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História O fogo do coração gelado - Confuso


Escrita por: elleha

Notas do Autor


Boa noite, meus leitoresss...

olhe eu aqui conseguindo postar em dia.. husahsuahs...

Espero que gostem, e, boa leitura!!!

Capítulo 46 - Confuso


Reira on:
"Confusa, confusa, confusa! Era pra ser apenas provocação, assim como ele fazia comigo no começo, mas, ele correspondeu ao meu beijo, mesmo sem as lembranças, e depois, me mandou embora, isso é confuso demais", era assim que eu pensava enquanto corria pra casa, já havia amanhecido e as ruas em Seireitei estavam claras, abri o portão adentrando pela cozinha, e lá estava meu pai, vestindo uma yukata branca com os cabelos entrançados, era assim que sempre se deitava, achava fofo, mas nunca iria admitir, haha.
- Onde passou a noite, Reira? - ele me perguntou com cara de poucos amigos.
- No batalhão pai, tive muito trabalho... - menti, claro, não queria prejudicar o Toshiro.
- Ah, deve estar cansada! - mudou sua expressão e tom de voz.
- Não muito, voltei pra casa apenas para pegar algumas coisas e já retorno novamente.
- É uma ótima tenente, Reira-chan! - corei nesse momento, ele se aproximou e me deu batidas leves na cabeça, como se dissesse: "boa garota!", era o que sempre fazia quando me via aprender algo que me ensinava, mas não estava sendo 100% sincera, fiquei tímida até ver seu largo sorriso me deixar.
Sorri de volta e fui até meu quarto, tomei um banho, vesti um shihakushou limpo e percebi, que a fita de cabelo que usava não estava lá, custei acreditar que tinha deixado na casa do Toshiro, me negava a por os pés lá tão cedo, então saí do quarto com os meus cabelos soltos mesmo, dando de cara com a mamãe, me trazendo o café da manhã numa bandeja, enorme por sinal.
- Entre, filha, seu pai me falou que teve uma longa noite de trabalho, então trouxe o café até aqui. - falou adentrando no meu quarto, me forçando a regredir os passos.
- Obrigada, mãe, - ela encostou a porta, e foi aí que me entreguei - mas não fui tão honesta com o papai...
- Como assim, Reira? - perguntou desconfiada.
- Eu não dormi no batalhão, eu saí muito tarde de lá, bebi sozinha e vinha pra casa quando desmaiei de cansaço...
- Dormiu ao relento? - perguntou preocupada, soltando a bandeja em cima de uma escrivaninha.
- Não, deixe-me continuar...
- Gomen, é que me preocupo com você!
- Eu sei, obrigada, mãe, mas como dizia, não dormi ao relento, Toshiro me encontrou e me levou para sua casa, foi lá que dormi, por isso não pude contar ao papai.
- Uff, yokatta! - ela suspirou aliviada.
- Não estar com raiva por eu ter mentido?
- Em partes, mas te perdoo se me contar tudo que aconteceu, sem cortes... haha..
- Mããee... - protestei, como ela podia ser tão chantagista?
- Sem reclamar, vá comendo enquanto isso.
Me endireitei na cama e peguei alguns biscoitos, fiz o que me pediu e no fim perguntei:
- O que acha disso tudo?
- O cérebro é uma caixinha de surpresas, Reira, as memórias são ainda maiores, quando intensas, ele as armazena tanto no consciente quanto no inconsciente, e até mesmo no corpo, pelo toque e sensações, o que deve ter acontecido foi a lembrança do corpo de Toshiro falando mais alto do que sua consciência podia lembrar, só tenho um aviso a lhe dar, não provoque esse tipo de choque entre o corpo e a mente, deve haver outro meio de reconquista-lo, isso pode causar grandes danos a sua sanidade.
- Eu não quero isso... - fiquei muito triste com essa informação, e pensei que acharia outras formas, sem esquecer da opção de Michiko conseguir "curá-lo".
