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História O garoto que mora ao lado - Dake - How I met Dake


Escrita por: Aeshma

Notas do Autor


Olá queridos! Pensando em todas as garotas que amam o Dake e nunca acham fanfics com ele onde ele não seja cafajeste, eu decidi fazer essa one shot que é como eu imagino o Dake por trás daquela pose de conquistador que me conquistou. Aproveitem! Favoritem, comentem, espalhem para as outras apaixonadas pelo Dake!

Capítulo 1 - How I met Dake


Me mudei para essa cidade dois anos atrás. Desde que me mudei moro nesse apartamento. É um apartamento legal. Nunca tive muitos vizinhos desse andar, isso era bom. No meu andar havia apenas um casal de meia idade que se mudou cerca de 8 meses depois que eu vim morar aqui. Um dia eu estava saindo quando trombei com um garoto loiro no elevador. Nunca o tinha visto antes no condomínio. Eu estava saindo do elevador e ele entrando. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a porta do elevador fechou. Penso ter ouvido ele dizer “Me desculpe” antes da porta fechar.

Eu estava indo buscar uma amiga. Ela iria dormir em casa naquela noite. Os planos eram doces, bebidas, filmes, música alta e loucuras. O bom de ser a única moradora do andar é isso. Quando eu cheguei na casa dela, contei sobre o gato que eu tinha esbarrado no elevador. Ela queria saber tudo. Eu disse que ele tinha um ar de surfista, usava os cabelos presos, era maior que eu e que o perfume dele era o melhor do mundo. Ajudei ela a terminar de arrumar as coisas dela e fomos para casa. Deixamos as coisas lá em cima e ficamos na área de lazer jogando. Quando subimos já estava escuro. Mamãe e papai estavam saindo. Eles iriam viajar. Nós colocamos um filme e ficamos assistindo. Era uma comédia romântica. Amávamos esse tipo de filme. Depois do filme nós nos arrumamos e ficamos tirando fotos. Já era quase meia noite quando pegamos as bebidas e os doces. Fizemos alguns drinks. O meu preferido era um com Yakult e leite condensado. Ligamos o som, apagamos as luzes, acendemos as luzes que eu havia deixado lá e a minha sala parecia uma pista de dança. Comemos, bebemos, dançamos. Ficamos insanas. Sobriedade não era mais uma coisa que conhecíamos. Foi assim até acabarmos dormindo.

No outro dia, acordamos com uma ressaca monstra pra variar. Eu tinha que levar o lixo pra baixo e minha cabeça parecia que iria explodir. Chamei minha amiga e ela me ajudou. Quando estávamos subindo, pensei ter visto o loiro do dia anterior. Mas minha cabeça doía tanto que eu não tinha certeza se era ele. Ainda comentei com a minha amiga: “eu acho que ainda estou bêbada. Pensei ter visto o boy de ontem.” Ela olhou em volta, olhou pra mim e disse “Eu acho que você está muito bêbada ainda. A única pessoa aqui além de gente é o Sr Thomas. Melhor voltarmos e dormirmos.” Sr Thomas era um morador super legal que tinha lá no prédio. Ele já tinha seus 65 anos, mas era de uma simpatia e eu gostava de conversar com ele as vezes. Ele me ensinava algumas coisas. Passamos por ele, o cumprimentei e voltamos para o Ap. Eu estava morrendo de fome, mas minha amiga queria dormir. Deixei ela dormindo e fui comer. Minha cabeça tinha até parado de doer um pouco. O sol estava lindo lá fora. Decidi que iria dar uma volta. Tomei um banho, coloquei uma roupa legal, tomei um remédio para garantir que minha dor de cabeça não voltaria e deixei um recado para Kenna. Sim. Esse é o nome da minha amiga.

Estava saindo do meu apê quando vi alguém vindo de um dos aps daquele andar. Fiquei curiosa. Continuei parada lá até poder ver quem era. Afinal, ninguém morava naquele andar além de mim. Quando o indivíduo entrou em meu campo de visão, quase cai para trás. Pensei estar tendo alucinações e fazia notas mentais de que nunca mais iria beber tanto. Nem percebi que estava prendendo a respiração até ele parar na minha frente e falar comigo.

