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História O Fundo do Oceano - Apenas o começo


Escrita por: HiyoriMeow e Mewo

Notas do Autor


Annyeong :3
Espero que gostem.. é uma fic diferente de tudo que fiz, e tô cheia de criatividade pra bizarrices :')

Capítulo 2 - Apenas o começo


Fanfic / Fanfiction O Fundo do Oceano - Apenas o começo

Era uma terça-feira nublada, o vento estava a uns bons 5km/h na base de Vanimo, uma das praias de papua-Nova Guiné, as pesquisas da CMOMEO andavam corridas ultimamente, com tantos relatos de Pyga Beach (localizado na ilha Guão) sobre o avistamento de animais estranhos em físico, claro que pessoas do litoral da ilha ignoravam o fato, já que havia sido um barco pesqueiro que havia feito o primeiro relato, no entanto ultimamente as aparições haviam aumentado, assustando assim os moradores.

  E também estavam sendo registradas súbitas elevações no nível do mar, muito perto de Pyga Beach, e Inarajan Natural Pool, um importante marco turístico, ameaçado de ser engolido pelo mar, ou apenas bem lavado e dizimado.

  O diretor da CMOMEO havia dado autorização para viagens até Guão, afim de averiguar todas as notícias, os relatos estavam ficando mais assustadores em relação ao visual dos monstros marinhos, alguns diziam até ter visto sereias, o que particularmente era encarado como uma brincadeira. No entanto podia ser um golpe bem dado, porque o turismo em Inarajan estava embolsando uma renda gorda.

  Stuart havia ficado em casa hoje, não resolverá ir à escola já que os pais faziam os preparativos para irem até Pyga, ele queria ver todos os equipamentos ( pela milésima vez ) e pedir aos pais, que trouxessem algo para ele das suas pesquisas, desde uma foto de uma carcaça flutuante, a alguma nova alga.


 -Pai? Quando vamos ao Nature Pool?.. eu soube que tá aparecendo uns bichos gigantes lá.. a gente podia ir até lá pra ver né?


 -Stuart.. você sabe que você vai amanhã com a Kimi, já falei com o John pra mandarem te levar pra CMOMEO de Papua-Guine e..


-Eu não entendo porque moramos aqui.. se a base fica no outro estado..


-Você sabe que sua mãe ama essa casa..


  William olhou firme para o filho, tinha um queixo grande, e olhos claros e esverdeados, suas sobrancelhas davam um ar sério ao homem de 47 anos, que com aqueles óculos apenas parecia mais um nerd, havia uma barba em seu rosto, consequência dos dias sem se cuidar, com os olhos fixos na tela do computador e nos vários relatórios sobre os animais estranhos, haviam olheiras levemente roxas abaixo de seus olhos, Stuart sabia o quanto o pai deveria estar cansado, por isso não foi hesitante em levar adiante aquela discussão.

  A mãe havia saído para falar ao telefone com Tiffany, uma das amigas da base na ilha, elas estavam repassando o que deveria ser feito, o vento australiano tornava o cabelo de Renata algo bagunçado, enquanto esvoaçava junto ao ar úmido e apressado, os fios ruivos grudavam-lhe a boca, enquanto ela tentava respirar o ar gelado, que era marca registrada do outono. Murmurava num tom um tanto baixo, como se fosse um assunto de extrema urgência, talvez se não tivesse sido oceanógrafa, poderia ter se tornado uma modelo famosa, seus traços eram encantadores, William observava a esposa de costas, sempre a admirara pela mulher que era, e por te-lo escolhido, como uma boa pessoa insegura que é, nunca viu a si mesmo qualidade que pudessem agradar mulheres como Renata, mas ela se provava ser diferente.

  O olhar de Renata não era dos mais amigáveis quando desligou o celular e se virou para William.


  -O governo dos Estados Unidos negou a ceder um dos submarinos.. e disse que nos proíbe de fazer buscas, porque eles que financiam o projeto.. não querem perder o dinheiro em nada...Willy o que..


-Shh, tudo bem amor.. a gente vai dar um jeito.. apenas foque.. falta apenas 1 hora pro vôo..