- Sei que não quer, por isso estou te avisando, há outras formas de conquista-lo novamente. - ela escutou meus pensamentos? Sério? Não, minha mãe só me conhece muito bem... - estou indo, é bom se apressar, Sói Fong tem sido muito paciente em relação aos seus atrasos, não abuse. - outro aviso!
- Tá, obrigada, mãe. - sorri, realmente aquela conversa tinha me deixado menos preocupada.
Ela saiu, comi o máximo de coisas que havia trazido e finalmente, voltei ao esquadrão, estava na hora de falar sobre Hideki-kun.
Entrei na sala da taichou, a cumprimentei e comecei o diálogo, sem delongas, pedi:
- Taichou, solicito a libertação do prisioneiro Hideki...
- Antes que continue, me dê um bom motivo! - me pegou de surpresa, o que eu diria? "Rápido, Reira, precisa responder algo", pensava até que deu certo:
- Nas vigílias a prisão pude perceber o quanto o prisioneiro em questão mudou, já não demonstra mais nenhum perigo.
- Ele foi aquele que te atacou pelas costas...
- O próprio, não guardo mágoas, e se puder ajudar em algo, posso me dispor a assumir as responsabilidades! - shii, acho que fui longe demais, mas já foi dito, agora é confiar em Hideki.
- Não será necessário tanto, esse prisioneiro estava na lista dos "bem comportados", e o comandante já havia solicitado.
- Nani? - eu me preocupando a toa?
- Haha, o tardar da soltura foi por indecisão do comandante em que batalhão iria aloca-lo, mas vejo que não será mais necessário essa preocupação, se você se dispôs, pedirei que o deixe sob seus olhares. - que alívio a decisão da taichou, mas, espera:
- Então quer dizer que, o Hideki fará parte do 2° esquadrão? - sério?
- Sim, e já que veio pedir por ele, vá e leve a autorização de soltura, assinei ontem a noite! - ela dizia voltando a seriedade, entregando o documento e girando na cadeira, ficando de costas pra mim, isso significava que o assunto havia se encerrado.
- Hai! - respondi animada e saí as pressas.
Chegando na prisão, fui até sua cela, e disse animada:
- Hideki-kun, venha comigo! - não conseguia me conter, ele me olhou com estranheza, ok, realmente estava estranha, mas essa era minha primeira conquista como tenente e amiga, mesmo que a autorização já tivesse sido dada, enfim... eu estava feliz!
Ele me seguiu até quase a entrada, e quando íamos saindo os oficiais intervieram.
- Sumimasen, tenente-san, mas aonde está levando o prisioneiro?
- Deveria tratar o mais novo oficial do batalhão com um pouco mais de respeito, não acha? - fui sarcástica, haha.
- Como assim, tenente-san? - o outro me perguntou.
- Vejam! - ambos arregalaram os olhos diante da autorização, se desculparam e nos deixou passar.
Ultrapassamos o último portão e finalmente, livre!
- Esta acontecendo mesmo? - Hideki me perguntou emocionado.
- Sim, você está livre! - exclamei sorrindo.
- Obrigado, Reira-chan, ou devo te chamar de tenente Yamamoto? - ele estava sorrindo e com os olhos marejados, vê-lo daquela maneira era simplesmente rara, Hideki era um grandalhão, quem o imaginaria chorando?
- Sem formalidades, me chame como quiser, ok? - respondi continuando a andar, e de repente ele me segura pela cintura, me suspendendo e abraçando.
- Agora poderei cumprir minha promessa, te seguir e proteger! - falou baixo num tom audível pra mim, engolia a seco a atitude, era no mínimo: estranha, devolvi o abraço terno rapidamente e logo me soltou.
- Bom, temos muito a fazer no esquadrão, devolverei sua zanpakutou, fará o teste para se enquadrar em alguma posição e a taichou ainda tem muitas regras a passar... - Hideki me interrompeu, cutucando o meu ombro enquanto falava e apontou para minhas costas, virei-me e advinha só, Matsumoto nos encarava tímida, será que ela vira o abraço? - Olá, Rangiku-san! - a cumprimentei.
- Olá, Reira- chan, espero não ter atrapalhado nada...
