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História O Fusca Rosa do Chanyeol - Tampinha


Escrita por: playoshi

Notas do Autor


e aí galerinha? cheguei muito atrasado? acho que não heheheheh
pra quem me viu no twitter e nos stories do ig divulgando o fusca rosa pode ficar feliz. kkkkkkk
eu disse que não gostei muito da personalidade que acabei fazendo pro baek, mas é necessário e vocês saberão porquê. BERRO
leiam com atenção.
tinha ficado umas 5k de palavras, mas tirei um monte de diálogo e aquela encheção de barriga e agora tá topissimo.
boa leitura <3
ps: desculpem o lemon lixooo

Capítulo 1 - Tampinha


O Fusca Rosa do Chanyeol


 

Tampinha




 

É horrível escutar meus pais transando e lembrar que eu sou um virjão da porra.

Desculpe iniciar minha história assim, mas vocês precisam entender o que estava havendo ali. Não é mesmo a melhor forma de se começar, mas se você gosta de rir da desgraça alheia, seja muito bem vindo ao meu eu de 26 de novembro de 2013.

Amanhã é o meu aniversário e o que me parece eles resolveram repetir o grandioso ato de 1992.

Como tradição da minha família, os pais dão um carro para os filhos assim que completam 21 anos. E aí é que tá: nunca nem vi esse carro. Eu não tenho a mínima ideia de como ele é, mas pela cara da minha irmã Yoora, sei que é coisa boa. Sempre que ela fica de mau humor quando o assunto da casa é a minha pessoa, eu sempre ganho presentes maravilhosos. Pensei num Jeep, Mercedes Benz e até mesmo uma Ferrari. Não reclamaria se meu pai quisesse me presentear com uma máquina de 700 cavalos, como uma Lamborghini, por exemplo.

Levantei-me da cama e fui à janela para atentar meu vizinho Baekhyun. Abri minha caixinha de pedras especialmente pegas pra jogar e lancei uma, batendo no vidro. Ele abriu, aparecendo entre as cortinas depois.

—Ei, pinceso, fala comigo, bebê. — Disse eu.

— Morre, Chanyeol. — Os cabelos castanhos claros pareciam mais um ninho. Eu ri.

— Tá fazendo o que acordado uma hora dessas? Bebê dorme cedo.

— Bebê. — Repetiu com desdém. — Bebê é aquilo que seus pais estão fazendo.

— Dá pra ouvir daí? — Arregalei os olhos. Porra mãe, porra pai…

— O que?! — Agora ele que ficou assustado. — Ora… — abriu um sorriso malicioso, pervertido, bem como Baekhyun era — deve ser horrível pra você, não é, Chan? — Idiota, vai tocar nesse assunto… — Aquela vez, na sua casa, Junmyeon não quis transar contigo nem a pau, né?

— Porque ele não é obrigado, poc.

— Poc? Acha que me ofende me chamando de poc? — Respirou fundo. — Nós três somos igualmente gays. — Três? — Fica aí fazendo a egípcia, mas eu sei bem o jeito que olha pra sombra da minha bunda quando eu troco de roupa com a janela aberta e as cortinas juntas.

— Vai dormir, Baekhyun. — Disse sério. — Tá falando muita merda já. — Ele me mostrou a língua. — Você acorda muito tarde, se pá vai perder o ônibus e eu não vou te dar carona no meu porsche.

Porsche… vejamos o porsche. — Fechou a janela com rapidez, apagando a luz do quarto.

Baekhyun vivia tentando me pôr pra baixo, porém ele já deveria ter desistido, pois estou no chão há muito tempo.

 

✗✗✗

 

Minha mãe me acordou. Eu tentei disfarçar sobre a noite anterior, sabe? Eu juro que tentei. Não sei se consegui, mas valeu a intenção.

— Feliz aniversário, amor. — Deu-me um beijo na testa. Fiquei sentado na cama, olhando a parede branca sem foco algum. Agradeci bastante sonolento.

Fui do jeito que eu estava. Camisetão, bermuda de moletom, aquele pau duro matinal e os cabelos igual o Goku. Quando desci as escadas, meu pai me encarou de cima à baixo. Logo disse:

— Chanyeol você tem 21 anos e parece um adolescente de 17.

