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História O homem por trás do capuz preto - Uma história termina e outras começam...


Escrita por: Alex12213

Notas do Autor


Alguém está achando que o final é surpreendente? Estão certos!!
Bom, só não se sabe se está perto o final ou não.

Capítulo 2 - Uma história termina e outras começam...


Fanfic / Fanfiction O homem por trás do capuz preto - Uma história termina e outras começam...


 Depois daquela história que meu pai me contava 16 anos atrás, quando eu tinha 4 anos, meu sentido de vida tinha mudado, agora não era só crescer e se tornar um engenheiro de respeito, era se tornar um mago como meu pai, pois isso dependeria da vida dele... Porque seu corpo tinha sido levado pelo Charles...

 Tudo começou quando, em uma semana atrás, eu tinha pedido para meu pai me ajudar a sentir minha energia espiritual, e a controlá-la também, mas ele respondeu com uma cara de triste:

 - Desculpa Max, Já conversamos sobre isso, você não pode sem o colar!

 - Que colar?

 - Aquele da história que tinha te contado quando você era pequeno, aquele colar era uma relíquia, e por minha culpa, ele foi destruído... Nem eu consegui sentir meu poder de primeira sem ele.

 - Mas e se eu conseguir? - Perguntei confiante, mas com uma resposta na ponta da língua meu pai falou:

 - O único mago que já vi com meus olhos usar seus poderes sem o colar, foi Charles, pois ele usava a Bengala Das Trevas. Aquele objeto te consome até a alma e transforma sua energia espiritual em raiva, ódio e trevas... Não sei se aquilo pode ser controlado para o bem, porque... Charles não era tão fraco e ainda assim perdeu o controle.

 - Pai, pelo menos tenta me ensinar!

 - Está bem, vamos lá pra fora!

 Insisti até ele tentar me ensinar, e com uma voz de quem não estava brincando, me mandou:

 - Feche seus olhos, sinta seu coração e tente sentir o poder ao seu redor, como se você e a natureza fosse uma só... Respire pelo nariz , se concentre... E expire pela boca.

 Fazendo isso com muita exatidão e confiança, fiquei em pensamento profundo, mas não senti nada, e falei desanimado pro meu pai:

 - É mesmo, não dá!

 - Não fica chateado filho, mesmo se você dominasse o poder espiritual sem o colar você não poderia usá-lo em qualquer coisa, com poderes vêm responsabilidades. - Falou meu pai tentando me animar.

 Mas como não estava satisfeito, bolei um plano: falei pro meu pai que iria fazer uma excursão com minha turma da faculdade. Como ele tinha confiança em mim, ele deixou. Só que eu estava com a consciência pesada, pois tinha traído a confiança do meu pai, mas agora que já tinha feito o pecado, deixei pra lá, mas ao mesmo tempo em que viajava sentia um poder me seguindo, talvez estivesse conseguindo aos poucos invocar meu poder.

 Bom, sei que não era uma boa ideia, mas estava desesperado, e fui à busca pelo corpo de Charles, que com ele, estaria junto à Bengala Das Trevas. Pesquisas e pesquisas, dias e noites até chegar à semana presente, que finalmente, tinha encontrado o corpo do inimigo mortal do meu pai... Charles.

 Em um cemitério, ali perto da cidade em que meu pai batalhou com Charles, meu avô tinha enterrado seu irmão. Entrei no cemitério, e uma tensão no ar começou a surgir, a pressão atmosférica estava mais densa e quanto mais eu entrava no cemitério, mais densa ficava. Até eu não me aguentar e cair ajoelhado no chão em uma lápide, velha e cheia de musgo, onde estava escrito: "Um homem mal, mas com coração inocente... Descanse em paz: Charles."

 Logo comecei a escavar como uma toupeira até chegar às ossadas, e na mão esquelética estava a Bengala Das Trevas, era sinistra, mas ao mesmo tempo perfeita, com uma miniatura de crânio na ponta.

 Comecei a ouvir vozes, me mandando empunhar a bengala demoníaca, e humildemente na maior ingenuidade, a peguei na mão e de repente aquela pressão sobre meus ombros tinha se dissipado e meu pai do nada ali apareceu gritando:

 - O que você está fazendo Max!?

 - Pai? O que você está fazendo aqui?

 - Max, tinha uma dúvida sobre essa sua excursão, e criei uma corrente de energia espiritual até a sua. E qualquer coisa que aconteceria eu iria conseguir sentir e me teletransportaria até você, mas eu vim à força da minha própria vontade, e talvez meus pesadelos se tornaram realidade. - Ele falou isso com um ar de desapontado olhando para a bengala empunhada em minha mão. E fiz uma pergunta a ele:

 - Então era por isso que eu estava sentindo aquela presença de poder me seguindo?

