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História O Fotógrafo - Olhos Verdes e Vivos


Escrita por: Clair-Bak

Notas do Autor


Olár, pessoas da Terra u.u
Pois é, minha criatividade não tá das melhores não, mas eu queria escrever e postar alguma coisa.
Foi assim que essa one surgiu.
Boa leitura.

Capítulo 1 - Olhos Verdes e Vivos


O garoto tinha os olhos mais bonitos que um dia já viu; verdes intensos que as lentes limitadas de sua câmera velha não conseguiam captar. Não importava quantas fotos tirasse, a plenitude daquele olhar nunca era registrada. Pela primeira vez na vida, o fotógrafo viu-se incapaz de eternizar algo que amou.

Pensou que talvez fosse o equipamento errado, a luz inadequada ou até mesmo as localizações ruins. Culpou o sol intenso, as nuvens densas e até mesmo as árvores que faziam sombra; em alguns dias havia luz demais, noutros luz de menos. Culpou as diversas marcas de câmera e a incompetência delas em ser fiel ao que seus próprios olhos viam.

Quando escondia-se atrás de alguma árvore, mesa ou poste, disposto a observar até cansar, Levi via o jovem garoto gargalhar, conversar displicentemente e gesticular até não poder mais. Perguntava aos céus onde uma criatura tão bela e livre havia se escondido durante todos aqueles anos. Porque nunca o tinha visto antes?

Porém quando as fotos ficavam prontas e tinha o sorriso bonito estampado no papel, a alegria mostrava-se refletida, mas os olhos verdes continuavam opacos e sem vida. Decepção era o que sentia; a frustração intensa o corroía lentamente. E estar distante do que tanto admirava só piorava a situação.

Decidiu então não ficar mais em segredo. Planejou mil e uma aproximações; criou mil e uma situações em sua mente. Sonhou com o dia em que sentariam juntos e tomariam uma xícara de café. Imaginou e imaginou e, num certo dia, aproximou-se do rapaz, munido de câmera e de todas as inúmeras fotos que tirou dele.

Levi sorriu para ele, algo que não fazia para ninguém. Expressou-se abertamente, contou a própria história, confessou que observava ao longe, esperando pela hora certa para se aproximar. Falou do amor que cresceu, inevitavelmente, e ansiou pelo momento em que receberia um sorriso em retorno.

Esperou, porém tudo o que obteve foi pura expressão de tédio. Não foi digno sequer de alguma palavra vinda dos lábios alheios. Pôde apenas ficar quieto, assustado demais para esboçar qualquer reação, enquanto o dono de sua atenção virou-se e foi embora. O amor que nutriu fora friamente rejeitado.

Passou dias remoendo a situação toda, perguntando a si mesmo o que tinha feito de tão errado. Será que não era digno de ter um amor correspondido? Haveria nascido para amar sozinho? Tentou entender, contudo não foi capaz. Planejou então uma segunda aproximação. Não podia deixar-se abalar assim tão facilmente, não podia ser covarde a ponto de não tentar outra vez.

Levi conhecia a rotina do jovem rapaz como a palma da mão, assim sendo, esperou calmamente em frente à casa dele. Esperou, escondido, até avistá-lo chegando a pé. Aproximou-se sorrateiramente, temendo assustá-lo. Sorriu como da primeira vez e então o jovem correu em direção ao portão. Correu, contudo não chegou muito longe.

Contou à ele, novamente, sobre como sentia-se em relação à tudo. Foi o mais sincero que conseguiu e, dessa vez, não foi deixado para trás; ganhou finalmente atenção. Naquele começo de noite, os dois rumaram juntos até a casa de Levi.

O garoto seguiu acomodado no banco de trás, quieto como se estivesse envolto no mais profundo sono. Em meio às ruas escuras, o fotógrafo dirigia o mais rápido possível, ansioso para apresentar seu estúdio de fotografia ao convidado.

Não demoraram a chegar ao local e foram direto para a pequena sala que ficava nos fundos da casa. Eren foi deixado no chão branco mesmo, embaixo da luzes intensas que surgiam por todos os lados. Ali, certamente, a foto sairia perfeita.

O fotógrafo escolheu a melhor câmera que o dinheiro pôde pagar, procurou pelo ângulo perfeito e mais uma vez fotografou o rapaz. Conseguiu finalmente registrar a cor e a beleza exata daquele olhar. Conseguiu finalmente eternizá-los, o único problema era que agora pareciam ainda mais vazios e sem expressão.

Levi ainda não estava satisfeito com o resultado, contudo não existiam motivos para preocupação. Teriam muito tempo para testar outros ângulos, outras lentes, outras luzes. Poderiam passar a noite toda fotografando, se necessário; poderiam insistir até alcançarem a perfeição.

Só não tinham todo o tempo do mundo, afinal de contas Levi precisava fazer isso antes que o corpo sem vida, que jazia no chão de seu estúdio, começasse a apodrecer. Antes que seu amado, agora morto, se desfizesse e deixasse completamente de existir.

Os olhos verdes e vivos, com os quais tanto sonhou, tornaram-se apenas verdes.


Notas Finais


Ainda tô meio incerta quanto ao resultado. Acho que talvez tenha ficado um pouco confuso. Não sei direito.... Ô dúvida T.T
Enfim, espero que alguém goste e até mais. <3


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