Yoora riu.

— Obrigado, pai.

Respondi, abrindo a geladeira. Minha querida irmã já estava toda arrumada para seu trabalho. Mamãe então fechou a porta lentamente, eu podia ver a luz apagando até.

— Não.

Entendi nada. Ela sempre me disse pra comer, ficar bem gordinho e tudo e agora me fecha a geladeira na minha cara? Mãe?!

— Primeiro vamos ver seu presente.

Completou, apressando o passo pra fora de casa. Yoora revirou os olhos. Colocou a bolsa no ombro e me encarou:

— Vem não, orelhudo?

— Olha só quem fala. — Espichei a língua.

— Meu Deus, mas vocês são tudo farinha do mesmo saco! Não sei porquê vivem brigando, inferno! — Meu pai interviu.

No fundo, Yoora e eu nos amávamos.

Já no quintal, um lençol cobria o carro. Vi que ele era baixo então minhas expectativas de ser um porsche estavam mais concretas do que nunca. Pisquei pra minha irmã e com um sorrisão na cara, olhei pro meu pai. Ele apontou para frente, indicando alguma coisa. Sehun, meu melhor amigo. Ele deixou a bicicleta estacionada no portão e entrou todo afobado. Cumprimentou todo mundo e ficou do meu lado, esperando para ver qual era. Todos então começaram a contar:

— 1, 2, 3 e...

— Ah, não pode ser. — Eu queria espremer limões nos meus olhos. Fechei meu sorriso na hora. Simplesmente não consigo disfarçar.

— Ahá! Consegui te enganar por uma semana inteira! — Minha família inventou o plot twist.

Meus pais seguraram a risada, já a dupla dinâmica…

— Você sabia disso, Oh Sehun?!

Ele arregalou os olhos pra mim, parando de gargalhar na hora. Gritou um baita “eita”, limpando a garganta depois. Não pensou duas vezes ao sair correndo. Yoora que não é burra, pensou: puts, vai sobrar pra mim. Montou na garupa da bicicleta e juntos fugiram.

Só não joguei pedra porque não deu tempo.

Nada que uma boa pedrada não se resolva.

— Com 21 anos eu ganhei um fusca também. — Papai tentou me ajudar naquela situação.

Ok, vejam comigo:

Você faz um auê todo achando que vai ganhar um carro super top, mas aí lhe vem um belo FUSCA ROSA. O que você faria se estivesse no meu lugar? Porque eu tô putaço.

— Se quer saber, a cor foi mesmo ideia da sua irmã. — Mamãe falou, entrando na casa com o lençol na mão junto ao meu pai.

Sentei na grama verdinha, observando aquele besouro escândalo.

— Em 1960 você era bonito, pelo menos.

Tentei me conformar.

— Ou tipo o corcunda de Notre-Dame… é feio, mas trabalha, né?

 

Tomei meu café da manhã, banho, me vesti e preparei minha mochila pensando no fusquinha.

Eu só esperava que o Baekhyun tivesse acordado no horário certo e pegado o ônibus, sem precisar da minha ajuda pra ir até o acampamento.

Antes de sair, meu pai ofereceu uma carona, mas eu disse não. Eu podia ir com meu próprio carro. Aqui tem coragem!

Abri a porta do automóvel e escutei Byun gritar. Olhei pro meu relógio e o que eu mais temia aconteceu: ele perdeu o busão. Suspirei fundo e perguntei:

— Quer vir comigo?

Timidamente andou até mim.

— No seu porsche?

— No meu fusca rosa.

Ele queria rir. Aproveitou a porta aberta e jogou sua mochila no banco de trás.

— Fazer o que, né?

— Além de dar carona ainda reclama.

9h da manhã e eu já estava puto de novo.

— Meu querid-

— O dia que você ganhar na loteria, Baekhyun, vai reclamar que não tem elástico pra amarrar o dinheiro. — O cortei. — Não é possível um trem desse.

Ele cruzou os braços e bufou.

— Eu não sei o que fiz na vida passada pra te ter como vizinho e ainda precisar de uma carona sua.

— Vai se ferrar.