- Não, nós só estávamos conversando... - a interrompi, deixou bem claro que havia nos visto e pensado besteira, droga!
- Ah, que bom, o taichou pediu pra lembra-la de retornar cedo pra casa hoje.
- Hã? - pensava: que lembrete é esse? No mínimo, estranho, assim como havia amanhecido meu dia.
- Não me deu detalhes, apenas isso.
- Pode deixar, obrigada, Matsumoto! - como não tinha motivos explícitos, imaginei ser o cuidado/ciúme do meu pai quanto ao me ver retornar para casa somente pela manhã, agradeci e ela se foi, sem tocar mais no assunto, com certeza o Toshiro iria saber, aí, aí, aí...
- Quem é ela? - Hideki-kun perguntou interessado, e maliciosamente o provoquei:
- Gostou da Rangiku?
- N-não da forma que está imaginando! - percebeu meu tom de voz e corou, haha.
- Relaxa, logo estará familiarizado com todos eles, e ela, é a 3° oficial do 10° esquadrão.
- Deve ser muito forte!
- Sim, ela é, agora, vamos, deveríamos ter chegado até o salão principal a muito tempo...
- Tem razão! - e ele me seguiu.
Reira off.
Toshiro on:
Estava limpando uma estante antiga e alta na minha sala, nesta, guardava os livros mais valiosos da minha coleção, quando percebo Matsumoto entrar afobada, não me preocupei, olhei de canto e respirei fundo, com certeza teria muito a escutar.
Desci calmamente a escada enquanto ela se recompunha, sentei em minha cadeira e esperei.
- Tenente-chan, o que pensa que está fazendo com a Reira-chan? - o quê? Mas que tipo de pergunta é essa? Me pegou de surpresa, como ela soube sobre o que aconteceu nessa madrugada? Senti meu rosto corar em relembrar e respondi indiferente:
- Não sei do que está falando...
- Mentiroso, você a ama e a deixa por aí sendo acompanhada por outro! - outro? Como assim? Meu coração acelerou sem saber o por quê.
- Não entendo onde você quer chegar... - mantinha minha expressão fria perante ao assunto.
- Ela estava abraçando outro, isso não te incomoda? - Matsumoto passou dos limites, seu olhar era de alguém que sentia medo, e de quem se preocupava, mas eu realmente não sabia se me incomodava ou não, estava confuso, precisava dar uma resposta, e foi aí que meu lado egoísta e insensível falou mais alto:
- Já chega, Matsumoto, saia daqui! - sim, eu gritei com ela, "me desculpe, mas eu preciso de tempo e espaço para pensar", era o que eu queria ter dito logo depois, infelizmente não consegui falar, ela saiu rapidamente da sala e me deixou pra trás.
Matsumoto não fez por mal, ela realmente se preocupa comigo, pediria desculpas depois, mas o que mais deveria pensar no momento era numa resposta para a pergunta que me fez.
Meu inconsciente diz que eu a amo, meu corpo age diferente quando ela se aproxima, mas meu consciente diz totalmente o contrário, sobre vê-la com outro, até o dia em que acordei no 4° batalhão não me importaria com isso, somente a Hiyori estava na minha cabeça, ainda é cedo, mas há algo que preciso fazer sobre essa situação, preciso descobrir a verdade sobre meus sentimentos, Reira, você apareceu na minha vida como um raio, e bagunçou toda ela, o que você significa para mim?
(Toc toc) uma batida na porta me tirou dos pensamentos, era o taichou:
- Toshiro, você viu a Matsumoto?
- Ah, saiu daqui faz pouco tempo!
- Tsc... ela sumiu de novo... - ele reclamou e saiu.
Dessa vez tenho culpa pelo sumiço de Matsumoto, levantei-me e segui o capitão para procurá-la.
Toshiro off.
 


Notas Finais


E aí, o que acharam?
Foi meio.. Humm.. "confuso"? Haha!
Eles estão muito confusos sobre seus sentimentos, Matsumoto se preocupa muito com o nosso tenente, e o que Hideki significará nessa história?
Isso e muito mais teremos nos próximos capítulos...
Não deixem de acompanhar a fic!
~Ja ne~
Bjs, :*


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