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História O Hotel (Interativa) - Suspeitas


Escrita por: Beladantas

Notas do Autor


Hello pessoas! Aqui está o segundo capítulo da fanfic!! Haha ;-)
Nesse aqui o ritmo é um pouco diferente, já que a pessoa em que a história é centrada mudou também. Esse aqui o POV é do Aaron e... Gostaria de perguntar... Vocês estão gostando da maneira que eu estou escrevendo a fanfic? Tipo, um POV por capítulo,daí o personagem principal tem a interação com os outros e meio que observa as pessoas para saber o que elas estão fazendo? Ou vocês gostariam de outro jeito, talvez mudando o ponto de vista, ou a pessoa, em que a história está sendo escrita?
Well, anyway, eu espero que gostem!! Hahahahaha
^.^

Capítulo 3 - Suspeitas


 

Capítulo Dois

 

 

“O homem bêbado veio na sua direção. Ele estava visivelmente alterado, mas Aaron já sabia que quando ele estava alterado assim, o melhor a se fazer era ficar quietinho no canto e esperar o efeito daquilo passar. Sua mãe jazia jogada no sofá, Aaron não fazia ideia se ela estava consciente ou não, mas não fazia muita diferença. Em suas mãos, um cigarro estava pendurado para fora do sofá. Mais um pouco e ele cairia em cima do tapete incendiando a casa, ou, ao menos, queimando mais um pouco da decoração.

— Mãe, o cigarro! Ele vai cair no tapete! — O menino falou com um pouco de medo da reação do seu pai que observava tudo sem falar nada. Ele não gosta de quando o menino fala, e ele está drogado, muito menos quando ele e sua mãe estavam chapados na sala de estar.

A mulher resmungou alguma coisa, não dando muita importância ao fato de estar quase colocando fogo na casa.

Um pressentimento ruim subiu pela sua espinha, quando o homem virou sua atenção para si, começando a gritar, como ele sempre fazia.

— Quem você pensa que é para falar assim com a sua mãe, moleque desgraçado? Aliás, o que você pensa que está fazendo encolhido aí no chão olhando para a gente. Vá fazer algo de útil ao invés de ficar vagabundeando por aí.

— Tenho certeza que não sou você que precisa encher a cara para ficar feliz e ainda assim não consegue... — Murmurou, baixo, mas ainda assim não o suficiente para que seu pai não o escutasse.

E antes que tivesse consciência do que acabara de acontecer, o homem já estava sobre si o esmurrando com socos e pontapés.

A mulher sobre o sofá nem ao menos se dera o trabalho de se mexer para ver ou ao menos repreender o marido que espancava o filho.

— Para pai! Para! Me desculpa! — Gritava o garoto freneticamente. — Não foi por mal, para! Está doendo!

O homem, desnorteado demais por conta da bebida para perceber, acabou tropeçando na mesinha de centro da sala caindo no chão e ficando imóvel tempo suficiente para que Aaron se levantasse e saísse correndo porta afora, sem antes pegar sua mochila no batente da porta dos fundos pela qual fugiu.

Correu até seus pulmões cansarem quando ouviu a sirene tocar, ao se dar conta do que aquilo significava, e vendo a usina nuclear de onde estava, Aaron lutou contra o cansaço para colocar a máscara de gás sobre si e caindo inconsciente, logo depois.”

 

***

 

            — Aaron! — Alguém falou do outro lado da porta. — Aaron sou eu, o Andrew, abre para mim! — O garoto bateu com força o suficiente para acordar Ron, que ainda estava um pouco letárgico e adormecido depois do pesadelo que tivera.

 

            O menino de olhos e cabelos castanhos se levantou abrindo a porta, irritado pelo outro ter o acordado no meio da madrugada.

 

            — Mas que merda Andrew, porque diabos você veio me acordar bem ago... — Antes que terminasse de falar o outro fez um ‘shiu’ alto, tapando sua boca.

 

            — Fica quieto e fecha a porta. — Mandou, autoritário demais para o gosto do garoto de olhos castanhos. — Okay, agora fala baixo e não surta. Mas eu acho que a velha está mentindo sobre tudo isso...

 

            — Como?! — Aaron se segurou para não falar um palavrão ali. Normalmente era uma pessoa calma, mas aquilo tudo já estava sendo demais para os seus nervos.

 

            — Senta. — O menino mais alto falou apontando para a cama. — Lembra quando eu te disse que era estranho ela ter um abrigo desse porte e assim, do nada, salvar a gente? — Perguntou, e Ron concordou, lembrando vagamente quando o garoto à sua frente disse isso. — Então... Eu estava conversando com a Tina e nós decididamente achamos que é muito estranho que esse novo garoto, o tal de James tenha surgido agora do nada.

 

            — Como assim? — Perguntou, não entendendo onde o colega queria chegar.

 

            — Oras, há quanto tempo nós estamos aqui exatamente? Uns sei lá nove dez dias? E se a explosão aconteceu há todo esse tempo... Porque diabos esse menino só surgiu agora? Onde ele estava todos esses dias? Se a explosão foi realmente tão forte quanto ela falou, esse garoto já deveria de estar morto há dias não acha? E mesmo que se ela saísse agora para buscar mais alguém, ela provavelmente estaria morta também, se não gravemente ferida e contaminada pela radiação, o que nos mataria em questão de dias. Você viu ele, o cabelo ainda estava molhado quando ele desceu com a Sophie, parecia que ele tinha colocado as suas roupas sobre o corpo molhado e não... Sei lá... Simplesmente surgido ou ficado trancado todo esse tempo. Se ele realmente estava tomando banho quando aconteceu, porque diabos ele ainda estava molhado? E a naturalidade que ele lidou com tudo isso... Você não acha um pouco estranha?

