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História O jardim inglês. - Compras e delícias.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Olá meus lindos e lindas, boa leitura!

Capítulo 11 - Compras e delícias.


Fanfic / Fanfiction O jardim inglês. - Compras e delícias.

   Haru sabia que o amigo era de natureza tímida e mesmo depois de quase um ano ainda não havia conseguido sequer leva-lo para jantar, ver ele chegando com um estranho o deixou enciumado, e depois do beijo que presenciou ficou completamente arrasado.

-Lucas, vocês estão namorando?

-Ele não me pediu ainda...Na verdade não sei bem o que temos...Mas eu gosto. Respondeu de cabeça baixa.

-Certo, então ainda tenho chances?

Lucas ficou desconsertado, gostava muito de Haru, como um bom amigo, um querido amigo, mas não o via como um namorado, por isso não respondeu, não queria magoa-lo, isso nunca.

-Vamos entrar? Tá frio aqui fora.

Haru sorriu e tirou o casaco que usava entregando ao pequeno, que estava somente com sua jaqueta jeans velha e surrada.

-Não precisa Haru...E-eu to bem...Você vai ficar com frio.

O maior só riu e começou a caminhar, no que foi seguido por Lucas, que já vestia o casaco que embora grande era quente e o deixava confortável, realmente precisava de roupas urgente.

Do outro lado da cidade, em sua sala Peter arrumava alguns papéis, tinha uma caixa em cima de uma mesa de mogno antigo, onde espalhava documentos, os analisando com cuidado, na sala só havia essa mesa, uma cadeira marrom de couro, e um pequeno sofá de dois lugares também de couro marrom, a luz de fora iluminava o ambiente, o deixando ainda mais vazio, mas logo ele o moldaria, o deixando como desejava, era questão de dias, enquanto fazia isso ouviu a porta e como ninguém bateu deduziu que seria seu chefe, se virou e se deparou com o homem parado na porta a encara-lo sorridente.

-Vejo que está com grande disposição hoje...Logo irá levar um dos nossos clientes vips a um belo apartamento no coração da cidade, espero que tenha lido o prospecto que te enviei com todos os detalhes, se bem que teria sido melhor ter ido até lá para analisar o local antes.

-Tudo bem, eu li e prestei atenção em cada detalhe, farei um bom trabalho senhor.

-Acredito em você...E então como vai seu amiguinho loiro?

Peter se irritou com a pergunta, mas não deixou sua raiva transparecer, apenas respondeu tranquilamente.

-Lucas está bem, acabei de deixa-lo na faculdade.

-Hum, um estudante...Quantos anos ele tem mesmo?

-Dezenove. Respondeu Peter de forma seca.

-Que bom, pelo menos é maior de idade...Não que eu esteja te recriminando, ele é mesmo muito lindo, é só que me pareceu muito novinho, achei que fosse apenas um garotinho.

-Bom, já deixei minhas coisas em ordem e vou sair, encontrarei o comprador em meia hora, se me der licença senhor...

O chefe riu e voltou em passos largos para sua própria sala, mas deixou uma última frase escapar.

-Cuide bem dele...Mas se quiser eu posso cuidar por você...

Peter bufou e pegou o casaco com raiva, saindo da sala com passos mais firmes do que gostaria, odiava a simples possibilidade de saber que alguém desejava seu...Seu pequeno Lucas, precisava tomar uma atitude, mas ainda achava meio cedo para pedi-lo em namoro, alias será que ainda se faz isso hoje em dia? Nunca tinha feito antes.

Ainda irritado entrou em seu carro e dirigiu até o local combinado, lá encontrou o comprador, um rico negociante de artes que foi na verdade um cliente incrivelmente fácil de lidar, se mostrou encantado com o apartamento em estilo moderno, realmente moderno, com detalhes que só uma mente completamente louca colocaria em um local, muito menos em uma bela residencia, como por exemplo uma banheira linda com fundo de vidro que podia ser vista das paredes do banheiro que também eram de vidro...Em resumo, se a pessoa queria privacidade essa realmente não era a melhor escolha, por isso o apartamento estava a venda a quase dois anos e ainda permanecia sem nenhuma oferta digna de nota, isso até aquele dia, pois o artista amou tudo e fechou o negócio milionário sem pechinchar.

Com um sorriso no rosto Peter apertou a mão do homem e o deixou, a papelada seria feita por seu chefe e ele estava livre o resto da tarde, na verdade depois dessa venda poderia ficar livre o mês todo.

Pegou o celular e ligou para a mãe, já estava quase na hora de pegar seu gatinho na faculdade e ele não queria se atrasar, marcou o local de encontro com sua mãe, uma boutique chique no centro de Londres e novamente dirigiu, dessa vez cantarolando até os portões da faculdade.

Peter viu seu gatinho andando calmamente, com seu amigo ao lado, que para sua total incredulidade segurava a mochila de Lucas.

