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História O Garoto da Profecia (Remake) - Luz e Trevas



Notas do Autor


EEAEEEE
Desculpa a demora hehe, muitas coisas acontecendo. Mas aqui esta o novo capitulo! espero que gostem!

Capítulo 3 - Luz e Trevas


Fanfic / Fanfiction O Garoto da Profecia (Remake) - Luz e Trevas

“Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade.”
― Edgar Allan Poe

Medo. Era isso que todos estavam sentindo. Parecia que em algum momento Edgar pularia no pescoço do primeiro que cruzasse seu caminho. E esse alguém seria Madara.

- SIM! Era isso que eu estava esperando, ver esse poder! É fantástico haha! – Madara gritava encarando Edgar. – Junte-se a mim garoto! Com esse poder poderemos criar um novo mundo!

Porém, Madara não recebeu resposta em palavras.

Em uma velocidade surpreendente, Edgar aparece na frente de Madara o acertando um murro no estômago, fazendo o mesmo vomitar. E depois aproveitando que este estava se inclinando com os olhos arregalados o socou no queixo o fazendo levantar um pouco e finalizou com outro chute no estômago que fez o Uchiha voar alguns metros.

Madara se recompôs e correu ate Edgar começando a desferir socos e chutes que apenas eram evitados. Suspirando, o moreno mais novo em uma ultima esquivada, desferiu um chute no rosto do Uchiha causando sua queda.

Os telespectadores estavam impressionados, principalmente os que conheciam a força esmagadora de Madara.

- O que tinha naquela fruta? – Naruto encarava a luta surpreso, não acreditava no que via.

- Também gostaria de saber. – Sakura disse boquiaberta.

Após se levantar, o moreno mais velho cuspiu uma enorme bola de fogo que rapidamente engoliu Edgar. Mas o que ele não esperava, era que o garoto saísse ileso das chamas. Andava calmamente em direção ao Uchiha que ainda estava travado no seu lugar. No caminho, Edgar fala:

- Patético... – Era uma voz dupla, seria muito assustadora se o tom que falara não fosse de um modo cansado. – Por que não começamos logo a brincadeira?

O garoto pulou na direção de Madara que apenas repetiu o ato. Ambos com golpes armados, porém, quando estavam perto de se chocar, Edgar pulou para o alto desviando do ataque de Madara. Assim que chegou ao chão, atrás do Uchiha, desferiu um soco no mesmo, mas fora impedido por um pedaço de madeira que brotara do chão, essa mesma madeira começava a se enrolar por todo o seu corpo.

Uma energia negra começa a emanar do corpo de Edgar, em resposta a essa energia, espinhos cresceram rapidamente pelo corpo do mesmo quebrando a madeira.

- é só isso? – limpava os restos do ombro.

Madara preparava outro ataque, porém fora interrompido por um forte chute na cabeça. Seu corpo foi jogado brutalmente contra o chão, a força do impacto fez-se abrir uma pequena cratera. Edgar ainda em seu momento de loucura sobe em Madara e começa a desferir vários murros no rosto do mesmo o deixando quase irreconhecível.

A energia negra que saia de Edgar era ódio, trevas. Isso estava o deixando louco, a raiva de perder o irmão o transformou nesse monstro. Só tinha um desejo: matar. Estava tão fora de si, que ria a cada murro que acertava Madara, e quando ouvia algo quebrando seu sorriso apenas aumentava.

Repentinamente aquela energia que antes emanava de seu corpo agora parecia se fundir ao corpo de Edgar, sua pele ficava em uma colocação negro-reluzente, mas isso só ocorreu no lado direito de seu corpo, por que o esquerdo não?

Os amigos de Edgar encaravam aquilo perplexos, o amigo amável gentil que conheciam agora parecia mais um monstro.

-A-a-aquele não pode ser o Edgar. – balbuciava Juliana com os olhos marejados. – Ele não faria esse tipo de coisa!... Vocês! – andava em passos largos até Naruto que também parecia assustado – vocês que deram aquela fruta para ele! Como trazer ele de volta? Como? – Gritava desesperadamente enquanto socava o peitoral do loiro.

- Nós... – ele hesitou em responder. Pensou em mentir, mas o melhor era dizer a verdade, por hora. – Não sabemos...

Aquilo foi o ápice que seu desespero. Correu ate o campo de futebol, os outros tentaram impedi-la, mas, inesperadamente seus corpos ficaram mais pesados. O que era aquela força sobre eles?

- Não se aproxime dele! – Gritou Ichigo com dificuldade.

Mas já era tarde. Juliana se encontrava na beirada da cratera encarando aquela carnificina. O crânio de Madara esmagado, mas nem por isso Edgar parava de esmurrá-lo. Mas não era isso que lhe deixo com ânsia de vomito, e sim que Madara ainda parecia estar vivo.