“– Hey, você é a garota de ontem. Do elevador, não é? Você mora aqui?” — O garoto do dia anterior me perguntava. Talvez eu não estivesse tão louca assim no final das contas.

“– Quê? Ah moro. Você está visitando alguém?” — Eu perguntei.

“– Na verdade eu estou me mudando pra cá. Acho que vamos ser vizinhos de andar. Eu sou Dakota, mas por favor, me chame de Dake.” — Ele tinha o sorriso mais lindo do mundo. Eu deveria estar parecendo uma retardada porque demorei um pouco até processar a informação toda. Ele chamava Dakota e iria morar no mesmo andar que o meu.

“– Draya.” — Eu disse sem muita cerimônia.

“– Prazer em conhecê-la senhorita.” —Ele estendeu a mão.”

“– Igualmente.” — Apertei a mão dele enquanto sorria.

“– Você não quer dar uma volta comigo?” — Ele perguntou de repente.

“– Pode ser. Eu estava indo mesmo fazer isso.” — Eu respondi. Eu não poderia recusar. Ele parecia ser legal e era muito bonito também.

Eu e Dakota saímos. Fomos para um parque. O dia estava gostoso para caminhar, deitar na grama ou simplesmente ficar sentindo o sol e o vento na pele. Ficamos conversando, ele né comprou sorvete, andamos, depois por fim ele subiu em uma árvore e me ajudou a subir. Me lembrei de quando eu me mudei pra cá e subia naquela árvore. Talvez ela tivesse uma conexão com novatos.

“– Eu gostei daqui. As pessoas são simpáticas, têm bastante lugares bonitos e legais e a minha nova vizinha é muito legal. Além de bonita pra caramba.” — Eu comecei a rir. Dake era legal, era divertido também. Agora ele estava se mostrando galanteador. Decidi não responder nada além de que tinham bons lugares e boas pessoas ali. Tentei ignorar completamente a última parte. Logo em seguida ele me perguntou se eu namorava. Eu disse que não e ele respondeu “entendi”. Entendeu o que? Decidi perguntar o que ele queria dizer com aquilo e ele respondeu:

“– Normalmente se uma garota muito bonita é solteira, ela provavelmente é reservada, ou não da bola pra qualquer cara ou então porque o último cara quebrou o coração dela. Pode ser também dela não querer namorar ninguém, mas acho que você se encaixa em não dar bola pra qualquer cara.” — Ele tinha um pouco de razão. Mas eu não sei se existia algum motivo para eu estar solteira. Eu não achava ninguém interessante. Então acabava por ficar solteira mesmo. Não que eu me importasse, só quando assistia muita comédia romântica que batia uma vontade de ter um daqueles romances perfeitos. De qualquer jeito apenas respondi a ele “quem sabe!?”
Dake era legal. Apesar de ter investido bastante, de ser galanteador, eu não me importava. Sempre achei engraçado caras assim. E bom, se ele não fosse bonito seria um problema. Sei que isso parece fútil, mas é que se um cara bonito é galanteador, é porque ele quer. Porque ele é assim. Um cara como Dake não precisa ficar correndo atrás de garotas. Ele é do tipo que as garotas correm atrás. Também por isso pode até acontecer dele ser mal compreendido. Dake é o tipo de garoto que pode ter a maioria das garotas que quiser. Se ele não ganhar ela pela beleza, a ganha ou pela simpatia, ou por ser engraçado ou por ser galanteador. Todo o tempo que estivemos no parque, não havia uma garota que não grudasse os olhos nele. Só quando do subimos na árvore que deixamos de ser o centro das atenções por onde passávamos. Apesar dele ser assim bonito e legal, pra mim Dake era um cara normal. Eu achava ele super bonito, mas não era atraída por ele. É que nem uma flor. Você olha, se encanta, mas é só isso. Passei um agradável dia com ele. Nós voltamos para casa juntos e eu disse que se ele precisasse de alguma coisa poderia me chamar. Eu ainda me lembrava como mudanças eram exaustivas. Ele obviamente que respondeu de maneira galanteadora.

Entrei em casa e a Kenna ainda estava dormindo. Acho que ela era um urso ou algo assim. Deixei ela lá dormindo e fiquei navegando pela internet. Naquela noite saímos com Dake. Kenna ficou encantada com ele. Ela não parava de babar. Ao contrário do que eu imaginei, ele não ficou cantando ela nem dando em cima.

