História O Herói Caído - Maldição das Sombras

-Papai.-disse Gowther, derramando nojo na voz.

-Crianças!-exclamou Cáligus do trono. - Vejo que ainda guardam rancor pela minha última...visitinha?

Os pecados formaram uma meia lua em volta de Elizabeth, que estava com a cabeça baixa.

-O que você quer?-atirou Ban, ríspido.

-Oras, o que mais? Quero um lugar no novo conselho Olimpiano e a cabeça da minha querida Elizabeth. - respondeu tomando uma postura mais séria.

-Nem por cima do meu cadáver.- disse Percy.

- Bom, se é assim acho que teremos que lutar! - disse Cáligus sorrindo sombriamente.

-Pode vir.- disse Diane, confiante.

E então Cáligus juntou as mãos, como se fosse bater palmas, mas uma névoa espessa e escura saiu por várias direções e passou pela brecha das grandes portas. Saltou do trono e então começou a luta contra os sete pecados.

Logo de início houve uma forte explosão criada pelo choque de punhos de Percy e Cáligus, que fez todos voarem para longe. Instantes depois, a porta foi aberta violentamente. De lá vieram todos os servos dos deuses, porém enfeitiçados pelas trevas.

-Zancrow! O que pensa que está fazendo?- bradou Zeus, enquanto desviava de um ataque de seu servo mais leal.

-Ele não irá te ouvir, está sob minha maldição. Conheçam meus novos demônios!- disse Cáligus sorrindo abertamente, sendo calado por um soco mandíbula.

A batalha era intensa: Campistas lutavam contra seus iguais pegos pela maldição. Deuses eram atacados pelos próprios servos. Os pecados começaram enfim seu contra-ataque à Cáligus.

Ares Pov

Merda... algo nessa maldição fazia os poderes e habilidades crescerem absurdamente. Eu lutava contra dois campistas e três harpias, e estava surpreso com a força deles.

Desferi um golpe com minha espada e Annabeth bloqueou com seu antebraço. Arregalei os olhos vendo que a ferida se curou segundos depois. Todos os cinco vieram para cima de mim. Rugi de raiva e transformei minha espada em uma bazuca. O outo campista investiu novamente, no combate corpo à corpo. Ele acertou uma sequência de socos no meu estômago e um chute no rosto. Atirei com a bazuca e vi que apenas as Harpias se despedaçaram. Agachei deviando do chute de Annabeth e logo pulei para evitar a rasteira do outro. Me esquivei dos socos dos dois e desferi um ataque novamente.

ATENA POV

Não entendo... como nunca soube sobre Cáligus? Ele é extremamente forte mas eu nunca nem ouvi falar. Como poderei montar uma estratégia?

Logo olhei para a direita e vi quatro antigos heróis correndo para me atacar. Suspirei. Comecei a brilhar por alguns instantes, e quando a luz cessou eu estava vestida no modo combate, onde tenho mais força física e um poder latente de magia mais alto.

Apontei minha lança para eles, que vieram com sede de sangue.

Dois me atacavam pelos lados , um por trás e um por cima, e vendo que não conseguiria escapar, atirei esferas de energia para todos os lados, acertando três dos quatro heróis. Aquela magia faria eles perderem os cinco sentidos por algumas horas e então não poderiam lutar. Se não podemos ferí-los fisicamente, podemos impedir que lutem. Mas ainda havia o último herói, que tinha uma velocidade impressionante e escapava de todos os meus golpes.

Dobrei o tronco desviando de uma voadora e acertei o com um chute na costela logo em seguida. Peguei duas adagas e atirei em sua direção. O herói voou e ficou preso na parede. Criei uma esfera de energia ainds mais forte e atirei.