- EDGAR! – chamou o garoto que ao ouvir parou seu punho. – Já chega... Não faça mais isso. – ela chorava olhando as costas de seu amigo que em nenhum momento a encarou.

- Hehe... HAHAHA... Edgar? Acha mesmo que ele ainda esta vivo? – Ria o suposto Edgar. – Não, não, não... Ele já se foi há muito tempo.

Juliana não entendia o que “Edgar” falava. Como assim ele já se foi? Se Edgar não estava ali, quem era aquele com quem estava falando? Quem?

- Q-Quem é você? – Ela perguntou, mesmo temendo a resposta.

Com a pergunta, finalmente ele a encarou, o olho direito em uma completa escuridão e o esquerdo totalmente branco.

- quem sou eu? Nunca parei para pensar em um nome... – Madara tentou se mexer percebendo isso “Edgar” novamente voltou a esmurrá-lo – FICA QUIETO! Seu merda... – voltou a encarar Juliana. – mas pode me chamar de Asura. – Sorriu. Um sorriso tão macabro que Juliana gostaria de esquecer, mas possivelmente não conseguiria.

- Não acredito em você... TRAGA O EDG... – Sua fala fora interrompida por uma mão em seu pescoço. Era a mão de Asura, que de alguma forma conseguiu esticar seu braço até ela.

- você fala de mais... – Suspirou Asura encarando friamente a garota – Sai daqui. Eu ainda não ter...

Assim como Juliana, sua fala fora interrompida, mas diferente da garota, Asura também sentiu a estranha força que prendia Naruto e os outros personagens no lugar.

- Me larga!

- E-e-essa for...ça.... é você? Você quem esta fa...zendo isso?! – Ingadava com dificuldade.

Seu braço fraquejou e acabou soltando o pescoço da garota. Mas aquela força estranha não cessou, pelo contrario, parecia ficar mais forte e por alguma estranha razão ela não era afetada.

- Traz o Edgar! – Ela ordenou dessa vez sem lagrimas, nem medo. – AGORA!

Asura não estava aguentando aquele peso, era tanto que o fizera cair para o lado, sentia como se a gravidade envolta de si estivesse aumentando mais e mais.

- Q...quer ele ta...nto as...sim? Tudo b...bem, eu a...ain...da vo..u es..tar aqui mesmo... – Sorriu uma ultima vez.

A pele de Edgar foi voltando à coloração normal assim como seus olhos. A tatuagem, que ia ate abaixo de sua bochecha agora se encontrava apenas em seu antebraço direito.

- Que... Peso é... e-esse? – Gaguejou Edgar.

Do nada, aquela força do sumira, e finalmente todos puderam respirar livremente. Edgar levantou com dificuldade por sentir-se cansado e olhou o corpo de Madara.

- Que merda aconteceu aqui? – Indagou horrorizado com a cena.

- Foi você... – Murmurou Juliana fazendo Edgar a perceber ali.

- Eu? Como assim?! Como eu fiz isso? – Desesperado, essa era a palavra que o definiria agora.

- Espera aí... Você não se lembra?

Ele apenas negou com a cabeça. Como Madara ainda estava consciente começou a rir descontroladamente. Ainda tossia muito sangue, mas continuava a rir.

- Incrível! Esse poder, essa força... AHHAHAHAA. Garoto junte-se a mim para criar um novo mun... – Madara não terminou de falar, já que um pergaminho se enrolava por todo seu corpo.

Edgar aproximou-se da versão mumificada de Madara e disse:

- Não obrigado, mesmo esse mundo sendo uma merda, estou feliz nele.

Juliana o ajudou a sair daquele buraco, e quando saiu, pode ver todo mundo o encarando. Mas não era olhares de gratidão ou felicidade por tudo aquilo ter acabado, eram olhares de medo, todos os estudantes estavam aterrorizados com a carnificina que acabara de ocorrer naquele campo.

O moreno sorriu, ou pelo menos tentou, era um sorriso sem graça, daqueles que você dá para a professora quando esquece o seu trabalho em casa. Quanto mais ele se aproximava dos outros, mais os alunos se afastavam dele.

Lembrava-se de poucas coisas. Seu irmão morrendo... esse com certeza foi o pior choque naquele dia. O que faria agora?

- Josh... – murmurou já sentindo as lágrimas melando seu rosto.

Juliana percebeu isso, mas quando ia tentar consolar seu amigo, Edgar saiu correndo. Fugiu da escola. Fugiu dos amigos. Fugiu de tudo.

Primeiro perdera a mãe, nunca conheceu seu pai e agora perdera o irmão... Realmente ele estava na merda. As lágrimas eram inevitáveis, estava sozinho. Perdera o último parente de sangue. Como iria dar essa notícia aos seus “tios”?

