora é o mesmo que tentar secar o mar com um pano. -Disse dando de ombros.

 

Todos riram.

 

"Então vamos ferrar tudo logo de uma vez."

 

—Ok. Acho melhor nós entrarmos antes que a escola inteira tenha que sair para poder bisbilhotar. -Falei já olhando para o portão cheio de alunos, que já tinha entrado, tentando sair.

 

Para piorar a minha situação e chamar mais a atenção, eles fizeram uma roda ao meu redor. Yan do meu lado esquerdo com o braço a minha volta me abraçando, Bey do meu lado direito, Celt na frente e Thiago atrás. Dava para perceber que todos só olhavam para mim, e ficavam perguntando uns para os outros quem era eu.

 

—É, você será o centro das atenções de qualquer forma hoje, então por que não aproveita? -Yan sussurrou em meu ouvido.

 

Eu já tinha decidido encarar o inferno da melhor forma possível. Agora é só entrar no modo "Foda-se" e aproveitar a estadia. Não só pareço uma garota nova como me sinto uma. Sai da minha zona de conforto para encarar algo que eu odeio. E parte disso ainda é desconhecido por mim. Já que cheguei até aqui, eu vou encarar tudo que desconheço como se fosse algo que eu queira fazer.
 

 

 

 


Notas Finais


Gente to com preguiça então não vou falar muito... Só espero que tenham gostado e que relevem meus erros.
Possivelmente e futuramente irei fazer uma parte contando o lado de Yan mostrando os pensamentos dele sobre todo esse tempo que passou até o capítulo 6 que já estou fazendo, então quero saber o que acham disso.
Bey vou te morder!
Então até a próxima.
Bye pessoas que não conheço mas que adoro.


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