Os dias foram passando e a vida foi seguindo. Uma vez o encontrei no shopping. Ele estava com duas garotas mas acabou deixando elas para ficar comigo. Naquele dia eu estava de salto alto e meus pés já estavam doendo. Então ele gentilmente me deu um sapato. Meus pés agradeceram muito.

Eu sempre encontrava Dake. Fosse no prédio, na rua. Um dia ele pediu meu número e depois disso começamos a conversar por mensagem também. Ele sempre me dava bom dia. Nós nadávamos juntos, saíamos juntos, ele começou a ir lá em casa. Minha mãe adorava ele. Dizia que ele era encantador. Meu pai até gostava dele também. Acabamos virando amigos.
Um dia ele me chamou para ir pra praia com ele. Foi quando ele me beijou pela primeira vez. Eu quase entrei em choque na hora. Nós estávamos dentro do mar. No dia seguinte que fomos para a praia acordei com uma mensagem dele dizendo que sentia muito, mas que ele teve que viajar para ajudar o tio dele e voltaria em breve. Todos os dias ele me mandava mensagem, mas era tão estranho não ver ele. Eu já estava acostumada. Passado 1 semana ele ainda não tinha voltado. Perguntei a ele quando ele voltaria e ele disse que as coisas estavam complicadas naquela hora. Que ele não tinha uma previsão. Passaram duas semanas. Ele ainda estava lá. Aquele dia na praia não tinha passado disso. Um dia. Eu era mais uma garota que ele tinha ficado. Só isso. Parecia que essa viagem era estratégica para ele não me ver depois daquele beijo. Aos pouco comecei a parar de responder às mensagens dele. Eu até lia algumas, depois parei até de ler. Quando comecei a não responder, ele perguntava se eu estava bem, se havia acontecido alguma coisa, por que eu não está a respondendo. Ele dizia que sentia minha falta. Depois de um tempo que ele percebeu que eu não respondia as mensagens dele, elas sempre diziam algo como “espero que você esteja bem.” Ou então ele falava de como estava o tempo. Uma vez ele disse que o tempo estava do mesmo jeito que daquele dia que subimos na árvore. Algumas vezes ele perguntava se eu ainda usava aquele celular. Outras ele dizia que queria estar aqui. Depois eu já nem lia mais. Passaram 3 semanas e nada dele. Eu já quase não me importava mais. Tinha até ficado com um garoto. Mas ele não era meu tipo.

Uma manhã eu acordei e tinha mais uma mensagem do Dake. Eu já não abria mais nenhuma, mas aquela algo me dizia para abrir. Abri a mensagem e estava escrito assim:

   “Bom dia raio de Sol. Finalmente estou voltando. Estou morrendo de saudades e não vejo a hora de te encontrar. Um beijo.”

Fazia um mês e uma semana desde que ele tinha partido. Eu não me importava mais. Eu nem gostava dele. Eu talvez só tivesse ficado magoada porque ele me beijou num dia e no outro desapareceu. Era irrelevante agora de qualquer maneira. Naquele dia lembro de ter ficado o dia todo na piscina. Eu estava voltando para meu apartamento quando o vi. Ele veio quase correndo até mim mas eu só passei por ele e subi. Mais tarde naquele dia ele foi me chamar em casa. Não atendi a porta. No dia seguinte ele me mandou uma mensagem perguntando o que tinha acontecido. Como eu não respondi, ele foi me chamar em casa novamente. Mais uma vez não atendi a porta e então vi quando um envelope foi passado por debaixo dela. Peguei e abri. Era uma carta. Um bilhete. Ele me perguntava o que havia acontecido. Dizia o quanto estava com saudades. Que quando eu o ignorei, ele ficou muito triste. Ele dizia que queria e precisava falar comigo. Perguntava se fez algo de errado. E de novo dizia que sentia minha falta.

Passou uma semana desde que ele tinha voltado. Ainda não falava com ele. Um dia eu estava indo pro meu apartamento quando ele me segurou quando eu saía do elevador e me puxou com ele até o apartamento dele. Ele trancou a porta e eu disse que se ele não me deixasse sair eu iria gritar. Ele disse para eu ficar a vontade porque não tinha ninguém naquele andar. Ele caminhou até a janela e começou a falar comigo de costas para mim.