“Maldito pivete arrogante, como ousa segurar a mochila do meu Lucas? E porque meu gatinho está usando esse casaco cafona?” Mal pensou nisso viu Lucas tirar o casaco e entregar ao amigo sorrindo, pelo que o outro também sorriu, evidentemente olhando em sua direção pois já o tinha visto, ao passo que Lucas ainda não, para provocar um pouquinho tocou o rosto de Lucas, carinhosamente, antes de sair andando pela calçada, acenando ao pequeno, que sorriu afetuosamente em sua direção e depois olhou em volta e viu o carro de Peter, vindo em sua direção, abriu a porta e entrou, se assustando ao ver o olhar assassino do amigo.

-O que ouve? Parece zangado.

-Lucas, porque o seu amigo estava carregando sua mochila e porque você estava usando o casaco dele? Perguntou com cara de poucos amigos.

-Bom, ele sempre faz isso, sempre leva minha mochila, deve ser uma mania, e ele me emprestou o casaco porque eu estava tremendo de frio hoje pela manhã, fiz algo errado? Perguntou Lucas com uma carinha inocente, sem entender a atitude do outro.

Peter suspirou e massageou a testa num ponto qualquer, antes de responder mais calmo.

-Claro que não...Desculpe, mas porque não pegou mais um casaco? Realmente estava frio hoje.

-E-eu não tenho outro...Pelo menos não tenho outro que possa usar na faculdade, mas está tudo bem, a primavera é amena, e logo ficará mais quente...

Peter suspirou e puxou a mochila velha dos braços do menor a jogando no banco de trás do carro e começando a dirigir para o centro da cidade, seu destino era uma loja chamada Ted Baker na 245 Regente Street, Mayfair, onde deveria encontrar sua mãe, olhando de lado para seu gatinho achou que seria prudente ir na Abercrombe & Fitch que tinha uma maior variedade de jeans, que pelo visto era a preferencia do pequeno, ele precisava também de uma mochila decente, tênis e sapatos, talvez a Liberty fosse uma escolha melhor, em todo caso iriam nas três.

Estacionou o carro e abriu a porta gentilmente para o seu precioso acompanhante, que desceu sorrindo da gentileza, que ele só tinha visto em filmes antigos, na verdade era engraçado, perto de Peter ele se sentia uma daquelas damas dos filmes dos anos 50.

-O que foi? Qual a graça?

-Você é gentil comigo...Eu fico sem graça, me sinto...Mordeu os lábios com vergonha do pensamento.

-Pode falar eu fiquei curioso...

-Nada, é que eu vejo muitos filmes antigos, e os cavalheiros sempre fazem assim, é interessante...Só isso...Respondeu baixinho, omitindo a parte em que se sentia a dama, e gostaria de ser, assim como gostaria de andar de braços dados com ele.

Peter riu e fez uma reverência para ele, mostrando o caminho, o que de fato o fez ficar com vergonha.

-Em frente vossa alteza...

Eles caminharam até uma praça, e numa cafeteria avistaram Lady Mary, elegante como sempre, ela sorriu para os dois, se levantando e vindo em sua direção abraçou o filho, o estreitando nos braços macios, e sorriu discretamente para Lucas.

-Onde primeiro meu querido.

-Ted, apontou o maior. Mostrando a fachada da loja que queria ir, e eles se encaminharam para lá.

Ao entrarem Lucas ficou encantado com o luxo, era um ambiente muito belo, com luminárias redondas, mesinhas retrô brancas e vermelhas espalhadas pela loja, roupas lindas e belos acessórios, um vendedor gentil veio atende-los, muito educado.

-Boa tarde, espero que sintam-se a vontade, e se eu puder ajudar em algo...

-Na verdade pode, quero roupas para esse belo rapaz, e quero roupas que combinem com sua beleza. Falou Peter, piscando para Lucas que ficou sem jeito, o que fez o vendedor rir, por sorte Lady Mary se ocupava de ver roupas também e nem prestava atenção nisso.

O vendedor ofereceu calças e camisas estilosas, sapatos que eram do melhor material, mas ao ver os preços Lucas se sentia mal, eram peças muito caras realmente.

-Peter, acho que estamos em uma loja muito cara, olha o preço dessa camisa! Não ganho isso nem em um ano...Falou meio chateado o loiro.

-Eu tenho muito dinheiro, isso não é problema, me diz do que gostou e eu levo pra você, é mais do que justo, por ter vivido na miséria até então.

-Não fale assim, eu nunca reclamei...

-Porque é gentil demais, mas realmente precisa, se não escolher, eu mesmo escolho.

-Tá bom, eu gostei muito dessa camisa, e dessa calça...E daquele sapato marrom...Falou Lucas timidamente.

-Ótima escolha senhor. Respondeu o vendedor sorrindo.

-Agora que conheço seus gostos me deixe lhe mostrar mais algumas peças...

-Mostre tudo. Falou Peter e riu ao ver Lucas revirando os olhos.

