História O garoto do abraço - O colar

12° Capítulo
O colar


Eu olhei fixamente para aquela porta, eu estava meio fraca e um pouco tonta. Da porta saiu a figura de um homem. De primeira não consegui o reconhecer, mas conforme foi chegando perto eu pude ver. Era igor e ele estava com uma cara de cansado. Nossos olhares se encontraram e eu sorri pra ele, que parecia querer chorar mas mesmo assim sorriu de volta. Do outro lado também tinha uma porta que se abriu e uma mulher de roupa branca entrou e sorriu pra mim.

- Oi Michele. Que bom que você acordou. Meu nome é Juliana e eu sou a médica que estava acompanhando o seu caso. Eu vou fazer alguns esames pra ver se está tudo bem. Você vai ter que ficar um tempo aqui no hospital em observação, se estiver tudo bem você pode ir pra casa.

- Mãe? Minha barriga...

- Fala minha filha eu tô aqui O que você tem?

- Fome.

A médica riu de leve e falou que isso é normal e que era ótimo eu ter sentido fome logo após acordar, era um sinal que eu estava bem e não iria ficar muito tempo. A médica falou com minha mãe um pouco eu não consegui entender.

- Igor você pode vim comigo até o outro lado da rua, vou comprar algo pra ela comer. - Minha mãe.

- Vai lá. Ela está em boas mãos. - Disse a médica

Os dois saíram e a média começou a fazer algum exames em mim. Viu meu batimento cardíaco, mediu minha pressão, e tirou um pouco de sangue. E fez uns negócios lá que eu nem sabia o que estava acontecendo.

- A quanto tempo eu tô assim?

- Uns 10 dias, mas você se recuperou bem. Tem gente que chega a ficar meses em coma ou pior.

- Veio gente me visitar aqui? Enquanto eu... - Perdi a fala

- Sim, veio duas meninas pra cá, uma alta da cabelos pretos, acho que se chama Luiza, veio umas 2 vezes e a outra tem cabelos loiros até o ombro, ja ela veio umas 5 ou 6 vezes.

Eu murmuro e em seguida falo o nome "Júlia"

- Isso mesmo. Júlia. Nome bonito. - Ela trocou o meu soro - Levanta o braço por favor... Você tem um ótimo namorado.

- Namorado?

- Sim. O moço que acabou de sair com sua mãe passou quase todos os dias aqui, sempre preocupado com você. Teve algumas noites que sua mãe não pode ficar aqui e ele fez companhia pra você. Ele deve te amar muito.

Eu fique em silêncio. Será que ele me ama mesmo. Nunca me declarei a ele, antes disso tudo ele estava mais carinhoso comigo, mas próximo.

- Ele não é seu namorado?

- Eu... Não. Nunca me declarei pra ele.

- Pois ele já. Enquanto você está. Em coma. Ele até te deu esse colar colar.

Eu coloquei a mão no meu pescoço e avia um colar lá. O cordão era de ouro e o pingente era uma pequena flor branca dentro de uma cápsula transparente. Era simplesmente linda, perfeita. Ela não me era estranha, ja tinha a visto em algum lugar mas não me lembro.

- Olha se vocês não namoram, deveriam tentar. Ele é um moço bom e que se preocupa muito com você.

- É eu sei eu vou tentar.

Ela sorriu e depois de um tempo a porta se abriu e por ela passou uma sacolinha que continha COMIDA, era um lanche natural que minha mãe trazia e Igor um copo de suco de caju, uns dos meu preferidos.

- Agora vem, tenta pelo menos se sentar na cama. -. A médica estendeu a mão pra mim.


~ Quebra de tempo ~

Era noite e eu ainda estava no hospital. Meu estado de recuperação era ótimo, eu já conseguia me levantar mas andar só com a ajuda de alguém. Minha mãe teve que ir embora e naquela tarde Julinha tinha ido me visitar mas não ficou muito tempo, parece que o Crush dela convidou ela pra sair. Eu falei " ARASA VIADA". Todos ja tinha ido embora menos igor que queria me fazer companhia. O clima tava tenso então tentei quebrar o gelo.

- Igor. Se você quiser ir, tudo bem. Eu fico bem. Você deve estar cansado.

- Não estou não. Vou te fazer companhia, eu já dormi tanto nesse sofá, ele é muito confortável.

- há entendi. Foi você que me deu esse colar?

- Sim

- Por que?

- Eu... Eu queria dar esse colar pra você já faz um tempo só não tive coragem. E quando... Tive... Acho que tinha que dar... Dar pra você agora.

- Por que?

- Aí. Esse colar era da minha vó e foi dado a mim por ser o único neto homem.

- E porque você deu pra mim? - Eu me levantei da cama e fiquei de frente pra ele

- É que... Aí eu não sei como dizer. Nem o que dizer.

- Não precisa falar nada.

Eu cheguei bem perto dele e como ele era mais alto tive que fazer um esforço para chegar em sua boca, eu estava tão perto só que esse esforço foi em vão. Eu me esqueci que tinha acabado de sair do como e ainda estava fraca, minhas pernas ficaram bambas e fiquei um pouco tonta quando eu pensei que iria despencar naquele chão gelado daquele quarto um braço passou pela minha cintura e outro segurou no meu ombro. Quando percebi que igor tinha me pegado, ele me abraçou forte ( o abraço maravilhoso ) e me encostou na beirada da cama. Eu comecei a rir de vergonha e ele também. Quando eu menso esperava ele selou seus lábios com os meus, nesse momento algo me dizia que tinha que ficar com igor. O beijo foi quente e na minha mente eu me vi dançando em um jardim perto de um lago com o mesmo. Ele estava de terno e eu com vestido, ele me deu o mesmo colar. Parecia que eu ja tinha passado por isso mas nem sei. Então ele sussurrou.

- Eu te amo sua boba.

- Eu também te amo.

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