  Ele já estava perto o suficiente para pôr a mão na cintura de Renata, e assim dos dois deram um breve selinho enquanto olhavam o filho, parado na porta, com a cara triste porque não teria a chance de ver um dos submarinos de perto.


[... ]


Kimi olhava a janela na sala de Ciências, no segundo andar, olhava o céu nublado, daqui a 5 minutos o sinal tocaria e ela iria tomar o ônibus até os condomínios centrais de Alice Springs e chegaria a tempo de ver pelo menos os pais saindo no carro da organização, a idéia de que amanhã estariam todos em Pyga Beach a deixava animada.Em uma parte era a idéia de ir até os rios de Iranajan Nature Pool, tirar fotos e saltar dentro daquelas águas claras, e observar o mar, se uma coisa fascinava Kimi era o mar, e com os pais sendo oceanografos famosos, talvez isso mais tarde fosse para ganhar um emprego bom na CMOMEO, o sinal do fim do período havia tocado, e ela arrumava suas coisas quando Richard, um daqueles meninos folgados passava, a "devorando" com os olhos maldosos.


  -É aí? Seu pai tá procurando alguma sereia? Porque eu achei uma... - Ele sorria sádicamente, enquanto seu colega o cutucava, Kimi apenas o ignorou, se levantando e desfazendo-se de uma bolinha de papel no latão de lixo enquanto saia pela porta.

 No ônibus para casa podia sentir a cabeça doer, as ruas estavam molhadas e pingava uma ou outra gotas de água no vidro do ônibus, enquanto passavam fugazmente pelas ruas marcadas pelas cores das folhas de outono, e o cheiro de pães e outras iguarias da estação lembrava sempre do quão bom era viver em Alice Springs.

  O ônibus abriu as portas no exato momento em que Kimi saia do banco para levantar, com o tranco quase caiu de cara numa das poças, a sorte é que um dos vizinhos, Leonardo estava levando a bicicleta ao lado do corpo quando trombou com Kimi caindo a porta, a sustentou nos braços pelos cotovelos, o que acarretou que ele deixou com que a bicicleta batesse contra a poça, molhando o calcanhar de ambos de qualquer jeito.

Leonardo aparentava ser mais velho que Kimi, pelo menos dois anos, mas era quase da mesma altura que ela e não tinha o porte de quem era um exemplo de adolescente forte, mas mantinha uma forma atraente, a olhou com seus olhos em um tom de caramelo calorosos e cheios de preocupação, com a menina que aparentava estar com as bochechas rubras de vergonha.


 -Você está bem?


  Kimi tentava raciocinar, e a voz dele era o mais perto de tinha da realidade, já que sua cabeça estava meio atordoada com o processo de que estava em contato direto com um garoto estranho.


  -Estou.. desculpe


  -Não foi nada.. - Ele a largou, logo pegando a bicicleta pelo guidão, a colocando de pé, chacoalhando de leve - A propósito cuidado..


  -Não vai acontecer de novo..


  Foi mais um sussurro, enquanto ele se afastava e ela retomava a caminhada até estar na varanda de casa, a tempo de ver seus pais saindo com as bolsas, e Stuart a atirando um saco com vidros cilíndricos de pesquisa.


  -Você enlouqueceu?


  -Não fui eu que cai nos braços do vizinho e fiquei com cara de boba.. blah.. - Ele fazia uma careta, distorcendo as expressões enquanto imitava de modo bizarro, o rosto da irmã - .. 

você tá afim dele!


  -Parem vocês dois de se provocarem..


  -Mas pai foi ele..


  Renata segurou o riso, do sorriso que Stuart dava ao pai, e Kimi empinou o nariz, estabanada a desferir um beliscão no irmão quando o pai se voltou para a esposa que disfarçava tossindo, os quatro se entre olharam acabando por rir.

