Eu sempre achei tão idiota aquelas moças dos filmes que ficam igual bobas do lado do celular esperando o moço especial da outra noite lugar, mas olha eu aqui. Não desgrudo do celular desde domingo à noite. A pesar de ter passado só um dia e algumas horas me encomoda que ele não tenha mandado nem uma mensagem. Será que ele sabe que as mensagens podem ser mandadas à distância?
O treino da terça-feira acabou e por fim acho que cheguei na perfeição. O chefe não falou exatamente nada, não deu nenhuma crítica, apenas falou um "hm" baixo e saiu. Agora, estou indo embora mais cedo, feliz e com o celular na mão esperando que ele vibrasse a qualquer momento. As vezes a operadora me passa a perna!
Entrei no carro e coloquei o celular no painel. Comecei a andar, parei em um dia semáforo e ouvi um barulho peculiar. Meu celular vibrando! Abri e li a mensagem sorrindo.
T: olá, desculpe por não aparecer. Eu gostaria muito de te encontrar outra vez. Quer tomar um café comigo?
Ouvi buzinas e percebi que o sinal tinha ficado verde. Passei no sinal e estacionei na primeira vaga.
Sn: quero sim. Que horas?
T: 17:00 pode ser? No café aqui perto do hotel.
Sn: pode me esperar.
Vitória não estava lá pra me arrumar então vesti um dos vestidos que ela odeia, um dos meus vestidos floridos e rodado. Ela fiz que eu pareço a vó dela com esse vestido. Olhei pela janela e estava chovendo, peguei meu guarda chuva e sai. Quando cheguei no hotel nem precisei entrar, ele já estava me esperando do lado de fora. Ele estava todo formal debaixo da chuva, sério e sorrindo com os olhos como sempre. quando cheguei perto ele disse:
- oi ... você é linda!
Dei uma risadinha e ele sorriu.
- thankyou. You too. Mush! - nem sei se falei certo!
Ele chegou perto pegou na minha mão e foi me guiando até a cafeteria. Olhei para a mão dele entrelaçada com a minha. Eu sou tão pequena perto dele, tão inofensiva, mas inexplicavelmente me sinto protegida. Olho pra frente e ele começa a acariciar minha mão com o polegar.
Sentamos em uma mesa ao fundo, um ponto sego onde nenhum curioso podia nos ver. Logo começamos a conversar, por mensagem claro. Ele me perguntou como foi meu dia e eu contei tudo. Ele lia e sorria as vezes, outras vezes ele ficava olhando pra mim com olhos sorridentes. Eu não sei nem o que ele fala, mas eu queria tanto ler a mente dele. Encinei mais uma dúzia de palavras em português para ele e por fim, meu capuccino acabou, o dele também.
Fomos para uma praça ali perto que estava vazia por causa da chuva. Ficamos simplesmente andando de um lado para o outro de mãos dadas olhando um para o outro. Ele me mandou uma mensagem:
T: me permite te dar um beijo?
Respirei fundo e lembrei da conversa com Vitória. Mesmo que fosse só um beijo, seria um beijo com o cara que eu gosto é não com qualquer um. T.O.P é respeitoso, legal e temos alguma coisa especial. Além disso ele já está pegando na minha mão e tivemos longas e animadas conversas apesar das fronteiras. Respondi:
Sn: vai ser meu primeiro beijo.
T: será um prazer. Apenas confie em mim Ok?
Sn: pode ser.
T.O.P passou a mão de leve no meu braço de baixo para cima e parou quando chegou no meu rosto. Ele chegou bem perto de mim e meu instinto foi dar um passo para trás, quando fiz isso senti uma pedra no meu tornozelo e tombei para trás, antes que eu caísse para trás estragando tudo ele me segurou. A boca dele ficou muito perto da minha, nossos corpos colados e por fim os labios dele se encostaram nos meus devagar. Levemente ele selou nossos labios. Ele deu vários beijos suaves, longos e intensos. Por fim ele mordeu levemente meu lábio inferior.
- why stop? - perguntei
- I want more. Other more.
Fiquei feliz por entender aquilo. Ele sorriu e eu selei nossos labios mais uma vez.
Merece de a gente aproveitar
o que vem e que se pode,Guimarães Rosa
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.