História O Humano e a Híbrida - Capítulo Sete

Eu estava deitado em minha cama, pensando.

Eu iria levar Luce, ao bar Fairy Tail.

Não é bem um bar, é mais um restaurante, mas tudo bem. Eu já tinha ligado para meus amigos. Eles também iriam.

Eu teria que levar Wendy também.  Eu não gosto da Wendy. Ela é doente, tenho medo dela pirar de novo.

Wendy e Luce iriam dormir na Erza. Eu menti para a Lisanna. Pra inicio de conversa, eu não queria namorar com ela, mas ela me pediu então eu aceitei.

Eu queria ler mais, o diário da Luce, porém eu estava com muito sono, para isso.

Eu sentia falta, da Luce. Sentia falta dela me chamando de “vadia.” Eu era com certeza a vadia dela.

Senti meus olhos pesarem, e acabei dormindo.

 

{Continua...}

{Nesse Capítulo}

 

 

{Lucy On’}

 

 

Eu estava no que parecia ser um bar ou sei lá... Uma lanchonete.

Fui arrastada até aqui, pela desgraçada da Erza. Ela me acordou às seis horas da manhã, para comer. Agora são Dez horas da manhã.

Estamos Eu, ela, Jelleal, Natsu, Wendy, Gray e Júvia, sentados em uma maldita mesa, com um cara cantando em cima do palco.

O lugar era bem simples;

Uma área grande, de piso de madeira, alguns quadros. Um balcão, um palco algumas mesas e cadeiras espalhadas pelo local. 

 

A Erza havia pedido um enorme bolo de morango para ela. Eu pedi apenas três sanduiches um copo de suco de maracujá e um Milk Shake de baunilha.

Natsu estava devorando, um macarrão. Vadia folgada é o que ele é.

Eu estava usando uma blusa negra, com golas azuis, uma mini saia de cor branca, com um laço amarrado nela também azul. Meu cabelo estava amarrado para o ado, como sempre.

Não importa como os outros estavam vestidos. Eu sou á mais importante.

“ – Lucy. – Me chamou Erza. – O que está achando da Fairy Tail?

“ – Tem uma boa comida. – Eu respondi. – Mas você já comeu carne de Alce, caçado na hora? – Os olhos de Júvia brilharam e Jelly deu um sorrisinho. – É um delicia!

“ – Na hora...? – Gray olhou de Júvia para mim. – Quer dizer, carne crua?!

“ – É claro que sim. – Respondeu Jelly. – Nós somos caninos, gelinho. É obvio que nós comemos o caçamos. Gente burra...

“ – Jelleal. – Chamou Erza. – Quem você está chamando de Burro? – Não creio, que o Jelly, vai ficar quieto.

“ – Ninguém Erza. – Que medroso. – Me desculpe, Gray.

“ – Jelleal... – Eu comecei. – Parece que esse tampo como bichinho de estimação, te amoleceu, não é? – Eu me levantei da cadeira e fui para trás dele, que estava em forma humana. – O que aconteceu com o Jelleal, que eu conheci? Onde está aquele Jelleal, selvagem?

“ – Ele sumiu, Lucy. – Ele respondeu e se levantou, me encarando. – E você, deveria fazer o mesmo. Um hora, o Natsu vai cansar e vai acabar, te mandando para um reformatório de híbridos!

“ – A vadia, não vai fazer nada. – Eu respondi.

“ – Tem total, razão. – Ele falou abrindo um sorriso. – Ele é muito maricas, para fazer alguma coisa, que não seja receber chifres da namorada.

 

Ok. Ele podia falar de mim. Mas não toque no nome de minha vadia, particular. Ele não pode falar assim da vadia rosa. Só eu posso humilha-lo. Só eu posso xinga-lo!

“ – Retire o que disse... – Eu falei.

“ – Só serve, para a namoradinha albina, colocar chifres!

Por puro impulso, eu o peguei pela gola da camisa, e o joguei contra um dos pilares do pequeno recinto. Nossos “donos.” Tentaram se levantar, porém  Júvia os impediu balançando a cabeça negativamente, os fazendo sentar novamente.

“ – O que foi Lucy? – Jelleal se levantou. – Começou a se apegar, ao Natsu? Não posso mais falar mal de um humano?