 

            Aaron fitou Andrew finalmente começando a entender onde ele queria chegar.

 

            — Mas o que você acha? Que ele é uma farsa?

 

            — Não, o problema não está no garoto, está na velha... Eu ainda não sei o que é... Mas tenho certeza que o Dylan sabe, se não, suspeita e concorda com ela.

 

            — Tem certeza que isso não é apenas coisa da sua cabeça Andrew? — Perguntou Aaron, vendo o outro lhe fuzilar com o olhar.

 

            — Se fosse, Valentina não teria concordado comigo. — Murmurou. — Além do mais... Porque só nós viemos para cá... Porque? Porque esse grupo tão inusitado? Nenhum de nós tem mais do que trinta anos, todos nós viemos de lugares diferentes, não há nenhuma criança, nenhum idoso, as únicas pessoas mais velhas aqui não agem como tal... Talvez exceto pelo professor de ocarina... Aquele cara realmente me dá arrepios, mas fora isso... Como ela nos encontrou? Algumas dessas pessoas estavam dentro das suas casas, você realmente acha que ela entraria em todas as casas de pelo menos cinco bairros diferentes só para ver quem estava vivo? Por pura e genuína bondade?

 

            — Não é como se ela tivesse explodido a usina ou algo assim. Todos nós estávamos lá, todos ouvimos a sirene tocar. Henri trabalhava na usina.

 

            — Exatamente, se uma explosão tivesse acontecido, você não acha que Henri seria um dos primeiros a morrer? Você não acha estranho tudo isso ter acontecido em um dia de simulação?

 

            — Mas que merda Drew, a velha está nos manipulando!

 

            — Exato Ron, Exato.

 

 

***

 

 

 

            Na manhã seguinte, enquanto tomavam café da manhã, as palavras de Andrew não saíam de sua cabeça. Ele não descera para o café da manhã, o que não era uma surpresa, ele nunca descia. Aaron pensou em subi até lá e ver se estava tudo bem. Se isso era verdade e alguém escutara a conversa, eles estariam ferrados. Aquilo martelou na cabeça de Ron por um bom tempo até que alguém o chamou de volta para a realidade.

 

            — Hey Ron, pode me passar o suco? — Alasca chamou sua atenção.

 

            — Cla...Claro Ally... — Falou, passando o suco para ela. Havia algo em seu jeito que o deixava levemente desconfortável, talvez fosse a mania que ela tinha de fitar a todos constantemente dentro dos olhos, é como se ela pudesse ver sua alma... De qualquer forma, Aaron sabia que não era proposital, nada mais do que o jeito da garota... Que parecia estar... Flertando com todos o tempo inteiro, mas ainda assim, não deixava de se sentir desconfortável.

 

            Olhou para as pessoas na mesa e percebeu que, ao contrário de ontem, o clima permanecia leve, as pessoas comiam e conversavam despreocupadas, enquanto Aaron se tornava cada vez mais paranoico.

 

            Fitou o garoto novo, ele tinha o porte físico um pouco parecido com o seu, além de ter olhos e cabelos igualmente castanhos. Ele conversava animadamente com Laurel, algo sobre um livro que ambos leram e que 42 era o sentido da vida. Aaron achou engraçado os trejeitos animados do garoto, que vez ou outra se virava para comentar alguma coisa com Crystal e conseguiu achar ainda mais engraçado o jeito que ele fizera amizade rápida, com seu jeito espalhafatoso perto de Laurel. Para ele, a menina sempre lhe pareceu tão... Distante e fria, estava sempre tão fechada dentro de si que era até cômico que ela tenha feito amizade com um desconhecido por conta de um livro.

 

            Analisou bem o garoto e teve de concordar. Aquele menino não mentia, ele realmente acreditava em tudo aquilo... Só tinha um jeito estranho de lidar com a situação, ao contrário da maioria ali, ele era um dos mais bem humorados e extravagantes. Okay, talvez perdesse no sentido de extravagância e exagero apenas para Dylan, que, cá entre nós era um falso. Todos ali sabiam disso, mesmo que inconscientemente.

 

            Continuou a olhar as pessoas na mesa. Undyne e Valentina conversavam silenciosamente, e Ron temeu que elas estivessem analisando as outras pessoas. A questão é que talvez, ambas fossem sinceras e críticas demais, e então, quando as duas se juntavam, a união era altamente questionável para quem está ao redor.

 

            Mais ao canto, Herman, ou melhor, Dok para os íntimos, raspava o recheio de uma bolacha com os dentes, na sua outra mão, a sua inseparável Ocarina.

 

            Não era por nada, mas Aaron achava aquele homem meio estranho.

 

            Ao seu lado, Akai parecia um pouco perdido em seus próprios pensamentos, mordia a ponta do dedão enquanto a outra mão permanecia sobre o copo de suco de Laranja, como se ponderasse se bebia ou não. No entanto, seu olhar parecia estar distante, mais especificamente do outro lado da mesa, onde Sophie derramava uma xícara de café sobre si mesmo e soltava um gritinho histérico. Akai sorriu de lado ao ver a cena e logo percebeu o que estava acontecendo.

 

            — E aí Red, no que está pensando? — Perguntou.

 

            — Hm... Eu? Em nada muito relevante. — Agora ele voltava sua atenção para o garoto e puxava assunto. — Roupa legal... Parece com uma que eu vi uma vez em um jogo pós apocalíptico...

 

            Ele começou a falar e Aaron preguntou-se, não pela primeira vez... Se, talvez, apenas talvez, eles não estivessem em uma história pós-apocalíptica também, como todos aqueles jogos que eles estavam acostumados a jogar.... 



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