:Pov jungkook:
— mas...c-como assim, centro de recuperação? — perguntei ainda incrédulo
— pelo que vem acontecendo com você, seu comportamento e pelo que achamos, parece que você anda se auto-mutilando!
— i-isso não é verdade!
— então deixe-me ver os seus braços!
— n-não! — ele me puxou e tirou meu casaco:
Mas...O QUE SIGNIFICA ISSO JEON JUNGKOOK? — gritou a minha mãe com os olhos arregalados
— é que...e-eu s-só tava brincando!
— brincando? Isso é brincar? — por pouco ela não me bateu, mas eu já podia ver a fúria nos seus olhos:
— m-me d-desculpa m-mãe...
— não...dessa vez não...me perdoe mas...você precisa aprender!
— mas mãe...
— nada de mais, arrume suas malas, você vai hoje mesmo! — doeu ouvir aquilo, a minha própria mãe está me abandonando! Fui até o meu quarto, coloco peça por peça na mala, quando termino de arrumar, deixo algo cair:
— é...o meu ursinho preferido...— minha tia havia me dado quando eu era bem pequeno, mas minhas irmãs haviam roubado de mim:
Flashback on:
— kookie, advinha o que eu trouxe para você?
— é um carrinho?
— não!
— é um peixinho?
— não!
— é um cachorrinho?
— não!
— então o quê?
— isso!
— aaahh é um ursinho!
— você gostou?
— eu adorei!
— comprei especialmente para você!
— te amo titia! — lhe dei um abraço bem apertado
— ei eu quero esse urso! — disse a lisa vindo em minha direção
— não, ele é meu!
— me dá esse urso agora! — disse a rosé por trás de mim:
— não briguem crianças, vocês vão ganhar um também!
— NÃO! QUEREMOS ESSE! — elas me empurraram e tomaram o urso da minha mão:
— me devolvam! — disse me segurando para não chorar
— huum deixa eu pensar...não! Agora ele é nosso e sabe o que vamos fazer?
— o quê? — elas rasgaram o urso em várias partes:
— NÃÃOO, MEU URSINHOO! — me ajoelhei no chão e comecei a chorar enquanto elas duas riam e debochavam de mim.
Flashback off:
Eu costurei o urso mas...não está mais como antes, ele está velho, sujo e ainda meio descosturado, eu nunca mais voltei a pegá-lo e depois disso, minha tia nunca mais veio me ver.
Deixei algumas lágrimas caírem sobre ele, era o único brinquedo que eu tinha! O coloquei com cuidado na mala e desci as escadas:
— está tudo pronto, podem levá-lo! — me ajoelhei aos seus pés e me desabei em lágrimas:
— m-mãe...s-se você realmente me ama...não faça isso! — ela me olhava com desprezo, acho que ela não estava nem aí:
— a partir de agora, eu não sou mais sua mãe! — meu coração congelou, as lágrimas rolavam pelo meu rosto com um rio desgovernado:
— levem-o! — eles me puxaram a força me fazendo sair do chão, vi minhas irmãs chegarem e logo se assustaram com o meu estado:
— P-POR FAVOR! NÃO DEIXEM ELES ME LEVAREM! Gritei enquanto me debatia com eles, elas começaram a rir de mim:
— Até que enfim, vamos nos livrar de você! — disse a lisa com um olhar malicioso:
— adeus seu lixo! — eles me colocaram a força no carro e deram a partida, me deitei no banco de trás e chorei ainda mais:
— fica quieto aí seu moleque! — disse um dos homens se virando para mim enquanto o outro dirigia o carro.
(...)
Quinta-feira, 18 de setembro de 2015, centro de recuperação de Busan.
(15:00 P.M)
Estava sentado em círculo com várias pessoas, umas pareciam estar bem, outras...estavam iguais a mim:
— bom gente...parece que temos um novo membro no grupo, apresente-se por favor!
— oi...meu nome é jeon jungkook...tenho 18 anos...e vivo uma vida nada interessante! — percebi que tinham mais garotos do que garotas, será que vou ficar bem aqui?
— bom meninos, se apresentem para o novato!
— oi meu nome é kim namjoon, tenho 22 anos e...sempre fui sozinho!
— eu sou o kim seokjin, mas pode me chamar de jin hyung, tenho 24 anos e...sou órfão!
— eu também! Eu sou o park jimin, tenho 19 anos e...eu nunca recebi a atenção de ninguém...sempre vivi trancado no meu quarto, escrevendo em meu diário! — seu sorriso desapareceu num piscar de olhos...finalmente...achei alguém...alguém que entende bem o que eu passo!
— e você tem irmãs?
— sim! Quee dizer...tinha...antes de me abandonarem! — nossa...eu não estou acreditando!
— mas...novato...você ainda sente algo por eles? — perguntou a moça me olhando preocupada, do nada, um grande ódio cresceu denteo de mim, uma grande vontade de matar todos aqueles me me fizeram mal:
— SE SINTO? TUDO O QUE EU SINTO POR ELES É NOJO! — todos me olharam assustados — ELES ME NEGLIGENCIARAM, ME ABANDONARAM, NUNCA LIGARAM PARA MIM! EU QUERIA PODER MATAR TODOS ELES COM AS MINHAS PRÓPRIAS MÃOS! — a moça ficou paralisada e ao mesmo tempo trêmula, eu não consegui me controlar:
— v-você...precisa muito de ajuda garoto, eu sei que você ainda tem sentimentos!
— SENTIMENTOS? — perguntei num tom sarcástico — e para quê? Ninguém liga mesmo! — senti alguém me abraçar por trás, quando virei, era o jimin:
— Calma! — disse ele alisando o meu cabelo — eu também já passei por isso, mas estamos aqui, e queremos te ajudar! — voltei a chorar, eu nunca tinha ouvido ninguém falar isso para mim:
Finalmente, achei o meu lar.
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