Enquanto fugia acabou esbarrando em duas garotas.

- desculpa! – foi a única coisa que ele falou. Continuou a correr, não se importou em encarar as meninas.

As meninas tentaram falar com ele, mas já estava longe.

- era o Edgar... – Falou uma.

- Sim... Ele estava chorando? – Falou a outra.

****

Já em casa, Edgar dormia em sua cama. Ou tentava dormir, não conseguia tirar da cabeça a morte de Josh. Já estava a tanto tempo pensando nisso que começou a pensar que a morte dele fora sua culpa... Não estava errado, mas também não estava totalmente certo.

Afinal, o que aconteceu quando ele perdera a cabeça? Não conseguia lembrar-se de nada. Naquela hora, tudo ficou escuro e por consequência não conseguia enxergar mais nada.

Alguém bateu na porta interrompendo as indagações de Edgar. Era Ana.

- Edgar? Ta tudo bem? – Ela perguntou. Era claro a preocupação em sua voz.

Será que deveria responder? Deveria mentir? Ou fingir que estava dormindo?

Com certeza o melhor era mentir.

- Sim, to bem... – Forçou a voz. Ana percebeu que o mesmo estava chorando.

- Posso entrar?

- Não! – ele gritou assustando a garota – digo... Pode.

Ela hesitou em abrir, mas queria ajuda-lo, não suportava a ideia de vê-lo tão deprimido.

Abriu a porta e olhou para a cama. Edgar deitado encarando intensamente o teto. Tinha um olhar vazio.

- Você não esta bem! – Andou até a cama e sentou-se. – quer conversar?

Ele não falou, apenas negou com a cabeça. Ana queria ajudar Edgar, odiava vê-lo assim, sempre no aniversário de morte de sua mãe, ele se isolava, trancava-se no quarto e chorava em silêncio. Mas hoje não era o dia. Algo muito ruim deve ter acontecido para Edgar acabar assim.

-Edgar... – Ela passou a mão em seu rosto o fazendo olhar em seus olhos.

- Ana... – Ele se pronunciou, chamando a atenção da morena. – O que você faria se a Sara morresse por culpa sua?

- Eu não sei... Ficaria muito triste... Por quê? – Ana não entendia o motivo de Edgar estar lhe perguntando isso.

-Eu perdi Ana... Perdi todos eles! – Dizia entre lágrimas – Foi tudo culpa minha! Eu os perdi... A culpa foi minha! Por que eu tive que sobreviver? Eu deveria morrer e não eles!

- Não diga isso! – ela grita – Sim eles se foram, mas pra que chorar? Não deveria fazer isso. Deveria sorrir como sempre faz, tenho certeza que eles em algum lugar não gostariam de te ver triste! Viva por aqueles que se foram.

Ela o abraça, ele não retribui, estava paralisado. Ana estava certa, ele não deveria ficar desse jeito, Josh não iria querer isso... Nem sua mãe. Porém, mesmo com a bronca de Ana, suas lágrimas não paravam de cair. Era inevitável.

Ele se levantou sentando-se na cama e encarou Ana. Abriu um pequeno sorriso para a mesma. Como sempre, uma das gêmeas estava o ajudando, sentias-se em divida com elas, sempre dando bronca por qualquer besteira que ele faz.

- “Para sermos felizes até certo ponto é preciso que tenhamos sofrido até o mesmo ponto”... – Murmurou Edgar.

- Edgar Allan Poe? – perguntou Ana sorrindo. Ele adorava aquele autor.

- sim... Obrigado Ana... Acho que eu precisava disso... – sorriu sem jeito.

- Idiota... – Ela se inclina sobre Edgar e o beija, surpreendendo o mesmo.

- Mas o que foi isso? – Gaguejou com as orelhas vermelhas.

- Um beijo. – riu enquanto saia do quarto. – Espero que melhore logo.

Edgar estava em choque não esperava que Ana o beijasse. Mas isso o ajudou, assim que ela fechou a porta ele abriu um largo sorriso e começou a rir baixo.

- Besta... Não me assusta desse jeito... – Murmurou sozinho. – Josh... Eu vou viver por você e pela mamãe, não importa onde vocês estejam. Céu ou inferno. Eu tenho orgulho de ter o sangue de vocês!

Voltou a se deitar e adormeceu com um grande sorriso nos lábios.

“Hehehe, você ainda é fraco, sem mim você não é cada, hoje foi apenas uma pequena demonstração do meu imenso poder... Por enquanto eu te deixo em paz, mas logo chegara o dia de você me enfrentar! Coisa que você não vai consegui fazer. Boa noite Edgar Kuromake. Vou devora-lo e pisar em seus ossos!”



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