 - Sim.

 - Mas pai, eu não senti nada ainda! Nenhum ódio ou raiva.

 E o meu corpo tomou conta própria, e do nada atirei uma onda de chamas negras em meu pai, que felizmente conseguiu se desviar, assustado gritei:

 - Desculpa!! Não estou conseguindo controlar meu corpo!

 Até que em certo ponto perdi a consciência, mas estava conseguindo ver através dos olhos do meu pai pela corrente de energia espiritual que nos ligava, e enxergava claramente que Charles de alguma forma tinha possuído meu corpo.

 - Então, você conseguiu no último momento da nossa batalha selar sua alma na bengala. - Falou meu pai.

 - Sim, claramente sabia que mais alguém queria o poder da Bengala das Trevas, e com a notícia de minha morte, entraria na jornada para roubar do meu túmulo. - Respondeu Charles com uma voz demoníaca. - Mas Àlex, não sabia que seu filho seria meu recipiente, e também não sabia que a energia espiritual dele seria tão forte a ponto de ser mais que a sua!

 - Você conseguiu sugar o poder dele então? Não é? Mas não importa, vou matar você como matei anos atrás! - Meu pai falou isso formando um arco de raio com uma flecha de luz igualzinha à história que ele me contara, armada e apontada para Charles.

 Disparando em seguida, Charles conseguiu se desviar de uma forma impossível se movendo mais rápido que meu pai, pegando a flecha no ar. Logo depois, Charles encobriu a flecha em sua mão com as chamas negras da bengala e a devolveu para meu pai atirando contra ele, em uma velocidade maior que a sua própria flecha. Ele conseguiu se desviar por muito pouco, deixando a flecha formar um arranhão em seu rosto. Com ar de superior Charles zombou dele:

 - O que é isso Àlex, eu fiquei mais forte ou você mais fraco?

 - Max, fica esperto! Tenta lutar e voltar para seu corpo, eu tenho um plano: ele fica mais vulnerável enquanto briga pelo seu controle. - Meu pai falou isso por telepatia, e num piscar de olhos eu já estava tentando lutar pelo meu corpo novamente.

 Só que eu não sabia que meu pai iria se sacrificar daquele jeito... Ele se teletransportou para mais perto do seu tio maligno, e fez um feitiço para que eu voltasse pro meu corpo, só que, Charles agora estava no corpo do meu pai.

 De repente conquistei o controle meu eu novamente, com a bengala em minhas mãos, e as últimas palavras do meu pai enquanto Charles não dominou sua mente foi:

 - Filho, vou me teletransportar para o endereço da antiga casa de Charles, e sei que você pode derrotar ele sozinho, pois eu acredito que você seja capaz de dominar a Bengala das Trevas, porque você é meu filho...

 Após isso ele desapareceu, e uma tristeza junto com culpa formavam lágrimas em meus olhos, e, inexplicavelmente, as lágrimas desceram até a minha mão direita, escorrendo pela bengala, e as vozes de diversos demônios com as almas seladas nela começaram a cochichar em minha cabeça quase me deixando louco, até ao ponto em que tive que largar a bengala pra não enlouquecer. Tirando meu casaco e o enrolando nela para não ter algum contato direto. Como estava cansado e, também estava de noite, resolvi sair do cemitério e achar um lugar para descansar, encontrando uma pequena ponte, decidi dormir ali embaixo mesmo.

 Quando acordei, o sol já tinha nascido, e sem saber muito o que estava fazendo, empunhei a bengala em minhas duas mãos, e encarei os profundos buracos dos olhos no crânio dela. Quando me dei conta, tinha ido para uma sala escura, e um homem com capa e capuz preto se dirigiu até mim em palavras:

 - Olá jovem, fico surpreso de você arrumar um jeito de vir até aqui sozinho.

 - Apenas segui o meu instinto, mas quem é você? - Perguntei a ele.

 - Bom, eu sou a alma e a forma verdadeira da bengala. Muitos homens e mulheres foram em busca do meu poder por arrogância e maldade, e com o passar dos tempos eu fui passado por gerações e gerações de puro egoísmo, mas eu sinto algo diferente em você garoto, me diga! Qual é seu objetivo?

 - O meu objetivo, é derrotar Charles, e salvar meu pai e o mundo! Mas para isso, eu preciso de sua ajuda! Diga-me, qual o nome que devo te chamar?