Meus sentimentos sempre foram muito confusos em relação ao Byun. Não sabia se eu o amava ou o odiava, mas alfinetar um ao outro era fato.

Entramos no carro. Girei as chaves para ligar o motor e sai dirigindo.

— O volante é tão fino que parece seu pau, Chanyeol.

— Cê nunca nem viu, filhão.

Nem dois minutos dentro do carro e meu humor já passava de puto para super putaço.

— Vi sim. — Engoli a seco. — Nós éramos crianças, mas já vi.

— Pau cresce.

— Tá, mas o seu deve ser um caso à parte.

Respirei fundo para não socá-lo ali mesmo.

Baekhyun me tirava do sério toda hora. Era incrível.

— Mas você sabia qu-

Ele me interrompeu.

— A gente vai brigar.

— Eu não quero brigar com você.

— Mas eu quero brigar.

— Ah, não! — Enfezei. — Pelo amor de Deus, tampinha, dá pra gente ficar em paz um único segundo?

— Não me chama de tampinha! — Gritou.

— Tampinha, tampinha, tampinha, tampinha! — A cada palavra, eu batia a mão na buzina sem dó.

— Cê vai ver o tampinha, filha da puta!

E vocês acreditam que o desgraçado pulou em mim? Gente, vocês não estão entendendo, ele pulou mesmo!

— Você pode me chamar de qualquer coisa, menos tampinha!

— Meu Deus, me deixa dirigir, inferno! — Era uma gritaria dentro do carro.

— Ah, pronto, agora o madame se importa em dirigir! — Ele levantou os braços, prontíssimo para me meter o soco. Com uma única mão eu tentei juntar seus pulsos para evitar.

— No meu rosto não!

Havia um caminhão vindo em minha direção. Um pouco antes de cruzar com o meu fusca, ele colocou a cabeça para fora da janela e gritou:

— UHUUUL, PEGA MUITO, HEIN?!

Mas era uma desgraça mesmo.

— Baekhyun. Sai. Do. Meu. Colo. — Eu fiquei bem duro, não vou mentir. Ele respirou fundo e saiu de cima de mim, voltando a sentar no banco passageiro. Estranhei. Normalmente o tampinha fazia tudo o contrário do que eu lhe pedia.

Daí, o inesperado aconteceu… Baekhyun com aqueles dedos finos assumiram o meu volante de supetão. Não tive nem tempo de gritar. Quando me dei conta já estávamos descendo ladeira a baixo.

E então… PAF!

Só vi a fumaça subindo e o Byun mais assustado que um gato. Nunca vi uma respiração tão descompassada quanto aquela.

Eu saí do fusquinha, observando o estrago na parte da frente.

— Eita porra do caralho, agora fudeu foi tudo.

Passei as mãos em meus cabelos. Era um puta amassado do tamanho de um país! Tô brincando, gente, mas que tava uma desgraça...

Tais malditos dedos tocaram-me nos ombros. Eu o praguejei mentalmente, tomando ar para não explodir ali.

— Nem foi muita… — olhou a frontal do automóvel. — é foi muita coisa.

— Ah, cê jura?

Encostei o corpo numa árvore qualquer. Olhei para cima e pensei: Meu pai, minha vida é uma merda. Tudo sempre dava errado, independente do quê. Que lixo.

— Eu posso pedir pro meu tio dar um jeito nisso, Chan.

— Que legal. Não faz nada além da sua obrigação.

Eu estava nervoso, de braços cruzados, mas Baekhyun conseguia me fazer ir de 8 à 80 e então voltar ao 8. Um baita desgraçado. Ele fez um bico, aproximando-se de mim lentamente.

— Seu carro nem foi grande coisa, Park. — Tocou-me na virilha por cima da calça. Engoli à seco. Ele tinha me deixado excitado há alguns minutos atrás e não tinha passado ainda. — Eu quero outra coisa que é realmente grande.

Não consegui empurrá-lo e sequer me afastar. Lembra de quando eu disse que meus sentimentos sempre foram muito confusos em relação àquele garoto? Pois é, o tesão era a famosa intersecção.

Mas, porra, ele tinha que pegar no meu pau? O bicho já tá duro e o filha da puta gostoso me toca e fala um trem desses?

