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História O florescer da lua - 29.


Escrita por: _Lua_A

Notas do Autor


Olá, meus amores! ^^ Eu voltei! ^-^ me sinto como uma fênix ressurgindo das cinzas (quase que eu não sou dramática). Eu sei q sumi,mas é q a facul ta tensa. Bem, boa leitura!

Capítulo 29 - 29.


            Neji andava mais frente, guiando aquele estranho grupo, se bem que é um eufemismo chamar aqueles quatro de “grupo”, como se existisse algum sentimento de camaradagem entre eles. Não, definitivamente não. Caminhar adiante deles era quase um alivio para o Hyuuga que se distanciava do clima venenoso e mortal que estava entre os seus outros três companheiros de viagem. Estava visível que aquele grupo possuía dois pólos: Naruto e Sasuke contra Tenten e era notável não confiavam uns nos outros. Os olhares de soslaio estavam lá, nada discretos, assim como as mãos nas armas, em um claro aviso de que estavam preparados para se matarem ao menor sinais de hostilidade.

            Neji não deixava de se imaginar como uma babá de três assassinos mortais.

            —O que faremos quando chegarmos à cachoeira?—A voz de Naruto se fez presente, quebrando o silêncio.

            — Eu matarei Ogedei e vocês vão se manter afastados do meu caminho.—Decretou Tenten, sem desviar o seu olhar da imensidão branca à nossa frente.

            Sasuke arqueou uma sobrancelha, enquanto Naruto bufou, indignado.

            —Tenten, querendo ou não nós aqui somos um time, certo?—Interveio Neji, tentando diminuir os nervos daqueles que o seguiam.—Apenas trabalhando juntos nós alcançaremos o nosso objetivo.

            Nenhum dos três pareceu cativado pela fala do moreno e o mesmo soltou o ar pela boca, observando o sopro sair como uma fumaça branca. O Hyuuga deu de ombros e voltou a se concentrar no trajeto que não realizava havia anos. Lembrou-se de quando seu pai o guiara quando ele era pequeno, o ajudando a não cair na neve e contando histórias de aventura para matar o tempo e o tédio. Aquele caminho era sagrado, e o homem pedia perdão aos deuses por ter que levar forasteiros para lá. O seu coração pesou novamente ao lembra-se de Hinata, ao recordar o quanto Hiashi havia se esforçado para manter a sua filha mais velha bem distante daquele mundo místico e perigoso e agora... Ela estava nas mãos de um lunático e sequer sabia a totalidade dos mistérios do seu poder, do poder da sua linhagem.

                      

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            Hinata espirrou, morrendo de frio perto daquela cachoeira gélida. Aquele era um lugar lindo, disso a morena tinha que admitir, mas o medo que nutria daquele homem a fazia se esquecer de apreciar a paisagem. Uma cachoeira de cerca de nove metros cortava a neve, rodeada de pedra e de rala vegetação. Já havia passado dois dias ali, o seu prazo já estava chegando ao fim. Ogedei lhe dera três dias para que abrisse o portal do Santuário, mas a Hyuuga não fazia ideia de como fazer aquilo e a cada hora, o mongol tornava-se mais violento e irado com a frustração de seus planos e os hematomas na pele alva da moça denunciavam isso. Ela estava exausta, sem comida e muito menos proteção contra o frio durante as frias noites.

            Hinata agora estava na água congelante da cachoeira, os seus pés estavam entorpecidos e suas vestes molhadas grudavam em suas canelas de maneira dolorosa. A morena juntou as palmas das mãos, em uma espécie de súplica aos deuses, deixando que os seus lábios frouxos escapassem preces balbuciadas. Ogedei assistia aquilo com uma fúria contida, com impaciência flamejante, contendo a ânsia de ver o sangue dela jorrar pelas águas.

De súbito, Hinata desabou sobre as águas em um estrondo, inerte. Ogedei não fez nenhuma menção de acudi-la, não estava se importando se ela estava morrendo de frio ou fome. Mas após longos quatro segundos, o príncipe suspirou e preguiçosamente caminhou até a mulher que era engolida pelas águas gélidas.

A chutou de leve, como se isso fosse um incentivo para que ela se levantasse e de qualquer maneira, aquilo não funcionou. Ele revirou os olhos, e se abaixou, ficando de cócoras, sem se importar que a água estivesse molhando as suas vestes. Estendeu o braço para tocá-la e tentar puxá-la para a superfície antes que a morena se afogasse e esse foi o seu maior erro.