“– Draya, o que está acontecendo? Por que você está agindo assim comigo? Foi algo que eu fiz? Cada dia que eu estive fora eu senti sua falta. Falta da sua risada. Falta da sua voz. Falta do seu abraço. Eu queria tanto voltar correndo e te abraçar. Por que você não respondia minhas mensagens? Por que você não quer falar comigo? Me diz por favor o que aconteceu. Eu não queria que nossa amizade acabasse assim, ainda mais sem saber o motivo. Draya, por favor. Diz alguma coisa.”

“– Amizade. Como se você se importasse. Você some por mais de um mês e quer falar em amizade. Quer dizer que sentiu minha falta. Me deixa sair Dakota.” — eu falei decidida.

“– Mas eu não sumi! Eu te disse que eu estava ajudando meu tio. Eu te mandei mensagens todos os dias. Eu senti muito a sua falta. Se você não fosse importante pra mim eu teria te esquecido quando você começou a não me responder. Você não vai sair daqui enquanto não me falar o que está acontecendo. Você está saindo com alguém? É isso?”

“– Estou.” — É claro que eu não estava. O garoto que eu beijei não passou de um beijo. Mas eu não podia deixar ele fazendo isso. Pode ter sido infantil, mas eu quis magoar ele.

“– Talvez eu tenha me enganado sobre você. Tudo bem. Você pode ir agora.” — Ele destrancou a porta e passou para o quarto dele sem nem falar comigo. Fui embora pra casa depois disso.

Os dias se passaram e ele não vinha mais atrás de mim. Não nos falávamos quando passávamos um pelo outro. Foi assim duas semanas. Eu já está a sentindo falta das notificações de mensagem dele. Eu sentia falta dele. Talvez eu precisasse sair. Eu estava no shopping quando o vi com uma garota. Ela era muito bonita. Ele parecia não se importar com ela e parecia estar perdido no seu próprio pensamento. Eles estavam indo embora, quando eu ouvi ela dizer que esperava que ele melhorasse logo e que ela estava muito preocupada com ele. Ela disse ainda que a tia dela estava mais preocupada ainda. Ele disse para ela não se preocupar e dizer para a mãe dele que ele estava bem. Provavelmente eles eram conhecidos então. Fiquei curiosa para saber o que ele tinha.
De noite quando voltava pra casa encontrei ele no corredor e fiquei pensando se perguntava ou não o que ele tinha. Ele estava parado no corredor. Parecia esperar alguém. Ele me viu e continuou no mesmo lugar. Me perguntei quem ele estaria esperando. Eu decidi ir falar com ele.

“– Você está bem?” — perguntei meio de longe.

“– Sim. Por que?” — ele parecia seco comigo.

“– É que...” — antes que eu pudesse terminar uma mulher apareceu o abraçando. Eu não consegui falar mais nada. Ela metralhava ele de perguntas. Apenas me afastei e saí dali.

Alguns dias se passaram. E dessa vez fiquei presa com ele no elevador. Ficamos quase a tarde toda lá. Chamaram os bombeiros, os técnicos, todo mundo. Foi horrível. Depois de quase uma hora lá dentro eu comecei a entrar em pânico. Eu comecei a chorar. Achava que iria morrer ali. Eu estava sentada no chão. Dake estava do outro lado. Ele me abraçou e eu não conseguia parar de chorar. Ninguém conseguia tirar a gente dali. Depois do choro me deu um ataque de raiva e eu descontei tudo em Dake. Ele não falou nada. Eu xinguei ele, bati nele e ele apenas ficou lá. Algumas vezes ele tentava me segurar. Então eu parei e ele perguntou “já acabou?” E eu comecei a chorar de novo. Eu disse que odiava ele. Que ele era a pior pessoa do mundo, que eu queria nunca ter conhecido ele. Que eu queria nunca ter beijado ele. Ele ficou quieto um tempo mas depois ele virou para mim e perguntou o que ele tinha feito.
Eu estava muito nervosa e comecei a falar que ele me deixou. Que me beijou em um dia e no outro sumiu. Que sumiu por mais de um mês. Falei tudo que eu quis. Quando eu terminei e olhei para ele, ele estava realmente muito bravo.