— Ainda tem aquele corpo de quando fazíamos natação? — Ele me perguntou. Aproximou-se do meu pescoço, raspando seu nariz pela lateral e depois passou a pontinha da língua pelo meu pomo-de-adão. — Você me fazia correr pro meu quarto quando chegava em casa, sabia? Eu precisava me aliviar, se bem me entende.

Caralho! Foi a única coisa que eu consegui pensar naquele momento.

Daí, a mão livre adentrou a camiseta que eu vestia. Seus dígitos gélidos alcançaram minha tez. Senti-me arrepiar. Respirei fundo, tentando manter a sanidade. Baekhyun levantou o olhar, torceu os lábios e tocou meu peitoral. Hoje em dia eu me pergunto como consegui parecer tão calmo enquanto praticamente morria por dentro.

— Eu sei que você quer, Chanyeol. — Sussurrou contra minha boca semiaberta. Desviei meu olhar por alguns instantes, podendo perceber seus pés levemente erguidos. — Você não fica duro por pouca coisa. — Fez uma breve pausa. — Eu sei que você me quer. — Confiante… se eu tivesse 1% daquela autoestima eu estava bem feliz. — Como te conheci tão bem? — Sorriu de lado, passando a língua pelos lábios, umedecendo-os. Mil vezes filha da puta! — Nós somos vizinhos desde quando tínhamos 5 anos, é impossível não conhecê-lo.

Naquela hora, certamente um dos meus dez neurônios acendeu uma lâmpada, levando-me a crer que eu tinha que fazer alguma coisa e parar de agir como uma parede. Não que elas sejam ruins ou eu tenha algo contra, porém eu necessitava agir.

— Você me deixou assim, Baek. — Falei baixinho rente ao seu ouvido, mordendo o lóbulo em seguida. — Só você pode dar um jeito nisso.

Byun Baekhyun era um safado nato. Ataquei seus lábios com vontade. Ele correspondeu. A textura deles... Macio. Enquanto eu o beijava, minhas mãos passeavam por aquele corpo, indo da cintura até a bunda e apertando a carne o quanto podia. Gemeu. E devo dizer: que gemido gostoso!

— Quer jogar, bebê? — Perguntou, puxando meu lábio e logo me deu um selinho, respirando fundo, afastando-se. — Tem que beijar o gramado.

Num movimento rápido ele conseguiu inverter nossas posições. Olhou-me com os olhos semicerrados, suas mãos foram de encontro aos meus fios, segurando-os. Nem esperei ele mandar para me ajoelhar ali mesmo e abaixar a calça da Adidas que vestia.

— Gosta, uh? Eu coloquei hoje especialmente pra você.

Desgraçado. Pra calar aquela boquinha maravilhosa, botei seu pau pra dentro e o garoto nem lembrava mais como se respirava, tapando a boca para não gritar. Tirei-o, suspirando.

— Você fala demais. — Disse eu.

Voltei a encaixar meus lábios ali, olhando-o de baixo. Baekhyun era tão bonito de boquinha aberta, deixando os gemidos escapar e suado.

Ele era uma perdição e sabia bem.

— Isso, Chan… assim… — Murmurou.

Continuei a chupá-lo, pouco me importando com o carro ou de estar no meio do mato, correndo risco de sermos pegos por um guarda ambiental ou um grupo de escoteiros. Foda-se. A gente só vive uma vez.

Retornei meus lábios até a glande, sugando-a. Usei a ponta da língua para passar entre a fenda e ele puxou meus cabelos, obrigando-me a largá-lo. Apenas um fio de saliva me ligava ao seu pau. Então voltei a me pôr de pé quando finalmente entendi o conceito daquilo.

Beijou-me, buscando inesperadamente pelo contato de nossos semelhantes. Ademais, sentiu seu próprio gosto. Soltou um gemido arrastado, puxando o ar com força.

— Eu não quero gozar agora. — Selou nossos lábios mais uma vez.

— Vou te fazer quando eu estiver dentro de você, bebê. — Vi seus pelos se arrepiarem com o dito. Terminei de tirar sua calça, puxando-a para baixo e ele levantou os pés para me ajudar. Joguei a peça em cima do capô. Agarrei-o pelas pernas, o tirando do chão e então me encaixei entre as mesmas.