Ogedei já tivera o braço deslocado diversas vezes, isso sequer era novidade para o guerreiro mongol como ele, a dor até se tornara tolerável, mas essa foi a primeira e última vez em sua vida que os seus olhos foram perfurados por chackra. Quando a dor da perda da visão o atingiu, sequer se lembrou do braço deslocado, na verdade não se lembrava do seu nome, tudo o que sabia fazer era gritar, urrar de dor enquanto o mundo ao seu redor se tornara eternamente nebuloso e o sangue escorria pelo seu rosto.

O homem escutou a jovem se levantar e correr da água, fugindo dele já que a sua armadilha havia dado certo. Desesperado, ele deu passos vacilantes na direção que achou ter escutado o barulho do passos e desabou na água, sentindo que o braço ferido começava a ter uma dor lancinante.

Sem nenhuma pompa de outrora ou a honra de um descendente de Genghis, Ogedei se arrastou pelas águas, sentiu os cascalhos arranhando a sua pele até que alcançasse a borda e saísse. O mongol se levantou e começou a vagar pela mata, sem direção definida, com o ódio corroendo as suas entranhas tendo apenas uma coisa em mente: matar Hinata.

A noite caiu rapidamente e a escuridão não ajudava Hinata a aplacar o medo e o frio que sentia. As suas forças não permitiam que ela continuasse a correr e agora tudo o que conseguia fazer era se escorar de arvore em arvore, forçando seus pés a se arrastarem com dificuldade.

Não sabia se o que havia acabado de fazer fora corajoso ou idiota. A Hyuuga não fazia ideia de como abrir o portal do Santuário e a sua morte estava mais do que decretada nas mãos daquele mongol aquela fora a única chance que tiveram. A morena se agarrou aos últimos resquícios de chackra que pôde reunir e desferiu o golpe na face do homem juntamente com a incerteza do acerto.

Desviou o olhar para as suas mãos trêmulas, vendo que o sangue manchava a ponta de seus dedos, entrara debaixo de suas unhas. Aquilo era nauseante. Tentou se distrair, Hinata se esforçou para tirar aquela cena medonha de sua cabeça, aquela cena em que os órgãos pálidos se rasgaram em seus dedos, aquele momento em que o berro de Ogedei preencheu o ar. Nunca se esqueceria disso.

Caminhou durante horas a fio, até a escuridão da noite começar a dar espaço ao degradê do amanhecer. Nesse momento, Hinata praticamente se arrastava pela neve, sem forças para se levantar do chão. Achou que estivesse delirando quando escutou passos velozes vindo em sua direção.

Seus reflexos estavam lentos, mais esperneou do que lutou, mas conseguiu acertar um chute em quem quer que estivesse atrás dela. Aquilo pareceu ser o ponto auge da sua exaustão e tudo o que Hinata enxergou antes de desmaiar foi um borrão amarelo e um tanto quanto barulhento.

 

 

            Naruto continuava ali, tão zeloso quanto uma mãe com o seu filho querido. Já havia ajeitado as cobertas de Hinata uma dezena de vezes e já havia conferido a sua temperatura uma centena de vezes, e na maioria das vezes, chamava por Neji desesperadamente, alegando que a morena estava ardendo em febre, mas como sempre, o Hyuuga desmentia as preocupações do loiro e tudo ficava silencioso pelos próximos cinco minutos.

            O Uzumaki ajeitou a franja de sua amada, impedindo que os fios rebeldes atrapalhassem a visão que tinha do rosto exausto dela.

            —Ela não vai acordar mais rápido se você ficar encarando-a. —Disse Sasuke, mas o outro não respondeu, apenas o endereçou um olhar indiferente.—Venha comer ou o próximo a ficar de cama é você.

            A contra gosto, Naruto se afastou um pouco dela e foi se servir da sopa rala que eles cozinharam, mas que se assemelhava a um banquete naquele fim de mundo.

            —Eu fico me perguntando como ela conseguiu escapar de Ogedei...— Comentou Tenten, tirando os flocos de neve que pousaram nos seus coques.—Talvez seja uma armadilha dele, devemos ficar em alerta.— Dito isso, morena olhou para cima, como se a qualquer instante o príncipe pudesse saltar sobre eles com aqueles malditos escorpiões.

            Até mesmo o Uchiha não pôde deixar de olhar ao seu redor discretamente.