 - Uau! Admiro-me de você se preocupar com isso, mas, meu nome é Hiro, e o seu jovem guerreiro?

 - Max... E Hiro, preciso do seu poder para derrotar Charles! Eu o ressuscitei, e agora tenho que matá-lo, e sem dizer que ele está muito mais forte, pois está possuindo o corpo do meu pai, que possui uma energia espiritual de luz extraordinária!

 - Sim eu sei de tudo, vi do que ele é capaz enquanto eu era controlado por ele, e não é flor que se cheire. Por isso Max, lhe dou meu controle!

Voltei à realidade e senti que eu e a bengala estávamos ligados, e quando percebi estava com uma capa e capuz preto como a escuridão também... E ainda por cima, eu sentia meus poderes de luz, e agora, eu era o único capaz de derrotar Charles.

 Então, eu comecei a procura pelo lugar onde se confrontaram até a morte, e, onde meu pai agora estava: “Na antiga e destruída casa de Charles.”

Caminhei... Caminhei... E caminhei, quilômetros de distância entre a cidade e o cemitério, e enquanto caminhava estava pensando em uma maneira lógica, estratégica e inteligente de derrotar Charles, pois sabia que ele era sábio e experiente em batalhas, e essa iria ser a minha primeira como mago.

 Estava com medo? Não... Era um sentimento diferente, como se eu quisesse aquilo. Mas como eu gostaria que meu pai fosse possuído pelo provável demônio mais forte existente? Talvez eu fosse o pior filho do mundo, pois estava agindo por instintos e não como filho de Àlex, o mago da luz.

 Finalmente cheguei na pequena e severa cidade onde meu pai matou Charles, mas algo parecia estranho, como se a pequena cidade estivesse completamente abandonada, caminhando mais um pouco me deparei com várias manchas vermelhas brilhantes em excesso no chão. Seguindo essas manchas, encontrei algo que me abalou sem metas de limites, um homem praticando canibalismo com um corpo, fiquei em choque e deixei um grito escapar das minhas cordas vocais.

 Como esperado ele olhou para mim, me encarou com um olhar frio, com seus olhos e cabelos vermelhos como sangue fresco recém derramado das veias. Então ele largou o cadáver que estava ingerindo no chão e se dirigiu até mim dizendo:

 - Eu simplesmente odeio ser interrompido enquanto faço meu lanche.

 Eu estava demasiado assustado demais pra falar ou fazer alguma coisa. E fiquei parado como um idiota enquanto ele caminhava em minha direção, era como se eu estivesse sendo controlado ou preso por uma corda Invisível.

 Uma coisa era certa, aquilo não era humano! Esse ser endiabrado era totalmente pálido e possuía coloração vermelha em seus olhos e cabelos. Ele se deslocava até mim passo a passo, eu fiquei apenas olhando aquela bizarrice chegando mais e mais perto de meu ser, até ficarmos frente a frente. Seu hálito era horrível, mas não dei atenção para isso pelo simples fato de que provavelmente seria minha hora de morrer.

 Ele ficou uns 5 minutos parado em minha frente me olhando, me encarando, como se estivesse planejando por onde começaria a me devorar também, mas a única coisa que ele me falou foi:

 - Eu... Eu sou... Eu sou você!!

 Eu simplesmente fiquei mais apavorado, estava nas mãos de um canibal maluco, apavorado comecei a insultá-lo:

 - O... O que você está falando, eu não sou canibal... Eu não sou um monstro devorador de pessoas como você!

 Ele ficou se transformando lentamente em mim, exatamente como eu... Cada linha do rosto, cada fio de cabelo, até tinha a mesma capa. Eu fiquei em choque em saber definitivamente que “ele” era mesmo “eu”. Quando ele tinha assumido a “nossa” forma ele foi correndo até ao corpo que estava dilacerado pela sua boca, chorou como se fosse a pessoa mais querida da sua vida que tinha morrido. Infelizmente não consegui visualizar de quem era o corpo, pois estava totalmente irreconhecível, com órgãos e sangue saindo do corpo. A última coisa que ele me falou foi:

 - Trevas não são tão fáceis de controlar Àlex, quando você apenas deixa esse poder fluir, ele te domina e possui seu corpo, te transformando em que você achou impossível um dia ser...

 Então... Acordei em minha cama, com lágrimas de sangue escorrendo de meus olhos por todo o rosto, manchando meus lençóis e roupa.


                       CONTINUA... ------->

Notas Finais


O que será que aconteceu com o Max? Será mesmo seus poderes despertando?


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