1. Spirit Fanfics >
  2. O Intercâmbio. >
  3. O Intercâmbio - Capítulo 106

História O Intercâmbio. - O Intercâmbio - Capítulo 106


Escrita por: uepanash

Notas do Autor


Olá pessoal, estão gostando da Fic? Deixe seu comentário e me ajuda a divulgar ela. 2bjs

Capítulo 106 - O Intercâmbio - Capítulo 106


Fanfic / Fanfiction O Intercâmbio. - O Intercâmbio - Capítulo 106

Pov Natalia

Cada segundo que se passava eu estava mais certa de que essa coisa de dirigir não é para mim. Quando começaram a buzinar eu tranquei, porque odeio que me apressem.

Cameron: Natalia, por favor, ligue esse carro. - pediu.

– não. - me encostei melhor no banco. - só ligarei quando pararem de me pressionar. - o olhei. - Cameron, eu não trabalho sobre pressão.

Cameron: eles não vão parar com isso até que você se mova. - comentou. - e além do mais, daqui a pouco irão vir os xingamentos…

– mas credo, só que me faltava me xingarem. - mexi em meus cabelos. - que passem por cima.

Cameron: então troca de lugar comigo que eu tiro o carro daqui. - sugeriu.

– por que as pessoas são tão apressadas? - questionei. - espere um pouco. - me virei para pegar minha bolsa do banco traseiro. - só vou retocar meu batom e já vamos. - avisei. - hm, onde eu coloquei? - mordi meus lábios, revirando a bolsa. - ah sim, aqui está. - o peguei e joguei a bolsa pra trás novamente, olhei para Cameron e ele ria. - o que foi?

Cameron: tem noção que estamos parados no meio da rua, com uma fila enorme de carros atrás de nós e você está preocupada em passar batom?! - falou a situação toda, enquanto terminava de me maquiar.

– toma, segura. – o ignorei e coloquei o batom em suas mãos. - onde se liga esse treco mesmo?! - questionei. 

Cameron: é só você… - o interrompi.

– AI, POR DEUS, ESSAS BUZINAS ESTÃO ME DEIXANDO LOUCA. - berrei, nervosa. - veja minhas mãos. - mostrei para ele. - elas estão tremendo. De nervoso.

Cameron: Só tire o carro daqui. - pediu, docemente.

Com calma e paciência eu o fiz, estacionando ao lado.

Pov Cameron

Natalia: aquele cara fez um gesto feio para mim. - disse aborrecida

–  Mas é claro que fez, tu trancou o trânsito todo. - prendi a risada ao olhar a cara de espanto que ela fez. - até eu faria um gesto feio para você… - impliquei.

Natalia: Me faz um favor?! Vai ali ver se eu to na esquina. - cruzou os braços. - se eu não aprendi direito, foi porque não tive um bom professor. - jogou a culpa em cima de mim.

–  isso não é verdade. - retruquei. - vou te ensinar a parte teórica então. - pensei. - hm, ok, três coisas que nunca se deve fazer enquanto dirige.

Natalia: só há três coisas? - me interrompeu.

–  não, mas são as mais importantes. - e as que eu lembro, completei mentalmente. - primeiro: Não tire as mãos do volante de forma alguma. - a olhei. - segundo: Não passe batom no meio do trânsito… - ela fez uma cara feia. - e terceiro: Não toque na…. - olhei sua expressão inocente me olhando e tranquei. - …er… - me enrolei. - … esquece essa última.

Natalia: não é importante? - perguntou.

– provavelmente você nunca vai fazer isso, então não é. - dei de ombros. 

Ela assentiu e ficou em silêncio, olhando para frente por um tempo. Então voltou a me encarar.

Natalia: eu fiz tudo errado, não é?! - questionou, por fim.

–  o que? - a voz dela, baixa e chateada, me fez ficar com dó. - é claro que não, nós nos movemos… - toquei sua mão, fazendo um leve carinho sobre ela. - e você conseguiu subir uma rampa…. - ela sorriu um pouquinho. - … e respeitou as placas de sinalização… - a olhei. - … e até soube estacionar. 

