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História O jardim inglês. - Depois de ontem...


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Olá, boa leitura a todos!

Capítulo 17 - Depois de ontem...


Fanfic / Fanfiction O jardim inglês. - Depois de ontem...

   Lucas dormiu tranquilamente, não teve sonhos assustadores, sabia que estava protegido nos braços de seu namorado, e por isso assim que acordou passou as mãos pela cama o procurando, e como não o achou abriu seus olhos e deu uma observada pelo quarto, sorrindo ao ver ele enrolado numa toalha saindo do banheiro.

-Bom dia meu ômega.

-Bom dia...Alfa. Falou Lucas, lembrando da conversa sobre alfas e ômegas na noite passada.

-Já temos que ir? Perguntou fazendo charme e se espreguiçando da cama.

-Infelizmente sim, tenho que visitar um cliente hoje pela manhã, ordens do chefe, mas...Vou te levar pra casa primeiro, e não devo demorar, logo estarei de volta e vamos aproveitar esse lindo sábado juntos, o que acha?

-Muito bom, vou tomar um banho.

Lucas se levantou e resmungou um pouquinho ao faze-lo, o que levou Peter a cerca-lo imediatamente.

-O que foi? Está sentindo dor? Eu te machuquei?

-Não, calma...Tá doendo um pouquinho, mas é normal já que foi nossa primeira vez. Respondeu Lucas, corando ao lembrar de tudo, e ficando lindo desse jeito.

-Desculpe, eu não queria te causar dor alguma, serei ainda mais cuidadoso na próxima.

Peter levou Lucas ao banheiro, beijando suas bochechas coradas uma a uma, enquanto ligava a água do chuveiro, e depois o observava enquanto estava escovando os dentes, a visão do belo corpo nu embaixo do chuveiro era uma tentação, ter provado daquela nudez na noite anterior e ter sentido seu aroma e seu sabor o deixaram viciado, realmente não sabia como tinha conseguido viver antes dele, hoje isso era impossível.

-Lucas, vou comprar um apartamento, quero que venha morar comigo, o que acha?

-Sério? Mas e sua mãe...Digo, o que diremos a Lady Mary? Falou Lucas, colocando a cabeça para fora do box.

-Falarei a verdade, somos adultos, livres para fazer o que queremos, ela não vai gostar, afinal de contas quer que eu me case com uma moça da alta sociedade, quer lindos netinhos, mas eu só vejo e quero você.

-Mas Peter...Eu sou só o jardineiro, um menino comprado por ela, vai ser difícil...Estou com medo...Resmungou Lucas e saiu do box, pegando uma toalha branca que o namorado lhe deu e se enrolando nela, seu olhar demostrava seu medo.

Peter o abraçou e começou a enxugar seu cabelo com carinho, não havia naquele gesto nenhuma maldade, era puro carinho, ele amava o namorado de uma forma doce, e uma coisa que tinha aprendido era que amava o mimar, cuidando dele o tempo todo.

-Sei que sua vida até hoje não foi boa, eu sei que minha mãe o tratou e ainda o trata como a um empregado, e isso me magoa muito, mas esqueça tudo isso, ela o comprou porque era o que podia fazer na época, sei que ela tem um bom coração, mas não foi capaz de te dar amor, o que é um pena, para ela e para você...Mas eu posso te dar amor, muito amor, e quero você do meu lado a vida toda, nunca mais quero te ver sozinho, entendeu? Falou e deu um beijo pequeno na pontinha do seu nariz, o que fez o menor sorrir e ficar envergonhado.

-Vou ficar mimado assim...Mas eu gosto. Falou Lucas, aceitando as roupas que o maior lhe dava, e entre um beijo e outro se vestiu, e foram juntos tomar um café gostoso que foi servido no quarto mesmo.

Quando acabaram, saíram do quarto juntos, no corredor Lucas soltou a mão de Peter, envergonhado, mas o maior a pegou de volta com carinho e beijou a palma de sua mão com leveza, sorrindo para ele.

-Nosso amor é bonito, se os outros quiserem olhar, eu não ligo, não tenho nada a esconder de ninguém.

-E-eu sei...Mas somos homens...Respondeu Lucas, olhando o chão, mas ainda segurando seus dedos entrelaçados.

-Qual o problema? E na verdade somos mesmo é alfa e ômega, fomos feitos um para o outro, deixe que olhem.

Lucas sorriu, na verdade esse gesto de carinho deixava seu coração leve, e parecia que borboletas voavam em sua barriga, ele se deixou levar, assim entraram na recepção e para sua surpresa as pessoas não os olhavam de forma estranha, algumas até sorriam ao observar os dois, talvez algo em suas almas fosse capaz de deixar a mostra como o amor deles era grande e isso era suficiente para romper a barreira do preconceito que ainda existe, muito embora seja menor hoje em dia.

Quando entraram no carro, o coração de Lucas estava feliz como nunca antes, ele ainda se pegava lembrando das palavras do namorado, iriam mesmo viver juntos?