“ – Não, não me apeguei. – Eu falei o encarando. – Mas essa vadia rosa, aqui! – Apontei para Natsu. – É meu! Não fale mais mal dele, ele é meu! Só eu posso xinga-lo, só eu posso humilha-lo, está ouvindo Jelleal?!

“ – Não, não. – Ele respondeu. – Eu estou surdo! – Ele ironizou, e olhou para meu cabelo. – Eca! Lucy, isso aí é caspa?!

“ – Não, não. – Eu mostrei meus dentes. – É  chifre em pó!

 

Ele ficou calado, me olhando. Então nós rimos. Nós brigávamos muito, quando éramos  crianças, nossas brigas sempre acabavam em risos. Olhamos para a mesa, onde Júvia ria, e os humanos nos encaravam sem entender.

Humanos são tão idiotas...

Depois disso voltamos a nós sentar, e a comer. Como se nada tivesse acontecido.

 

 

{...}

{Natsu On’}

 

 

Já tínhamos chegado em casa. Era bem tarde, e a Wendy, pediu para Luce dormir com ela. Eu disse para ela não comer abacaxi.

Mesmo que eu não quisesse, eu sabia do que a Wendy tinha medo, e o que ela comia que a fazia ter pesadelos. Abacaxi, no caso.

Porém, aquilo era bom!  Eu poderia ler, mais uma página do diário de Luce. Eu já tinha tomado banho, e trocado de roupa.

Estava em cima da minha cama, o relógio no meu criado mudo, denunciava as dez e meia da noite. Meu celular, denunciava várias e várias ligações de Lisanna.

Peguei o diário de Luce, e comecei a ler;

 

“ Lucy Heartifilia.

 

                Estou cansado de ser o que você quer que eu seja
Me sentindo tão sem esperança, perdido abaixo da superfície
Eu não sei o que você está esperando de mim
Vivendo sob a pressão de seguir seus passos.

 

Essa semana foi muito dura.

A Kyouka, resolveu me dar umas aulas de luta e de bons modos, para ver se ela consegue arranjar bons donos para mim.

Se ela acha, que irei para casa dos humanos, ela está muito engana! Não irei. Não irei, mesmo! Já sofri o bastante, nessas casas.

Eu já me sinto sem esperança. Não sei o que aquela idiota, espera de uma híbrida de sete anos.

 

Pego pela correnteza, simplesmente pego pela correnteza
Cada passo que eu dou é outro erro para você
Pego pela correnteza, simplesmente pego pela correnteza.

 

Eu sempre estou errando. Tudo que eu faço é errado.

Ela me bateu cinco vezes, apenas na segunda feira. No mesmo dia, ela me jogou na água, para aprender da manipulá-la, com a ajuda da Aquarius. Aquarius fica muito triste, por me ver nesse estado.

Por isso eu evito chamar meus amigos, estelares para me treinar. É tão humilhante, eles me verem assim. Eu me sinto impotente. Eles são as únicas coisas, que eu tenho para me lembrar dos meus pais, que nunca conheci. Sem contar a pequena corrente.

 

Eu me tornei tão insensível
Não posso te sentir aí
Fiquei tão cansado
Tão mais consciente

 

 

Eu me sinto, tão insensível... Não consigo mais sentir aquela alegria, que eu sentia até meus cinco anos. Consigo dar apenas sorrisos falsos.

Eles enganam Yukino, porém não enganam Levy e Júvia. Elas tentam me deixar alegre, junto a minha pequena  boneca, Michelle.

Michelle é uma das pouquíssimas coisas, que veio comigo, quando eu tinha apenas alguns dias de vida. Pelo que Seiliah, me contou, meus pais não me abandonaram ou morreram... Eu fui roubada deles, com algumas horas de nascida.

 

Eu estou me tornando isso
Tudo o que eu quero fazer
É ser mais eu mesmo
E ser menos como você

 

Eu estou me tornando cada vez, como a Michelle.

Uma boneca, sem vida. Sem sonhos sem sorrisos, apenas sorrisos falsos.

Porém, eu quero ser como eu sou;

Alegre, irritante e um psicopata. Tá bem, não sou  uma psicopata, porém eu já falei isso á uma velha, que tentou me adotar.

Em todo esse tempo, eu gostei apenas de uma pessoa que me adotou. Ele tinha minha idade, era muito divertido. Porém eu acho que ele morreu,

Talvez um dia, eu escreva sobre ele.