Natalia: mas eu tranquei todo mundo. - suspirou. 

–  foi tua primeira vez, essas coisas acontecem. - disse com calma.

Natalia: eu acho que chega de dirigir por hoje… - comentou. - … vamos trocar de lugar. - assenti, descemos do carro e mudamos de lado. - ai, me sinto mais leve. - sorriu.

–  e eu mais protegido. - brinquei.

Pov Natalia

Como o prometido passamos na casa do Nash para buscar Sierra, no final das contas Nash veio junto.

Sierra: ué, achei que as aulas fossem pra Natalia. - comentou, ao ver Cameron na direção.

Cameron: e foram… - garantiu. - … só que para a segurança de vocês, trocamos de lugar antes de vir pegá-los. - dei um tapa em seu braço pelo deboche, ele sorriu. - e ai desaparecido… - cumprimentou Nash.

Nash: fala, idiota. - sorriu, acenando com a cabeça. - você que sumiu. - rebateu - não precisa ficar com ciúmes, Sierra me divide contigo.

Sierra: é, pode pegar. - brincou, sorri.

Cameron: olha que eu pego mesmo, hein?! - disse rindo.

Nash: ui, estava com saudade de um macho. - fez uma voz de gay, que nos fez rir.

Cameron: Sierra, ele tomou o remedinho hoje?! - sorriu, com o olhar fixo no trânsito.

Sierra: eu não sei. - deu de ombros. - pelo visto não.

Nash: está vendo como eles me tratam, Natalia? - disse fazendo uma voz aborrecida.

– ai, coitadinho, vou te levar comigo pro Brasil. - brinquei.

Nash: leve-me. - sorriu. - lá deve ter umas mulheres bonitas que me queiram. 

Um estalo de tapa foi escutado, seguido por um gemido de dor de Nash e uma risada de Sierra.

Sierra: vai ver mulheres bonitas… - disse ainda rindo.

Cameron: eu aceito ir pro Brasil contigo. - comentou, me olhando rapidamente.

E eu não sabia até que ponto aquelas palavras eram brincadeira.

Pov Cameron

Eu nunca quis tanto que uma brincadeira acabasse se tornando realidade, uma parte muito grande de mim queria, e necessitava, ter a certeza de que tudo o que vivemos não vai terminar junto com o intercâmbio. Que tudo o que eu me tornei não vai embora com ela. E acho que esse é meu maior medo, quando eu não a tiver por perto, não terei mais o impulso de querer ser melhor, ainda que não tenha conseguido me desvencilhar totalmente das drogas.

Nash: CAMERON. - berrou, em meus ouvidos, me tirando dos pensamentos.

– oi?! - disse lentamente.

Nash: faz meia hora que estou te chamando. - comentou. - estava no mundo da lua?

Sierra: só se essa lua for do Brasil e tiver olhos castanhos. - murmurou, rindo.

– desculpe, o que queria? - questionei, ignorando minha irmã.

Nash: estava sugerindo que parássemos para tomar um sorvete, afinal, a tarde está quente hoje. - assenti, mudando o percurso, rumo a sorveteria.

Natalia: ai, ótima ideia Nash. - elogiou, sorrindo. - está realmente muito quente. - concordou, enquanto prendia os cabelos.

A olhei pelo canto do olho e estiquei minha mão para tocar na sua.

Natalia: as duas mãos no volante, Cameron. - me imitou falando mais cedo, fazendo-me rir.

Em pouco tempo chegamos na sorveria. Servimos os sabores que queríamos e sentamos em uma mesa na parte de fora do local.

Sierra: Eu amo chocolate - comentou.

Natalia: acho que percebi isso quando te vi pegar cinco bolas desse sabor de sorvete. - disse rindo, minha irmã lhe mostrou a lingua.

– ih, já está suja. - comentei, olhando para Natalia.

Natalia: onde? - perguntou.

– aqui. - aproximei-me dela, passando meus lábios no canto dos seus.