-Vai mesmo comprar um apartamento para a gente? Perguntou meio envergonhado, ele se sentia tão feliz que tinha que confirmar se não estava imaginando coisas.

-Claro que sim, essa semana já tenho alguns para ver, e claro que você vai comigo, como tem aulas, será sempre depois que sair da faculdade, quero que a gente escolha junto.

-E- eu vou gostar de qualquer lugar, desde que eu possa estar com você. Falou Lucas, analisando seus dedos ainda entrelaçados ao dele.

-Bobinho...Mas eu quero um lugar legal, onde você tenha espaço para ter suas rosas, uma cozinha boa, e um quarto bem iluminado e arejado, quero um lar para viver com você, talvez eu compre uma cobertura, assim terá um local apropriado para plantar flores, no terraço...

Bom, isso foi a coisa mais linda que Lucas ouviu na sua vida inteira, e por ser um ômega e ainda por cima ser carente, lágrimas discretas rolaram de sua face, muito embora um sorriso doce estivesse estampado em seu rosto lindo.

-Ah...Peter...Eu te amo tanto!

-Então não chore...Apenas sorria. Respondeu o alfa, com uma vontade louca de parar o carro e abraçar seu pequeno, essa sensação que agora tinha com o menor era imensa, desde de fizeram amor na noite anterior ele se sentia ligado ao menor, como se um fio invisível os conectasse o tempo todo, era estranho, ele podia sentir o amor vibrando entre eles, a carência do pequeno ao seu lado, sua insegurança e seus medos, ele sentia o que o outro sentia e isso era inesperado.

Dirigiu o tempo todo concentrado no menor, analisando seus sentimentos intensos, ele realmente os sentia, e isso precisava ser analisado, talvez fosse coisa de alfa e ômega, mas enfim chegaram a propriedade e assim que estacionou o carro percebeu o carro do Duque parado ali.

-O noivo da Lady está em casa, e eu não gosto dele...Espero que não esteja me procurando, faz tempo que não faz uma consulta comigo, e eu não sinto falta alguma.

-Vamos esclarecer as coisas hoje e falaremos para ele que pode parar de te consultar, seus pesadelos melhoraram não é?

-Sim, não quero mais tomar remédio, nem nada disso, eu odeio tirar sangue...Resmungou Lucas, fazendo um bico fofo, que lógico Peter apertou divertido.

-Vem, vamos entrar...

Lucas suspirou e enfim saiu do carro, seguindo ao lado de Peter até a entrada, que foi aberta por uma das empregadas da casa.

Na sala, tomando chá, o Duque os viu primeiro, e abriu um sorriso largo.

-Ora, estão juntos, que surpresa, eu vim ver minha noiva e claro falar com você meu caro Lucas, parece que temos que colher seu sangue hoje e lhe trouxe seus remédios, os seus devem estar acabando não é?

-Bom dia...Falou Lucas, ficando visivelmente envergonhado com a presença do homem na sala.

-Bom dia a todos. Falou Peter e foi dar um beijo na mãe que assim que o viu sorriu satisfeita.

-Querido, que bom que chegou...E olá Lucas, por onde andou? Eu não o vi ainda hoje.

-Desculpe Lady Mary, eu...Cheguei agora. Respondeu Lucas, olhando os pés, sem saber o que realmente falar.

O Duque se aproximou dele e tocou em seu ombro, o analisando minuciosamente.

-Está mais corado, e parece que muito bem, isso é bom, andava mesmo muito pálido, vem...Vamos na sala ao lado, trouxe o material para a coleta de sangue, examinarei novamente seus hormônios para ver se encontro alterações depois desse último surto de febre que teve.

Peter se adiantou e se colocou na frente do namorado.

-Na verdade Duque o meu namorado gostaria de parar com os exames, ele se sente muito bem.

Essa frase deixou todos perplexos, e Lucas tremia de nervoso, tanto que o alfa sentindo seu medo se virou e o puxou para seus braços, olhando a todos com um sorriso desafiador nos lábios.

-Meu filho...O que foi que disse? Perguntou Lady Mary os olhando de boca aberta.

-Seu namorado? Está namorando Lucas, o jardineiro? É sério? Perguntou o Duque, olhando fixo para os dois.

-Eu disse que o Lucas é meu namorado, simples assim. Respondeu Peter, olhando para sua mãe e para o Duque.

-Meu filho, por favor não brinque assim com sua mãe...

-Não estou brincando, vou comprar um apartamento na próxima semana e pretendo leva-lo comigo para lá, acho que não terei nenhuma objeção de sua parte não é minha mãe?

-O que? Como me diz isso assim? É claro que eu sou contra, filho! Lucas é só meu jardineiro, um garoto que eu comprei quando era criança por pura pena, que vive de favor me minha casa, um pobre sem qualquer noção de valores...Eu quero que se case com uma bela moça, uma dama, e me de netos lindos que eu vou poder mimar...Mas ele! Falou Lady com um olhar indignado.

-Peter, sua mãe tem razão, tudo bem namorar um garoto, mas não leve tão a sério, eu sei que Lucas é muito bonito, mas ele não tem nada, é só um orfão, um...