Elizabeth Pov

Cáligus estava dando mais trabalho do que o esperado. Pedi aos outros que cuidassem dele por um tempo e sentei no chão em meio ao caos e comecei a meditar. Eu preciso fazer isso...preciso conseguir me controlar! Logo senti a magia fluindo pelas minha veias e senti o fluxo aumentando consideravelmente. O ar à minha volta ficou mais pesado e senti meus cabelos flutuarem. Uma espécie de choque passou pelo meu corpo e então eu soube. Abri os olhos e estava na minha forma de orgulho. Os pecados me encaravam surpresos e eu apenas assenti: Consegui controlar minha maldição pela primeira vez.

Como resultado, fiquei extremamente forte e parti para o ataque.

-Pessoal, ajudem os outros, tenho que resolver alguns assuntos com Cáligus!-eu disse feroz, fazendo chamas escarlates consumirem minhas mãos. Corri para Cáligus e desferi tapas, socos e chutes. Ele se defendia da melhor maneira que conseguia, mas vi que estava tendo um pouco de dificuldade. Ele ficou com raiva e gritou, liberando mais poder mágico. Ficou consideravelmente mais rápido e ágil, de modo que eu nem conseguia ver onde estava para atacar ou defender. Apurei meus sentidos e tive sucesso, consegui captar uma oscilação anormal no ar à minha esquerda e então virei com tudo, com o punho em chamas. Acertei a cara de Cáligus com tudo, e ele voou longe, para depois voltar com mais raiva ainda.

-Já chega! - ele grunhiu e desapareceu novamente. Dessa vez não consegui senti-lo se aproximando. Dei alguns passos para trás mas esbarrei em alguém. Droga! Peguei uma faca na bota da armadura e virei pronta para cortá-lo, mas ele segurou minha mão, deviou a outra com seu cotovelo e colocou dois dedos na minha testa, me fazendo estremecer. Logo minha visão foi escurecendo e perdi a consiência, ciente do que estava por vir.

Percy Pov

Acatamos o pedido de Elizabeth e partimos para ajudar os outros. Conectei-me à mente dos outros e alertei:

-Pessoal, não podemos matar e nem ferir gravemente essas pessoas pois elas não tiveram culpa, estão sob uma maldição! Precisamos de algo que os faça voltar a realidade ou impedi-los de lutar.

-Concordo, capitão!- exclamou Diane.

-Mas o que faremos? - indagou Ban.

-Quem sabe uma magia de congelamento espacial? Gowther, conhece alguma no estilo?- perguntou Merlin.

-Bom, nenhuma magia espacial seria capaz de congelar tanga gente, mas tem a Aura, uma magia do tempo que congela tudo que for trevas.-ele respondeu,e no instante seguinte, reenviou o encantamento para todos nós.

Voltei minha atenção para a batalha e fiz contato visual com todos os pecados, mas Elizabeth estava no chão, com Cáligus sobre ela. Meu sangue ferveu e minha alma começou a tremer. Dei o sinal para os pecados e começamos a entoar, em uníssono.

Inquérito ao tempo, desperta a luz. Todos os ponteiros da vasta imensidão. Empresta-me teu poder para congelar a escuridão das almas perdidas. Magia do tempo,

                      AURA!

Uma luz forte começou a nos cercar e de repente se expandiu, numa explosão vertical de pura energia. Quando a luz cessou, minutos depois, todos aqueles que foram corrompidos pela maldição estavam congelados no tempo, parecendo perfeitas estátuas.

Nós, os deuses e alguns campistas estávamos ilesos, mas de repente escuto um grito de cortar o coração.

Era Elizabeth. Seu corpo havia se erguido do chão por uns vinte centímetros. Seus braços abertos como se estivesse crucificada. Cáligus estava se aproximando vagarosamente. Ele sorriu sádico e olhou para mim.

-Eu quero que grave muito bem esse rostinho, pois será a última vez que o verá "pacífico"- ele disse e começou a gargalhar. Cerrei os punhos e comecei a correr em sua direção, não enxergando mais nada além de vermelho.