 Escutaram então a buzina fúnebre da van que viria buscar os pais, Kimi se sentia autoritária em pensar que tomaria conta da casa pela primeira vez, já que sempre que os pais viajavam sem leva-los, alguém ficava dando conta deles, no entanto havia visto a mãe conversar com a vizinha antes de ir e acenar logo depois entrando na van, enquanto do vidro acenavam para as duas crianças, que já estavam com lágrimas mesmo sabendo que amanhã veriam os pais.


-Anda Pirra, tá começando a engrossar a chuva..


-Aai Kimi, larga de ser chata.. só porque ganhou aquele transmutador tá se achando...


-Stu cale-se..


Kimi empurrou o irmão pelas costas porta adentro, enquanto a fechava atrás de ambos, girando a chave e enganchando o ferrolho, percebendo o cheiro do cozido de lula vindo da cozinha, torceu o nariz, já que não era um dos frutos que mais a agradava, Stuart por sua vez se mostrava salivando de fome, e partiu para a cozinha, tropeçando até no tapete e quase batendo a cabeça contra a quina do armário.

  A chuva batia contra a janela com força, arrancando gemidos roucos, Stuart havia enchido o prato e mastigava com voracidade a comida, Kimi mexia no IPod, sentava no sofá completamente largada, acabou por largar o aparelho quando a campainha tocou, eles olharam um para o outro, quem podia ser aquela hora? Foi Stuart quem teve a iniciativa de atender.


 -Oi?..


 Kimi reconheceu a voz de seu salvador, e engoliu em seco, ouviu-se uma trovoada, enquanto Stuart parecia hesitante em responde-lo.


  -Hum.. sua mãe pediu pra minha, pra que alguém ficasse com vocês até de manhã..


  -Ahh, sabia que papai e mamãe não me deixaria ficar com a Kimi mo comando.. ainda bem.. sabia que ela..


 - Caham... 


 Kimi beliscou mais uma vez o irmão, algo que entre os dois já era rotina quando ele falava demais, convidou o rapaz a porta para entrar quando se deu conta que ele parecia estremecer de frio.

  

  -Obrigada.. prazer sou Leonardo.. acho que não tinha me apresentado de manhã..


  -Aah, me chame de Kimi.. e aquele baixinho é o Stuart.. tem lula pro jantar.. você gosta? 


 Leonardo como bom "galego" com cara daqueles meninos nojentos (só a cara) retorceu o nariz,  o que deu um ar mais esnobe a sua beleza de artista, mas logo sorriu descontraidamente o que de fato deixou Kimi abóbada.


  -Eu recuso.. obrigada.


  -Então senta aí.. vou ver se consigo fazer um lanche ali..


  Stuart observava tudo do sofá menor, com os olhos de quem queria conversar com a visita e dizer alguns podres de Kimi, inclusive que ela tinha explodido um amplificador de partículas. 


[... ]


Renata e Willy estavam no carro a mais de uma hora, haviam pegado as coisas mais importantes, estavam indo para Vanimo, para tomar um vôo das 21 hrs para a capital de Guão, de Guão seriam poucas horas a barco até a Fossa das marianas, lugar onde gostavam de praticar mergulho,e no caminho tirariam fotos dos mares e do que aparecesse, para poder ter idéia do que andava assustando os pesqueiros que costumavam andar naquela rota.

  Renata podia sentir a cabeça doer em marteladas, nisso era semelhante a Kimi, as duas sempre tinham dores de cabeça, que eram mais como um pressentimento, Willy lia alguns relatórios a luz de trás da van, se aproximavam do aeroporto e o som da chuva era inconfundível, se não acalmasse os voos poderiam ser cancelados, o que estava os desanimando já que tinham que arrumar tanta coisa na casa que tinham em Inarajan, já que Kimi e Stuart queriam visitar as praias e construções dali.

  Pararam numa das vagas especiais do aeroporto, descarregando as mochilas e andando até as entradas, apenas mostraram as credencias da CMOMEO e foram encaminhados para o jato particular que os esperava, a chuva parecia ter acalmado em Vanimo, então os voos não tiveram problemas em sair, logo estariam em Merizo.

Se não fosse por um pequeno contratempo.


Notas Finais


Bem é isso :3 até a próxima >w<


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