— No carro, hm? No carro, amor.

“Amor.” Eu quis rir. Ou chorar. Sabe se lá Deus o quê. Naquela época, eu não sabia se ele tinha falado da boca pra fora, pelo tesão ou se havia algum sentimento profundo, como o amor envolvido. Falando a verdade, não sei até hoje.

Suas coxas ficaram bem rentes às minhas costelas e seus pés nas minhas costas. Apressei o passo, caminhando até o fusca, empurrei a cadeira para frente e depois mochila de Byun para o piso e o coloquei deitado ali.

Baekhyun levantou sua camiseta. Me inclinei, passei a língua por um dos mamilos, raspei os dentes e puxei para mim, chupando com vontade.

Okay, eu sei, eu adoro chupar.

Enquanto uma das mãos estava segurando no banco, a outra puxava o zíper da bermuda e desabotoava meio desajeitado. Seus gemidos eram mesmo uma coisa maravilhosa de ouvir. Abaixei a boxer junto até os meus joelhos e passei a me masturbar, espalhando o pré-gozo pela extensão do membro. Daí, tirei minha boca do seu peito, indo diretamente aos seus lábios entreabertos.

Eu gostava de beijá-lo. Sei que é clichê dizer isso, mas era bem como uma droga, sabe? Acabei me viciando de maneira plena e rápida.

— Posso? — Perguntei, olhando no fundo de seus olhos. Ele concordou com a cabeça e eu o fiz. Encaixei-me perfeitamente dentro de si. Soltei alguns gemidos e Baekhyun idem. — Doeu?

Eu estava preocupado? Eu estava muito preocupado. Tinha clareza que pôrnos de estúdio não condiziam bem com os reais, obviamente.

— Não, amor. — De novo essa palavra. Sorriu para mim, abrindo um pouco mais das pernas. Já disse isso bastante no decorrer da história, mas preciso falar mais uma vez: Baekhyun era um filho da puta. — Agora vá bem fundo, sim?

— Baek, você fala demais. — Respondi. Puxou-me pela nuca, chocando nossas bocas novamente. Fechamos nossos olhos, sentindo melhor todas as sensações. Senti que éramos um. Literalmente.

Aos poucos aumentava a velocidade das estocadas e os gemidos ficavam abafados em nossas gargantas. Os lábios se moviam de forma única. Não esquisita, okay? Não confundam, jovens!

Nos afastamos um pouco e naquele momento aproveitei para bater na lateral coxa farta que ele tinha. Suspirou fundo, mordendo o inferior e sorriu safado.

— Hm… Desse jeito mesmo, Chan. Eu gosto disso, sabe?

Um tempo depois eu descobri que a posição favorita dele era essa de papai e mamãe porque dava para beijar e abraçar, segundo ele, claro.

Alguns instantes depois, meu pau surrava sua entrada. Mesmo durante um ósculo, deixava escapar ora aqui ora lá e buscávamos ar com necessidade. Movi meus lábios para seu pescoço, deixei algumas mordidas e chupões. Abraçou-me, envolvendo seus braços nas minhas costas e o lancei outro tapa, esse mais forte, mais bruto. Quando encostei em seu membro para masturbá-lo, ele me disse:

— Não.

Eu fiquei confuso. Quem nega uma punheta?

Suas unhas curtas me arranharam nas costas desde o trapézio até a região lombar, sem piedade. Ardia, mas era bom. Digo, ótimo!

O fusquinha balançava levemente de um lado pro outro e o barulho que fazia se misturava com os corpos se chocando. Vocês devem estar pensando: porra, você é mesmo um fodido, teve a primeira vez no meio do mato dentro de um fusca rosa quebrado e com um vizinho que conhece todos os seus podres! Porém, deixa-me dizer: não foi tão ruim assim.

A medida que o meu orgasmo vinha, tratava de investir com mais agilidade. E aí Baekhyun gozou sem estímulo algum. Eu ouvi seu gemido arrastado e alto ao culminar e vi seu rostinho cheio de suor respirar com mais tranquilidade, apesar de eu ainda estocá-lo.

Mais umas cinco ou seis — detalhe: ele contraia e eu grunia por causa disso — investidas eu também gozei.