-Chega! Parem de insultar ele, como podem? Lucas é meu namorado e ponto final, ele é tudo que eu quero, lindo, inteligente, divertido, tímido, é a única pessoa no mundo que eu realmente quero ao meu lado, não quero nenhuma dessas moças que me arruma para encontrar, fofas e desmioladas, lindas e sem conteúdo...Eu amo o Lucas.

Lucas então nem se mexia, não conseguia olhar ninguém nos olhos, até porque já estava chorando, agradecia aos céus por estar nos braços do outro, caso contrário já teria caído no chão, se sentia fraco e perdido, ouvir as palavras da Lady o machucaram muito, porque ele realmente não tinha nada...exceto o amor pelo outro, isso era tudo que tinha.

-Certo, certo, vamos acalmar os ânimos, peço desculpas por ter sido tão grosso...Não é minha Lady, vamos nos sentar e acalmar, não é o fim do mundo...Falou o Duque tentando conter os ânimos.

-Depois de ouvir isso, prefiro subir e arrumar minhas malas, sairemos hoje mesmo. Falou Peter convicto.

-Não! Calma, eu também peço desculpas...É só que me surpreendi com a notícia, mesmo que eu tenha observado seu interesse no meu jardineiro não esperava isso...Mas, por favor fiquem, eu serei mais compreensiva. A bela mulher falou, ansiosa.

Peter puxou Lucas para o olhar, e limpou suas lágrimas com as costas da mão.

-Lucas?

-E-eu não sei...Falou ele olhando nos olhos do seu alfa, assustado e envergonhado.

-Lucas, deixe-me ao menos tirar seu sangue agora, é importante...Eu sei que disse coisas horríveis e peço desculpas, mas o tratamento não deve ser interrompido...

-Senhor Duque já faz uma semana que eu parei o tratamento, não tenho mais pesadelos, estou bem, não quero mais ser furado e analisado, quero esquecer meu passado e viver meu presente. Falou Lucas bem baixinho.

Diante disso todos ficaram em silencio na sala, Lady Mary olhou para o Duque com um estranho olhar, quase como se fosse outra pessoa.

-Desculpe por decepciona-la Lady, eu sinto muito, mas me apaixonei por seu filho, sei que sou somente seu jardineiro, sei que vivo de favor em sua casa, e sei que gastou tempo e dinheiro comigo...Um dia pretendo pagar minha divida com a senhora, mas eu amo Peter, irei onde ele quiser me levar. Finalizou o jovenzinho, desta vez olhando nos olhos frios da bela mulher sem pestanejar.

-Compreendo...Ela falou finalmente, sentando no sofá.

-Vem, vamos arrumar nossas coisas, ficaremos em um hotel por uns dias. Falou Peter e puxou Lucas pela mão, ele ainda estava nervoso com a frieza que o Duque e sua mãe tinham tratado o seu namorado.

Lucas não reclamou, seguiu Peter e tratou de arrumar seus poucos pertences numa mala de rodinhas e descer os degraus ajudado por ele, passando pela sala e saindo no mais absoluto silêncio.

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Já faziam uns quinze minutos desde de que os dois tinham saído, e então Lady Mary convidou o Duque para um passeio pelos jardins, uma desculpa para ficar longe dos empregados, é claro, e quando os dois caminhavam tranquilamente de mãos dadas pela propriedade ela finalmente falou o que pensava.

-Eu esperava que os dois tivessem um casinho, nunca imaginei que meu querido filho iria se render assim tão fácil aquele ômega, chega a ser irônico, agora que temos a chance de testar os níveis de hormônios desse espécime e ele nos escapa assim.

-O que quer que eu faça madame?

-Sequestre Lucas, eu o quero no laboratório junto aos outros ômegas, foi um erro mante-lo em liberdade desde de o começo, depois que ele estiver lá aumente a dose dos hormônios sintéticos, provoque um cio e colete todo o sangue dele, quero meu soro pronto e finalizado, quero viver para sempre, jovem e linda.

-Madame, pretende mata-lo? Perguntou o Duque assustado com o plano diabólico dela.

-E se a fórmula não estiver correta? Ele pode morrer por nada...E o que faremos com os outros?

-A formula vai funcionar, e quanto aos outros...Provoque o cio em todos, drene seu sangue maravilhoso de ômegas e seja meu parceiro no novo mundo que eu vou criar, mas se não me obedecer tenha certeza que eu mesma te matarei...Ela finalizou o assunto e o deixou entre as rosas, voltando a mansão calmamente como se o assunto tratado agora não envolvesse vidas humanas, como se aquilo não fosse nada.

-E agora, como vou sequestrar Lucas? Se perguntou o Duque, mas ele não tinha escolha, ela mandou, e ela era a alfa suprema, ele só podia obedecer, e com o soro ele também viveria para sempre, a questão era somente uma...Valeria a pena viver em um mundo governado por ela?


Notas Finais


Espero que tenham gostado. beijos.


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