Saíram da loja com duas enormes sacolas, e Lady Mary com uma sacola pequena mas pelo seu sorriso devia ser exatamente o que ela queria.

Foram até a Abercrombe e finalizaram na Liberty, loja que Lucas adorou, pois tinham peças em jeans de todos os estilos, incluindo os modernos e despojados jeans rasgados no estilo destroyed que lhe caia muito bem, e foi esse estilo que Peter amou no seu pequeno, pois as peças eram justas e rasgadas, deixando a mostra pedacinhos lindos do corpo do outro, seu modelo lhe caia perfeitamente nas pernas e na bunda redondinha.

Com sacolas cheias e sorrisos nos rostos foram tomar um lanche numa cafeteria linda Caffe Concert, com vidraças lindas e doces de dar água na boca, estava movimentada, mas eles ficaram numa mesa ao lado de uma das enormes janelas, os bancos eram de estofados vermelhos que combinavam com o estilo rustico do local, todo em madeira escura, e lindas vitrines de doces coloridos e aparentemente muito saborosos.

-O que quer Lucas? Perguntou Peter, mostrando o cardápio.

-Aquele ali da vitrine com morango e frutas vermelhas e chantily em cima, posso? Apontou com um sorriso de menino nos lábios macios, o que deixou Peter quente na hora, para disfarçar ele concordou e fez o pedido, pedindo para ele um café e uma torta de chocolate belga com frutas cristalizadas, para sua mãe uma cestinha pequena com salada de frutas vermelhas e uma calda quente maravilhosa.

O atendimento era impecável, e logo receberam seus pedidos, saboreando seus doces com alegria, Lucas se sentia maravilhado, nunca antes tinha comprado roupas na vida, exceto coisas de segunda mão, e muito menos tinha tomado uma sobremesa deliciosa em companhia da Lady, que parecia feliz com isso, ele a admirava muito e a amava também, mas nunca demostrou muito, pois se sentia inferior demais para faze-lo, a além disso tudo tinha Peter a sua frente, com seu sorriso sincero e lindo, e seus olhos que o encaravam a todo instante, o deixando feliz e estranhamente quente por dentro.

-Meninos, eu vou ao toalete. Falou a Lady, saindo calmamente e se dirigindo a uma porta lateral, deixando os dois sozinhos.

-Que lugar lindo, eu adorei...Mas quero agradecer pelas roupas, comprou demais, não precisava de tanto, eu nem tenho lugares para ir com elas, é realmente coisa demais, só que eu adorei tudo...Então...Obrigado Peter...Falou Lucas e tocou sua pequena mão na mão do homem a sua frente, um toque de seda na pele em brasas dele.

Peter não aguentou isso, e se inclinou a sua frente, tocou o rosto delicado e refez suas curvas da face com dois dedos, o que o deixou muito envergonhado, e fez aquele aroma delicioso invadir o ambiente, estranhamente alguns homens e algumas mulheres farejaram o ar, e começaram a buscar o aroma, Peter e Lucas não notaram, perdidos um nos olhos do outro.

-Lucas, eu te acho lindo...

-Pare com isso, não sou lindo...

-Como pode dizer isso? Falou Peter e pegou um morando partido ao meio com seu garfo o entregando na boca do outro, que por um instante pensou em recusar, mas aceitou, mordendo o morango lentamente e mastigando sem presa, ainda olhando o outro nos olhos, que dessa vez lançava uma pequena garfada em sua torta e a entregava a ele sorridente.

-Prove o meu, é bom não é?

-Muito...Respondeu o loirinho, corado.

-Ficou um pouquinho de chocolate aqui...Falou Peter e subitamente o beijou em público, limpando o chocolate.

Lady Mary sai do banheiro e ouviu...Nada. Um absoluto silencio na cafeteria, olhou para os lados e viu todos parados, olhos fixos em algo, ela seguiu os olhares e viu a razão de todo aquele silencio, seu filho segurava o rosto corado de Lucas e lhe beijava ternamente, deixando os apreciadores ao lado em silencio, olhos fixos, sorrisos nos lábios, uma garçonete enchia uma xícara, que transbordava em cima do balcão, a mulher sentiu o aroma único no ar, baunilha, mel e rosas...

-Peter você é mesmo meu filho...Sussurrou ela sorrindo para si mesma, e com passos rápidos andou até a mesa, se sentando e olhando a cena de perto.

Peter a sentiu e soltou Lucas, que quando a viu quase morreu ali mesmo, e seu cheiro delicioso sumiu na hora, ele abaixou a cabeça e seus olhos se encheram de lágrimas, mas a esperta Lady fingiu que nada viu.

-Filho, pede um café para mim também, estou com vontade...

-Claro Lady. Falou Peter, sem também falar nada.

Lucas não sabia o que tinha acontecido, claramente Lady Mary viu o beijo, mas mesmo assim não falou nada, porque será?


Notas Finais


E então, estão gostando? Aguardem altas aventuras no próximo, um sequestro, um beijo e algo mais...


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