Sierra: ah, agora são assumidos? e em público? – perguntou, debochando. – finalmente. – sorriu. – posso te chamar de cunhada?

Natalia: Sierra, vai comer que tu fica mais bonita. – respondeu, rindo.

Pov Natalia

Mais tarde deixamos Nash em sua casa e voltamos para a nossa. Cameron largou as chaves do carro sobre a mesa, enquanto Sierra subia para tomar banho. Olhei para ele por um momento, estava tão calado desde que chegamos na sorveteria.

– aconteceu alguma coisa? - questionei, tocando seu ombro. Ele se virou para mim, negando com a cabeça. 

Cameron: por que? - me olhou, confuso.

– não sei, você está meio quieto… - mordi meu lábio inferior.

Cameron: só fiquei pensando em umas coisas… - sentou-se no sofá. - … venha cá. - me chamou. Fui até ele, porém quando fui sentar ao seu lado, me puxou para o colo, agarrei-me em seu pescoço e encostei a cabeça em seu ombro, suas mãos envolveram minha cintura. Ele apoiou seu queixo em meu ombro. - você não se incomoda quando Sierra te chama de cunhada? - perguntou, me pegando de surpresa.

– não. - disse sincera. - é uma brincadeira dela, um jeito de implicar comigo.

Ele assentiu, enquanto depositava um pequeno beijo em meu pescoço, me deixando arrepiada. 

Cameron: Sammy me mandou uma mensagem mais cedo… - contou, com calma. - … me convidando para ir em uma festa com ele essa noite.

– e…? - questionei, levantando a cabeça para encara-lo.

Cameron: eu não sei. - suspirou. - eu não posso simplesmente sumir agora. 

– por que? é proibido tentar ficar afastado do que te faz mal? - questionei, com a voz um pouco alterada. Esses ‘amigos’ dele me tiram do sério.

Cameron: Natalia, eu não posso simplesmente dar no pé, faz anos que compro as… er… - drogas, sim, prossiga. O olhei, demonstrando que entendi. - … ele conta com o dinheiro, não é só eu sair.

– se você desaparecer o que ele vai fazer? - perguntei.

Cameron: algo parecido com o que Nate fez. - deu de ombros. 

– Cameron, de uma vez por todas, por que tu se meteu nisso?

Pov Cameron

Eu sei o quanto é importante pra ela saber o que me levou a usar as drogas, porém eu ainda tenho um bloqueio muito forte quando me perguntam sobre isso.

– desculpe. - foi só o que respondi, com a voz mais baixa que o normal.

Natalia: você ainda não confia em mim o suficiente para falar nisso, não é?! - questionou, com o mesmo tom de voz que o meu.

– eu não confio nem em mim mesmo para falar disso. - respondi, sincero. - foi algo muito idiota, um motivo pequeno, besta, eu diria. - contei, por cima. - que me levou para um caminho praticamente sem volta.

Natalia: não fala isso. - disse um tanto zangada. - eu não vou te deixar se destruir por causa das drogas. E nem por nada. 

– ta bem, desculpe. - decidi não contrariar. Ainda que tivesse minhas dúvidas quanto a isso.

Perto da meia noite, naquele mesmo dia, caminhei nervoso pelo quarto. Eu sei que é errado, porém não posso simplesmente deixar de ir na boate. Não quero mais problemas com pessoas que tem o mesmo estilo de Nate. Eu não quero que tentem atingir Natalia de novo. Sammy sabe ser um ótimo amigo, porém esquece disso quando se trata de negócios. De venda. Eu preciso aparecer para ele ver que ainda estou com ele, ainda que não compre nada. Só que o problema é aguentar o vício. Ser mais forte.

Peguei minha carteira, meu celular e as chaves de casa, coloquei tudo no bolso da calça. Passei pelo quarto de Sierra, para me certificar de que todos já dormiam. Meu coração se apertou ao ver Natalia dormindo serena, sem imaginar que estou a um passo de trair sua confiança de novo.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...