História O Inigma de Todas - Glaucia - Amor de Infância

Eu tinha 7 anos e morava em uma cidade do interior de São Paulo, Ribeirão Preto, e estudava em uma escola não fim da minha rua, então todos os meus amigos moravam perto. Era um condomínio fechado onde todos se conheciam.
Eu tinha dois melhores amigos que me ajudam de todas as formas possíveis, sempre íamos para a escola juntos e voltavam os também, chamavam-se Wallace e Alessandra.
Mas foi quando Pedro se declarou para mim que essa historia comeca. Ele disse que me adorava e que faria tudo por mim e que queria um beijo. Eu disse que só daria o bjo se ele provasse o quanto gostava de mim, e ele provou, muitas vezes. Todo o dia depois do intervalo eu ia até a sala de espera da diretoria ver se ele estava bem depois de uma briga.
Certa vez eu disse que o melhor amigo dele havia me batido e que eu acreditaria no quanto ele gostava de mim se ele me defendesse, no segundo seguinte ele já estava rolando no chão o o melhor amigo. Eu não sabia que ele gostava tanto de mim e nem dava valor, apenas achava divertido ver ele brigando por mim.
No meu último passeio com a escola fomos para uma fazenda de arvores especias, foi quando me aproveitei mais dele do que nunca. Pulava na piscina funda para ele me salvar, fingia ter me machucado para ele me carregar e muito mais. No fim da tarde fomos fazer um passeio pelas árvores da fazenda, as mais especiais, e ele fez questão de andar na minha cola. Chegando em certa árvore a guia nos disse que ela nos traria nosso verdadeiro amor se fizéssemos certo ritual a sua volta. E eu fiz. Para zombar, quando estávamos passando para a próxima árvore Pedro me empurrou e saiu correndo, fui atrás dele e caímos no chão, ele estava em cima de mim e aproveitou para me beijar, foi muito rápido e quase não tocou os lábios direito, mas foi o suficiente para eu me apaixonar, enxergar o garoto maravilhoso que sempre me quis e eu esnobei. Claro que não pensei assim exatamente, mas foi quase. Quando no levantamos ele ainda disse "Teve que fazer um ritual na árvore pra ver que eu sou o seu cara certo". Depois disso passamos o resto das férias nos encontrando, fazendo piquiniquis dentro do condomínio, andando de bicicleta, tomando sorvete e brincando. Não era namoro, estávamos curtindo o sentimento recíproco.
Na ultima semana de férias minha mae disse que iriamos embora da cidade e nunca mais voltariamos. Meu coração gelou, nunca mais veria Pedro, não poderia voltar as aulas com meus amigos e não poderia continuar na mesma escola. Infelizmente tive que ir, e sem contar a ninguém! Quando cheguei ao meu novo lar foi quando caiu a ficha. Eu nunca mais teria Pedro!