Acordei com o frio me incomodando, de acordo com a posição da lua já é madrugada. Cutuco a barriga de T.O.P com o dedo indicador até que ele lentamente acorda. Senti-me no canto do sofá pra ele levantar também.
Ele me deixou no quarto e foi embora para seu próprio aposento. Arrumei-me e dormi.
Acordei às 9:00 da manhã e me senti envergonhada! A medida que ia para cozinha via o quanto àquela casa estava agitada com preparativos. Caveiras, aranhas, teias de aranha, bruxas assustadoras e abóboras brilhantes por todo lado. Tomei café e procurei T.O.P por toda a casa, ele não estava em lugar algum. Voltei para o meu quarto e quando cheguei me deoarei com minha fantasia. Um vestido vitoriano esplêndido! em cima do vestido havia um papel com os horários para maqueagem e cabelo. Isso é até fácil e eu poderia fazer sozinha, o problema vai ser colocar esse vestido.
***
Meu rosto parece açúcar de tão branco, e minha boca vinho, de tão vermelha. No meu cabelo há um coque frocho. Agora chegou a parte mais difícil, o vestido. Coloquei a camisola debaixo que graças a Deus não ficou tão grande, depois o espartilho.
- não consigo amarrar isso sozinha! - eu disse me virando para o espelho.
Coloquei uma calça larga e um roupão e sai andando pela casa procurando alguém que pudesse me ajudar. Não encontrando ninguém voltei para o meu quarto e mandei uma mensagem:
Sn: oi querido, estou precisando de uma ajudinha aqui com o vestido. Tem como providenciar alguém para me ajudar?
Uns minutos depois ele respondeu.
T: venha ao meu quarto. É só subir a escada, é a primeira porta.
Fui lá tentando segurar o vestido pesado e subindo a escada. Meu Deus eu vou fritar com esse vestido a noite toda. Bati na porta antes de entrar, ouvi ele falando alguma coisa em Coreano dentro do quarto, esperei alguns instantes e entrei devagar. Ele estava ajeitando o cinto, sem camisa na frente do espelho. Perdi um pouco o ar, não tem como esse homem ser mais perfeito!
Ele ficou me olhando tentando entender o que estava acontecendo, eu me virei, desamarei o roupão e deixei-o cair pondo minhas costas e o espartilho por amarrar amostras. Ele chegou lentamente perto e começou a puchar as tiras uma por uma, Mr apertando dentro da pessa de roupa. a respiração dele estava tão pesada quanto a minha. Ele terminou de arrumar e foi até a cama pegar o vestido. Ele me vestiu com delicadeza, olhando profundamente nos meus olhos sempre que podia. Por fim, depois de me ajudar, ele vestiu o resto da roupa. Era uma roupa vitoriana também, mas não tão pomposa quanto a minha. Ele abriu uma gaveta e pegou várias maquiagens e começou a passar.
Sentei na cama e fiquei esperando alguma coisa. Por fim ele terminou, ajudei-o a arrumar o terno pesado e bordado e a espalhar um pouco do pó branco que estava concentrado na testa.
Do andar de cima já dava pra ouvir o barulho das pessoas e da música no andar de baixo. Ele abriu a porta pra mim e depois deu a mão para que eu segurasse. Descemos as escadas sobre o olhar de todos. Ele consegui ser fino em todos os momentos, até nos mais desconfortáveis. Logo avistei Vitória e fui até ela. Perguntei:
- está fantasiada de que?
- Kirito!
- gostei!
- então, o Xiumin está ali, mas eu ainda não tive coragem de falar com ele. - Olhei pra trás dela e o avistei, um dos muitos gatos zumbis.
- vamos nos permitir lembra?
Ela fez que sim com a cabeça e foi até ele e eu fui atrás dela até um certo ponto. De primeira ela ficou alternando as mãos entrega a cintura e o braço como se não soubesse onde por a mão. Logo a confusão acabou quando ele a abraçou, tirando-a do chão (ela é uma grande anãzinha). Ela sorriu e os dois começaram a conversar animados. Ele olhava nos olhos dela e ela estava quase vermelha de vergonha. Fiquei sorrindo os olhando.
Meu celular tocou no bolso do vestido, peguei e li a mensagem:
T: tive que resolver algumas coisas, daqui a pouco apareço para dançar um pouco.
Sn: Ok, até daqui a pouco.
Guardei o celular e senti alguém me cutucando, virei para trás e lá estava uma garota ocidental de cabelos curtos vestida de Zorro.
- oi! - ela disse e completou - tudo bem? Você é brasileira não é?
- sim eu sou - respondi, quem é vc?
- Meu nome é Tamiris, sou escritora. Você deve ser (S/N)!
- sim, sou eu mesma!
- aí é tão bom conversar com alguém que fala a mesma língua que eu! - ela disse isso sorrindo e balançando as mãos. Que Zorro gay! Ri pra mim mesma.
- digo o mesmo - eu disse tocando o braço dela. Ela é fria...
- posso dar um palpite?
- sobre o que?
- sobre vc é T.O.P...
- Pode...
- você sente como se ele fosse o único no qual vc se encaixa, vocês se beijaram só uma vez e você quer fazer isso outra vez mas não sabe se o espera ou se toma a iniciativa. Você acredita que vai acontecer na hora certa, não só isso mas outra coisa também. Você tem medo das reais intenções dele mas está apaixonada de mais pra tomar cuidado.
- como você descobriu isso tudo?
- eu estudo psiquiatria, estou praticando a leitura corporal!
- muito bom! Tem algum conselho?
- Sim! Você talvez descubra coisas sobre ele que superficialmente pareça ruim, mas ouça o que ele tem a dizer mesmo que exija paciência! Outra coisa, deixa ele tomar a iniciativa, mas quando acontecer arrisque. Não deixe ele fazer sozinho.
- okay, eu gostaria de conversar com vc outra vez... - T.O.P me chamou e eu virei pra ele. O príncipe pegou na minha mão e foi me puxando, eu pedi pra ele me esperar. Quando virei para trás procurando Tamiris ela já não estava lá mais. Estranha noite de Halloween...
Lua Adversa
Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha. [...]
Cecília Meireles
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