            —Ogedei já teria atacado a essa altura.—Comendo o Hyuuga logo após beber da sopa.—Além de que Hinata tem sangue em suas mãos, tudo indica que aconteceu um combate.

            Tenten deu de ombros, não deixando de achar incrível como a moça estava viva após entrar em uma possível luta contra o seu irmão gêmeo. Cerca de quatro horas após a encontrarem e acolherem, Hinata acordou. A morena se despertou lentamente, as pálpebras lutando para ficarem abertas, mas os seus olhos estavam vivos, em alerta.

            —Finalmente você acordou!—Exclamou o loiro, indo de braços abertos para abraçá-la, mas foi então que Neji pigarreou e lhe endereçou um olhar mortífero ao dizer:

            —O que eu te disse sobre os abraços, Uzumaki? Ela está debilitada.

            Os olhos do Uzumaki reviraram e seus braços caíram para as laterais do corpo, porém o seu sorriso continuava tão efusivo quanto o Sol. A Hyuuga assistia a tudo ainda se sentindo fora da órbita terrestre, como se não participasse da cena. Quando conseguiu reunir forças para dizer, disse:

            — O que vocês estão fazendo aqui?

            Sasuke soltou risada pelo nariz, achando graça na frase abobalhada da moça. Mas foi Naruto quem tomou a fala:

            — Nós te encontramos vagando pela neve, foi basicamente um milagre!

            —E a melhor parte foi quando você chutou o rosto dele.— Gracejou a princesa, gargalhando alto enquanto era fuzilada pelas orbes azuis.

            O primo da jovem também se aproximou, a ajudando a se sentar e praticamente enxotou o general dali, monopolizando a atenção dela:

            —Conte-nos o que aconteceu. Como conseguiu fugir? —Pediu Neji, com delicadeza.

            —Eu o ataquei.— Respondeu a moça, de maneira singela, quase que ingênua.

            —Você o matou?!— Disparou a mongol, se levantando subitamente.

            Ao contrário do que se esperava, Tenten não apreciava a ideia de Ogedei estar morto pelas mãos da Hyuuga, na verdade encarava isso como um disparate. A vida do traidor devia ser ceifada por ela, sua irmã e que tinha o maior direito de matá-lo, apenas assim o seu pai repousaria decentemente na eternidade.

            Hinata negou com a cabeça, e a postura da mongol pareceu se suavizar.

            —Eu acho que o ceguei.—A voz da morena saiu conflitante, como se ela estivesse se desculpando pela atitude tomada.

            —Você sabe por que ele quer tanto assim entrar no Santuário?—Perguntou Sasuke enquanto se levantava do chão.

            —Essa é fácil.— Resmungou Tenten, trocando o peso do corpo de uma perna para a outra e todos a encararam, esperando que ela continuasse.— Ogedei quer poder e a melhor maneira de ser o homem mais poderoso do planeta é beber o sangue de uma deusa, ou melhor, da reencarnação de uma.

            Um frio percorreu a espinha de Hinata ao imaginar sua irmã mais nova na mira do sádico príncipe. Ficou aliviada ao perceber que o acampamento improvisado que haviam montado havia sido levantado afim de que o grupo caminhasse até o portal do Santuário. Avisar Hanabi sobre a ameaça eminente era a prioridade. Até mesmo Tenten decidiu ir junto deles, justificando a sua ida falando que seria possível que a sua presa ainda estivesse por ali.

            Hinata estava apreensiva de acabar encontrando-se com Ogedei durante o trajeto e mesmo que não contasse o seu temor a ninguém, o vinco entre as suas sobrancelhas denunciava os seus pensamentos. Caminharam durante quatro horas, calmamente, sem forçar nenhum ritmo mais acelerado devido à recuperação da morena.

            Quando chegaram na cachoeira, os olhos perolados da Hyuuga percorreram o lugar atentamente e o seu coração pareceu se aliviar ao perceber que o único rastro de que o príncipe esteve ali eram as poças de sangue. A princesa correu até uma das poças e com uma concentração invejável, se pôs a tentar rastreá-lo, sem sucesso. Apesar de ferido, Ogedei não era imbecil ao ponto de se deixar ser encontrado no estado em que encontrava.


Notas Finais


E então? \o/ O que vocês acharam? ;-) Acho que mereço comentários de boas vindas haha brincadeira XD como o semestra te acabando, tentarei postar c frequência :*


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