“– Eu te deixei? Qual o seu problema garota? Eu te mandava mensagens todos os dias. Você nem me respondia. Quando eu voltei eu tentei falar com você e você só me ignorou. Sério que você acha que eu sumi por mais de um mês? Eu tinha te dito que estava ajudando meu tio. Eu não tive culpa se fui obrigado a ir embora no dia seguinte que te beijei. Mesmo quando eu estava de volta você só me ignorou. É sério que você está com raiva por isso? Você acha que eu fiz de propósito? Draya, eu não sei se você é só infantil ou louca.” — ele me disse e nada fazia sentido.

“– Eu que sou infantil? Sério?” — eu queria que ele sumisse da minha frente.

“– É sério que você está todo esse tempo brava comigo só porque eu fui embora no dia seguinte?”

“– Quem não ficaria Dakota?” — Deslizei até sentar no chão e coloquei minha cabeça nos joelhos.
Algum tempo se passou, provavelmente poucos minutos. Ou algumas horas. Não sei. Dakota abaixou na minha frente e me puxou para ele.

“– Nunca mais faça isso. Nunca. Você é a garota mais louca, insana, infantil, mimada e linda que eu já conheci. Eu vou te perdoar só dessa vez. Quando sairmos daqui preciso te dar uma coisa.” — ele disse isso e então me beijou. No começo eu não sabia o que fazia. Mas eu senti tanta falta dele, tanta saudade que me entreguei. E depois eu comecei a chorar. Acho que chorei tanto que acabei dormindo, porque quando acordei, estava no colo de um bombeiro e Dake estava saindo do elevador.

Já estava quase escuro. Depois te responder um monte de perguntas e os paramédicos checarem se estávamos bem, eu só queria voltar pra casa. Mas eu não entraria em um elevador de novo nem morta. Eram muitos andares até chegar no meu. Mas eu teria que subir de escada de qualquer jeito. Fui para a porta que dava nas escadas. Comecei a subir e logo Dake estava atrás de mim. Ele pegou a minha mão e subimos. Acho que demorou quase eternamente pra terminarmos de subir. Ele quis me levar no colo, mas eu não quis. Já tinha pego muito pesado com ele. Quando chegamos no nosso andar eu me joguei no chão do corredor. Dake me estendeu a mão e falou para eu levantar mas nem meu corpo respondia mais. Ele me pegou no colo e eu também não consegui protestar. Pensei que ele me levaria pro meu apartamento, mas ele me levou para o dele. Ele entrou comigo no colo e foi direto para o quarto me colocando na cama. Ele disse para eu esperar que ele já voltava. Acho que nem que eu quisesse conseguiria levantar dali. Ele voltou com uma caixa nas mãos e me entregou. Quando eu abri haviam duas pulseiras. Uma era um bracelete adornado. A outra era mais simples mas muito bonita. Olhei para Dake como que perguntando o que significava aquilo. Ele entendeu.

“– Logo na primeira semana que cheguei lá, vi isso e lembrei de você. Eu esperava te dar quando voltasse, mas você não quis falar comigo. A propósito uma delas é minha.” — Ele pegou o bracelete e colocou no meu braço e me entregou a pulseira pedindo que eu colocasse nele. Fiz o que ele pediu. Ele olhou pra mim e disse que eram quase alianças. Eu estava realmente ouvindo isso? Ele estava me pedindo em namoro? Não podia ser.

Decidi perguntar o que o tio dele fazia. Ele me disse que o tio dele era diretor de teatro. Ele falou que nesse mês que ele ficou lá, que seu tio estava para estrear uma peça. Por isso ele não conseguiu voltar. Ele disse que o ritmo era frenético. Ainda por cima o tio dele o tinha usado como ator reserva e ele teve até que se apresentar em um dos espetáculos. Eu já tinha ouvido falar que os bastidores dos palcos eram insanos mesmo. Será que ele tinha falado a verdade sobre não ter sumido de propósito? Me senti péssima por ter pensado isso. Eu não sabia como as coisas iriam ficar depois daquilo. Apenas deixei acontecer. Naquele dia eu acabei dormindo e acordei no meio da noite ainda na casa dele. Ele estava na sala. Meus pais estavam lá. O que estava acontecendo? Eu estava meio confusa então Dake me puxou de lado e me explicou que eles estavam preocupados e como ficaram sabendo que ele tinha ficado preso no elevador comigo, vieram perguntar como eu estava. Ele disse ainda que por ele eu poderia ficar e dormir lá sem problemas, mas que meus pais não deixariam. Foi exatamente isso que aconteceu. Antes de eu sair da casa dele, ele me puxou, me abraçou e me deu um beijo no topo da cabeça.