 

 

Você não consegue ver que está me sufocando?
Segurando tão apertado, com medo de perder o controle
Porque tudo o que você pensou que eu poderia ser
Desmoronou bem na sua frente.

 

 

Será que Kyouka, não consegue ver, que está me sufocando?

Eu tento me segurar, para não perder o controle que eu tenho. Eu já matei um cara que tentou me adotar.

Eu perdi o controle, e o matei. Eu tenho apenas sete anos, porém já carrego muitas coisas em minhas costas. Quando me olho no pequeno espelho, que tem aqui na cela, eu vejo meu rosto cheio de sangue.

Exatamente como quando, eu matei aquele cara. Foi muito bom. Ainda consigo ouvir a voz dele, implorando para eu parar. Como era mesmo, o nome dele?

Ah, sim, Midnight. Cabelos negros, olhos vermelhos, corpo definido e um péssimo humor. Ele também não era completamente humano.

Porém não resistiu á um ataque de uma criança híbrida de sete anos.

 

Pego pela correnteza, simplesmente pego pela correnteza
Cada passo que eu dou é outro erro para você
Pego pela correnteza, simplesmente pego pela correnteza
E cada segundo que perco é mais do que eu posso suportar

 

Cada maldito passo que eu dou, é um erro para Kyouka. 

Ela é tão irritante... Porém eu sei que não posso fazer nada, contra ela. Ela é um demônio de classe alta. Iria demorar muito para mata-la.

E Seiliah ficaria muito triste, se eu matasse a namorada dela.

 

E eu sei
Eu posso acabar falhando também
Mas eu sei que você era como eu
Com alguém desapontado com você

Se eu tentasse mata-la, eu acabaria falhando.

Eu tenho certeza, que um dia, eu irei sair dessa.

Meus amigos, meus únicos amigos, dizem que eu sou o que eles chamam de “ Uma verdadeira, Híbrida Alfa.”

Bem, já que eles me consideram isso, eu tenho que dar o meu melhor!

 

Eu me tornei tão insensível
Não posso te sentir aí
Estou cansado de ser o que você quer que eu seja...

 

 

 

Vai ficar tudo, bem. Eu sei que um dia, iremos nós separar, porém eu os encontrarei, novamente.

 

Nós somos uma família. Somos como irmãos. E como a Híbrida Alfa, eu tomo conta de todos.

 

 

Principalmente de Yukino.

 

Ela é uma híbrida, porém uma híbrida tigresa. Muito fraquinha para aguentar as torturas de Kyouka.

Por isso, eu sempre tomo sua frente.

 

Enfrento Kyouka, e digo que a culpa foi minha, e apanho no lugar dela. A Yukino, é uma das minhas melhores amigas, por isso sempre levarei a culpa no lugar dela.

 

Irei protege-la.

 

Porém, sinto que o Jelleal está um pouco mais diferente. Acho que ele está crescendo.

 

Bem, por enquanto é só isso.

 

Uma das alegrias dos amigos, é saber em quem confiar. Eu confio nós meus, e eles confiam em mim.

 

 

De Lucy Heartifilia”

 

 

 

Eu suspirei.

 

Já estava com sono, várias perguntas rodearam minha mente;

 

Quem era Yukino?  Quem era aquele garoto que a Lucy gostou de ser mascote? O que aconteceu com ele?

 

Porém meus olhos pesaram. Guardei o diário, em cima do guarda roupa, e me joguei na minha cama. Suspirei, sentindo o cheiro de Lucy, embaixo de minha cama;

 

Fechei os olhos me enrolei, Lucy era tão possesiva....

 

“ – Ele é minha vadia, rosa. –“

 

Aquelas palavras ficaram eu minha mente.

 

Se eu era a Vadia dela, ela era minha Cafetão.

 

Acabei adormecendo.

 

 

 

 

“ – Ei, Luce!

 

A criança, que você era...

 

Teria muito orgulho, do que você é hoje.

 

Eu tenho certeza. –“

 

“ – Natsu Dragneel –“

 

 

 

 

 

 

“ – Você tenta não se lembrar,

Porém percebe que nunca,

 

Esqueceu-se. –“

 

 

“ – Lucy Heartifilia – “

 

 

 

 

 

 

“ – Entendam;

 

Sozinhos ou não,

 

Temos que seguir em frente. – “

 

“ – Autora – “