Aquela posição acabava comigo.

Baek esperou eu me retirar e — tentar — deitar em cima dele já fatigado pra dizer:

— Tem certeza que era virgem? Virgens não transam assim, transam? Nenhum nunca me tinha feito gozar sem me tocar.

— Anos de prática com xvideos.com.

Sorri.

Bateu-me no ombro com um tapinha.

— Punheteiro!

Eu me sentia leve; como se Baekhyun tivesse me levado a outra dimensão. Uma dimensão que eu não era putaço e ele não era um filha da puta. Talvez, ali, olhando em suas orbes castanhas, pude perceber um Baek que não era um cara super confiante e cheio de si, mas sim uma pessoa que só precisava de um amor de verdadeiro. Se é que isso existe… indago-me até hoje.

Acariciava suas maçãs com o polegar. Ele deitou sua cabeça em minha palma, olhando-me fixamente enquanto mantinha o sorriso bobo.

— Eu não liguei pro “tampinha”. — Falou, quebrando o silêncio. — Na realidade, nunca nem liguei pra isso. Só queria uma desculpa pra bater o seu fusca.

— Meus pais vão me matar. — Ri do meu próprio azar.

— Não. — Negou. Colocou suas mãos em meu peitoral, indicando que eu me afastasse. No entanto, acabei sentando no banco do carro e ele também. Estávamos nus, lado a lado. — Só tô adiantando as coisas. — Minha cara era um ponto de interrogação. — Seus pais vão te dar outro carro, bobo. — Riu baixinho, passou seus dedos pelo pescoço, sentindo marcas. — Ora… quando fez isso?

— Quando eu estava em cima de você e te fodia. — Respondi calmamente. Não deveria ter feito?! Caralho!

— Sexo é bom, Chan. — Ah, vá? — Porém nada se compara a um abraço quentinho. Pode me abraçar?

— Vem cá. — Abri meus braços e ele se aninhou quando tive seu corpo grudado no meu. O prendi ali. Por um momento, pensei que fosse pra sempre. — Temos que ligar pra alguém, Baek.

— Liga depois. Deixa eu ficar mais um pouco aqui, amor.

A palavra amor foi-se repetida umas três vezes e foram as únicas três.


 

✗✗✗

 

— Sehun disse que vai vir nos buscar. — Disse a ele depois do telefonema. Era umas 1h da tarde, mais ou menos. Pegamos carona com um caminhoneiro e ele nos deixou num posto onde pegava sinal de celular. Baekhyun estava sentado no chão, encostado numa das prateleiras da lojinha de conveniência. Tinha um pirulito na boca e olhava pro chão. Assentiu depois de um tempo. — Você está bem?

— Estou.

Esse dia foi muito louco, falando bem a verdade.

— Eu vou no banheiro, certo? Sehun aparecerá logo logo. Fique aqui enquanto isso.

Nem esperei responder. Sai correndo pro banheiro masculino e fiquei pensando: caralho, será que ele tá mesmo bem?

Hoje eu sei que não e que precisava amor.

Eu fui um idiota.

Depois de mijar na paz do senhor e lavar minhas mãos, voltei ao local. Baekhyun não estava lá.

— Moço — chamei a atenção do balconista jogador de clash royale —, por acaso você viu um garoto de cabelos loiros por aí?

— Espera, deixa eu acabar minha partida.

Desgraçado. Esperei-o acabar a partida e ganhar as três coroas pra me responder:

— Se foi o que tinha um pirulito na boca, ele entrou num ônibus que ia pra Incheon e se seu nome for Chanyeol ele mandou eu te entregar isso.

Puxou um envelope da gaveta. Agradeci, peguei o mesmo e sai do estabelecimento. Abri ali mesmo e li a curta frase deixada para mim:

 

Amar… é tão estranho, não é? Sentir-se amado então, como é?

 

Eu quis chorar. Por que ele tinha me deixado isso com tantos outros caras? Tinha mesmo que ser eu? Nos dias atuais, nem sei mais o que dizer sobre isso. Preferi não pensar muito.

Eu fui um idiota, um babaca e eu sei disso.

 

CONTINUA.

 


Notas Finais


twitter pra xingar: @playoshi


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