No dia seguinte eu me sentia melhor. Estava menos estressada. Dake me ligou e disse que estava indo me buscar para almoçar. Quando terminei de me arrumar eu mandei uma mensagem para ele e ele me encontrou lá. Ele foi caminhando para o elevador e eu fiquei parada no meio do corredor. Ele olhou pra mim e eu disse que não entraria naquilo. Ele começou a rir e disse que já tinha usado o elevador naquele dia, mas que se eu preferia nós poderíamos ir de escada. Descemos pela escada. Fomos almoçar e foi bem legal. Depois que almoçamos voltamos para casa. Fiquei na casa dele e enquanto ele fazia um relatório para o trabalho dele eu fiquei fuçando em tudo. Não imaginava que Dake era do tipo que trabalhava com coisas que necessitavam relatórios. Sempre achei ele tão livre. Achei um monte de fotos dele. Estava olhando quando ele chegou por trás se jogando em cima de mim para dizer que aquela era a prima dele, as tias e os primos. Numa outra foto tinha a mulher que estava lá no outro dia e ele. Ele disse que aquela era a sua mãe. Em outras fotos tinha ele com o tio. Ele olhou pra mim e disse que não tinha nenhuma foto comigo pra por ali. Ele saiu correndo e voltou com uma câmera. Nós ficamos tirando fotos. Em uma das fotos ele me puxou e me beijou.

Depois desse dia estávamos juntos. Oficialmente. As vezes saíamos para algum lugar, as vezes nos agarrávamos no corredor. Depois de um mês eu já usava o elevador de novo. Uma vez nos agarramos lá também. Na escada de emergência.

Ainda no começo quando estávamos saindo, uma vez fomos para o shopping. Eu estava em uma loja experimentando lingeries e ele invadiu o provador.  Em todos esses meses que estamos juntos tivemos vários momentos divertidos. Graças ao elevador nos reaproximamos. Dake era a melhor pessoa. Bonito, inteligente, divertido, engraçado, extremamente bobo. Eu teria me arrependido se o tivesse perdido.

Hoje é nosso aniversário de namoro. Combinamos de fazer um jantar romântico numa tenda. Temos ido muito a praia juntos. Ele está me ensinando a surfar, mas eu ainda prefiro ficar vendo ele nas ondas.

Meu celular está tocando. Chegou a hora de eu ir.

(...)

Narradora PoV

Naquela noite Draya e Dake se amaram. Ele fez o jantar mais lindo que se pode imaginar. Havia uma tenda com rochas de bambu em volta. Várias flores pequenas com os galhos entrelaçados adornavam a tenda. Dentro da tenda pétalas estavam espalhadas e algumas velas. Eles tiveram seu momento lá. Correram pela praia, se jogaram no mar, brindaram e fecharam a noite se amando em um chalé próximo a praia. Lá estava tudo decorado meticulosamente também. Pétalas pela cama, flores e velas pela casa. Não demorou muito para as roupas deles estarem no chão. Draya amava a intensidade de Dake. O jeito galanteador. Sempre pronto pra dizer uma cantada. Mesmo depois de estarem namorando ele nunca a deixou de conquistar dia após dia. Nunca deixou de dizer o quanto ela era linda e nem de fazer algumas cantadas bobas.

Que Draya e Dake tenham muitos mais momentos como esse e vivam felizes para sempre.


Notas Finais


O final foi meio difícil de escrever, me desculpem se não ficou tão bom. Quem quiser conhecer outras histórias minhas, estou com uma andamento que chama "Can We Stay Together?". Obrigada por terem lido! Beijão!!


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